Furosemida comprimido

FUROSEMIDA COMPRIMIDO com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de FUROSEMIDA COMPRIMIDO têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com FUROSEMIDA COMPRIMIDO devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

Prati Donaduzzi

Apresentação FUROSEMIDA COMPRIMIDO

Comprimido de: 40 mg Embalagem com: 20 e 500 comprimidos.

USO ORAL – USO ADULTO E PEDIÁTRICO

FÓRMULA
Cada comprimido contém: furosemida…………………………………………………………………………………………………….40 mg excipiente q.s.p…………………………………………………………………………………..1 comprimido
Excipientes: lactose, amido pré-gelatinizado, amido, crospovidona, talco, estearato de magnésio e água pu- rificada.

FUROSEMIDA COMPRIMIDO – Indicações

Este medicamento está indicado nos casos de hipertensão arterial leve a moderada, edema devido a distúr- bios cardíacos, hepáticos e renais e ainda, edema devido a queimaduras.

Contra indicações de FUROSEMIDA COMPRIMIDO

Este medicamento não deve ser usado em pacientes com insuficiência renal com anúria, pré-coma e coma hepático associado com encefalopatia hepática, hipopotassemia severa, hiponatremia grave, hipovolemia (com ou sem hipotensão) ou desidratação, hipersensibilidade à furosemida, às sulfonamidas e aos compo- nentes da fórmula. Furosemida não deve ser utilizado por lactantes.

Advertências

O fluxo urinário deve ser assegurado. Pacientes com obstrução parcial do fluxo urinário necessitam de moni- torização cuidadosa, especialmente na fase inicial do tratamento. Durante tratamento com furosemida é geralmente recomendada a monitorização regular dos níveis de só- dio, potássio e creatinina séricos; é necessária monitorização cuidadosa em casos de pacientes com alto risco de desenvolvimento de alterações eletrolíticas ou em caso de perda adicional significativa de fluidos (por exemplo, devido a vômitos, diarreia ou suor intenso). Hipovolemia ou desidratação, bem como qualquer alteração eletrolítica ou ácido-base significativas devem ser corrigidas. Isto pode requerer a descontinuação temporária da furosemida.
– Efeitos sobre a habilidade para dirigir veículos ou operar máquinas
Alguns efeitos adversos (por exemplo: queda acentuada indesejável da pressão sanguínea) podem prejudi- car a capacidade do paciente em se concentrar e reagir e, portanto, constitui um risco em situações em que suas habilidades são especialmente importantes, como dirigir ou operar máquinas.
– Risco de uso por via de administração não recomendada
Não há estudos dos efeitos de furosemida administrado por vias não recomendadas. Portanto, por seguran- ça e para eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via oral.
– Gravidez
A furosemida atravessa a barreira placentária. Portanto, não deve ser administrada durante a gravidez a me- nos que estritamente indicada e por curtos períodos de tempo. O tratamento durante a gravidez requer monitorização do crescimento fetal.
– Lactação
No período da amamentação, quando o uso de furosemida for considerado necessário, deve ser lembrado que a furosemida passa para o leite e inibe a lactação. É aconselhável interromper a amamentação durante o uso de furosemida.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirur- gião-dentista.

Interações medicamentosas de FUROSEMIDA COMPRIMIDO

– Associações desaconselhadas
Hidrato de cloral
Sensação de calor, perspiração, agitação, náusea, aumento da pressão arterial e taquicardia podem ser en- contradas em casos isolados após a administração intravenosa da furosemida dentro das 24 horas da inges- tão de hidrato de cloral. Portanto, não é recomendado o uso concomitante de furosemida e hidrato de cloral.
Antibióticos aminoglicosídicos e de outros medicamentos ototóxicos
A furosemida pode potencializar a ototoxicidade de antibióticos aminoglicosídicos e de outros fármacos ototóxicos. Visto que os efeitos resultantes sobre a audição podem ser irreversíveis, esta combinação de fár- macos deve ser restrita a indicações vitais.
– Precauções de uso
Cisplatina
Existe risco de ototoxicidade quando da administração concomitante de cisplatina e furosemida. Além disto, a nefrotoxicidade da cisplatina pode ser aumentada caso a furosemida não seja administrada em baixas do- ses (por exemplo, 40 mg em pacientes com função renal normal) e com balanço de fluidos positivo quando utilizada para obter-se diurese forçada durante o tratamento com cisplatina.
Sucralfato
A administração concomitante de furosemida por via oral e sucralfato deve ser evitada, pois o sucralfato re- duz a absorção intestinal de furosemida e, consequentemente, seu efeito. Aguardar pelo menos um período de 2 horas entre uma administração e outra.
Sais de lítio
A furosemida diminui a excreção de sais de lítio e pode causar aumento dos níveis séricos de lítio, resultando em aumento do risco de toxicidade do lítio, incluindo aumento do risco de efeitos cardiotóxicos e neurotó- xicos do lítio. Desta forma, recomenda-se que os níveis séricos de lítio sejam cuidadosamente monitorizados em pacientes que recebem esta combinação. Medicamentos inibidores da ECA
Pacientes que estão recebendo diuréticos podem sofrer hipotensão grave e deterioração da função renal, incluindo casos de insuficiência renal, especialmente quando um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II é administrado pela primeira vez ou tem sua dose aumentada pela primeira vez. Deve-se considerar a interrupção da administração da furosemida temporariamente ou ao menos reduzir a dose de furosemida por 3 dias antes de iniciar o tratamento ou antes de aumentar a dose de um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II.
– Associações a considerar
Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs): agentes anti-inflamatórios não-esteroides (incluindo ácido acetilsalicílico) podem atenuar a ação da furosemida e sua administração concomitante pode causar insufi- ciência renal aguda no caso de hipovolemia ou desidratação pré-existente. Em pacientes com hipovolemia ou desidratação, a administração de AINEs pode causar uma diminuição aguda da função renal. A toxicidade do salicilato pode ser aumentada pela furosemida.
Fenitoína: pode ocorrer diminuição do efeito da furosemida após administração concomitante de fenitoína.
Antibióticos: a furosemida pode potencializar os efeitos nocivos de fármacos nefrotóxicos nos rins.
Corticosteroides, carbenoxolona, alcaçuz e laxante: o uso concomitante com corticosteroides, carbeno- xolona, alcaçuz em grandes quantidades e uso prolongado de laxantes, pode aumentar o risco de desenvol- vimento de hipopotassemia.
Outros medicamentos, por exemplo, preparações de digitálicos e medicamentos que induzem a síndrome de prolongamento do intervalo QT: algumas alterações eletrolíticas (por exemplo, hipopotas- semia, hipomagnesemia, podem aumentar a toxicidade de outros fármacos (por exemplo, preparações de digitálicos e fármacos que induzem a síndrome de prolongamento do intervalo QT)).
Medicamentos anti-hipertensivos, diuréticos ou outros que potencialmente diminuem a pressão sanguínea: se agentes anti-hipertensivos ou outros fármacos que potencialmente diminuem a pressão san- guínea são administrados concomitantemente com a furosemida, uma queda mais pronunciada da pressão sanguínea pode ser esperada.
Medicamentos como probenecida e metotrexato: probenecida, metotrexato e outros fármacos que, assim como a furosemida, são secretados significativamente por via tubular renal, podem reduzir o efeito da furosemida. Por outro lado, a furosemida pode diminuir a eliminação renal desses fármacos. Em caso de tratamento com altas doses (em particular, tratamento concomitante de furosemida e outros fármacos), isto pode levar ao aumento dos níveis séricos e dos riscos de efeitos adversos devido à furosemida ou à medi- cação concomitante. Antidiabéticos e medicamentos que aumentam a pressão arterial atuando no sistema nervoso sim- pático: os efeitos dos antidiabéticos e medicamentos hipertensores simpatomiméticos (ex: epinefrina, no- repinefrina) podem ser reduzidos.
Teofilina ou relaxantes musculares do tipo curare: seus efeitos podem aumentar.
Cefalosporinas: insuficiência renal pode se desenvolver em pacientes recebendo simultaneamente trata- mento com furosemida e altas doses de certas cefalosporinas. Ciclosporina A: o uso concomitante de ciclosporina A e furosemida está associado com aumento do risco de artrite gotosa subsequente à hiperuricemia induzida por furosemida e à insuficiência da ciclosporina na excreção renal de urato.
Radiocontraste: pacientes de alto risco para nefropatia por radiocontraste tratados com furosemida de- monstraram maior incidência de deteriorização na função renal após receberem radiocontraste quando comparados à pacientes de alto risco que receberam somente hidratação intravenosa antes de receberem radiocontraste.
Alimentos: pode ocorrer alteração da absorção de furosemida quando administrada com alimentos, portan- to, recomenda-se que os comprimidos sejam tomados com o estômago vazio.
Interferência em exames de laboratório: não há dados disponíveis até o momento.

Reações adversas / efeitos colaterais de FUROSEMIDA COMPRIMIDO

A furosemida pode levar a um aumento da excreção de sódio e cloreto e consequentemente de água. Adicionalmente, fica aumentada a excreção de outros eletrólitos, em particular potássio, cálcio e magnésio. Distúrbios eletrolíticos sintomáticos e alcalose metabólica podem se desenvolver na forma de aumento gra- dual de déficit eletrolítico ou onde, por exemplo, doses maiores de furosemida são administradas a pacientes com função renal normal, como perda aguda grave de eletrólitos. Os sinais de distúrbios eletrolíticos incluem polidipsia, cefaleia, confusão, dores musculares, tetania, fraqueza muscular, distúrbios do ritmo cardíaco e sintomas gastrintestinais. O desenvolvimento de distúrbios eletrolíticos é influenciado por fatores como doenças de base (por exem- plo: cirrose hepática, insuficiência cardíaca), medicação concomitante (ver item Interações) e nutrição. Em particular, como resultado dos vômitos e diarreia, a deficiência de potássio pode ocorrer. A ação diurética da furosemida pode levar ou contribuir para hipovolemia e desidratação, especialmente em pacientes idosos. A depleção grave de fluidos pode levar a hemoconcentração com tendência ao desenvol- vimento de tromboses. -A furosemida pode causar redução na pressão sanguínea a qual, especialmente se pronunciada, pode cau- sar sinais e sintomas como dificuldade na habilidade de concentração e reação, sensação de cabeça vazia ou ”oca”, sensação de pressão na cabeça, cefaleia, tonturas, sonolência, fraqueza, alterações visuais, boca seca, intolerância ortostática. -Aumento na produção urinária pode provocar ou agravar as queixas de pacientes com obstrução do flu- xo urinário. Portanto, retenção urinária aguda com possíveis complicações secundárias pode ocorrer, por exemplo, em pacientes com alterações do esvaziamento da bexiga, hiperplasia prostática ou estreitamento da uretra. O tratamento com furosemida pode causar aumento nos níveis séricos de colesterol e triglicérides. Pode haver aumentos transitórios dos níveis de creatinina e de ureia sanguíneas. Os níveis séricos de ácido úrico podem aumentar, podendo ocorrer ataques de gota. A tolerância à glicose pode diminuir durante o tratamento com furosemida. Em pacientes com diabetes mellitus, este efeito pode levar a deterioração do controle metabólico; o diabetes mellitus latente pode se manifestar. Reações gastrintestinais como náuseas, vômitos ou diarreia podem ocorrer em casos raros. Em casos isola- dos, podem se desenvolver colestase intra-hepática, aumento nas transaminases hepáticas ou pancreatite aguda. Pode ocorrer também em casos raros, alterações na audição e tinido, embora geralmente de caráter tran- sitório, particularmente em pacientes com insuficiência renal, hipoproteinemia (por exemplo: síndrome nefrótica). Reações cutâneas e nas membranas mucosas podem ocorrer ocasionalmente, sob a forma, por exemplo, de coceira, urticária, outras reações como rash ou erupções bolhosas, eritema multiforme, dermatite esfoliativa ou púrpura. Reações anafiláticas ou anafilactoides graves (por exemplo, com choque) podem ocorrer raramente. Nefrite intersticial, vasculite ou eosinofilia são reações raras. Podem ocorrer raramente febre ou parestesia, e ocasionalmente, fotossensibilidade. Pode ocorrer ocasionalmente trombocitopenia. Em casos raros, pode ocorrer leucopenia e, em casos isola- dos, agranulocitose, anemia aplásica ou anemia hemolítica. Em crianças prematuras, a furosemida pode precipitar nefrocalcinose e nefrolitíase. Caso a furosemida seja administrada a crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida, pode aumentar o risco de persis- tência de ducto de Botallo.

FUROSEMIDA COMPRIMIDO – Posologia

A menos que seja prescrito de modo diferente, recomenda-se o seguinte esquema:
Adultos: o tratamento geralmente é iniciado com 20 a 80 mg por dia. A dose de manutenção é de 20 a 40 mg por dia. A dose máxima depende da resposta do paciente. A duração do tratamento é determinada pelo médico.
Crianças: se possível, a furosemida deve ser administrada por via oral para lactentes e crianças abaixo de 15 anos de idade. A posologia recomendada é de 2 mg/Kg de peso corporal, até um máximo de 40 mg por dia. A duração do tratamento é determinada pelo médico. Caso o paciente esqueça de tomar uma dose, deve tomá-la assim que possível; no entanto, se estiver próxi- mo do horário da dose seguinte deve esperar por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca tome duas doses ao mesmo tempo.

Super dosagem

Sintomas
O quadro clínico da superdose aguda e crônica com furosemida depende fundamentalmente da extensão e consequências da perda de eletrólitos e fluidos como, por exemplo, hipovolemia, desidratação, hemocon- centração, arritmias cardíacas (incluindo bloqueio A-V e fibrilação ventricular). Os sintomas destas alterações incluem hipotensão grave (progredindo para o choque), insuficiência renal aguda, trombose, estado de de- lírio, paralisia flácida, apatia e confusão.
Tratamento
Não se conhece antídoto específico para a furosemida. Caso a ingestão tenha acabado de ocorrer, deve-se tentar limitar a posterior absorção sistêmica do princípio ativo através de medidas como lavagem gástrica ou outras com o objetivo de reduzir a absorção (por exemplo: carvão ativado). Alterações clinicamente relevantes do balanço eletrolítico e de fluidos devem ser corrigidas conjuntamente com a prevenção e tratamento de complicações sérias resultantes de distúrbios e de outros efeitos no orga- nismo, podendo necessitar de monitorização médica intensiva geral e específica e medidas terapêuticas.

Caracteristicas farmalogicas

Mecanismo de ação
A furosemida é um diurético de alça que produz um efeito diurético potente com início de ação rápido e de curta duração. A furosemida bloqueia o sistema co-transportador de Na+K+2Cl- localizado na membrana celular luminal do ramo ascendente da alça de Henle; portanto, a eficácia da ação salurética da furosemida depende da droga alcançar o lúmen tubular via um mecanismo de transporte aniônico. A ação diurética resulta da inibição da reabsorção de cloreto de sódio neste segmento da alça de Henle. Como resultado, a excreção fracionada de sódio pode alcançar 35% da filtração glomerular de sódio. Os efeitos secundários do aumento da excreção de sódio são excreção urinária aumentada (devido a gradiente osmótico) e aumento da secreção tubular distal de potássio. A excreção de íons cálcio e magnésio também é aumentada. A furosemida interrompe o mecanismo de retorno (feedback) do túbulo glomerular da mácula densa, com o resultado de não atenuação da atividade salurética. A furosemida causa estimulação dose-dependente do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Na insuficiência cardíaca, a furosemida produz uma redução aguda da pré-carga cardíaca (pela dilatação da capacidade venosa). Este efeito vascular precoce parece ser mediado por prostaglandina e pressupõe uma função renal adequada com ativação do sistema renina-angiotensina e síntese de prostaglandina intacta. Além disso, devido ao seu efeito natriurético, a furosemida reduz a reatividade vascular das catecolaminas, que é elevada em pacientes hipertensos. A eficácia anti-hipertensiva da furosemida é atribuída ao aumento da excreção de sódio, redução do volume sanguíneo e redução da resposta vascular do músculo liso ao estímulo vasoconstritor.

Propriedades farmacodinâmicas
O efeito diurético da furosemida ocorre dentro de 15 minutos após a administração de dose intravenosa e dentro de 1 hora após a administração de dose oral. O aumento dose-dependente da diurese e natriurese foi demonstrado em indivíduos sadios recebendo do- ses de furosemida de 10 mg até 100 mg. A duração da ação é de aproximadamente 3 horas após uma dose intravenosa de 20 mg e de 3 a 6 horas após uma dose oral de 40 mg em indivíduos sadios. O efeito da furosemida é reduzido, caso ocorra diminuição da secreção tubular ou da ligação da albumina intratubular ao fármaco.
Propriedades farmacocinéticas
A furosemida é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal. O Tmáx é de 1 a 1,5 horas para os comprimi- dos de 40 mg. A absorção da droga demonstra grande variabilidade intra e interindividual. A biodisponibilidade da furosemida em voluntários sadios é de aproximadamente 50% a 70% para os com- primidos. Em pacientes, a biodisponibilidade da droga é influenciada por vários fatores incluindo doenças de base, e pode ser reduzida a 30% (por exemplo, na síndrome nefrótica). A influência da administração concomitante de alimentos na absorção da furosemida depende da forma farmacêutica. O volume de distribuição de furosemida é de 0,1 a 0,2 litros por kg de peso corpóreo. O volume de distribui- ção pode ser maior dependendo da doença de base. A furosemida liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (mais de 98%), principalmente à albumina. A biodisponibilidade da furosemida não é alterada em pacientes com insuficiência renal terminal. Em insufi- ciência renal, a eliminação de furosemida é diminuída e a meia-vida prolongada; a meia-vida terminal pode ser de até 24 horas em pacientes com insuficiência renal grave. Na síndrome nefrótica, a redução na concentração das proteínas plasmáticas leva a concentrações mais altas de furosemida livre. Por outro lado, a eficácia de furosemida é reduzida nestes pacientes devido à ligação intratubular da albumina e diminuição da secreção tubular. A furosemida é pouco dialisável em pacientes sob hemodiálise, diálise peritoneal e CAPD. Em insuficiência hepática, a meia-vida de furosemida é aumentada em 30% a 90%, principalmente devido ao maior volume de distribuição. Adicionalmente, neste grupo de pacientes existe uma ampla variação em todos os parâmetros farmacocinéticos. Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão grave ou em pacientes idosos, a eliminação de furosemida é diminuída devido à redução na função renal. Em crianças prematuras ou de termo, dependendo da maturidade dos rins, a eliminação de furosemida pode estar diminuída. O metabolismo da droga também é reduzido caso a capacidade de glucuronização da crian- ça esteja prejudicada. A meia-vida terminal é menor do que 12 horas em crianças com mais de 33 semanas de idade pós-concepção. Em crianças com 2 meses ou mais, o clearance terminal é o mesmo dos adultos.

Resultados de eficacia

A eficácia de furosemida foi demonstrada nos seguintes estudos: “FRUSEMIDE” (Martindale: the complete drugs reference. 2004). “Diuréticos melhoram a capacidade funcional em pacientes com insuficiência car- díaca congestiva (ETERNO, T.F 1998).

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Pacientes idosos
Em pacientes idosos, a eliminação de furosemida é diminuída devido à redução na função renal. A ação diurética da furosemida pode levar ou contribuir para hipovolemia e desidratação, especialmente em pacientes idosos. A depleção grave de fluidos pode levar a hemoconcentração com tendência ao desenvol- vimento de tromboses.
Crianças
Em crianças prematuras a furosemida pode desenvolver cálculos renais contendo cálcio (nefrolitíase) e de- posição de sais de cálcio no tecido renal (nefrocalcinose); a função renal deverá ser monitorizada e deverá ser realizada uma ultrassonografia renal. Caso a furosemida seja administrada a crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida, pode au- mentar o risco de persistência de ducto de Botallo.
Grupos de risco
Uma cuidadosa vigilância se faz necessária principalmente em: – pacientes com hipotensão ou com risco particular de pronunciada queda da pressão arterial (por exemplo, pacientes com estenoses significativas das artérias coronárias ou das artérias que suprem o cérebro); – pacientes com diabetes mellitus latente ou manifesta (controle regular da glicemia); – pacientes com gota ou hiperuricemia (controle regular do ácido úrico); – pacientes com insuficiência renal (síndrome hepatorrenal), associada à doença hepática grave; – pacientes com hipoproteinemia, por exemplo, associada à síndrome nefrótica (o efeito da furosemida pode estar diminuído e sua ototoxicidade potencializada). Avaliação da dose é necessária nesses casos.

Armazenagem

Este medicamento deve ser armazenado em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30 oC), em lugar seco, fresco e ao abrigo da luz. Nestas condições o prazo de validade é de 2 anos a contar da data de fabricação.

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. no M.S. 1.2568.0195 Farmacêutico Responsável: Dr. Luiz Donaduzzi CRF-PR 5842

FUROSEMIDA COMPRIMIDO – Bula para o paciente

COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Furosemida apresenta efeito diurético e anti-hipertensivo e o início da ação ocorre cerca de 60 minutos após a administração do produto.

POR QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO?
Este medicamento é indicado nos casos de hipertensão arterial leve a moderada; edema devido a distúrbios cardíacos, hepáticos e renais e ainda, em casos de edema devido a queimaduras. QUANDO

NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Este medicamento não deve ser usado em pacientes que apresentam:
-insuficiência dos rins com anúria (parada total da eliminação de urina);
-pré-coma e coma hepático associado com encefalopatia do fígado;
-hipopotassemia severa (diminuição importante do nível de potássio no sangue);
-hiponatremia grave (diminuição importante do nível de sódio no sangue);
-desidratação ou hipovolemia, com ou sem queda da pressão sanguínea;
-alergia à furosemida, às sulfonamidas e aos componentes da fórmula.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres que estejam amamentando. O fluxo urinário deve ser assegurado. Pacientes que apresentam obstrução parcial do fluxo urinário necessi- tam de monitorização médica cuidadosa, especialmente na fase inicial do tratamento. Durante o tratamento com furosemida é geralmente recomendada a monitorização regular dos níveis de sódio, potássio e creatinina no sangue; é necessário monitorização cuidadosa em casos de pacientes com alto risco de desenvolvimento de alterações dessas substâncias ou em caso de perda adicional significati- va de fluidos (por exemplo, devido a vômitos, diarreia ou suor intenso). Hipovolemia ou desidratação, bem como qualquer alteração eletrolítica ou ácido-base significativas devem ser corrigidas. Isto pode requerer a descontinuação temporária da furosemida. Verifique sempre o prazo de validade que se encontra na embalagem do produto e confira o nome para não haver enganos. Não utilize este medicamento caso haja sinais de violação ou danificações da embalagem. Alguns efeitos adversos como queda acentuada indesejável da pressão sanguínea podem prejudicar a ca- pacidade do paciente em se concentrar e reagir e, portanto, constitui um risco em situações em que suas habilidades são especialmente importantes, como dirigir ou operar máquinas. Não há estudos dos efeitos de furosemida administrado por vias não recomendadas. Portanto, por seguran- ça e para eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente via oral. A furosemida atravessa a barreira placentária. Portanto, não deve ser administrada durante a gravidez, a me- nos que estritamente indicada e por curtos períodos de tempo. O tratamento durante a gravidez requer controle periódico do crescimento fetal. No período da amamentação, quando o uso de furosemida for considerado necessário, deve ser lembrado que a furosemida passa para o leite e inibe a lactação. É aconselhável interromper a amamentação durante o uso de furosemida. Em pacientes idosos, a eliminação de furosemida é diminuída devido à redução na função dos rins. A ação diurética da furosemida pode levar ou contribuir para hipovolemia (diminuição do volume líquido circulante nos vasos sanguíneos) e desidratação, especialmente em pacientes idosos. A depleção grave de fluidos pode elevar a concentração do sangue com tendência ao desenvolvimento de tromboses. Controle cuidadoso é necessário em crianças prematuras pela possibilidade de desenvolvimento de nefro- litíase (cálculo de cálcio nos rins) e nefrocalcinose (deposição de sais de cálcio nos tecidos dos rins). Nestes casos, a função dos rins deverá ser controlada e deverá ser realizada uma ultrassonografia dos rins. Caso a furosemida seja administrada a crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida, pode au- mentar o risco de persistência de ducto de Botallo. Uma cuidadosa vigilância se faz necessária principalmente em pacientes com hipotensão ou com risco particular de queda da pressão arterial (por exemplo pacientes com estenoses significativas das artérias co- ronárias ou das artérias que suprem o cérebro), pacientes com diabetes mellitus latente ou manifesta – reco- menda-se controle regular dos níveis de açúcar no sangue, pacientes com gota ou hiperuricemia (aumento do ácido úrico no sangue) – recomenda-se controle regular do ácido úrico. Pacientes com insuficiência dos rins associada à doença grave do fígado (síndrome hepatorrenal) e pacientes com hipoproteinemia (baixos índices de proteínas do sangue), por exemplo, associada à síndrome nefrótica (o efeito da furosemida pode estar diminuído e sua ototoxicidade potencializada). A avaliação da dose é necessária nesses casos.
-Algumas associações com furosemida são desaconselhadas, como:
Hidrato de cloral: sensação de calor, perspiração, agitação, náusea, aumento da pressão arterial e taquicar- dia podem ser encontrados em casos isolados após a administração intravenosa da furosemida dentro das 24 horas da ingestão de hidrato de cloral. Portanto, não é recomendado o uso concomitante de furosemida e hidrato de cloral.
Antibióticos aminoglicosídicos e de outros medicamentos que podem ser tóxicos ao ouvido: a furose- mida pode potencializar a ototoxicidade, ou seja, toxicidade ao ouvido de antibióticos aminoglicosídicos e de outros fármacos ototóxicos. Visto que os efeitos resultantes sobre a audição podem ser irreversíveis, esta combinação de fármacos deve ser restrita a indicações vitais.
-Precauções devem ser tomadas quando se usa furosemida concomitantemente a:
Cisplatina: existe risco de toxicidade ao ouvido quando da administração concomitante de cisplatina e fu- rosemida. Além disto, a toxicidade aos rins da cisplatina pode ser aumentada caso a furosemida não seja administrada em baixas doses (por exemplo, 40 mg em pacientes com função renal normal) e com balanço de fluidos positivo utilizada para obter-se diurese forçada durante o tratamento com cisplatina.
Sucralfato: a administração concomitante de furosemida via oral e sucralfato deve ser evitada, pois o sucral- fato reduz a absorção intestinal de furosemida e, consequentemente seu efeito. Aguardar pelo menos um período de 2 horas entre uma administração e outra.
Sais de lítio: a furosemida diminui a excreção de sais de lítio e pode causar aumento dos níveis sanguíneos de lítio, resultando em aumento do risco de toxicidade do lítio, incluindo aumento do risco de efeitos tóxicos do lítio ao coração e ao sistema nervoso. Desta forma, recomenda-se que os níveis sanguíneos de lítio sejam cuidadosamente monitorizados em pacientes que recebem esta combinação.
Medicamentos que inibem a enzima conversora da angiotensina (ECA): pacientes que estão recebendo diuréticos podem sofrer queda acentuada da pressão arterial e prejuízo da função dos rins, incluindo casos de insuficiência dos rins, especialmente quando um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA) ou antagonista do receptor de angiotensina II, é administrado pela primeira vez ou tem sua dose aumentada pela primeira vez. Deve-se considerar interrupção da administração da furosemida temporariamente ou, ao menos, reduzir a dose de furosemida por 3 dias antes de iniciar o tratamento ou antes de aumentar a dose de um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II.
Também devem ser consideradas as seguintes associações com furosemida:
Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs): agentes anti-inflamatórios não-esteroides, (incluindo ácido acetilsalicílico) podem atenuar a ação da furosemida. Em pacientes com diminuição do líquido circulante nos vasos (hipovolemia) ou desidratação, a administração de AINEs pode causar uma diminuição aguda da função dos rins. A toxicidade do salicilato pode ser aumentada pela furosemida.
Fenitoína: pode ocorrer diminuição do efeito da furosemida após administração concomitante de fenitoína.
Antibióticos: a furosemida pode potencializar os efeitos nocivos de fármacos nefrotóxicos nos rins.
Corticosteroides, carbenoxolona, alcaçuz e laxante: o uso concomitante com corticosteroides, carbeno- xolona, alcaçuz em grandes quantidades e uso prolongado de laxantes, pode aumentar o risco de desenvol- vimento de hipopotassemia (queda dos níveis de potássio no sangue).
Outros medicamentos, por exemplo, preparações de digitálicos e medicamentos que induzem a sín- drome de prolongamentos do intervalo QT: algumas alterações eletrolíticas (por exemplo, hipopotasse- mia, hipomagnesemia, ou seja, queda no nível de potássio ou de magnésio no sangue) podem aumentar a toxicidade de outros fármacos (por exemplo, preparações de digitálicos e fármacos que induzem a síndrome de prolongamento do intervalo QT). Medicamentos anti-hipertensivos diuréticos ou outros que potencialmente diminuem a pressão san- guínea: quando administrados concomitantemente com a furosemida podem provocar uma queda mais pronunciada da pressão sanguínea.
Medicamentos como probenecida e metotrexato: estes fármacos que, assim como a furosemida, são secretados significativamente por via tubular renal, podem reduzir o efeito da furosemida. Por outro lado, a furosemida pode diminuir a eliminação renal destes fármacos. Em caso de tratamento concomitante com altas doses de furosemida e outros medicamentos, pode haver aumento dos níveis no sangue e também dos riscos de efeitos adversos resultantes de ambas as substâncias.
Antidiabéticos e medicamentos que aumentam a pressão arterial atuando no sistema nervoso sim- pático: os efeitos dos antidiabéticos e medicamentos hipertensores simpatomiméticos (ex: epinefrina, no- repinefrina) podem ser reduzidos.
Teofilina ou relaxantes musculares do tipo curare: seus efeitos podem aumentar. Cefalosporinas: Insuficiência dos rins pode se desenvolver em pacientes recebendo simultaneamente trata- mento com furosemida e altas doses de certas cefalosporinas. Ciclosporina A: o uso concomitante de ciclosporina A e furosemida está associado com aumento do risco de artrite gotosa subsequente à hiperuricemia induzida por furosemida e à insuficiência da ciclosporina na excreção de urato pelos rins.
Radiocontraste: pacientes de alto risco para doença dos rins por radiocontraste tratados com furosemida demonstraram maior incidência de deterioração na função dos rins após receberem radiocontraste quando comparados à pacientes de alto risco que receberam somente hidratação intravenosa antes de receberem radiocontraste.
Alimentos: pode ocorrer alteração da absorção de furosemida quando administrada com alimentos, portan- to, recomenda-se que os comprimidos sejam tomados com o estômago vazio.
Interferência em exames de laboratório: não há dados disponíveis até o momento.
Não há contraindicação relativa a faixas etárias. Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis. Informe ao médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirur- gião-dentista.

COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Os comprimidos de furosemida são circulares, não-sulcados e de coloração branca. Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros sem mastigar, com algum líquido e com o estômago vazio. É vantajoso tomar a dose diária de uma só vez, escolhendo-se o horário mais prático, de tal forma que não fique perturbado o ritmo normal de vida do paciente, pela rapidez da diurese. A menos que seja prescrito de modo diferente, recomenda-se o seguinte esquema:
Adultos: o tratamento geralmente é iniciado com 20 a 80 mg por dia. A dose de manutenção é de 20 a 40 mg por dia. A dose máxima depende da resposta do paciente. A duração do tratamento é determinada pelo médico.
Crianças: se possível, a furosemida deve ser administrada por via oral para lactentes e crianças abaixo de 15 anos de idade. A posologia recomendada é de 2 mg/Kg de peso corporal, até um máximo de 40 mg por dia. A duração do tratamento é determinada pelo médico. Caso o paciente esqueça de tomar uma dose, deve tomá-la assim que possível; no entanto, se estiver próxi- mo do horário da dose seguinte deve esperar por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca tome duas doses ao mesmo tempo.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do me- dicamento.

QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?
A furosemida pode levar a um aumento da excreção de eletrólitos como sódio e cloreto e, consequente- mente, de água. Adicionalmente, fica aumentada a excreção de outros eletrólitos, em particular potássio, cálcio e magnésio. Distúrbios eletrolíticos sintomáticos e alcalose metabólica podem se desenvolver na forma de aumento gra- dual de déficit eletrolítico ou onde, por exemplo, doses maiores de furosemida são administradas a pacientes com função normal dos rins. Os sinais destes distúrbios eletrolíticos incluem polidipsia (aumento da sede), dor de cabeça, confusão men- tal, dores musculares, tetania (espasmo muscular), fraqueza muscular, distúrbios do ritmo cardíaco e sinto- mas gastrintestinais. O desenvolvimento de distúrbios eletrolíticos é influenciado por fatores como: doenças de base (por exemplo: cirrose hepática, insuficiência cardíaca); medicação concomitante (ver item “Quando não devo usar este medicamento?”) e nutrição. Em particular, como resultado dos vômitos e diarreia, a defi- ciência de potássio pode ocorrer. A ação diurética da furosemida pode levar ou contribuir para queda do volume líquido circulante nos vasos sanguíneos (hipovolemia) e desidratação, especialmente em pacientes idosos. Uma perda grave de fluidos pode elevar a concentração do sangue com tendência ao desenvolvimento de tromboses. A furosemida pode causar redução na pressão sanguínea a qual, especialmente se pronunciada, pode causar sinais e sintomas como dificuldade na habilidade de concentração e reação, sensação de cabeça vazia ou “oca”, sensação de pressão na cabeça, dor de cabeça, tonturas, sonolência, fraqueza, alterações visuais, boca seca, intolerância ortostática (incapacidade de ficar em pé). Aumentos na produção urinária podem provocar ou agravar as queixas de pacientes com obstrução do flu- xo urinário. Portanto, retenção urinária aguda com possíveis complicações secundárias pode ocorrer, por exemplo, em pacientes com alterações do esvaziamento da bexiga, hiperplasia prostática ou estreitamento da uretra. O tratamento com furosemida pode causar aumento nos níveis de colesterol e triglicérides no sangue. Pode haver aumentos transitórios dos níveis de creatinina e de ureia sanguíneas. Os níveis de ácido úrico no san- gue podem aumentar, podendo ocorrer ataques de gota. A tolerância à glicose pode diminuir durante o tratamento com furosemida. Em pacientes com diabetes mellitus, este efeito pode levar a deterioração do controle metabólico; o diabetes mellitus latente pode se manifestar. Reações gastrintestinais como náuseas, vômitos ou diarreia podem ocorrer em casos raros. Em casos isola- dos, podem se desenvolver colestase intra-hepática e aumento das enzimas do fígado ou inflamação aguda do pâncreas. Pode ocorrer também em casos raros, alteração na audição e tinido, embora geralmente de caráter transi- tório, particularmente em pacientes com insuficiência dos rins, hipoproteinemia (diminuição dos níveis de proteína no sangue) como, por exemplo, síndrome nefrótica. Reações cutâneas e nas membranas mucosas podem ocorrer ocasionalmente, sob a forma, por exemplo, de coceira, urticária, outras reações como rash ou erupções bolhosas, eritema multiforme, dermatite esfoliativa ou púrpura. Reações anafiláticas ou anafilactoides graves (por exemplo, com choque) podem ocorrer raramente. Nefrite intersticial, vasculite ou eosinofilia são reações raras. Podem ocorrer ocasionalmente trombocitopenia. Em casos raros, pode ocorrer leucopenia e, em casos isola- dos, agranulocitose, anemia aplásica ou anemia hemolítica. Em crianças prematuras, a furosemida pode precipitar nefrocalcinose (deposição de sais de cálcio no tecido renal) e nefrolitíase (desenvolvimento de cálculos renais contendo cálcio). Caso a furosemida seja adminis- trada a crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida, pode aumentar o risco de persistência de ducto de Botallo.

O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA GRANDE QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA SÓ VEZ?
O quadro clínico de superdose aguda e crônica com furosemida depende fundamentalmente da extensão e consequências da perda de eletrólitos e fluidos como, por exemplo, hipovolemia (perda importante do volume líquido do corpo), desidratação, hemoconcentração, arritmias cardíacas (incluindo bloqueio átrio- -ventricular e fibrilação ventricular). Os sintomas destas alterações incluem queda grave da pressão sanguí- nea (progredindo para choque), insuficiência aguda dos rins, trombose, estado de delírio, paralisia flácida, apatia e confusão. Em caso de superdose acidental, procure imediatamente atendimento médico de emergência. Não se conhece antídoto específico para a furosemida. Caso a ingestão tenha acabado de ocorrer, deve-se tentar limitar a posterior absorção sistêmica do princípio ativo através de medidas como lavagem gástrica ou outras com o objetivo de reduzir a absorção (por exemplo: carvão ativado). Alterações clinicamente relevantes do balanço eletrolítico e de fluidos devem ser corrigidas conjuntamente com a prevenção e tratamento de complicações sérias resultantes de distúrbios e de outros efeitos no orga- nismo, podendo necessitar de monitorização médica intensiva geral e específica e medidas terapêuticas.

ONDE E COMO DEVO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Este medicamento deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30 oC), em lugar seco, fresco e ao abrigo da luz. Nestas condições, o prazo de validade é de 2 anos a contar da data de fabricação.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

Data da bula

02/07/2013