Clopixol acuphase

CLOPIXOL ACUPHASE com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de CLOPIXOL ACUPHASE têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com CLOPIXOL ACUPHASE devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

lundbeck

Apresentação CLOPIXOL ACUPHASE

CLOPIXOL ACUPHASE® 50 mg/ml é apresentado em cartuchos de cartolina contendo 1 ampola de vidro de 1 ml.

CLOPIXOL ACUPHASE – Indicações

O CLOPIXOL ACUPHASE® é indicado para:
O tratamento inicial das psicoses agudas, incluindo mania e exacerbações de psicoses crônicas.

Contra indicações de CLOPIXOL ACUPHASE

O CLOPIXOL ACUPHASE® é contraindicado em pacientes que apresentem hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes (ver COMPOSIÇÃO).
O CLOPIXOL ACUPHASE® também é contraindicado em pacientes com colapso circulatório, nível reduzido de consciência devido a qualquer causa (por exemplo, intoxicação por álcool, barbitúricos ou opiáceos) ou coma.

FERTILIDADE, GRAVIDEZ E LACTAÇÃO GRAVIDEZ
Categoria de risco B: O acetato de zuclopentixol não deve ser administrado durante a gravidez, a menos que o benefício esperado para a paciente supere o risco teórico para o feto.
Neonatos expostos a antipsicóticos (incluindo o decanoato de zuclopentixol) durante o último trimestre de gravidez estão sob risco de reações adversas, incluindo sintomas extrapiramidais e/ou de descontinuação, que podem variar em intensidade e duração após o parto. Existem relatos de agitação, hipertonia, hipotonia, tremores, sonolência, dificuldade respiratória ou distúrbio alimentar. Consequentemente, recém-nascidos precisam ser cuidadosamente monitorados.

Os estudos em animais apresentaram toxicidade reprodutiva (ver 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA – DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICA).

AMAMENTAÇÃO
Como o zuclopentixol é encontrado no leite materno em baixas concentrações, não é esperado que afete o bebê quando são utilizadas doses terapêuticas. A dose ingerida pela criança é inferior a 1% do peso relacionado à dose materna (em mg/kg). A amamentação pode ser mantida durante o tratamento com o acetato de zuclopentixol, se considerada importante clinicamente; porém, é recomendada a observação frequente da criança, especialmente nas primeiras quatro semanas após o parto.

FERTILIDADE
Em humanos, há relatos de efeitos adversos tais como hiperprolactinemia, galactorreia, amenorreia, disfunção erétil e falha na ejaculação (ver 9. REAÇÕES ADVERSAS). Estes eventos podem ter um impacto negativo sobre a função sexual feminina e/ ou masculina Ena fertilidade.

Se ocorrer hiperprolactinemia, galactorreia, amenorreia ou disfunções sexuais clinicamente significativa, a redução da dose (se possível) ou a descontinuação deve ser considerada. Os efeitos são reversíveis com a descontinuação.

A administração do zuclopentixol em ratos machos e fêmeas foi associada a um pequeno atraso no acasalamento. Em um experimento onde zuclopentixol foi administrada através da alimentação, foi observada redução do acasalamento e da taxa de concepção foi notada.

ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-DENTISTA.

Advertências

A possibilidade de desenvolvimento de síndrome neuroléptica maligna (SNM) (hipertermia, rigidez muscular, flutuação da consciência, instabilidade do sistema nervoso autônomo) existe com qualquer neuroléptico. O risco é possivelmente maior com os agentes mais potentes. Pacientes com síndrome cerebral orgânica pré-existente, retardo mental, abuso de álcool e opiáceos estão sobre-representados entre os casos fatais.
Tratamento da SNM: interrupção do neuroléptico; tratamento sintomático e o uso de medidas gerais de suporte. Bromocriptina e dantroleno podem ser úteis.
Os sintomas podem persistir por mais de uma semana após a interrupção de neurolépticos orais e podem se prolongar mais quando associados com as drogas de depósito.
Como outros neurolépticos, o acetato de zuclopentixol deve ser usado com precaução em doentes com síndrome cerebral orgânica, convulsões e doença hepática avançada.
Tal como descrito para outros psicotrópicos, o acetato de zuclopentixol pode modificar as respostas da insulina à glicose, sendo necessário o ajuste da terapia antidiabética em pacientes diabéticos.
Tal como acontece com outros fármacos pertencentes à classe terapêutica dos antipsicóticos, o acetato de zuclopentixol pode causar prolongamento do intervalo QT. A persistência do intervalo QT prolongado pode aumentar o risco de arritmias malignas. Portanto, o acetato de zuclopentixol deve ser usado com precaução em indivíduos susceptíveis (com hipocalemia, hipomagnesia ou predisposição genética) e em doentes com história de doenças cardiovasculares como, por exemplo, histórico de prolongamento do intervalo QT, bradicardia importante (< 50 batimentos por minuto), infarto agudo do miocárdio recente, insuficiência cardíaca descompensada ou arritmias cardíacas. O tratamento concomitante com outros antipsicóticos deve ser evitado (ver INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Casos de tromboembolismo venoso (TEV) têm sido relatados com drogas antipsicóticas. Uma vez que os pacientes tratados com antipsicóticos geralmente apresentam fatores de risco para TEV adquirido, todos os possíveis fatores de risco para TEV devem ser identificados antes e durante o tratamento com o acetato de zuclopentixol e medidas preventivas devem ser tomadas.

IDOSOS
Cerebrovascular
Um risco aproximadamente três vezes maior de eventos adversos cerebrovasculares com alguns antipsicóticos atípicos foi observado em estudos clínicos placebo controlados, randomizados, em população com demência. O mecanismo para este aumento do risco não é conhecido. Um aumento do risco não pode ser excluído para outros antipsicóticos ou outras populações de pacientes. O acetato de zuclopentixol deve ser usado com precaução em pacientes com fatores de risco para acidente vascular cerebral.

Aumento da mortalidade em idosos com demência
Dados de dois grandes estudos observacionais mostraram que idosos com demência que são tratados com antipsicóticos têm um pequeno risco aumentado de morte comparado com aqueles que não são tratados. Não existem dados suficientes para dar uma estimativa precisa da magnitude do risco, e a causa do aumento do risco não é conhecida.
O acetato de zuclopentixol não é licenciado para o tratamento das alterações de comportamento relacionadas à demência.

Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
CLOPIXOL ACUPHASE® tem ação sedativa. Os pacientes que utilizam medicamentos psicotrópicos podem vir a ter algum comprometimento da atenção e da concentração em geral e devem ser advertidos quanto à sua capacidade de dirigir ou operar máquinas.

DURANTE O TRATAMENTO, O PACIENTE NÃO DEVE DIRIGIR VEÍCULOS OU OPERAR MÁQUINAS, POIS A SUA HABILIDADE E ATENÇÃO PODEM ESTAR PREJUDICADAS.

CRIANÇAS E ADOLESCENTES (<18 ANOS)
O CLOPIXOL ACUPHASE® não é recomendado para crianças e adolescentes, uma vez não há estudos clínicos nesta população.

Interações medicamentosas de CLOPIXOL ACUPHASE

Combinações que exigem precaução
O acetato de zuclopentixol pode aumentar o efeito sedativo do álcool e os efeitos dos barbitúricos e de outros depressores do SNC.
Os neurolépticos podem aumentar ou diminuir o efeito de anti-hipertensivos; o efeito anti-hipertensivo da guanetidina e de compostos semelhantes é reduzido.
O uso concomitante de neurolépticos e do lítio aumenta o risco de neurotoxicidade.
Os antidepressivos tricíclicos e os neurolépticos mutuamente inibem os seus metabolismos.
O acetato de zuclopentixol pode reduzir o efeito da levodopa e o efeito de outras drogas adrenérgicas. O uso concomitante de metoclopramida e piperazina aumenta o risco de alterações extrapiramidais.
Uma vez que o zuclopentixol é parcialmente metabolizado pela CYP2D6, o uso concomitante de drogas que inibem esta enzima pode levar à diminuição da depuração do zuclopentixol.

Aumentos no intervalo QT relacionados ao tratamento com antipsicóticos podem ser exacerbados pela co-administração de outros fármacos que aumentam significativamente o intervalo QT. A co-administração dessas drogas deve ser evitada, tais como:
-classe Ia e III de antiarrítmicos (ex.: quinidina, amiodarona, sotalol, dofetilide)
-alguns antipsicóticos (ex.: tioridazina)
-alguns macrolídeos (ex.: eritromicina)
-alguns anti-histamínicos (ex.: terfenadina, astemizol)
-alguns antibióticos da classe das quinolonas (ex.: gatifloxacina, moxifloxacina).

A lista acima não está completa e outros fármacos conhecidos por aumentar significativamente o intervalo QT (ex.: cisaprida, lítio) devem ser evitados.

Drogas conhecidas por causar distúrbios eletrolíticos como diuréticos tiazídicos (hipocalemia) e as drogas conhecidas por aumentar a concentração plasmática do acetato de zuclopentixol também devem ser utilizadas com precaução, pois podem aumentar o risco de prolongamento do intervalo QT e de arritmias malignas (ver ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

ALTERAÇÕES TESTES LABORATORIAIS
CLOPIXOL ACUPHASE® pode alterar testes da função hepática (ver em REAÇÕES ADVERSAS).

Reações adversas / efeitos colaterais de CLOPIXOL ACUPHASE

Os efeitos indesejáveis são, em sua maioria, dose-dependentes. A frequência e a gravidade são mais acentuadas na fase inicial do tratamento e diminuem durante a continuação do tratamento.
Reações extrapiramidais podem ocorrer, especialmente, nos primeiros dias após uma injeção e na fase inicial do tratamento. Na maioria dos casos, estes eventos adversos podem ser controlados satisfatoriamente através da redução da dose e/ou do uso de medicamentos antiparkinsonianos. O uso profilático de rotina de medicamentos antiparkinsonianos não é recomendado. Medicamentos antiparkinsonianos não aliviam a discinesia tardia e podem agravá-la. Nestes casos é recomendada a redução da dose ou, se possível, a descontinuação da terapia com o zuclopentixol. Nos casos de acatisia persistente, um benzodiazepínico ou o uso do propranolol podem ser úteis.
As frequências dos efeitos adversos verificados com pacientes que utilizaram o CLOPIXOL ACUPHASE® foram originadas da literatura e de relatos espontâneos. As frequências foram definidas como: muito comum (>1/10), comum (>1/100 a <=1/10), incomum (>1/1000 e <=1/100), raro (>1/10000 e <=1/1000), muito raro (<1/10000), desconhecido (não pode ser estimado com os dados atuais).
Tal como acontece com outros fármacos pertencentes à classe terapêutica dos antipsicóticos, casos raros de prolongamento do intervalo QT, arritmias ventriculares – fibrilação ventricular, taquicardia ventricular, Torsades de Pointes e morte súbita inexplicada têm sido relatados para o acetato de zuclopentixol (ver ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
A interrupção abrupta do acetato de zuclopentixol pode ser acompanhada por sintomas de descontinuação. Os sintomas mais comuns são náuseas, vômitos, anorexia, diarréia, rinorréia, sudorese, mialgias, parestesias, insônia, agitação, ansiedade e agitação. Os pacientes também podem experimentar vertigem, sentimentos alternados de calor e frio, e tremores. Os sintomas começam geralmente dentro de 1-4 dias da descontinuação e diminuem no prazo de 7 a 14 dias.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

CLOPIXOL ACUPHASE – Posologia

O CLOPIXOL ACUPHASE® deve ser administrado por injeção intramuscular (IM) no quadrante superior externo da região glútea. Volumes de injeção superiores a 2 ml devem ser distribuídos entre dois locais de injeção. A tolerabilidade local é boa.
O CLOPIXOL ACUPHASE® não deve ser administrado por via intravenosa.
O CLOPIXOL ACUPHASE® não pode ser misturado na mesma seringa a outras medicações de depósito que tenham outros veículos oleosos (óleo de gergelim, por exemplo), porque isso pode causar mudanças definitivas nas propriedades farmacocinéticas dos produtos envolvidos.
O CLOPIXOL ACUPHASE® somente pode ser misturado na mesma seringa com o CLOPIXOL DEPOT® (decanoato de zuclopentixol), que possui o mesmo veículo, os triglicerídeos de cadeia média.

ADULTOS
A dose deve ser ajustada individualmente de acordo com a condição do paciente. A dose usual é de 50-150 mg (1-3 ml), com aplicação intramuscular (IM), repetida se necessário, de preferência com um intervalo de tempo de 2-3 dias. Em alguns poucos pacientes uma injeção adicional pode ser necessária 24-48 horas após a primeira injeção.
O acetato de zuclopentixol não se destina ao uso prolongado e a duração do tratamento não deve ser superior a duas semanas. A dose máxima acumulada durante um tratamento de fase aguda não deve exceder 400 mg e o número de injeções não deverá exceder a quatro.

Na terapia de manutenção, o tratamento deve ser continuado com o zuclopentixol oral ou com o decanoato de zuclopentixol IM, seguindo as seguintes diretrizes:

-Mudança para o zuclopentixol oral: 2-3 dias após a última injeção do acetato de zuclopentixol, para um paciente que tenha sido tratado com 100 mg do acetato de zuclopentixol, deve ser iniciado uma dose oral de 40 mg/dia, possivelmente em doses divididas. Se necessário, a dose pode ser aumentada em 10- 20 mg a cada 2-3 dias até 75 mg/dia ou mais.

-Mudança para o decanoato de zuclopentixol: concomitantemente com a (última) injeção de acetato de zuclopentixol (100 mg), uma dose de 200 a400 mg (1-2 ml) do decanoato de zuclopentixol 200 mg/ml deve ser administrada por via intramuscular e posteriormente repetida a cada 2 semanas. Doses maiores ou intervalos menores podem ser necessários. O acetato de zuclopentixol e o decanoato de zuclopentixol podem ser misturados em uma mesma seringa e administrados em uma única injeção (co- injeção). Doses subsequentes do decanoato de zuclopentixol e o intervalo entre as injeções podem ser ajustados de acordo com a resposta do paciente.

PACIENTES IDOSOS (> 65 ANOS DE IDADE)
A dose pode necessitar ser reduzida em idosos. A dose máxima por injeção deve ser de 100 mg (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

CRIANÇAS E ADOLESCENTES (<18 ANOS)
O CLOPIXOL ACUPHASE® não é recomendado para uso em crianças devido à falta de experiência clínica.

FUNÇÃO RENAL REDUZIDA
O CLOPIXOL ACUPHASE® pode ser administrado em doses usuais em pacientes com função renal reduzida.

FUNÇÃO HEPÁTICA REDUZIDA
Pacientes com comprometimento da função hepática devem receber metade da dose recomendada e, se possível, uma determinação dos níveis séricos é aconselhável.

Super dosagem

Devido à administração ser realizada por profissional de saúde, são improváveis que ocorram sintomas de superdose.
Caso ocorram, os sintomas incluem sonolência, coma, distúrbios do movimento, convulsões, choque, hipertermia/hipotermia. Alterações no ECG, prolongamento do intervalo QT, Torsades de Pointes, parada cardíaca e arritmias ventriculares foram relatados quando foram administradas superdoses juntamente com outras drogas conhecidas por afetar o coração.

CONDUTA EM CASO DE SUPERDOSE
O tratamento é sintomático e de suporte. Medidas de apoio aos sistemas respiratório e cardiovascular devem ser instituídas. A epinefrina (adrenalina) não deve ser usada, pois pode resultar em uma maior redução da pressão arterial. Convulsões podem ser tratadas com o diazepam e os distúrbios do movimento com o biperideno.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Caracteristicas farmalogicas

MECANISMO DE AÇÃO
O zuclopentixol é um neuroléptico do grupo dos tioxantenos.

O efeito dos neurolépticos antipsicóticos está relacionado com o bloqueio dos receptores da dopamina, mas possivelmente há uma contribuição do bloqueio dos receptores 5-HT (5-hidroxitriptamina). In vitro, o zuclopentixol tem alta afinidade para os receptores de dopamina D1 e D2, por receptores alfa-1-adrenérgicos e

por receptores 5-HT2, mas não tem afinidade para receptores colinérgicos muscarínicos. Tem fraca afinidade pelo receptor histaminérgico (H1) e nenhuma afinidade bloqueadora de alfa-2-adrenoreceptores.
In vivo, a afinidade com os sítios de ligação D2 é maior em relação à afinidade aos receptores D1. O zuclopentixol provou ser um potente neuroléptico em todos os estudos conduzidos para verificar a atividade neuroléptica (bloqueador de receptor de dopamina). A correlação é encontrada em modelos de teste in vivo, a afinidade para os sítios de ligação da dopamina D2 in vitro e a média, em doses diárias antipsicóticas.
Como a maioria dos outros neurolépticos, o zuclopentixol aumenta os níveis de prolactina sérica.
Estudos farmacológicos mostraram um efeito pronunciado de quatro horas após a aplicação parenteral de solução oleosa de acetato zuclopentixol. Um efeito um pouco acentuado foi registrado em um período de 1-3 dias após a injeção. Durante os dias seguintes, o efeito declinou rapidamente.

PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS ABSORÇÃO
Pela esterificação do zuclopentixol com ácido acético, o zuclopentixol torna-se uma substância mais lipofílica, o acetato de zuclopentixol. Quando dissolvido em óleo e injetado por via intramuscular, o éster difunde-se lentamente a partir do óleo para a fase aquosa do corpo onde é rapidamente hidrolisado, liberando o zuclopentixol ativo.
Após injeção intramuscular, a concentração sérica máxima é atingida em um período de 24-48 horas (em média 36 horas). A média de eliminação plasmática (refletindo a liberação a partir do depósito) é de uma meia-vida de aproximadamente 32 horas.

DISTRIBUIÇÃO
O volume de distribuição aparente (Vd)β é cerca de 20 l/kg. A ligação às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 98-99%.

BIOTRANSFORMAÇÃO
O metabolismo do zuclopentixol ocorre através de três rotas principais: sulfoxidação, N-dealquilação da cadeia lateral e conjugação com ácido glicurônico. Os metabólitos são desprovidos de atividade psicofarmacológica. O zuclopentixol é dominante em relação aos metabolitos no cérebro e em outros tecidos.

ELIMINAÇÃO
A meia-vida (T ½ β) do zuclopentixol é de cerca de 20 horas e a depuração sistêmica média (Cls) é de aproximadamente 0,86 l/min.
O zuclopentixol é excretado principalmente nas fezes, mas também (cerca de 10%) pela urina. Apenas 0,1% da dose é excretada inalterada pela urina, o que significa que a carga da droga nos rins é insignificante.
O zuclopentixol é excretado em pequenas quantidades no leite materno. Em estado de concentração de equilíbrio, a razão leite/plasma em mulheres tratadas por via oral ou com o decanoato é de cerca de 0,29.

LINEARIDADE
A cinética é linear. O nível sérico médio máximo do zuclopentixol correspondente a uma dose de 100 mg do acetato de zuclopentixol é de 102 nmol/l (41 ng/ml). Três dias após a injeção, o nível sérico é cerca de um terço do máximo, isto é, 35 nmol/l (14 ng/ml).

IDOSOS
Os parâmetros farmacocinéticos são amplamente independentes da idade dos pacientes.

FUNÇÃO RENAL REDUZIDA
Com base nas características acima descritas em relação à eliminação, é razoável supor que a função renal reduzida não seja capaz de influenciar os níveis séricos do fármaco.

FUNÇAO HEPÁTICA REDUZIDA
Não há dados disponíveis.

POLIFORMISMO
Uma investigação in vivo demonstrou que algumas partes do metabolismo estão sujeitas ao poliformismo genético da oxidação debrisoquina/esparteína (CYP2D6).

INÍCIO DE AÇÃO
O início da ação do CLOPIXOL ACUPHASE® se dá geralmente em 2 a 4 horas após a injeção intramuscular. O efeito permanece por 2 a 3 dias no organismo.

Resultados de eficacia

DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLINICA
Toxicidade aguda
O zuclopentixol tem baixa toxicidade aguda.

Toxicidade crônica
Em estudos de toxicidade crônica não foram encontradas alterações preocupantes para o uso terapêutico do zuclopentixol.

Toxicidade na reprodução
Num estudo de terceira geração em ratos um atraso no acasalamento foi observado. Uma vez acasalados, não houve efeito sobre a fertilidade. Em um experimento onde zuclopentixol foi administrado através da alimentação, o desempenho do acasalamento foi comprometido e observou-se redução na taxa de concepção.
Estudos na reprodução animal não demonstraram evidência de efeitos embriotóxicos ou teratogênicos. Em um estudo peri/ pós-natal em ratos, doses de 5 e 15 mg/ kg/ dia resultaram em um aumento de natimortos, redução da sobrevivência das crias e atraso no desenvolvimento dos filhotes.. O significado clínico destes resultados não é claro e é possível que o efeito sobre os filhotes tenha sido devido à negligência maternal das ratas que foram expostas a doses do zuclopentixol.

Mutagenicidade e carcinogenicidade
O zuclopentixol não tem potencial mutagênico ou cancerígeno. Em um estudo oncogênico em ratos com 30 mg/kg/dia durante dois anos (dose superior) resultou em ligeiro aumento (não estatístico) na incidência de adenocarcinomas mamários, adenomas de ilhotas pancreáticas, carcinoma em mulheres e carcinomas da tiróide parafoliculares. O pequeno aumento na incidência destes tumores é um achado comum para os antagonistas D2, que aumentam a secreção da prolactina quando administrados nos ratos. As diferenças fisiológicas entre ratos e seres humanos em relação à prolactina tornam a relevância clínica destes resultados incerta, mas admite-se como não sendo um risco oncogênico para humanos.

Toxicidade local
Uma lesão muscular local é vista após a injeção de soluções aquosas de neurolépticos, o que inclui o zuclopentixol. A lesão muscular mostra um grau muito maior após a aplicação de soluções aquosas de neurolépticos do que após a de soluções oleosas do acetato e do decanoato zuclopentixol.

EFICÁCIA CLÍNICA E SEGURANÇA
O uso clínico de acetato de zuclopentixol destina-se ao tratamento inicial de psicoses agudas, mania e exacerbações de psicoses crônicas.
Uma única injeção de acetato de zuclopentixol garante uma redução acentuada e rápida dos sintomas psicóticos. A duração da ação é de 2 a 3 dias e normalmente apenas uma ou duas injeções são suficientes antes dos pacientes iniciarem o tratamento com os comprimidos ou depot.
Além de causar uma redução significativa ou eliminação completa dos sintomas da esquizofrenia, tais como alucinações, delírios e distúrbios mentais o zuclopentixol também tem um efeito significativo sobre os sintomas como hostilidade, desconfiança, agitação e agressividade.
O zuclopentixol induz uma sedação transitória dose-dependente. No entanto, esta sedação inicial é normalmente vantajosa na fase aguda da psicose, uma vez que acalma o paciente no período anterior ao efeito antipsicótico.. A sedação inespecífica é observada rapidamente após a injeção, é significativa após 2 horas e atinge o seu máximo em cerca de 8 horas, após o que diminui substancialmente e continua fraca apesar de repetidas injeções.
Acetato de zuclopentixol é particularmente útil no tratamento de pacientes psicóticos, que são agitados, inquietos, hostis ou agressivos.
Psicoses agudas, exacerbação de psicoses crônicas e mania.
Dois estudos1,2 randomizados, duplo-cegos, tiveram o haloperidol como comparador ativo. Em ambos estudos a eficácia antipsicótica foi semelhante entre os medicamentos estudados, de acordo com os resultados obtidos na BPRS e na CGI1,2. Em um dos estudos1, de 9 dias de duração, o acetato de zuclopentixol intramuscular foi comparado ao haloperidol oral no tratamento de pacientes esquizofrênicos reagudizados. O acetato de zuclopenthixol (50 a 150 mg) foi administrado intramuscular a cada 3 dias e o haloperidol oral (10 a 30 mg) três vezes ao dia, com doses suplementares de ambas medicações administradas se necessário, em caso de agitação. A dose média do haloperidol foi de 18,9 mg/dia em comparação a uma dose média de zuclopentixol de 117,6 mg a cada 3 dias. Ambos medicamentos se mostraram eficazes. A sedação foi maior no grupo em uso do acetato de zuclopentixol.
Em um outro estudo3 multicêntrico, pacientes com esquizofrenia aguda, crônica reagudizada e com mania foram avaliados por 6 dias após receber o acetato de zuclopentixol (50-200 mg a cada 24 a 72h) ou o haloperidol intramuscular (5-10 mg, até 4 vezes ao dia) ou o zuclopentixol intramuscular (não-acetato; 10-20 mg, até 4 vezes ao dia). No período do estudo, os pacientes em uso do acetato de zuclopentixol receberam de 1 a 4 injeções, os em uso do haloperidol intramuscular de 1 a 26 injeções e em uso do zuclopentixol intramuscular (não-acetato) de 1 a 22 injeções. Os três tratamentos foram eficazes pela Escala de Avaliação Psiquiátrica Breve (BPRS). Os pacientes em uso de haloperidol intramuscular apresentaram significativamente mais hipocinesia após 24h, porém ao final do estudo não havia diferenças significativas entre os grupos3.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

Guardar o CLOPIXOL ACUPHASE® em temperatura ambiente (entre 15ºC – 30ºC). Manter a ampola na embalagem, protegendo-a da luz e do calor.
O prazo de validade do CLOPIXOL ACUPHASE® é de 24 meses e encontra-se gravado na embalagem externa. Em caso de vencimento, inutilizar o produto.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

ASPECTO FÍSICO DO CLOPIXOL ACUPHASE®
CLOPIXOL ACUPHASE® é um líquido claro, levemente amarelado, praticamente livre de partículas.

CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS
CLOPIXOL ACUPHASE® não tem cheiro ou gosto.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS

Dizeres legais

Reg. MS nº 1.0475.0045.005-8
Farm. Resp.: Michele Medeiros Rocha – CRF-RJ 9597

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA.

Fabricado e embalado por H.Lundbeck A/S, Copenhague – Dinamarca Importado e distribuído por Lundbeck Brasil Ltda.
Rua Maxwell, 116 – Rio de Janeiro – RJ CNPJ: 04.522.600/0001-70
Central de Atendimento: 0800-282-4445

CLOPIXOL ACUPHASE – Bula para o paciente

PARA QUE O CLOPIXOL ACUPHASE® É INDICADO?
O CLOPIXOL ACUPHASE® é um medicamento destinado ao tratamento inicial das psicoses agudas, incluindo mania, e exacerbações agudas das psicoses crônicas. É utilizado especialmente quando é preciso um rápido início de ação e quando é preferida uma duração do efeito por 2-3 dias.
Seu médico, entretanto, pode prescrever o CLOPIXOL ACUPHASE® para outra finalidade. Pergunte ao seu médico se você tiver qualquer dúvida sobre o motivo pelo qual o CLOPIXOL ACUPHASE® lhe foi prescrito.

COMO O CLOPIXOL ACUPHASE FUNCIONA?
O CLOPIXOL ACUPHASE® pertence a um grupo de medicamentos conhecidos como antipsicóticos (também chamados de neurolépticos). Estes medicamentos atuam em áreas específicas do cérebro e ajudam a corrigir determinados desequilíbrios químicos que causam os sintomas da sua doença.
O início de ação do CLOPIXOL ACUPHASE® ocorre, geralmente, após 2 a 4 horas da injeção intramuscular. Seu efeito permanecerá por 2 a 3 dias.

QUANDO NÃO DEVO USAR O CLOPIXOL ACUPHASE?

CONTRAINDICAÇÕES DO USO DO CLOPIXOL ACUPHASE®
Não use o CLOPIXOL ACUPHASE® se você:
-tem alergia (hipersensibilidade) ao zuclopentixol ou a qualquer outro componente do produto (veja COMPOSIÇÃO).
-estiver com a consciência rebaixada (torporoso)

ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-DENTISTA

O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR O CLOPIXOL ACUPHASE®?
Informe ao seu médico sobre qualquer outro medicamento que esteja em uso antes do início ou durante o tratamento com o CLOPIXOL ACUPHASE®.

Também informe ao seu médico se você:

-tem ou teve algum problema de fígado;
-tem ou teve histórico de convulsões;
-tem ou teve diabetes (pois pode ser necessário um ajuste na dose da sua medicação antidiabética);
-tem ou teve uma síndrome cerebral orgânica (que pode ser uma consequência de intoxicação com álcool ou solventes orgânicos);
-tem fatores de risco para acidente vascular cerebral (por ex.: se é fumante, se tem hipertensão arterial);
-sofre ou tem predisposição genética para hipocalemia ou hipomagnesia (muito pouco potássio ou magnésio no sangue);
-tem histórico de doenças cardiovasculares;
-usa ou usou outro(s) medicamento(s) antipsicótico (s);
-ou alguém na sua família tem história de coágulos no sangue, uma vez que antipsicóticos têm sido associados à formação de coágulos no sangue.

PRINCIPAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM O CLOPIXOL ACUPHASE®
Alguns medicamentos podem afetar a ação de outros, e isso pode causar sérias reações adversas.
Comunicar ao seu médico todos os medicamentos que estiver em uso ou que tenha feito uso previamente ao início do tratamento com o CLOPIXOL ACUPHASE® (mesmo os medicamentos que não precisam de receita controlada).

O CLOPIXOL ACUPHASE® e os medicamentos abaixo devem ser associados com cautela e sob orientação médica:

-medicamentos antidepressivos tricíclicos;
-guanetidina e medicamentos similares (utilizados para diminuir a pressão arterial);
-barbitúricos e outros medicamentos similares (que fazem você se sentir sonolento);
-medicamentos utilizados para tratar a epilepsia;
-levodopa e medicamentos similares (utilizados para tratar a doença de Parkinson);
-metoclopramida (utilizado no tratamento de problemas gastro-intestinais);
-piperazina (utilizada no tratamento de infecção por lombriga e oxiúro);
-medicamentos que causem desequilíbrio de sais diluídos no seu organismo (muito pouco potássio ou magnésio no sangue);
-medicamentos conhecidos por aumentar a concentração de CLOPIXOL ACUPHASE® em seu sangue.

Os seguintes medicamentos não devem ser tomados ao mesmo tempo com o CLOPIXOL ACUPHASE®:

-medicamentos que alteram o ritmo cardíaco (por exemplo: quinidina, amiodarona, sotalol, dofetilida, eritromicina, terfenadina, astemizol, gatifloxacina, moxifloxacina, cisaprida, lítio).
-outros medicamentos antipsicóticos (por exemplo, tioridazina).

INFORME AO SEU MÉDICO OU CIRURGIÃO- DENTISTA SE VOCÊ ESTÁ FAZENDO USO DE ALGUM OUTRO MEDICAMENTO.

NÃO USAR MEDICAMENTOS SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.

O CLOPIXOL ACUPHASE® INTERAGE COM O ÁLCOOL?
O CLOPIXOL ACUPHASE® pode aumentar o efeito sedativo do álcool fazendo você se sentir sonolento. É recomendado não ingerir bebidas alcoólicas durante o tratamento com o CLOPIXOL ACUPHASE®.

Evite o uso concomitante com álcool.


USO DURANTE A GRAVIDEZ, LACTAÇÃO E FERTILIDADE
Se você está grávida ou amamentando, acha que pode estar grávida ou planeja engravidar, converse com o seu médico antes de fazer uso CLOPIXOL ACUPHASE®

Gravidez
Se você está grávida ou acha que pode estar grávida, informe ao seu médico. O CLOPIXOL ACUPHASE® não deve ser utilizado durante a gravidez, exceto se claramente necessário.
Os seguintes sintomas podem ocorrer com recém-nascidos de mães que usaram o CLOPIXOL ACUPHASE® no último trimestre da gravidez (últimos três meses antes do parto): tremores, rigidez muscular e/ou fraqueza, sonolência, agitação, problemas respiratórios e dificuldade durante alimentação. Se o seu bebê apresentar alguns destes sintomas, contate o seu médico.

Amamentação
Converse com o seu médico se pretende amamentar. Você não deve usar o CLOPIXOL ACUPHASE® enquanto estiver amamentando, uma vez que pequenas quantidades do medicamento podem passar para o leite materno.

Fertilidade
Estudos realizados em animais mostraram que o CLOPIXOL ACUPHASE® afeta a fertilidade. Converse com o seu médico.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Existe o risco de se sentir sonolento e tonto quando utilizar o CLOPIXOL ACUPHASE®. Por isso, não utilize quaisquer ferramentas ou máquinas enquanto estiver sob o efeito deste medicamento.

DURANTE O TRATAMENTO, O PACIENTE NÃO DEVE DIRIGIR VEÍCULOS OU OPERAR MÁQUINAS, POIS A SUA HABILIDADE E ATENÇÃO PODEM ESTAR PREJUDICADAS.

EXAMES LABORATORIAIS
O CLOPIXOL ACUPHASE® pode alterar testes da função do fígado (ver em REAÇÕES ADVERSAS).

ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR O CLOPIXOL ACUPHASE®? Guardar o CLOPIXOL ACUPHASE® em temperatura ambiente (entre 15ºC – 30ºC). Manter a ampola na embalagem, protegendo-a da luz e do calor.
O prazo de validade do CLOPIXOL ACUPHASE® é de 24 meses e encontra-se gravado na embalagem externa. Em caso de vencimento, inutilizar o produto.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

ASPECTO FÍSICO DO CLOPIXOL ACUPHASE®
O CLOPIXOL ACUPHASE® é um líquido claro, levemente amarelado, praticamente livre de partículas.

CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS
O CLOPIXOL ACUPHASE® não tem cheiro ou gosto.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS

COMO DEVO USAR O CLOPIXOL ACUPHASE®?
INSTRUÇÕES DE USO
Um volume do CLOPIXOL ACUPHASE® deve ser aspirado para uma seringa e posteriormente injetado no músculo da sua nádega, por um profissional de saúde.
Seu médico decidirá sobre o volume correto do medicamento a ser aplicado em você, assim como o número de vezes.

A dose recomendada é:

ADULTOS
A dose usual é de uma injeção de 1-3 ml (50-150 mg), que pode ser repetida após 2-3 dias. Alguns pacientes podem precisar de uma injeção adicional 1-2 dias após a primeira injeção.
Se sua dose exceder o volume de 2 ml, precisará ser dividida em duas injeções, em dois lugares diferentes.

PACIENTES IDOSOS (> 65 ANOS DE IDADE)
A dose poderá ser reduzida em idosos. A dose máxima por injeção deverá ser de 100 mg.

PACIENTES COM RISCOS ESPECIAIS
Pacientes com comprometimento da função hepática (do fígado) devem receber metade da dose recomendada.

CRIANÇAS E ADOLESCENTES (<18 ANOS)
O CLOPIXOL ACUPHASE® não é recomendado para uso em crianças, porque não foi estudado nesta população.

ESTE MEDICAMENTO NÃO É RECOMENDADO EM CRIANÇAS
FUNÇÃO RENAL REDUZIDA
O CLOPIXOL ACUPHASE® pode ser administrado em doses usuais em pacientes com função renal (dos rins) reduzida. Entretanto, seu médico decidirá qual a melhor dose para você com base no monitoramento da função dos seus rins.

DURAÇÃO DO TRATAMENTO COM O CLOPIXOL ACUPHASE®
O CLOPIXOL ACUPHASE® não deve ser utilizado por longos períodos. A duração do tratamento não deve ser superior a duas semanas. Durante esse tempo, você não deve receber mais que 8 injeções ou 8 ml (400 mg) de acetato de zuclopentixol, no total. Se for necessário continuar o tratamento, seu médico irá prescrever os medicamentos adequados.

Se você tiver a impressão que os efeitos do CLOPIXOL ACUPHASE® estão muito fortes ou muito fracos, comunique seu medico ou farmacêutico.

SIGA A ORIENTAÇÃO DE SEU MÉDICO, RESPEITANDO SEMPRE OS HORÁRIOS, AS DOSES E A DURAÇÃO DO TRATAMENTO. NÃO INTERROMPA O TRATAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO.

O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR O CLOPIXOL ACUPHASE®?
O CLOPIXOL ACUPHASE® deve ser aplicado por um profissional de saúde (veja “COMO DEVO USAR CLOPIXOL ACUPHASE®?”), de acordo com a recomendação de seu médico. Não utilize o medicamento sem conhecimento de seu médico.

EM CASO DE DÚVIDAS, PROCURE ORIENTAÇÃO DO FARMACÊUTICO, DE SEU MÉDICO OU CIRURGIÃO-DENTISTA.

QUAIS OS MALES QUE O CLOPIXOL ACUPHASE®PODE CAUSAR?
Como todos os medicamentos, o CLOPIXOL ACUPHASE® pode causar efeitos adversos.

Se tiver algum dos seguintes sintomas deve contatar o seu médico ou ir ao hospital imediatamente: Reação incomum – ocorre entre 0,1% e 1% (> 1/1.000 e <= 1/100) dos pacientes que utilizam este medicamento:
-Movimentos incomuns da boca e da língua, que podem ser um sinal precoce de uma condição conhecida como discinesia tardia.

Reação muito rara – ocorre em menos de 0,01% (< 1/10.000) dos pacientes que utilizam este medicamento:
-Febre alta, rigidez incomum dos músculos e alterações da consciência, especialmente se ocorrer com suor e ritmo cardíaco acelerado; esses sintomas podem ser sinais de uma doença rara chamada de síndrome neuroléptica maligna que tem sido relatada com o uso de diferentes antipsicóticos.
-Amarelamento da pele e do branco dos olhos: isso pode significar que o fígado está afetado e é o sinal de uma condição conhecida como icterícia.

As reações adversas a seguir são mais pronunciadas no início do tratamento e a maioria delas geralmente cessa com a continuação do tratamento com o CLOPIXOL ACUPHASE®:

Reação muito comum – ocorre em mais de 10% (> 1/10) dos pacientes que utilizam este medicamento:

-Sonolência, incapacidade de se sentar e ficar quieto ou de permanecer imóvel (acatisia), movimentos involuntários (hipercinesia), alentecimento ou diminuição dos movimentos (hipocinesia)
-Boca seca.

Reação comum – ocorre entre 1% e 10% (> 1/100 e ≤ 1/10) dos pacientes que utilizam este medicamento:

-Aumento das batidas do coração (taquicardia); sensação de batida rápida, enérgica ou irregular do coração (palpitações);
-Tremores, movimentos repetitivos e posturas anormais devido à contração muscular mantida (distonia); aumento da rigidez muscular (hipertonia), tonturas, dores de cabeça, sensação de formigamento, dormência ou de picadas na pele (parestesia), distúrbios de atenção, esquecimento (amnésia), andar anormal;
-Dificuldades de focar objetos próximos ao olho (distúrbio de acomodação), anormalidades na visão;

-Sensação de balanço enquanto o corpo está parado (vertigem);

-Obstrução das vias nasais (congestão nasal), dificuldade em respirar (dispnéia) ou respiração dolorosa;
-Aumento da secreção de saliva (hipersecreção salivar), prisão de ventre (constipação), vômitos, problemas digestivos ou desconforto centralizado no abdômen superior (dispepsia), diarréia;
-Distúrbios urinários (transtorno de micção), dificuldade para urinar (retenção urinária), aumento do volume da urina (poliúria);
-Aumento do suor (hiperidrose), comichão (prurido);
-Dores musculares (mialgia);
-Aumento do apetite, aumento do peso;
-Fadiga, fraqueza (astenia), sensação geral de desconforto ou mal-estar, dor;
-Falta de sono (insônia), depressão, ansiedade, nervosismo, sonhos anormais, agitação, diminuição do desejo sexual (libido diminuída);


Reação incomum – ocorre entre 0,1% e 1% (> 1/1.000 e ≤ 1/100) dos pacientes que utilizam este medicamento:

-Reflexos hiperativos ou hiper-responsivos (hiperreflexia), movimentos repetitivos incontroláveis (discinesia), rigidez e andar de pequenos passos (parkinsonismo), desmaios (síncope), dificuldade para coordenar a atividade muscular (ataxia), anomalia da fala, diminuição do tônus muscular (hipotonia), convulsões, enxaqueca;
-Movimentos circulares do olho (síndrome oculógira), pupilas dilatadas (midríase);
-Hipersensibilidade para algumas frequências de som ou dificuldade em tolerar sons do cotidiano (hiperacusia), zumbidos nos ouvidos (tinnitus);
-Dor abdominal, enjôo (náusea), gases (flatulência);
-Vermelhidão na pele (erupção), reações da pele devido à sensibilidade à luz (reações de fotossensibilidade), transtorno de pigmentação, pele brilhante, gordurosa e de cor amarelada devido ao aumento da secreção de sebo (seborréia), eczema ou inflamação da pele (dermatite), sangramento debaixo da pele visto por descolorações vermelhas ou roxas na pele (púrpura);
-Rigidez muscular, incapacidade de abrir a boca normalmente (trismo), torção do pescoço e posição anormal da cabeça (torcicolo, rigidez do pescoço);
-Diminuição do apetite, diminuição do peso;
-Pressão arterial baixa (hipotensão), fogachos;
-Sede, temperatura corporal baixa (hipotermia), febre (pirexia);
-Pele vermelha ou ferida no local da aplicação da injeção;
-Testes sanguíneos anormais para a função do fígado;
-Perturbações sexuais (retardo na ejaculação, problemas de ereção; a mulher pode sentir dificuldade em atingir o orgasmo, secura vaginal [secura vulvovaginal]);
-Indiferença em relação ao ambiente (apatia), pesadelos, aumento do desejo sexual (libido), estado de confusão;

Reação rara – ocorre entre 0,01% e 0,1% (>1/10.000 e ≤ 1/1000) dos pacientes que utilizam este medicamento:

-Baixa contagem de plaquetas (trombocitopenia), baixa contagem de neutrófilos (neutropenia), redução do número de glóbulos brancos (leucopenia), supressão da medula óssea (agranulocitose);
-Aumento do nível de prolactina no sangue (hiperprolactinemia);
-Aumento de açúcar no sangue (hiperglicemia), intolerância à glicose, níveis de gordura no sangue aumentada (hiperlipidemia);
-Hipersensibilidade, reação alérgica sistêmica aguda e grave (reação anafilática);
-Desenvolvimento das mamas nos homens (ginecomastia), produção excessiva de leite (galactorréia), ausência de menstruação (amenorréia), ereção persistente e dolorosa do pênis não acompanhada por excitação ou desejo sexual (priapismo).

Reação muito rara – ocorre em menos de 0,01% (< 1/10.000) dos pacientes que utilizam este medicamento:

-Febre alta, rigidez incomum dos músculos e alterações da consciência, especialmente se ocorrer com suor e ritmo cardíaco acelerado; esses sintomas podem ser sinais de uma doença rara chamada síndrome neuroléptica maligna que tem sido relatada com o uso de diferentes antipsicóticos.
-Amarelamento da pele e do branco dos olhos: isso pode significar que o fígado está afetado e é o sinal de uma condição conhecida como icterícia.
-Formação de coágulos no sangue (tromboembolismo venoso).

Assim como outros medicamentos da mesma classe do CLOPIXOL ACUPHASE®, casos raros das seguintes reações adversas já foram relatados:

-Prolongamento do intervalo QT (ritmo cardíaco lento e as alterações no exame de eletrocardiograma – ECG)
-Batimentos cardíacos irregulares (arritmias ventriculares, fibrilação ventricular, taquicardia ventricular)
-Torsades de Pointes (um tipo especial de batimento cardíaco irregular)

Em casos raros, batimentos cardíacos irregulares (arritmias) podem ter resultado em morte súbita.

Em idosos com demência, um pequeno aumento no número de mortes foi relatado para pacientes em uso de antipsicóticos em comparação com aqueles que não recebiam antipsicóticos.

Atenção: coágulos sanguíneos nas veias, especialmente nas pernas (os sintomas incluem inchaço, dor e vermelhidão na perna), podem circular através dos vasos sanguíneos até os pulmões causando dor no peito e dificuldade em respirar. Se você perceber algum destes sintomas, procure atendimento médico imediatamente.

INFORME AO SEU MÉDICO, CIRURGIÃO-DENTISTA OU FARMACÊUTICO O APARECIMENTO DE REAÇÕES INDESEJÁVEIS PELO USO DO MEDICAMENTO. INFORME TAMBÉM À EMPRESA ATRAVÉS DO SEU SERVIÇO DE ATENDIMENTO.

O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DO CLOPIXOL ACUPHASE®?
Como este medicamento deve ser administrado por um profissional de saúde, é pouco provável que você receba mais CLOPIXOL ACUPHASE® do que deveria.
Caso isso ocorra, os sintomas de superdose podem incluir sonolência, coma, movimentos incomuns, convulsões, choque, alterações da temperatura corporal e alterações do ritmo cardíaco (incluído ritmo cardíaco irregular ou freqüência cardíaca lenta) quando o CLOPIXOL ACUPHASE® é administrado em doses altas junto com medicamentos que afetam o coração.
Se você tem dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.
Ligue para 0800 722 6001, se precisar de mais orientações.

Data da bula

01/11/2017