Coversyl

COVERSYL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de COVERSYL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com COVERSYL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

servier

Apresentação COVERSYL

COVERSYL 4mg: embalagem com 30 comprimidos, contendo 4mg de perindopril terc-butilamina. COVERSYL 8mg: embalagem com 30 comprimidos, contendo 8mg de perindopril terc-butilamina.

COVERSYL – Indicações

COVERSYL é indicado no tratamento da hipertensão arterial, no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva, na prevenção da recorrência do acidente vascular cerebral em associação com a indapamida em pacientes com doença cerebrovascular e na redução do risco de eventos cardiovasculares em pacientes portadores de doença arterial coronariana estável.

Contra indicações de COVERSYL

COVERSYL não deve ser administrado nos seguintes casos:
-hipersensibilidade a substancia ativa, a qualquer componente da fórmula listado no item composição ou a qualquer outro inibidor da ECA;
-história de angioedema associada a terapia prévia com inibidor da ECA;
-angiodema hereditário ou idiopático;
-durante o segundo e terceiro trimestres da gravidez (ver item 5);
-uso concomitante com alisquireno em pacientes com diabetes mellitus ou insuficiência renal (TFG< 60ml/min/1.73m2). (ver itens 5 e 6).

Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.
Categoria D: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Devido à presença da lactose, COVERSYL não deve ser utilizado em caso de galactosemia, de síndrome de má absorção da glicose e galactose ou de deficiência em Lapp lactase (doenças metabólicas raras).

Atenção: Este medicamento contém açúcar (lactose), portanto deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

Advertências

Doença arterial coronariana estável
Se durante o primeiro mês de tratamento com perindopril ocorrer episódio de angina pectoris instável (grave ou não), deve ser feita uma avaliação cuidadosa do risco/benefício, antes de continuar com o tratamento.
Hipotensão
Os inibidores da ECA podem causar queda da pressão arterial. Observa-se, raramente, hipotensão sintomática em pacientes com hipertensão não complicada e sua ocorrência é mais provável em pacientes com depleção de volume, por exemplo por terapia diurética, dieta com restrição de sal, diálise, diarreia ou vômitos, ou com hipertensão grave renina- dependente (ver itens 6 e 9). Em pacientes com insuficiência cardíaca sintomática, com ou sem insuficiência renal associada, foi observada hipotensão sintomática. A ocorrência deste efeito é mais provável em pacientes com insuficiência cardíaca mais grave, que se reflete na utilização de doses elevadas de diuréticos de alça, hiponatremia ou insuficiência renal funcional. Nos pacientes em risco elevado de hipotensão sintomática, o início da terapia e o ajuste posológico devem ser rigorosamente monitorados (ver itens 8 e 9). Considerações similares aplicam-se aos pacientes com isquemia cardíaca ou doença cerebrovascular, nos quais uma queda excessiva da pressão arterial pode resultar em um infarto do miocárdio ou um acidente cerebrovascular.
Se ocorrer hipotensão, o paciente deve ser deitado na posição supina e, se necessário, deve receber por via intravenosa uma infusão de solução de cloreto de sódio 9mg/ml (0,9%). Uma resposta hipotensora transitória não é uma contraindicação para doses futuras, que podem ser administradas sem dificuldade logo que a pressão arterial tenha aumentado após expansão do volume.
Em alguns pacientes com insuficiência cardíaca congestiva com pressão arterial normal ou baixa, pode ocorrer uma redução adicional da pressão arterial com COVERSYL®. Este efeito é previsível e não é, normalmente, motivo para interromper o tratamento. Se a hipotensão se tornar sintomática, pode ser necessária a redução da dose ou a interrupção do tratamento com COVERSYL®.
Estenose da aorta e da válvula mitral/cardiomiopatia hipertrófica
Como com outros inibidores da ECA, COVERSYL® deve ser administrado com precaução em pacientes com estenose da válvula mitral e obstrução no fluxo de saída do ventrículo esquerdo tal como estenose da aorta ou cardiomiopatia hipertrófica.
Insuficiência renal
Em casos de insuficiência renal (clearance da creatinina < 60ml/min) a dose inicial de perindopril deve ser ajustada de acordo com o clearance da creatinina do paciente (ver item 8), e em seguida em função da resposta do paciente ao tratamento. O monitoramento periódico do potássio e da creatinina faz parte da prática médica normal nestes pacientes (ver item 9).
Em pacientes com insuficiência cardíaca sintomática, a hipotensão seguida do início da terapêutica com inibidores da ECA pode levar mais adiante a danos na função renal. Tem sido reportado, nesta situação, insuficiência renal aguda normalmente reversível.
Em alguns pacientes com estenose bilateral da artéria renal ou estenose da artéria em rim único, tratados com inibidores da ECA, foram observados aumentos da ureia sanguínea e creatinina sérica, normalmente reversíveis com a descontinuação do tratamento. Este efeito é mais provável em pacientes com insuficiência renal. Se estiver também presente uma hipertensão renovascular, existe um risco aumentado de hipotensão grave e insuficiência renal. Nestes pacientes, o tratamento deve ser iniciado sob rigorosa supervisão médica com doses baixas e cuidadosa titulação das doses. Uma vez que o tratamento com diuréticos pode contribuir para os efeitos acima mencionados, estes devem ser descontinuados e a função renal deve ser monitorada durante as primeiras semanas de tratamento com COVERSYL®.
Alguns pacientes hipertensos, sem aparente doença vascular renal preexistente desenvolveram aumentos da ureia sanguínea e da creatinina sérica, normalmente menores e transitórios, especialmente quando COVERSYL® foi administrado concomitantemente com um diurético. A ocorrência deste efeito é mais provável em pacientes com insuficiência renal preexistente. Pode ser necessária a redução da dosagem e/ou a descontinuação do diurético e/ou do COVERSYL®.

Pacientes em hemodiálise
Foram reportadas reações do tipo anafilática em pacientes dialisados com membranas de alto fluxo e tratados concomitantemente com um inibidor da ECA. Nestes pacientes deve-se considerar o uso de um tipo diferente de membrana de diálise ou uma diferente classe de agente anti-hipertensivo.

Transplante renal
Não existe experiência da administração de COVERSYL® em pacientes que realizaram recentemente um transplante renal.

Hipersensibilidade/Angioedema
Raros casos de angioedema da face, extremidades, lábios, membranas mucosas, língua, glote e/ou laringe (ver item 9) foram relatados em pacientes tratados com inibidores da ECA, incluindo COVERSYL . Isto pode acontecer em qualquer momento durante o tratamento. Nesses casos, o tratamento com COVERSYL deve ser interrompido imediatamente e o paciente deve ser monitorado até o desaparecimento dos sintomas. Edemas envolvendo somente a face e lábios geralmente não necessitam de tratamento, embora os anti-histamínicos sejam utilizados para aliviar os sintomas.Angioedema associado com edema da laringe pode ser fatal. Nos casos de edema da língua, glote e/ou laringe que podem ocasionar obstrução das vias aéreas, deve-se administrar rapidamente um tratamento de emergência, que pode incluir a administração de adrenalina e/ou a manutenção da ventilação das vias aéreas do paciente. O paciente deve permanecer sob supervisão médica rigorosa até a completa resolução dos sintomas.
Pacientes com histórico de angiodema não associado à terapia com um inibidor da ECA podem ter um risco aumentado de angiodema quando tratados com um inibidor da ECA (ver item 4).
Raramente, foram reportados casos de angioedema intestinal em pacientes tratados com inibidores da ECA. Estes pacientes apresentam dor abdominal (com ou sem náuseas ou vômitos); em alguns casos não houve qualquer angioedema da face prévio e os níveis da esterase C-1eram normais. O angioedema foi diagnosticado por procedimentos como tomografia computadorizada abdominal, ou ultrassonografia ou durante a cirurgia e os sintomas desapareceram após a interrupção do inibidor da ECA. O angioedema intestinal deve ser incluído no diagnóstico diferencial de pacientes que tomem inibidores da ECA e apresentem dor abdominal.
Reações anafiláticas durante aférese de lipoproteínas de baixa densidade (LDL)
Raramente, foram reportados casos de pacientes que sofreram reações do tipo anafilática, com risco de vida, ao receberem inibidores da ECA durante a aférese de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) com sulfato de dextrano. Estas reações foram evitadas com a interrupção temporária da terapia com o inibidor da ECA antes de cada aférese.

Reações anafiláticas durante dessensibilização
Pacientes que receberam inibidores da ECA durante tratamentos de dessensibilização (ex: com veneno de himenópteros) sofreram reações do tipo anafilática. Nos mesmos pacientes, estas reações foram evitadas quando os inibidores da ECA foram interrompidos temporariamente, no entanto reapareceram após a retomada inadvertida da medicação.

Insuficiência hepática
Raramente, os inibidores da ECA têm sido associados a uma síndrome que começa com icterícia colestática e progride para necrose hepática fulminante e (por vezes) morte. O mecanismo desta síndrome não está esclarecido. Os pacientes medicados com inibidores da ECA que desenvolvam icterícia ou elevação acentuada das enzimas hepáticas devem descontinuar o tratamento com o inibidor da ECA e fazer acompanhamento médico apropriado (ver item 9).
Neutropenia / Agranulocitose/ Trombocitopenia/Anemia
Neutropenia/agranulocitose, trombocitopenia e anemia foram relatados em pacientes tratados com inibidores da ECA. Em pacientes com função renal normal e sem outros fatores de risco, a neutropenia ocorre raramente. O perindopril deve ser usado com extrema cautela nos pacientes portadores de doenças vasculares do colágeno, terapia imunossupressora, tratamento com alopurinol ou procainamida ou com uma combinação destes fatores de risco, especialmente em caso de disfunção renal preexistente. Alguns destes pacientes desenvolveram infecções graves, que em poucos casos não responderam à terapia antibiótica intensiva. Se o perindopril for usado nestes pacientes, recomenda-se o monitoramento periódico da contagem das células sanguíneas da série branca e que os pacientes sejam instruídos a reportar qualquer sinal de infecção (ex: dores de garganta, febre).

Raça
Os inibidores da ECA apresentam maior incidência de angioedema em pacientes negros do que em pacientes de não negros. Assim como os outros inibidores da ECA, o perindopril pode ser menos efetivo na redução da pressão arterial em indivíduos negros do que em pacientes não-negros, possivelmente devido a uma maior prevalência de níveis baixos de renina na população de hipertensos negros.
Tosse
Tosse foi relatada em pacientes que fizeram uso de inibidores da ECA. A tosse é caracterizada por ser não produtiva, persistente e por desaparecer após a descontinuação da terapia. A tosse induzida por um inibidor da ECA deve ser considerada como parte do diagnóstico diferencial da tosse.

Cirurgia/Anestesia
Em pacientes que serão submetidos a cirurgia de grande porte ou durante anestesia com agentes hipotensores, o COVERSYL® pode bloquear a formação de angiotensina II secundária à liberação compensatória de renina. O tratamento deve ser interrompido um dia antes da cirurgia. Se ocorrer hipotensão e esta for considerada como causa deste mecanismo, pode ser corrigida por expansão de volume.

Hipercalemia
Foi observado em alguns pacientes tratados com inibidores da ECA, incluindo perindopril, elevações do potássio sérico. Os fatores de risco para desenvolver hipercalemia incluem insuficiência renal, piora da função renal, idade (>70 anos), diabetes mellitus, eventos intercorrentes, em particular desidratação, descompensação cardíaca aguda, acidose metabólica e uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio (ex: espironolactona, eplerenona, triantereno ou amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio; ou pacientes tomando simultaneamente outros medicamentos associados ao aumento do potássio sérico (ex: heparina). O uso de suplementos de potássio, diuréticos poupadores de potássio, ou substitutos do sal contendo potássio, particularmente em pacientes com disfunção renal pode provocar um aumento significativo do potássio sérico. A hipercalemia pode causar graves arritmias, por vezes fatais. Se o uso concomitante dos medicamentos acima mencionados for considerado apropriado, estes devem ser usados com precaução e com um monitoramento frequente do potássio sérico (ver item 6).

Pacientes diabéticos
Em pacientes diabéticos tratados com antidiabéticos orais ou insulina, o controle da glicemia deve ser rigorosamente monitorado durante o primeiro mês de tratamento com um inibidor da ECA (ver item 6).

Lítio
A combinação de lítio e perindopril geralmente não é recomendada (ver item 6).
Diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio
A combinação de perindopril com diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio geralmente não é recomendada (ver item 6).

Bloqueio Duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona
Existe evidência que o uso concomitante dos inibidores da ECA, bloqueadores do receptor da angiotensina II ou alisquireno aumenta o risco de hipotensão, hipercalemia e diminui a função renal (incluindo insuficiência renal aguda). Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona através do uso combinado de inibidores da ECA, bloqueadores dos receptores da angiotensina II ou alisquireno, portanto, não é recomendado (ver itens 2,3 e 6). Se a terapia de bloqueio duplo é considerada absolutamente necessária, ela só deve ser feita sob a supervisão de um especialista e sujeita a uma monitoração rigorosa e frequente da função renal, eletrólitos e pressão arterial. Inibidores da ECA e os bloqueadores do receptor da angiotensina II não devem ser utilizados concomitantemente em pacientes com nefropatia diabética.

Excipientes
Devido a presença de lactose, pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, má-absorção de glicose-galactose, ou deficiência de Lapp lactase não devem tomar este medicamento.

Atenção: Este medicamento contém açúcar (lactose), portanto deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

Fertilidade, Gravidez e Lactação
Gravidez
A administração de IECA não é recomendada durante o primeiro trimestre de gravidez. A administração de IECA está contraindicada durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver item 4).
Os IECA não devem ser iniciados durante a gravidez. A não ser que a manutenção do tratamento com IECA seja considerado essencial, nas pacientes que planejam engravidar, a medicação deve ser substituída por terapêuticas anti- hipertensivas alternativas cujo perfil de segurança durante a gravidez esteja estabelecido. Quando é diagnosticada a gravidez, o tratamento com IECA deve ser interrompido imediatamente e, se apropriado, deverá ser iniciada terapêutica alternativa (ver item 4).
A evidência epidemiológica relativa ao risco de teratogenicidade após a exposição aos IECAS durante o primeiro trimestre de gravidez não é conclusiva; contudo, não é possível excluir um ligeiro aumento do risco. A exposição ao IECA durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez está reconhecidamente associada à indução de toxicidade fetal em humanos (diminuição da função renal, oligodramnia, atraso na ossificação do crânio) e toxicidade neonatal (insuficiência renal, hipotensão, hipercalemia) (ver item 3). No caso da exposição ao IECA ter ocorrido a partir do segundo trimestre de gravidez, recomenda-se o monitoramento com ultrassonografia da função renal e do crânio. Recém- nascidos cujas mães estiveram expostas a IECA devem ser cuidadosamente observados no sentido de diagnosticar hipotensão (ver itens 4 e 5).

Lactação
Uma vez que não existem informações disponíveis sobre o uso de COVERSYL® durante a amamentação o uso de COVERSYL® não é recomendado em mulheres que estejam amamentando e tratamentos alternativos com um melhor perfil de segurança estabelecido durante a amamentação são preferíveis, especialmente em recém-nascidos ou prematuros.

Fertilidade
Não houve efeito sobre o desempenho reprodutivo ou fertilidade.
Categoria D: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Efeitos na capacidade de condução de veículos e uso de máquinas
COVERSYL® não tem influência direta na capacidade de conduzir ou utilizar máquinas, mas em alguns pacientes podem aparecer reações individuais relacionadas com a diminuição da pressão arterial, especialmente no início do tratamento ou em associação com outro anti-hipertensivo. Assim, a capacidade de conduzir ou operar máquinas pode ser comprometida.

Interações medicamentosas de COVERSYL

Dados de ensaios clínicos tem demonstrado que o duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA), através do uso combinado de inibidores da ECA, bloqueadores dos receptores da angiotensina II ou alisquireno está associado a uma maior frequência de eventos adversos, como hipotensão, hipercalemia e diminuição da função renal (incluindo insuficiência renal aguda) em comparação com o uso de um agente único SRAA (ver itens 2, 3, 4 e 5).

Medicamentos que induzem hipercalemia:
Alguns medicamentos ou classes terapêuticas podem aumentar a ocorrência de hipercalemia: alisquireno, sais de potássio, diuréticos poupadores de potássio, inibidores da ECA, antagonistas receptores de angiotensina II, AINES, heparina, agentes imunossupressores como ciclosporina ou tacrolimus, trimetoprim. A combinação desses medicamentos aumenta o risco de hipercalemia.

Associações contraindicadas (ver item 4):
– Alisquireno:
Em diabéticos ou pacientes com disfunção renal, há risco de hipercalemia, piora da função renal e aumento da morbidade e mortalidade cardiovascular.
Associações não recomendadas (ver item 5):
– Alisquireno:
Em outros pacientes que não os diabéticos ou com disfunção renal, há risco de hipercalemia, piora da função renal e aumento da morbidade e mortalidade cardiovascular.

– Associação de inibidor ECA com bloqueador do receptor de angiotensina:
Foi reportado na literatura que pacientes com doença aterosclerótica estabelecida, insuficiência cardíaca ou com diabetes com lesão de órgão final, a combinação de um inibidor da ECA com bloqueador do receptor de angiotensina está associada com uma maior frequência de hipotensão, síncope, hipercalemia, piora na função renal (incluindo insuficiência renal aguda) quando comparado ao uso de um único agente do sistema renina-angiotensina-aldosterona. O bloqueio duplo (ex: combinação de um inibidor da ECA com um antagonista receptor da angiotensina II) deve ser limitado a casos identificados individualmente, com um monitoramento rigoroso da função renal, níveis de potássio e pressão arterial.

-Estramustina:
Risco de aumento de efeitos adversos como edema angioneurótico (angioedema).
– Diuréticos poupadores de potássio (por exemplo: triantereno, amilorida) e sais de potássio:
Hipercalemia (potencialmente fatal), especialmente em conjunto com disfunção renal (efeitos hipercalêmicos aditivos). A combinação do perindopril com os medicamentos mencionados acima não é recomendada (ver item 5).
Se o uso concomitante é no entanto indicado, eles devem ser usados com precaução e com frequente monitoramento do potássio sérico. Para uso da espironolactona na insuficiência cardíaca, veja abaixo.

– Lítio:
Aumentos reversíveis das concentrações séricas de lítio e toxicidade foram relatados durante a administração concomitante de lítio com inibidores da ECA. O uso de perindopril com lítio não é recomendado, contudo se esta associação for necessária, um monitoramento cuidadoso dos níveis séricos de lítio deve ser realizado (ver item 5).

Associações que exigem precauções de uso:
– Agentes antidiabéticos (insulinas, agentes hipoglicemiantes orais):
Estudos epidemiológicos sugerem que a administração concomitante de inibidores da ECA e antidiabéticos (insulinas, agentes hipoglicemiantes orais) pode aumentar o efeito hipoglicemiante com risco de hipoglicemia. A ocorrência deste efeito é mais provável durante as primeiras semanas de tratamento combinado e em pacientes com disfunção renal.

– Baclofeno:
Aumento dos efeitos anti-hipertensivos. Monitorar a pressão arterial e adaptar a dosagem do agente anti-hipertensivo se necessário.

– Diuréticos não poupadores de potássio:
Em pacientes que utilizam diuréticos, e especialmente nos que tem depleção de volume e/ou sal, pode ocorrer uma redução excessiva da pressão arterial após o início da terapia com um inibidor da ECA. A possibilidade de efeitos hipotensores pode ser reduzida pela descontinuação do diurético, pelo o aumento do volume ou ingestão de sal antes do início da terapia que deve ser iniciada com doses baixas e aumento progressivo do perindopril.

Na hipertensão arterial, quando a terapia prévia com diurético possa ter causado depleção de sal/volume, ou o diurético deve ser interrompido antes de se iniciar com o inibidor de ECA, neste caso, um diurético não poupador de potássio, pode ser posteriormente reintroduzido ou o inibidor de ECA deve ser iniciado com uma dose baixa e aumentado progressivamente. Na insuficiência cardíaca congestiva tratada com diurético, o inibidor ECA deve ser iniciado com uma dosagem muito baixa, possivelmente após a redução da dosagem do diurético não poupador de potássio associado.
Em todos os casos, a função renal (níveis de creatinina) deve ser monitorada durante as primeiras semanas de tratamento com inibidor da ECA.
– Diuréticos poupadores de potássio: (eplerenona, espironolactona)
Com eplerenona ou espironolactona em doses diárias entre 12,5mg a 50mg e com doses baixas de inibidores da ECA:
No tratamento de insuficiência cardíaca classe II – IV (NYHA) com fração de ejeção menor que 40% e tratamento prévio com uma associação de inibidor da ECA e diurético de alça, risco de hipercalemia, potencialmente fatal, especialmente em caso de não observância das recomendações da prescrição para esta combinação.
Antes de iniciar a combinação, deve-se verificar a ausência de hipercalemia e disfunção renal. Um rigoroso monitoramento da calemia e creatinemia é recomendado no primeiro mês do tratamento uma vez por semana inicialmente e, mensalmente.

– Anti-inflamatório não esteroidal (AINEs) incluindo aspirina > 3 g por dia:
Quando inibidores da ECA são administrados simultaneamente com os anti-inflamatórios não esteroidais (ex: ácido acetilsalicílico em regimes posológicos anti-inflamatórios, inibidores da COX-2 e AINES não seletivos) pode ocorrer uma atenuação do efeito anti-hipertensivo. O uso concomitante de AINE e os inibidores da ECA pode levar a um aumento do risco de piora da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, e um aumento nos níveis de potássio sérico, especialmente em pacientes com prejuízo da função renal pré-existente. Esta combinação deve ser administrada com cautela, especialmente nos idosos. Os pacientes devem ser hidratados adequadamente e deve-se monitorar a função renal depois de iniciar a terapia concomitante e então periodicamente.

Associações que devem ser avaliadas cuidadosamente:
– Agentes anti-hipertensivos e vasodilatadores:
O uso concomitante destes medicamentos pode aumentar o efeito hipotensor do perindopril. A utilização concomitante de nitroglicerina e outros nitratos, ou outros vasodilatadores pode reduzir ainda mais a pressão arterial.

– Gliptinas (linagliptina, saxagliptina, sitagliptina,vildagliptina):
Aumento do risco de angioedema devido a diminuição da atividade da dipeptil peptidase IV (DPP-IV) pela gliptina, em pacientes em uso concomitante com inibidor da ECA.

– Antidepressivos tricíclicos/antipsicóticos/anestésicos:
O uso concomitante de alguns medicamentos anestésicos, antidepressivos tricíclicos e antipsicóticos com inibidores da ECA pode provocar uma redução adicional da pressão arterial (ver item 5).

– Simpaticomiméticos:
Os simpaticomiméticos podem reduzir os efeitos anti-hipertensivos dos inibidores da ECA.

– Ouro:
Foram reportadas, raramente, reações nitritóides (sintomas que incluem rubor facial, náuseas, vômitos e hipotensão) em pacientes com terapia concomitante de ouro injetável (aurotiomalato de sódio) e inibidor da ECA, incluindo perindopril.

Reações adversas / efeitos colaterais de COVERSYL

– Sumário do perfil de segurança
O perfil de segurança do perindopril é consistente com o perfil de segurança dos inibidores da ECA.
As reações adversas mais frequentes reportadas em estudos clínicos e observadas com perindopril são: tontura, cefaleia, parestesia, vertigem, distúrbios visuais, zumbido, hipotensão, tosse, dispneia, dor abdominal, constipação, diarreia, disgeusia, dispepsia, náusea, vômito, prurido, erupção, câimbras e astenia.
– Tabulação das reações adversas
As seguintes reações adversas foram observadas durante ensaios clínicos e/ou utilização pós-comercialização com o perindopril e classificados de acordo com a seguinte frequência:
Muito comum (>1/10); comum (>1/100 e <=1/10), incomum (>1/1000 e <=1/100); rara (>1/10000 e <=1/1000); muito rara (<=1/10000), incluindo relatos isolados.

Classe de Sistemas de Órgãos Reações Adversas Frequência

Alterações no sistema
sanguíneo e linfático

Eosinofilia Incomum*
Agranulocitose ou pancitopenia Muito rara
Diminuição da hemoglobina e hematócrito Muito rara
Leucopenia/neutropenia Muito rara

Anemia hemolítica em pacientes com deficiência
congênita da G-6PDH (ver item 5)

Muito rara
Trombocitopenia Muito rara

Alterações metabólicas e
Nutricionais

Hipoglicemia (ver itens 5 e 6) Incomum*
Hipercalemia reversível com descontinuação (ver item 5) Incomum*
Hiponatremia Incomum*
Alterações psiquiátricas Alterações de humor Incomum
Alterações no sono Incomum
Alterações do sistema nervoso Tontura Comum
Cefaleia Comum
Parestesia Comum
Vertigem Comum
Sonolência Incomum*
Síncope Incomum*
Confusão Muito rara
Alterações visuais Distúrbios visuais Comum

Alterações no ouvido e
labirinto

Zumbido Comum
Alterações cardíacas Palpitações Incomum*
Taquicardia Incomum*
Angina pectoris (ver item 5) Muito rara
Arritmia Muito rara

Infarto do miocárdio, possivelmente secundário a
hipotensão excessiva em pacientes de alto risco (ver item
5)

Muito rara
Alterações vasculares Hipotensão (e efeitos relacionados à hipotensão) Comum
Vasculite Incomum

Acidente vascular cerebral, possivelmente secundário a
hipotensão excessiva em pacientes de alto risco (ver item
5)

Muito Rara

Alterações respiratórias,
torácica e no mediastino

Tosse Comum
Dispneia Comum
Broncoespasmo Incomum
Pneumonia eosinofílica Muito rara
Rinite Muito rara
Alterações gastrointestinais Dor abdominal Comum
Constipação Comum
Diarreia Comum
Disgeusia Comum
Dispepsia Comum
Náusea Comum
Vômito Comum
Boca seca Incomum
Pacreatite Muito rara
Alterações hepato-biliares Hepatite citolítica ou colestática (ver item 5) Muito rara

Alterações da pele e tecido
subcutâneo

Prurido Comum
Erupção Comum
Urticária (ver item 5) Incomum

Angiodema de face, extremidades, lábios, membranas
mucosas, língua, glote e/ou laringe (ver item 5)

Incomum
Reações de fotossensibilidade Incomum
Penfigóide Incomum
Hiperidrose Incomum

Alterações do tecido conjuntivo
e músculo esquelético

Eritema multiforme Muito rara
Câimbras musculares Comum
Artralgia Incomum*
Mialgia Incomum*
Alterações renais e urinárias Insuficiência renal Incomum
Insuficiência renal aguda Muito rara

Alterações do sistema
reprodutivo e mama

Disfunção erétil Incomum

Alterações Gerais e no local de
administração

Astenia Comum
Dor no peito Incomum*
Mal-estar Incomum*
Edema periférico Incomum*
Pirexia Incomum*
Investigações Incomum*Aumento da ureia no sangue Incomum*
Aumento da creatinina no sangue
Incomum*
  Aumento da bilirrubina no sangue Raro
Aumento das enzimas hepáticas Raro

Lesões, envenenamento e
complicações em
procedimentos

Queda Incomum*



*Frequência calculada a partir de estudos clínicos para eventos adversos detectados de relatos espontâneos.

Ensaios clínicos
Durante o período randomizado do estudo EUROPA, apenas os eventos adversos graves foram coletados. Poucos pacientes apresentaram eventos adversos graves: 16 (0,3%) dos 6122 pacientes tratados com perindopril e 12 (0,2%) dos 6107 pacientes tratados com placebo. Nos pacientes tratados com perindopril, foi observada hipotensão em 6 pacientes, angiodema em 3 pacientes e parada cardíaca súbita em 1 paciente. Foram excluídos mais pacientes devido a tosse, hipotensão ou outra intolerância no grupo tratado com perindopril 6,0% (n=366) versus grupo tratado com placebo 2,1% (n=129).

Notificação de suspeita de reações adversas
Notificar suspeitas de reações adversas após autorização do medicamento é importante. Isso permite a continuação do monitoramento do balanço risco/benefício do produto.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

COVERSYL – Posologia

USO ORAL.
COVERSYL deve ser administrado sempre em uma dose única diária pela manhã, antes da refeição.
A dose deve ser individualizada de acordo com o perfil do paciente (ver item 5) e a resposta da pressão arterial.

Hipertensão Arterial Essencial:
– Na ausência de depleção pré-existente de água e sódio ou falência renal (isto é, condições abaixo das normais): A dose efetiva é de 4mg por dia em uma tomada única pela manhã. Dependendo da resposta ao tratamento, a dosagem deve ser gradualmente ajustada em intervalos de 3 a 4 semanas, até uma dose única máxima de 8mg por dia. Se necessário, um diurético não-poupador de potássio pode ser administrado concomitantemente para conseguir uma redução adicional da pressão sanguínea.

– Na hipertensão arterial previamente tratada com outros diuréticos:
Se possível, interromper o diurético 3 dias antes da introdução do COVERSYL e reiniciá-lo em seguida, se necessário;
Se o diurético não puder ser descontinuado, iniciar com doses de 2mg (equivalente a metade de um comprimido
COVERSYL 4 mg) e depois ajustar de acordo com a resposta da pressão arterial obtida.
Recomenda-se monitorar a função renal e o potássio sérico antes do tratamento e após 15 dias de tratamento.

Na hipertensão renovascular:
Recomenda-se iniciar o tratamento com a dosagem de 2mg por dia (equivalente a metade de um comprimido COVERSYL 4 mg), que em seguida pode ser ajustada de acordo com a resposta da pressão arterial do paciente. Os níveis sanguíneos de creatinina e potássio devem ser monitorados para revelar a possibilidade de início de falência renal funcional.

Em idosos (ver item 5):
O tratamento deve ser iniciado com a dose de 2mg ao dia, (equivalente a metade de um comprimido COVERSYL 4 mg) e se necessário, aumentar progressivamente para 4mg após 1 mês de tratamento e então para 8mg se necessário, dependendo da função renal (ver tabela abaixo).

Populações Especiais:
Pacientes com insuficiência renal
A dosagem nos pacientes com insuficiência renal deve ser baseada no clearance da creatinina, conforme descrito na tabela abaixo.

Tabela 1: Ajuste de dosagem em pacientes com disfunção renal:

Clearance de creatinina (ml/min) Dose recomendada
Clcr => 60* 4mg por dia
30 < Clcr < 60* 2mg por dia
15 < Clcr < 30* 2mg em dias alternados
Pacientes hemodializados**  
Clcr < 15 2 mg no dia da diálise



*Nestes pacientes, a prática médica normal compreende um controle periódico dos níveis sanguíneos de potássio e creatinina, por exemplo, a cada 2 meses durante períodos estabilizados terapeuticamente. Nesses casos, o diurético a ser usado em combinação deve ser um diurético de alça.
** O clearance da diálise do perindoprilato é 70ml/min. Para pacientes em hemodiálise, a dose deve ser administrada após a diálise.
Pacientes com disfunção hepática
Nenhum ajuste de dosagem é necessário em pacientes com insuficiência hepática (ver itens 3 e 5).

População Pediátrica
A eficácia e segurança do uso em crianças e adolescentes (idade menor que 18 anos) não foi estabelecida. Portanto, o uso em crianças e adolescentes não é recomendado.
Insuficiência Cardíaca Congestiva:
A dose inicial deve ser baixa, principalmente em casos de: -pressão sanguínea inicial normal ou baixa;
-insuficiência renal;
-hiponatremia, fármaco-induzido (diurético) ou não.
Inibidores da ECA podem ser administrados em combinação com um diurético, e se necessário, um glicosídeo digitálico pode ser adicionado.
A dose inicial recomendada é de 2mg ao dia (equivalente a metade de um comprimido COVERSYL® 4 mg), após duas semanas, a dose pode ser aumentada para 4mg uma vez ao dia, que é a dose máxima recomendada para insuficiência cardíaca, sempre em tomada única diária, preferencialmente pela manhã.
Na insuficiência cardíaca grave ou em outros pacientes considerados de alto risco (pacientes com função renal prejudicada ou com tendência à distúrbios eletrolíticos, pacientes recebendo simultaneamente tratamento com diuréticos e/ou agentes vasodilatares), o tratamento deve ser iniciado sob supervisão cautelosa (ver item 5);
Pacientes com alto risco de hipotensão sintomática, ex: pacientes com depleção de sal com ou sem hiponatremia, pacientes com hipovolemia ou pacientes que tem recebido uma terapia diurética vigorosa devem ter essas condições corrigidas, se possível, anteriormente ao início da terapia com COVERSYL®. Pressão arterial, função renal e potássio sérico devem ser monitorados cuidadosamente, antes e durante o tratamento com COVERSYL® (ver item 5).
Prevenção da Recorrência do Acidente Vascular Cerebral:
Em pacientes com história de doença cerebrovascular, COVERSYL® deve ser introduzido em uma dose inicial de 2mg ao dia (equivalente a metade de um comprimido COVERSYL® 4 mg ), durante duas semanas. Em seguida, a dose deve ser aumentada para 4mg ao dia, durante outras duas semanas e então associado à indapamida. O tratamento deve ser iniciado a qualquer momento após o evento inicial (AVC ou Ataque Isquêmico Transitório), de duas semanas até vários anos.
Redução do risco de eventos cardiovasculares em pacientes portadores de doença arterial coronariana (DAC) estável: Em pacientes com história prévia de DAC, COVERSYL® deve ser administrado na dose de 8mg, sempre em uma única tomada, preferencialmente pela manhã. O tratamento deve ser iniciado a qualquer momento após o evento coronário inicial, podendo ser mantido até vários anos.

Coversyl® 8 mg não deve ser partido, aberto ou mastigado.

Super dosagem

Os dados disponíveis sobre a superdosagem em humanos são limitados. Os sintomas associados a uma superdosagem com inibidores da ECA podem incluir hipotensão, choque circulatório, alterações eletrolíticas, insuficiência renal, hiperventilação, taquicardia, palpitações, bradicardia, tonturas, ansiedade e tosse.
O tratamento recomendado para a superdosagem é a administração por infusão intravenosa de uma solução de cloreto de sódio 9mg/ml (0,9%).
Se ocorrer hipotensão, o paciente deve ser colocado em posição de choque. Se disponível, pode também ser considerado o tratamento com infusão de angiotensina II e/ou catecolaminas por via intravenosa. O perindopril pode ser removido da circulação geral por hemodiálise (ver item 5). A terapia com marcapasso é indicada em caso de bradicardia resistente à terapia. Os sinais vitais, concentração dos eletrólitos séricos e da creatinina devem ser monitoradas continuamente.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Caracteristicas farmalogicas

Propriedades Farmacodinâmicas:
Grupo farmacoterapêutico
Inibidores da ECA.

Mecanismo de ação
O perindopril é um inibidor da enzima que converte a angiotensina I em angiotensina II (Enzima Conversora de Angiotensina – ECA). A enzima de conversão, ou quinase, é uma exopeptidase que permite a conversão da angiotensina I no vasoconstritor angiotensina II, assim como causa a degradação do vasodilatador bradicinina em um heptapeptídeo inativo. A inibição da ECA resulta na redução da angiotensina II no plasma, que leva ao aumento da atividade da renina plasmática (pela inibição do feedback negativo de liberação da renina) e à redução da secreção de aldosterona. Uma vez que a ECA inativa a bradicinina, a inibição da ECA também resulta em um aumento da atividade dos sistemas calicreína- cinina circulantes e locais (e consequentemente também ativando o sistema prostaglandina). É possível que este mecanismo contribua para ação hipotensora dos inibidores da ECA e seja parcialmente responsável por alguns dos seus efeitos adversos (como por exemplo, a tosse).
O perindopril age por intermédio de seu metabólito ativo, o perindoprilato. Os outros metabólitos não demostraram nenhuma inibição da atividade da ECA in vitro.

Propriedades Farmacocinéticas:
Absorção
Após administração oral, a absorção do perindopril é rápida e o pico de concentração é atingido em 1 hora. A meia-vida plasmática do perindopril é de 1 hora.
Perindopril é uma pró-droga. Vinte e sete por cento (27%) da dose de perindopril administrado, chega a circulação sanguínea como perindoprilato, metabólito ativo. Além do perindoprilato ativo, o perindopril produz cinco metabólitos, todos inativos.
O pico de concentração plasmática do perindoprilato é atingido em 3 a 4 horas.
A ingestão de alimentos reduz a conversão em perindoprilato, consequentemente a sua biodisponibilidade, desse modo, o perindopril sal de terc-butilamina deve ser administrado por via oral, em dose única diária pela manhã, antes da refeição. Foi demonstrada uma relação linear entre a dose de perindopril e a sua exposição plasmática.

Distribuição
O volume de distribuição é aproximadamente de 0,2 l/Kg para o perindoprilato livre. A ligação do perindoprilato às proteínas plasmáticas é de 20%, principalmente à enzima conversora da angiotensina, mas é dependente da concentração.

Eliminação
Perindoprilato é eliminado na urina e a meia-vida terminal da fração livre é de aproximadamente 17 horas, resultando em estado de equilíbrio dentro de 4 dias.

População especial
A eliminação do perindoprilato é reduzida em pacientes idosos, e também nos pacientes com insuficiência cardíaca ou renal. O ajuste da dosagem na insuficiência renal é desejável dependendo do grau da insuficiência (clearance de creatinina).
O clearance de diálise do perindoprilato é de 70ml/min.
Os parâmetros cinéticos do perindopril são modificados em pacientes com cirrose: o clearance hepático do perindopril é reduzido à metade. No entanto, a quantidade de perindoprilato formado não é reduzida e por essa razão não há necessidade de se fazer um ajuste na dosagem (ver itens 5 e 8).

– Dados de segurança pré-clínicos:
Em estudos de toxicidade crônica oral (ratos e macacos), o órgão alvo foi o rim, com danos reversíveis. Em estudos in vitro e in vivo não foi observada mutagenicidade.
Os estudos toxicológicos sobre a reprodução (camundongos, ratos, coelhos e macacos) não demonstraram sinais de embriotoxicidade ou teratogenicidade. Contudo, os inibidores da ECA, enquanto classe, tem demonstrado provocar efeitos adversos no desenvolvimento fetal tardio, resultando em morte fetal e efeitos congênitos em roedores e coelhos: foram observadas lesões renais e um aumento na mortalidade peri e pós-natal. A fertilidade não foi prejudicada em ratos machos e fêmeas.
Não foi observada carcinogenicidade em estudos em longo prazo em camundongos e ratos.

Resultados de eficacia

– Hipertensão arterial:
O perindopril é ativo em todos os estágios da hipertensão: leve, moderada ou grave. Uma redução nas pressões arteriais sistólica e diastólica é observada tanto no paciente em posição supina quanto ortostática.
O perindopril reduz a resistência vascular periférica, levando a uma redução na pressão arterial. Como consequência, o fluxo sanguíneo periférico aumenta, sem nenhum efeito na frequência cardíaca.
Geralmente ocorre o aumento no fluxo sanguíneo renal, enquanto a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) permanece inalterada.
A atividade anti-hipertensiva é máxima entre a 4ª e 6ª hora após a administração de uma dose única e é mantida por no mínimo 24 horas: os efeitos no vale são aproximadamente 87-100% dos efeitos no pico.
A diminuição da pressão arterial ocorre rapidamente. Em pacientes que respondem ao tratamento, a normalização da pressão arterial é alcançada dentro de 1 mês de tratamento e é mantida sem ocorrência de taquifilaxia.
A interrupção do tratamento não causa efeito rebote.
O perindopril reduz a hipertrofia ventricular esquerda.
Em humanos, o perindopril demonstrou propriedades vasodilatadoras, promovendo aumento da elasticidade das artérias de grande calibre e redução da relação média-luz das artérias de pequeno calibre.
Quando necessário, a combinação com um diurético tiazídico resulta em um efeito sinérgico aditivo. Esta associação de um inibidor da ECA com um tiazídico também pode diminuir o risco de hipocalemia induzida pelo tratamento diurético.
– Insuficiência cardíaca:
O COVERSYL® reduz o trabalho cardíaco por uma diminuição na pré e pós-carga.
Estudos realizados em pacientes com insuficiência cardíaca demonstraram:
-diminuição das pressões de enchimento ventricular esquerda e direita,
-redução da resistência vascular periférica total,
-aumento do débito cardíaco e melhora do índice cardíaco.
Em estudos comparativos, a primeira administração de 2mg de COVERSYL® em pacientes com insuficiência cardíaca leve a moderada não foi associada a qualquer redução significativa da pressão arterial em comparação com o placebo.

Doença cérebro vascular
Um estudo multicêntrico, internacional, duplo cego, randomizado e controlado com placebo (PROGRESS) avaliou o impacto de um esquema terapêutico de 4 anos (perindopril, sozinho ou em combinação com o diurético indapamida) sobre o risco de recorrência do AVC (acidente vascular cerebral) em pacientes com história de doença cerebrovascular.
O desfecho primário foi AVC.
Após um período de “run in” inicial com COVERSYL 2mg durante duas semanas uma vez ao dia, 4mg foram administrados por mais duas semanas, quando necessário, a dose poderia ser ampliada para até 8mg. Em seguida, 6105 pacientes foram randomizados para placebo (n=3054) ou COVERSYL sozinho ou associado a indapamida (n=3051). Indapamida foi associada exceto quando o paciente tinha uma indicação formal ou contraindicação para o uso de diurético.
Estes tratamentos eram prescritos em adição às terapias convencionais já em uso para tratamento do AVC e/ou hipertensão ou qualquer outra patologia associada.
Todos os pacientes randomizados tinham uma história pregressa de doença cerebrovascular (AVC ou Ataque Isquêmico Transitório) nos últimos 5 anos. Não havia critério para inclusão baseado em cifras tensionais: 2916 pacientes eram hipertensos e 3189 eram normotensos.
Após uma média de acompanhamento de 3,9 anos, houve uma redução da pressão arterial (sistólica e diastólica) em média de 9,0/4,0 mmHg e uma redução significativa de 28% (95% CI [17;38], p<0.0001) no risco de recorrência do AVC (tanto isquêmico quanto hemorrágico) foi observada no grupo de pacientes tratados em comparação com o grupo placebo (10,1% vs 13,8%).
Além disso, ainda foram observadas reduções significativas no risco de:
-AVC fatal ou incapacitante (4,0% vs 5,9% correspondendo a 33% de redução de risco);
-Eventos cardiovasculares totais, definidos como morte vascular, infarto do miocárdio não fatal e AVC não fatal (15,0% vs 19,8% correspondendo a 26% de redução de risco);
-Demência relacionada ao AVC (1,4% vs 2,1% correspondendo a uma redução de risco de 34%) e declínio cognitivo severo relacionado ao AVC (1,6% vs 2,8% correspondendo a 45% de redução de risco).
Estes benefícios terapêuticos foram observados independente do fato do paciente ser hipertenso ou não, independente da idade, sexo, subtipo do AVC ou presença de diabetes.
Os resultados do PROGRESS demonstram que esta terapia por cinco anos resultaria em se evitar um AVC para cada 23 pacientes tratados e um evento cardiovascular maior a cada 18 pacientes tratados.

– Doença arterial coronariana estável:
O estudo EUROPA foi um estudo multicêntrico, internacional, randomizado, duplo cego e controlado por placebo que teve uma duração de 4 anos.
Doze mil duzentos e dezoito (12218) pacientes com idade superior a 18 anos foram randomizados para perindopril 8mg (n=6110) ou placebo (n=6108).
A população em estudo apresentava evidências de doença arterial coronariana sem evidências de sinais clínicos de insuficiência cardíaca. De um modo geral, 90% dos pacientes tiveram um infarto prévio do miocárdio e/ou uma revascularização coronariana prévia. A maioria dos pacientes recebeu a medicação em estudo além da terapêutica convencional incluindo inibidores plaquetários, agentes hipolipemiantes e betabloqueadores.
O principal critério de eficácia foi composto por mortalidade cardiovascular, infarto do miocárdio não fatal e/ou parada cardíaca com reanimação bem sucedida. O tratamento com perindopril 8mg uma vez por dia resultou em uma significativa redução absoluta no desfecho primário de 1,9% (redução do risco relativo (RRR) de 20%, 95%IC [9,4; 28,6] –p<0,001).
Em pacientes com história de infarto do miocárdio e/ou revascularização, foi observada uma redução absoluta de 2,2% correspondente a uma RRR de 22,4% (95%IC [12,0; 31,6] – p<0,001) no desfecho primário em comparação com o placebo.

– Uso pediátrico
A segurança e a eficácia do perindopril em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos não foram estabelecidas. Em um estudo clínico aberto, não comparativo em 62 crianças hipertensas com idade de 2 a 15 anos, com uma taxa de filtração glomerular > 30 ml / min / 1,73 m2, os pacientes receberam perindopril com uma dose média de 0,07 mg / kg. A dose foi individualizada de acordo com o perfil do paciente e a resposta da pressão sanguínea até uma dose máxima de 0,135 mg / kg / dia.
59 pacientes completaram o período de três meses, e 36 pacientes completaram o período de extensão do estudo, ou seja, foram seguidos, pelo menos, 24 meses (média de duração do estudo: 44 meses).
Pressão arterial sistólica e diastólica mantiveram-se estáveis desde a inclusão da última avaliação em pacientes previamente tratados com outros tratamentos anti-hipertensivos, e diminuiu em pacientes sem tratamento prévio.
Mais de 75% das crianças tiveram a pressão arterial sistólica e diastólica abaixo do 95° percentil na sua última avaliação. A segurança foi consistente com o perfil de segurança conhecido do perindopril.
– Dados de ensaios clínicos do duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona:
Dois grandes estudos randomizados e controlados (ONTARGET (ONgoing Telmisartan Alone and in combination with Ramipril Global Endpoint Trial) e VA NEPHRON-D (The Veterans Affairs Nephropathy in Diabetes) têm examinado o uso da combinação de um inibidor da ECA com um bloqueador do receptor da angiotensina II.
ONTARGET foi um estudo realizado em pacientes com história de doença cardiovascular ou cerebrovascular, ou diabetes mellitus tipo 2 acompanhadas de evidência de lesão de órgãos-alvo. VA NEPHRON-D foi um estudo em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e nefropatia diabética.
Estes estudos não demonstraram qualquer efeito benéfico significativo na função renal e / ou resultados cardiovasculares e mortalidade, enquanto foi observado um aumento do risco de hipercalemia, lesão renal aguda e / ou hipotensão, em comparação com a monoterapia.
Dadas as suas propriedades farmacodinâmicas semelhantes, estes resultados são também relevantes para outros inibidores da ECA e bloqueadores dos receptores da angiotensina II.
Inibidores da ECA e bloqueadores dos receptores da angiotensina II não devem, portanto, serem utilizados concomitantemente em pacientes com nefropatia diabética.
ALTITUDE (Aliskiren Trial in Type 2 Diabetes Using Cardiovascular and Renal Disease Endpoints) foi um estudo destinado a testar o benefício da adição de alisquireno a uma terapia padrão de um inibidor da ECA ou um bloqueador do receptor da angiotensina II em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e doença renal crônica, doença cardiovascular, ou ambos. O estudo foi interrompido precocemente devido a um risco aumentado de resultados adversos. Morte cardiovascular e acidente vascular cerebral foram numericamente mais frequentes no grupo de alisquireno do que no grupo do placebo e os eventos adversos e os eventos adversos graves de interesse (hipercalemia, hipotensão e disfunção renal) foram notificadas mais frequentemente no grupo do alisquireno do que no grupo placebo.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

COVERSYL deve ser guardado na sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade. Nestas condições, este medicamento possui prazo de validade de 24 (vinte e quatro) meses, a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E ORGANOLÉPTICAS
COVERSYL 4mg é apresentado sob a forma de comprimidos brancos, em forma de bastão, sulcados em ambas as faces.
COVERSYL 8mg é apresentado sob a forma de comprimidos redondos de cor verde, biconvexos, sem revestimento, gravados com em uma das faces e na outra face.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres legais

MS N° 1.1278.0051
Farm. Responsável: Patrícia Kasesky de Avellar – CRF-RJ n.º 6350
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.

Fabricado por: Les Laboratoires Servier Industrie 45520 Gidy – França.

Importado por: Laboratórios Servier do Brasil Ltda
Estrada dos Bandeirantes, n.º 4211 – Rio de Janeiro
RJ – Indústria Brasileira
C.N.P.J. 42.374.207 / 0001 – 76
Serviço de Atendimento ao Consumidor: 0800 – 7033431

COVERSYL – Bula para o paciente

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
COVERSYL é indicado no tratamento da hipertensão arterial, no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva, na prevenção da recorrência do acidente vascular cerebral em associação com a indapamida em pacientes com doença cerebrovascular e na redução do risco de eventos cardiovasculares em pacientes portadores de doença arterial coronariana estável.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
COVERSYL é um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA). Esse mecanismo de dilatação dos vasos sanguíneos torna mais fácil para o coração bombear o sangue através deles.
COVERSYL age no controle da pressão arterial, com sua manutenção dentro dos limites fisiológicos. A atividade anti-hipertensiva de COVERSYL é máxima entre a 4ª e a 6ª hora após a administração de uma única dose e é mantida por no mínimo 24 horas.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
COVERSYL não deve ser utilizado nas seguintes situações:
-Se você é alérgico ao perindopril, a qualquer componente da fórmula (listados no item composição), ou a qualquer outro medicamento inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA).
-Se você já teve sintomas, como chiado no peito, inchaço da face, língua ou garganta, coceira intensa ou erupções cutâneas graves com tratamento prévio com inibidores da ECA ou se você ou algum membro da sua família teve estes sintomas em qualquer outra circunstância (uma condição chamada angioedema).
-Se você tiver mais de 3 meses de gravidez (também é melhor evitar COVERSYL no início da gravidez (ver seção Gravidez).
-Se você tem diabetes ou insuficiência renal e está sendo tratado com medicamento para redução da pressão arterial contendo alisquireno.

Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Atenção: Este medicamento contém açúcar (lactose), portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Se alguma das seguintes condições se aplicar a você, por favor informe ao seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de tomar COVERSYL :
-Se você tem estenose da aorta (estreitamento do principal vaso que leva o sangue do coração) ou cardiomiopatia hipertrófica (doença do músculo cardíaco) ou estenose da artéria renal (estreitamento da artéria que fornece o sangue aos rins);
-Se você tem algum outro problema cardíaco;
-Se você tem problemas no fígado;
-Se você tem problemas renais ou se está fazendo diálise;
-Se você sofre de doença vascular do colágeno tal como lúpus eritematoso sistêmico ou esclerodermia;
-Se você estiver em uma dieta restrita de sal ou usa substitutos do sal que contêm potássio;
-Se você tem diabetes;
-Se você vai se submeter à anestesia e/ou cirurgia de grande porte;
-Se você sofreu recentemente de diarreia ou vômitos, ou está desidratado;
-Se você está recebendo tratamento de dessensibilização para reduzir os efeitos de uma alergia a abelha ou vespa;
-Se você vai se submeter à aférese de LDL (remoção do colesterol do seu sangue por uma máquina);
-Se você foi informado pelo seu médico que possui intolerância a alguns açúcares;
-Se você estiver tomando algum dos seguintes medicamentos utilizados para tratar a pressão arterial elevada: -Alisquireno -”Bloqueador do receptor da angiotensina II” (BRAs) – por exemplo, valsartana, telmisartana, irbesartana), em particular, se você tem problemas renais relacionadas ao diabetes.
O seu médico pode verificar a sua função renal, pressão arterial e a quantidade de eletrólitos (por exemplo, potássio) no sangue em intervalos regulares (Veja também informações no item 3).
– Se você é de origem negra, pode ter um maior risco de angioedema e este medicamento pode ser menos eficaz na redução da sua pressão arterial do que em pacientes não-negros.

Angioedema
Angioedema (uma reação alérgica grave com inchaço da face, lábios, língua ou garganta com dificuldade em engolir ou respirar) tem sido relatada em pacientes tratados com inibidores da ECA, incluindo o COVERSYL . Isto pode ocorrer em qualquer momento durante o tratamento. Se você desenvolver esses sintomas, você deve parar de tomar COVERSYL e consulte um médico imediatamente (Ver item 8).
Você deve informar ao seu médico se acha que está grávida (ou poderá engravidar). COVERSYL não é recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebê se utilizado a partir deste estágio (ver seção gravidez).

Crianças e adolescentes
O uso do COVERSYL em crianças e adolescentes até os 18 anos não é recomendado.
Efeitos na capacidade de condução de veículos e operação de máquinas:
COVERSYL normalmente não afeta o estado de alerta, contudo podem ocorrer em alguns pacientes tonturas ou fraqueza devido à pressão arterial baixa. Se você foi afetado desta maneira, sua habilidade para dirigir ou operar máquinas pode estar comprometida.

Gravidez e Lactação
Se você está grávida ou amamentando, acha que está grávida ou planejando engravidar, informe ao seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.

Gravidez
Você deve informar ao seu médico se acha que está grávida (ou poderá engravidar). O seu médico normalmente vai aconselhá-la a interromper o uso de COVERSYL antes de engravidar ou assim que você descobrir que está grávida, e a aconselhará a tomar outro medicamento em vez de COVERSYL .
COVERSYL não é recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebê se utilizado a partir deste estágio.

Lactação
Informe ao seu médico se você está amamentando ou se vai começar a amamentar. COVERSYL não é recomendado para mulheres que estejam amamentando, e seu médico poderá escolher outro tratamento, caso você deseje amamentar, especialmente se o bebê for recém-nascido ou prematuro.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Excipientes
COVERSYL contém lactose. Se você foi informado pelo seu médico que você possui intolerância a alguns açúcares, informe ao médico antes de iniciar o tratamento com este medicamento.

Atenção: Este medicamento contém açúcar (lactose), portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver tomando, tiver tomado recentemente ou irá tomar qualquer medicamento.
O tratamento com COVERSYL pode ser afetado por outros medicamentos. Seu médico pode precisar mudar sua dose e/ou tomar outras precauções. Estes incluem:
-Outros medicamentos para hipertensão, incluindo bloqueador do receptor da angiotensina II (BRAs), alisquireno (veja mais informações nos itens 3 e 4) ou diuréticos (medicamentos que aumentam a quantidade de urina produzida pelos rins);
-Medicamentos poupadores de potássio (por exemplo: amilorida, triantereno), suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio;
-Medicamentos poupadores de potássio utilizados no tratamento da insuficiência cardíaca: eplerenona e espironolactona em doses entre 12,5mg a 50mg por dia;
-Lítio para mania ou depressão;
-Medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (ex: ibuprofeno) para alívio da dor ou aspirina em alta dose;
-Medicamentos para tratar diabetes (como insulinas ou metformina);
-Baclofeno (usado para tratar rigidez muscular em doenças como esclerose múltipla);
-Medicamentos para tratar perturbações mentais tais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, etc (ex: antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos);
-Imunossupressores (medicamentos que reduzem o mecanismo de defesa do organismo) usados para o tratamento de alterações autoimunes ou em seguida a cirurgia de transplante (ex: ciclosporina, tacrolimus);
-Trimetoprim (para o tratamento de infecções);
-Estramustina (utilizado na terapia de câncer);
-Alopurinol (para tratamento da gota);
-Procainamida (para o tratamento do batimento cardíaco irregular);
-Vasodilatadores incluindo nitratos (medicamentos que dilatam os vasos sanguíneos);
-Heparina (medicamento usado para tornar o sangue mais fluido);
-Medicamentos usados para o tratamento da pressão sanguínea baixa, choque ou asma (ex: efedrina, noradrenalina ou adrenalina);
-Sais de ouro, especialmente com administração intravenosa (utilizada para tratamento dos sintomas de artrite reumatoide).

INTERAÇÕES COM ALIMENTOS
Tomar COVERSYL preferencialmente antes da refeição.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
COVERSYL 4mg deve ser guardado na sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade. Nestas condições, este medicamento possui prazo de validade de 24 (vinte e quatro) meses, a partir da data de fabricação.
COVERSYL 8mg deve ser guardado na sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade. Nestas condições, este medicamento possui prazo de validade de 24 (vinte e quatro) meses, a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E ORGANOLÉPTICAS
COVERSYL 4mg é apresentado sob a forma de comprimidos brancos, em forma de bastão, sulcados em ambas as faces.
COVERSYL 8mg é apresentado sob a forma de comprimidos redondos de cor verde, biconvexos, sem revestimento.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Sempre tome o medicamento exatamente como o seu médico ou farmacêutico o orientou. Se você estiver com dúvidas entre em contato com seu médico ou farmacêutico.
Tome o comprimido com um copo de água, preferencialmente na mesma hora todos os dias, pela manhã, antes de uma refeição. O seu médico irá decidir sobre a dose correta para você.

As doses recomendadas são as seguintes:
HIPERTENSÃO ARTERIAL ESSENCIAL
A dosagem usual é de 4 mg por dia em uma tomada única pela manhã. Dependendo da resposta ao tratamento, a dosagem deve ser gradualmente ajustada em intervalos de 1 mês, até uma dose única máxima de 8 mg por dia. Em idosos, iniciar o tratamento com a menor dosagem (2 mg por dia, pela manhã, equivalente a metade de um comprimido COVERSYL® 4 mg) e se necessário, aumentar para 4 mg após 1 mês de tratamento.

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
A dose inicial recomendada é de 2mg ao dia (equivalente a metade de um comprimido COVERSYL® 4 mg), após duas semanas, a dose pode ser aumentada para 4mg uma vez ao dia, que é a dose máxima recomendada para insuficiência cardíaca, sempre em tomada única diária, preferencialmente pela manhã.
PREVENÇÃO DA RECORRÊNCIA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (DERRAME)
Em pacientes com história de doença cerebrovascular, COVERSYL® deve ser introduzido em uma dose inicial de 2mg ao dia (equivalente a metade de um comprimido COVERSYL® 4 mg), durante duas semanas. Em seguida, a dose deve ser aumentada para 4mg ao dia, durante outras duas semanas e então associado à indapamida. O tratamento deve ser iniciado a qualquer momento após o evento inicial (AVC ou ataque isquêmico transitório) de duas semanas até vários anos.

REDUÇÃO DO RISCO DE EVENTOS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA (DAC) ESTÁVEL Em pacientes com história prévia de DAC, COVERSYL® deve ser administrado na dose de 8mg, sempre em uma única tomada, preferencialmente pela manhã. O tratamento deve ser iniciado a qualquer momento após o evento coronário inicial, podendo ser mantido até vários anos.
Como o tratamento com COVERSYL® normalmente é crônico, você deve falar com seu médico antes de interromper o uso deste medicamento. Se você tem outras dúvidas em relação ao uso deste medicamento, pergunte ao médico ou farmacêutico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Coversyl® 8 mg não deve ser partido, aberto ou mastigado.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
É importante tomar seu medicamento todos os dias, uma vez que o tratamento realizado de maneira regular apresenta melhores resultados. Entretanto, caso você se esqueça de tomar COVERSYL tome a próxima dosagem, na hora habitual. Não tome o medicamento duas vezes para compensar a dose esquecida.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
REAÇÕES ADVERSAS
Como para todos os medicamentos, podem ocorrer algumas reações adversas em determinados pacientes, embora nem todos as apresentem.
Interrompa o uso deste medicamento ou procure um médico imediatamente, se você tiver alguma das seguintes reações adversas:
-Inchaço da face, lábios, boca, língua ou garganta, dificuldade em respirar (angioedema) (ver item 4) (incomum- ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
-Tonturas graves ou desmaios devido a baixa da pressão arterial (comum- ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
-Batimentos cardíacos rápidos ou irregulares, dor no peito (angina) ou infarto (muito raro- ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento);
-Fraqueza nos braços ou pernas, ou problemas de fala, que pode ser sinal de um possível acidente vascular cerebral (muito rara- ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento);
-Chiado súbito na respiração, dor no peito, falta de ar ou dificuldade em respirar (broncoespasmo) (incomum- ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
-Pâncreas inflamado que pode causar grave dor abdominal e nas costas acompanhado da sensação de mal estar (muito rara- ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento);
-Coloração amarela da pele ou olhos (icterícia), que pode ser um sinal de hepatite (muito rara- ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento);
-Erupção cutânea que normalmente começa com manchas vermelhas que coçam no rosto, braços ou pernas (eritema multiforme) (muito rara- ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Por ordem decrescente de frequência, as reações adversas podem incluir:
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Dor de cabeça, tontura, vertigem, sensação de formigamento, distúrbios de visão, zumbido (sensação de ruídos nos ouvidos), tosse, falta de ar (dispneia), alterações gastrointestinais (náuseas, vômitos, dor abdominal, alteração do paladar, dispepsia ou dificuldade de digestão, diarreia, constipação), reações alérgicas (tais como erupções cutâneas, comichão), câimbras musculares, sensação de fraqueza.
Reação incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Alterações de humor, perturbações do sono, secura da boca, comichão ou erupção cutânea grave, formação de bolhas pela pele, problemas renais, impotência, sudorese, excesso de eosinofilia (tipo de células brancas sanguíneas), sonolência, desmaio, palpitações, taquicardia, vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos), reação de fotossensibilidade (aumento da sensibilidade da pele ao sol), artralgia (dor nas articulações), mialgia (dor muscular), dor no peito, mal-estar, edema periférico, febre, queda, alteração nos parâmetros laboratoriais: nível sanguíneo elevado de potássio reversível com a descontinuação, baixo nível de sódio, hipoglicemia (nível muito baixo de açúcar no sangue) no caso de pacientes diabéticos, aumento da ureia no sangue e aumento da creatinina no sangue.
Reações raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Alterações nos parâmetros laboratoriais: aumento do nível das enzimas no fígado, nível elevado de bilirrubina sérica.
Reações muito raras (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): confusão, pneumonia eosinofílica (um tipo raro de pneumonia), rinite (nariz entupido ou escorrendo), insuficiência renal aguda, alterações em valores dos parâmetros sanguíneos, tais como um menor número de glóbulos brancos e vermelhos, baixa na hemoglobina, baixa de plaquetas.

Reportando as reações adversas
Se você tiver alguma dessas reações adversas, informe seu médico ou farmacêutico. Isto inclui qualquer reação adversa possível não listada nesta bula.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC).

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Se você tomar muitos comprimidos procure o departamento de emergência mais próximo ou entre em contato com o seu médico imediatamente.
O efeito mais provável no caso de superdosagem de COVERSYL é a hipotensão arterial (pressão arterial baixa) que pode fazer com que você sinta tonteira ou desmaie. Se isto acontecer, deitar e ficar com as pernas elevadas pode ajudar.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Data da bula

23/03/2017