Miantrex cs

MIANTREX CS com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de MIANTREX CS têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com MIANTREX CS devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

Pfizer

Apresentação MIANTREX CS

Miantrex* CS solução injetável 25 mg/mL em embalagem contendo 1 frasco-ampola com 2 mL (50 mg) ou 20 mL (500 mg).
Miantrex* CS solução injetável 100 mg/mL em embalagem contendo 1 frasco-ampola com 10 mL (1g).

USO PEDIÁTRICO E ADULTO
USO INJETÁVEL POR VIA INTRAVENOSA, INTRAMUSCULAR, INTRATECAL OU INFUSÃO INTRAVENOSA (vide “Posologia”)

CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO

Composição:
Cada mL de Miantrex* CS 50 mg ou 100 mg contém 25 mg de metotrexato.
Excipientes: água para injetáveis, hidróxido de sódio e cloreto de sódio. Quando necessário, o pH é ajustado com solução de ácido clorídrico e/ou hidróxido de sódio.

Cada mL de Miantrex* CS 1 g contém 100 mg de metotrexato.
Excipientes: água para injetáveis e hidróxido de sódio. Quando necessário, o pH é ajustado com soluções de ácido clorídrico e/ou hidróxido de sódio.

USO RESTRITO A HOSPITAIS

MIANTREX CS – Indicações

Miantrex* CS (metotrexato) é um fármaco citotóxico utilizado na quimioterapia antineoplásica e em certas patologias não malignas.

Indicações em oncologia
Miantrex* CS é indicado para o tratamento dos seguintes tumores sólidos e neoplasias malignas hematológicas:
– Neoplasias trofoblásticas gestacionais (coriocarcinoma uterino, corioadenoma destruens e mola hidatiforme)
– Leucemias linfocíticas agudas
– Câncer pulmonar de células pequenas
– Câncer de cabeça e pescoço (carcinoma de células escamosas)
– Câncer de mama
– Osteossarcoma
– Tratamento e profilaxia de linfoma ou leucemia meníngea
– Terapia paliativa de tumores sólidos inoperáveis
– Linfomas não-Hodgkin e linfoma de Burkitt.

Indicações não-oncológicas
– Psoríase grave

Contra indicações de MIANTREX CS

Miantrex* CS (metotrexato) é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao metotrexato ou a qualquer componente da fórmula e àqueles portadores de insuficiência renal grave.
A presença de insuficiência hepática, alcoolismo, depressão da medula óssea (presença de anemia grave e/ou leucopenia grave e/ou trombocitopenia), infecções graves, úlcera péptica ou colite ulcerativa, gravidez e aleitamento (vide “Advertências e Precauções”) requerem extrema cautela no uso do metotrexato para terapia antineoplásica enquanto representam contraindicações para o uso em pacientes com psoríase.

Advertências

Geral
Como regra geral, a administração do metotrexato deve ser realizada sob supervisão de médicos com treinamento completo para a utilização de fármacos citotóxicos. É obrigatório o controle minucioso da toxicidade, particularmente na administração de dosagens elevadas do fármaco.
Embora a probabilidade de ocorrer efeitos tóxicos esteja relacionada, em termos de
frequência e gravidade, com a dose e/ou frequência da administração do fármaco, a toxicidade pode ocorrer em todas as doses.
Pacientes submetidos a tratamento com metotrexato devem ser informados dos riscos de toxicidade. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados durante o tratamento, recomendando-se particular atenção aos pacientes com insuficiência renal, bem como para aqueles com derrames pleurais ou outras coleções em terceiro espaço (por exemplo, ascite), uma vez que a eliminação do fármaco pode estar comprometida.
As avaliações basais de rotina devem incluir um hemograma completo, testes de função renal e hepática e uma radiografia de tórax. Durante o tratamento da psoríase, recomendasse a monitoração dos parâmetros hematológicos (pelo menos uma vez ao mês) e função renal e hepática (a cada um a três meses). Em pacientes oncológicos indica-se, usualmente, uma monitoração mais frequente. A urina deve ser mantida alcalinizada ao longo de toda a terapia com metotrexato.
Pacientes em tratamento ambulatorial com metotrexato devem ser informados dos sinais e sintomas de toxicidade, da necessidade de procurar seu médico imediatamente se eles ocorrerem e da necessidade de cuidadoso acompanhamento, inclusive de testes laboratoriais regulares para monitoração da toxicidade.

As advertências e precauções especiais aplicam-se às seguintes situações:
Infecções
A terapia com metotrexato possui atividade imunossupressora, que potencialmente pode levar a infecções sérias ou mesmo fatais. Sinais e sintomas de infecção devem ser cuidadosamente observados e pode ser necessário tratamento antibiótico de largo espectro.

Toxicidade gastrintestinal
Se ocorrerem vômitos recorrentes, graves ou diarreia recorrente ou estomatite ulcerativa extensa, a terapia com metotrexato deve ser descontinuada em vista do risco de enterite hemorrágica e perfuração intestinal.

Hepatotoxicidade
Alterações transitórias dos testes de função hepática (transaminases elevadas) são
frequentemente observadas após a administração de metotrexato e geralmente não requerem modificação do tratamento com metotrexato. Pode ocorrer toxicidade hepática crônica (fibrose e cirrose) após tratamento prolongado (2 anos ou mais) e doses elevadas cumulativas do fármaco. Embora atualmente se acredite que a biópsia hepática seja a única medida confiável de avaliação da hepatotoxicidade induzida pelo metotrexato, os testes de função hepática devem ser repetidos periodicamente durante o período de tratamento.
Indica-se precaução especial na presença de dano hepático preexistente ou função hepática insuficiente. Anormalidades persistentes e/ou reduções significativas da albumina sérica podem ser indicadores de toxicidade hepática grave, requerendo avaliação.

Toxicidade pulmonar
O metotrexato tem potencial para causar toxicidade pulmonar, de forma que os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto a sinais e sintomas pulmonares (por exemplo, tosse seca, improdutiva). Se tais manifestações ocorrerem, o tratamento deve ser descontinuado, instituindo-se uma terapia de suporte.

Neurotoxicidade
Altas doses sistêmicas ou administração intratecal de metotrexato podem causar toxicidade significativa ao SNC. Os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente quanto a sinais e sintomas neurológicos. Se tais manifestações ocorrerem, o tratamento deve ser descontinuado, devendo ser instituída terapia apropriada.

Toxicidade cutânea
Os pacientes recebendo metotrexato devem evitar exposição excessiva sem proteção ao sol ou lâmpadas solares devido a possíveis reações de foto sensibilidade.

Função renal
O metotrexato não é nefrotóxico mas é quase completamente excretado pelos rins. O risco de dano renal levando à insuficiência renal aguda devido, principalmente, à precipitação no rim do fármaco inalterado e seus metabólitos, pode ser reduzido por hidratação oral adequada e alcalinização da urina (o metotrexato é um ácido fraco e tende a se precipitar em pH urinário abaixo de 6,0). Testes de função renal devem ser realizados periodicamente.

Terapia com doses elevadas
A administração de ácido folínico (folinato de cálcio) é obrigatória na terapia de metotrexato em altas doses. A administração de ácido folínico, hidratação e alcalinização da urina devem ser realizadas com monitoração constante dos efeitos tóxicos e da eliminação do metotrexato.
Há relatos de mortes relacionadas ao uso do metotrexato no tratamento da psoríase; por esta razão, no tratamento dessa patologia, o fármaco deverá ser reservado aos casos graves, rebeldes e incapacitantes que não tenham respondido adequadamente às formas usuais de terapia e somente quando o diagnóstico for confirmado por biópsia e/ou consulta dermatológica.

Uso durante a Gravidez
Foram observados quadros de abortamento, morte fetal e/ou anormalidades congênitas em mulheres grávidas recebendo metotrexato. Se o fármaco for administrado durante a gravidez ou se a paciente ficar grávida durante o tratamento com metotrexato, devem ser fornecidas todas as informações sobre os riscos potenciais ao feto.
As mulheres com probabilidade de engravidar não devem receber o fármaco até que a gravidez esteja excluída e devem ser aconselhadas a fazer uso de métodos contraceptivos confiáveis durante e até cerca de 3 meses após a descontinuação do fármaco.

Uso durante a Lactação
As mulheres devem ser instruídas a não amamentar durante o tratamento com metotrexato, uma vez que o fármaco é excretado no leite materno e pode ser causa potencial de efeitos adversos sérios.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
Não existem relatos descrevendo explicitamente efeitos do tratamento com metotrexato sobre a capacidade de conduzir automóveis e usar máquinas. Entretanto, com base nas reações adversas relatadas, presume-se que o fármaco seja potencialmente perigoso.

Interações medicamentosas de MIANTREX CS

O metotrexato é frequentemente utilizado em combinação com outros fármacos citotóxicos.
Pode-se esperar uma toxicidade aditiva em esquemas de quimioterapia que combinam fármacos com efeitos farmacológicos similares, devendo ser realizada uma monitoração especial com respeito à depressão de medula óssea, bem como toxicidades renal, gastrintestinal e pulmonar.
Após a absorção, o metotrexato liga-se parcialmente à albumina sérica. O uso concomitante de outros fármacos que competem pelo mesmo sítio de ligação pode resultar em deslocamento do metotrexato, com aumento das concentrações plasmáticas e risco de toxicidade. Os salicilatos, as sulfonamidas, as sulfonilureias, a fenitoína, a fenilbutazona, o ácido aminobenzóico, alguns antibióticos como as penicilinas, tetraciclina, pristinamicina, probenecida e cloranfenicol, apresentam um efeito inibidor/competitivo com o metotrexato na ligação das proteínas séricas. Além disso, compostos hipolipidêmicos como a colestiramina mostraram-se substratos de ligação preferencial em comparação com as proteínas séricas, quando administrados em combinação com metotrexato.
Deve ser evitado o uso concomitante de outros fármacos com potencial nefrotóxico ou hepatotóxico, inclusive o álcool.
Foram relatados casos graves e alguns fatais de agravamento da toxicidade pelo metotrexato, quando esse era administrado concomitantemente com vários fármacos antiinflamatórios não-esteroides (AINEs), inclusive ácido acetilsalicílico e outros salicilatos, azapropazona, diclofenaco, indometacina e cetoprofeno. O mecanismo é incerto, mas pode incluir tanto o deslocamento do metotrexato dos sítios de ligação com proteínas quanto um efeito inibitório dos AINEs sobre a síntese de prostaglandina E2, causando uma redução significativa do fluxo sangüíneo renal, resultando em redução da excreção do metotrexato.
Foi relatado que o naproxeno não afeta a farmacocinética do metotrexato, mas foi relatado um caso de interação fatal.
O uso concomitante de pirimetamina ou trimetoprima pode aumentar os efeitos tóxicos do metotrexato devido a um efeito aditivo antifolato. Por outro lado, preparações multivitamínicas incluindo ácido fólico ou seus derivados podem alterar as respostas ao metotrexato e não devem ser administradas a pacientes que estejam recebendo
metotrexato.
Foi relatado que a administração de L-asparaginase pode antagonizar o efeito do metotrexato.
Foi relatado um risco aumentado de hepatotoxicidade quando metotrexato e etretinato são administrados concomitantemente.
O uso de anestesia com óxido nitroso potencializa o efeito do metotrexato sobre o metabolismo do folato, causando mielossupressão e estomatite graves e imprevisíveis. Esse efeito pode ser reduzido com a neutralização dos efeitos com ácido folínico.
A administração de amiodarona a pacientes tratados com metotrexato para psoríase induziu lesões cutâneas ulceradas.
Foi relatado câncer de pele em poucos pacientes portadores de psoríase ou micose fungoide (um linfoma cutâneo de células-T) recebendo tratamento concomitante com metotrexato e terapia PUVA (metoxaleno e radiação ultravioleta).
Deve-se tomar cuidado sempre que papa de hemácias e metotrexato forem administrados concomitantemente. Pacientes que receberam infusão de metotrexato por 24 horas e transfusões subsequentes apresentaram uma probabilidade aumentada de toxicidade decorrente de concentrações séricas elevadas e prolongadas de metotrexato.
O metotrexato é um imunossupressor, podendo reduzir a resposta imunológica à vacinação concomitante. Podem ocorrer reações antigênicas graves se vacinas vivas forem administradas concomitantemente.

Incompatibilidades
Foi relatado que o metotrexato é incompatível com citarabina, fluoruracila e prednisolona.

Reações adversas / efeitos colaterais de MIANTREX CS

Muitos dos efeitos colaterais da terapia com metotrexato não podem ser evitados, tendo em vista as ações farmacológicas do fármaco. Entretanto, os efeitos adversos são geralmente reversíveis se detectados precocemente. Os principais efeitos tóxicos do metotrexato ocorrem em tecidos normais de proliferação rápida, particularmente a medula óssea e o trato gastrintestinal. Ulcerações da mucosa oral são, habitualmente, os sinais mais precoces de toxicidade. As reações adversas mais comuns incluem estomatite, leucopenia, náusea e desconforto abdominal; entretanto, como ocorre com outros fármacos, podem ocorrer outras toxicidades com frequências e intensidades diferentes de acordo com as várias doses/vias de administração.

As reações adversas relatadas para os diferentes sistemas orgânicos são as seguintes:
Efeitos Hematológicos
Depressão da medula óssea (leucopenia, neutropenia, trombocitopenia e anemia) é esperada após terapia com metotrexato. O nadir (efeito deteriorante máximo) dos leucócitos, neutrófilos e plaquetas circulantes habitualmente ocorre entre 5 e 13 dias após a dose IV em bolus (com recuperação entre 14 e 28 dias). Os leucócitos e neutrófilos podem, ocasionalmente, apresentar duas depressões, a primeira ocorrendo em 4-7 dias e um segundo nadir após 12-21 dias, seguido por recuperação. Podem ser esperadas sequelas clínicas como febre, infecções e hemorragia em várias localizações.
Também foi relatada anemia megaloblástica, principalmente em pacientes idosos recebendo tratamento prolongado semanalmente com metotrexato. A suplementação de folato pode permitir a continuação da terapia com metotrexato com a resolução da anemia.

Efeitos Gastrintestinais
Podem ocorrer mucosite (estomatite, gengivite, glossite, enterite), bem como náuseas, vômitos e diarreia. As consequências clínicas dessa toxicidade podem ser ulceração e sangramento das membranas mucosas da boca e/ou outras porções do trato gastrintestinal, perfuração intestinal, desconforto abdominal, anorexia. A administração de metotrexato tem sido associada com hepatotoxicidade aguda e crônica. É comumente relatada a alteração dos testes de função hepática (aumentos nos níveis de transaminases e LDH), mas isso geralmente se resolve dentro de um mês da cessação da terapia. Fibrose ou cirrose hepática mais importante pode acompanhar tratamentos prolongados (2 anos ou mais) e doses elevadas cumulativas do fármaco. O risco de desenvolver hepatotoxicidade crônica em pacientes com psoríase parece estar correlacionada, não somente com as doses cumulativas do fármaco, mas também com a presença de condições concomitantes como alcoolismo, obesidade, diabetes, idade avançada e uso de compostos arsenicais.

Hipersensibilidade e Efeitos Dermatológicos
Foram relatadas erupções cutâneas eritematosas, urticária e prurido após a administração de metotrexato. Também foram relatadas reações anafiláticas e ulceração/necrose da pele compatíveis com necrólise epidérmica tóxica. Também podem ocorrer dermatites, acne/furunculose/foliculite, vasculite, petéquias, equimoses, teleangiectasias, fotossensibilidade, despigmentação/hiperpigmentação da pele e alopecia. Podem aparecer queimaduras e eritema em áreas psoriáticas por 1-2 dias após cada dose, agravadas por exposição concomitante à radiação ultravioleta.

Efeitos Pulmonares
Podem ocorrer pneumonite intersticial, fibrose intersticial, infiltrados pulmonares
eosinofílicos reversíveis. Foi ocasionalmente relatada patologia pulmonar intersticial crônica.
As manifestações de toxicidade pulmonar induzidas pelo metotrexato incluem febre, tosse (principalmente seca e não produtiva), dispneia, dor torácica, hipoxemia e/ou evidência radiológica de infiltrados pulmonares (geralmente difusos e/ou alveolares).

Efeitos sobre o SNC
Relatou-se neurotoxicidade em pacientes recebendo metotrexato intratecal ou em altas doses. A aracnoidite química manifesta-se através de cefaleia, dor nas costas, rigidez de nuca. Uma forma subaguda de toxicidade pode caracterizar-se por vários graus de paresia.
Também foram relatados paraplegia e aumento da pressão liquórica. Uma síndrome tardia, ocorrendo meses ou anos após o tratamento, é caracterizada por leucoencefalopatia necrotizante. A síndrome pode iniciar-se de forma insidiosa e progredir para um estado confusional, estupor, convulsões, ataxia e demência. Os efeitos são dose-relacionados e ocorrem particularmente quando o metotrexato intratecal é administrado em doses acima de 50 mg em combinação com irradiação craniana e terapia sistêmica com metotrexato. Foi registrado prejuízo cognitivo em crianças que receberam metotrexato intratecal juntamente com irradiação craniana.

Efeitos Reprodutivos e Urogenitais
Podem ocorrer insuficiência renal, azotemia, cistite, hematúria. Também foram relatados oogênese e espermatogênese defeituosas, oligospermia transitória, disfunção urogenital, corrimento vaginal, infertilidade, quadros de abortamento e defeitos fetais.

Carcinogenicidade
Relatou-se que fármacos citotóxicos estão associados com risco aumentado de desenvolvimento de tumores secundários em seres humanos. Foi relatada evidência de danos cromossômicos em células somáticas de animais e em células de medula óssea de seres humanos com metotrexato.

Outros Efeitos Adversos
Foram relatados outros efeitos adversos em associação com o uso de metotrexato, os quais incluem febre, calafrios, mal-estar, fadiga, cefaleia, tonturas, sonolência, tinido, visão borrada e desconforto ocular. Também foram relatadas alterações metabólicas, precipitação de diabete e efeitos osteoporóticos, inclusive necrose asséptica da cabeça do fêmur.

MIANTREX CS – Posologia

Indicações em oncologia
A dose do metotrexato para indicações oncológicas é habitualmente baseada na área de superfície corpórea (m2) do paciente ou no peso corpóreo (kg). Entretanto, se o paciente for obeso ou tiver retenção hídrica grave, a dosagem deve ser baseada no peso corpóreo ideal estimado.
A faixa de dose terapêutica do metotrexato para indicações oncológicas é muito ampla. A dose, as vias intravenosa (injeção em bolus ou infusão), intramuscular, intratecal e esquemas de administração variam de acordo com a doença que está sendo tratada, os tratamentos citotóxicos concomitantes que estão sendo empregados (fármacos e radioterapia), a condição do paciente e a disponibilidade de adequadas medidas quimioprotetoras / de suporte.
De um modo geral, as doses devem ser reduzidas em função de deficiências hematológicas e insuficiência renal ou hepática. Doses elevadas (superiores a 100 mg) são geralmente administradas através de infusão intravenosa lenta, durante períodos que não devem exceder a 24 horas, sendo que parte da dose é injetada inicialmente por via IV rápida. As doses intravenosas (IV) de metotrexato variam, usualmente, de 30 a 120 mg/m2/ciclo em pacientes com função renal normal. Doses de metotrexato tão elevadas quanto 12-15 g/m2 podem ser administradas (por exemplo, no tratamento de osteossarcoma), as quais devem sempre ser administradas com ácido folínico (folinato de cálcio) a fim de proteger contra a toxicidade excessiva. Além disso, doses altas não devem ser administradas por push IV e necessitam de pré-hidratação e alcalinização da urina. A dosagem do metotrexato deve ser ajustada se o fármaco for utilizado em associação com outros agentes quimioterápicos com sobreposição de toxicidades. É necessário ter especial cuidado no caso de associações com outros fármacos nefrotóxicos (por exemplo, cisplatina).

Os exemplos de doses abaixo têm sido empregados nas indicações que se seguem:
Coriocarcinoma e doenças trofoblásticas similares
15 a 30 mg/dia em ciclos terapêuticos de 5 dias. Os ciclos são usualmente repetidos 3 a 5 vezes, caso necessário com intervalos de repouso de uma ou duas semanas (6 – 12 dias, em média), até o desaparecimento de qualquer efeito tóxico porventura manifestado. A eficácia é avaliada através da dosagem das gonadotrofinas coriônicas urinárias (GCU) de 24 horas, que devem retornar ao normal, ou a menos que 50 UI/24h, após o 3º ou 4º ciclo.
Recomenda-se um ou dois ciclos suplementares após a normalização das GCU. Antes de cada ciclo é essencial cuidadosa avaliação clínica. Doses semelhantes de metotrexato têm sido também utilizadas no tratamento de mola hidatiforme e do corioadenoma destruens.

Leucemia aguda linfocítica (linfoblástica)
No uso isolado, a dose na fase aguda é de 20 – 40 mg/m2 IM ou IV, duas vezes por semana, e a dose de manutenção é de 15 – 30 mg/m2 IM, uma ou duas vezes por semana, geralmente associado a outros quimioterápicos. Diante de recidiva, a remissão pode ser novamente obtida com a administração do esquema inicial. Quando empregado em associação à corticoterapia, o metotrexato deverá ter sua dose reduzida em relação ao seu emprego isolado.

Leucemia meníngea
Pelo fato dos portadores de leucemia estarem sujeitos à invasão leucêmica do sistema nervoso central, que poderá ou não apresentar sintomatologia, é recomendável a análise rotineira do líquido cefalorraquidiano (LCR) em tais pacientes. Devido à marcante frequência da leucemia meníngea, é agora uma prática comum administrar o metotrexato intratecalmente como profilaxia, uma vez que a passagem da droga do sangue para o líquido cefalorraquidiano é mínima. Por via IT, a administração é feita sob forma de solução, na dose de 12 mg/m2 (recomendando-se 15 mg como dose máxima), a intervalos de 2 a 5 dias. A solução final de infusão deve apresentar uma concentração de 1 mg/mL em meio adequado, estéril, isento de conservantes (soro fisiológico, por exemplo). O metotrexato é administrado até que a contagem de células no LCR retorne ao normal, ponto em que se aconselha uma dose adicional. Doses elevadas podem ocasionar convulsões, porém qualquer que seja a dose injetada por via IT pode desencadear efeitos indesejáveis, principalmente de natureza neurológica. Após administração IT, a droga aparece em concentrações significativas na circulação, quando pode dar origem à toxicidade sistêmica.
Por conseguinte, a terapia antileucêmica sistêmica com o medicamento deve ser apropriadamente ajustada, reduzida ou interrompida. O envolvimento focal do SNC poderá não responder à quimioterapia por via IT.
Alternativamente, foi sugerido um esquema baseado na idade do paciente, com crianças abaixo de 1 ano recebendo 6 mg, 8 mg para crianças de 1 ano, 10 mg para as de 2 anos e 12 mg para aquelas com 3 anos ou mais.
Não deve ser realizada radioterapia envolvendo o sistema nervoso central concomitantemente com metotrexato IT.

Câncer de mama
O metotrexato, em doses IV de 10-60 mg/m2, é comumente incluído em regimes combinados cíclicos com outros agentes citotóxicos, no tratamento do câncer avançado de mama. Esquemas similares têm sido também utilizados como terapia adjuvante em casos precoces após mastectomia e/ou radioterapia.

Terapia paliativa de tumores sólidos inoperáveis
Têm sido recomendadas doses de 25 a 50 mg por semana, por via intramuscular. Doses de 30 mg a 50 mg têm sido aplicadas por perfusão, diluídas em soro fisiológico e instiladas em cavidades do corpo relacionadas ao tumor.

Indicações não oncológicas
No tratamento de indicações não-oncológicas, são normalmente utilizadas doses baixas (administradas por injeção IM).

Psoríase grave (vide “Advertências e Precauções”)
Dose única de 10 a 25 mg por semana, IM ou IV, até obtenção de resposta adequada. Ao se decidir pela quimioterapia da psoríase com metotrexato, recomenda-se avaliação da funcionalidade renal, hepática e hematopoiética antes da terapia, periodicamente, no decorrer desta e antes de sua reinstituição. Pacientes femininos devem ser orientadas no sentido de evitar a concepção durante pelo menos 8 semanas após a terapia com metotrexato. Uma vez obtida resposta clínica, a dose deverá ser reduzida ao mínimo possível e administrada a intervalos maiores.

Instruções de Uso/Manuseio
Medidas de Proteção – São necessárias as seguintes medidas de proteção devido à natureza tóxica desta substância:
– a equipe deve ser treinada para efetuar as técnicas adequadas para reconstituição e manuseio;
– as mulheres grávidas da equipe não devem trabalhar com este fármaco;
– os profissionais que estiverem manuseando o metotrexato injetável devem receber equipamento de proteção: óculos, aventais, bem como luvas e máscaras descartáveis;
– deve ser designada uma área para a reconstituição (preferivelmente sob sistema de fluxo laminar). A superfície de trabalho deve ser protegida com papel absorvente revestido de plástico no verso, descartável;
– todos os itens utilizados para a reconstituição, administração e limpeza, inclusive as luvas, devem ser colocados em recipientes descartáveis, especiais para material de alto risco, para incineração em alta temperatura;
– ao contato acidental, a pele ou os olhos devem ser imediatamente lavados com grandes quantidades de água ou solução de bicarbonato de sódio; deve-se procurar por cuidados médicos.

Super dosagem

Superdosagem aguda com metotrexato pode acarretar em mielossupressão grave e toxicidade gastrintestinal, com anorexia, perda progressiva de peso e diarreia sanguinolenta.
O ácido folínico (folinato de cálcio) é um agente potente de neutralização dos efeitos tóxicos imediatos de superdosagens de metotrexato administradas inadvertidamente. A administração de ácido folínico deve ser iniciada o mais precocemente possível, de preferência dentro da primeira hora, administrado por infusão IV em doses de até 75mg por 12 horas, seguido de quatro doses de 12 mg IM, a cada 6 horas. Diante de efeito adverso com doses médias de metotrexato, o ácido folínico poderá ser administrado na dose de 6 a 12 mg via IM, a cada 6 horas (quatro doses). De uma forma geral, diante de suspeita de superdosagem, a dose do antídoto deve ser igual ou maior que a dose deletéria de metotrexato e deverá ser injetada em até 1 hora após a administração do quimioterápico.
Eventualmente podem ser necessários outros meios terapêuticos de suporte tais como transfusão sanguínea e diálise renal.
Em caso de superdosagem maciça, pode ser necessária hidratação e alcalinização urinária para prevenir a precipitação do fármaco e/ou de seus metabólitos nos túbulos renais. A superdosagem intratecal inadvertida pode ser tratada através de outra punção lombar realizada imediatamente após o reconhecimento da superdosagem para permitir que o líquido cefalorraquidiano drene por gravidade. Se a dose exceder 100 mg, deve ser considerada a realização de intervenção neurocirúrgica imediata, com perfusão ventriculolombar após drenagem imediata do líquido cefalorraquidiano; a drenagem contínua ou trocas múltiplas do líquido cefalorraquidiano também podem ser levadas em consideração, mas provavelmente não serão tão eficazes.

Caracteristicas farmalogicas

Propriedades Farmacodinâmicas
O metotrexato (ácido 4-amino-10 metil fólico) é um antimetabólito e análogo do ácido fólico.
O fármaco entra nas células através de um sistema de transporte ativo para folatos reduzidos e, devido à ligação relativamente irreversível, inibe a enzima diidrofolato redutase, que catalisa o processo de redução do ácido fólico a ácido tetraidrofólico. A formação inibida de tetraidrofolatos resulta na interferência da síntese e reparo do DNA e replicação celular.
A afinidade da diidrofolato redutase pelo metotrexato é muito maior que a sua afinidade pelo ácido fólico ou diidrofólico, de forma que mesmo administrando-se simultaneamente grandes quantidades de ácido fólico, os efeitos do metotrexato não serão revertidos.
O fármaco parece também causar um aumento no trifosfato de desoxiadenosina intracelular.
Acredita-se que essa substância iniba a redução de ribonucleotídeos e polinucleotídeo
ligase (enzima relacionada com a síntese e reparo do DNA). Os tecidos ativamente proliferativos tais como células malignas, medula óssea, células fetais, das mucosas bucais e intestinais, espermatogônias e células da bexiga urinária são geralmente mais sensíveis às ações farmacológicas do metotrexato.

Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
Consegue-se uma absorção rápida e completa do metotrexato após administração intramuscular e os níveis séricos máximos são obtidos dentro de 0,5-2 horas. Doses orais baixas (até 25-30 mg/m2) são rapidamente absorvidas no trato gastrintestinal, mas a absorção de doses maiores é irregular, possivelmente devido ao efeito de saturação.
Entretanto, foi detectada uma variabilidade na absorção do metotrexato em pacientes recebendo tratamento oral devido à desnudação epitelial, mudanças na motilidade e alterações da flora intestinal induzidas pelo fármaco. Além disso, foi demonstrado que o alimento retarda a absorção e reduz a concentração máxima. Os níveis séricos máximos atingíveis após administração oral são ligeiramente menores que aqueles detectados após injeção intramuscular, sendo que esses picos são alcançados dentro de 1-4 horas após administração oral.

Distribuição
Aproximadamente 50% do metotrexato absorvido está ligado reversivelmente às proteínas séricas, mas se difunde facilmente para as células dos tecidos corpóreos, onde o fármaco é transportado ativamente através das membranas celulares.
O metotrexato é amplamente distribuído para os tecidos corpóreos, sendo que as maiores concentrações são encontradas nos rins, vesícula biliar, baço, fígado e pele. Quantidades pequenas ou insignificantes atravessam a barreira hematoencefálica e atingem o líquido cefalorraquidiano após administração oral ou parenteral, que podem ser aumentadas quando são administradas doses maiores. Foram detectadas pequenas quantidades na saliva e no leite. O fármaco atravessa a barreira placentária.
O metotrexato é retido por várias semanas nos rins e, por meses, no fígado, mesmo após uma única dose terapêutica. As concentrações séricas podem se manter e o metotrexato pode se acumular nos tecidos após doses diárias repetidas.
O fármaco penetra lentamente nos líquidos acumulados em terceiros espaços, tais como derrames pleurais, ascites e edemas tissulares acentuados.

Metabolismo
O fármaco não parece sofrer metabolização significativa em doses baixas; após tratamento com doses elevadas, o metotrexato sofre metabolização hepática e intracelular para formas poliglutamadas que podem ser reconvertidas a metotrexato por enzimas do tipo hidrolase.
Pode ocorrer pequena metabolização para derivados 7-hidroxi com as doses comumente prescritas.
Antes da absorção, o metotrexato pode ser parcialmente metabolizado pela flora intestinal a ácido 2,4-diamino-N10-metilpteróico, um metabólito farmacologicamente inativo.

Excreção
A depuração plasmática é descrita como sendo trifásica: a primeira fase provavelmente envolve a distribuição para os órgãos, a segunda, excreção renal e a terceira, a passagem do metotrexato através da circulação entero-hepática.
A meia-vida terminal após doses orais reduzidas situa-se na faixa de 3 a 10 horas ou 8 a 15 horas, após terapia parenteral de doses elevadas. A depuração total é, em média, 12 L/h, mas existe uma variação interindividual muito ampla. Foi identificada uma depuração retardada do fármaco como sendo um dos principais fatores responsáveis pela toxicidade medicamentosa.
A excreção se dá principalmente pelos rins, através de filtração glomerular e transporte ativo. Até 92% de uma única dose são excretados inalterados na urina dentro de 24 horas após a administração IV, seguindo-se por excreção de 1-2% da dose retida diariamente.
Pequenas quantidades são excretadas nas fezes, provavelmente através da bile.
O padrão de eliminação, entretanto, varia consideravelmente de acordo com a dosagem e via de administração. A excreção de metotrexato fica prejudicada e ocorre acumulação mais rapidamente em pacientes com função renal insuficiente. Além disso, a administração simultânea de ácidos orgânicos fracos como os salicilatos pode suprimir a depuração do metotrexato. O fármaco é lentamente liberado de compartimentos de terceiro espaço, prolongando o desaparecimento do plasma e aumentando o risco de toxicidade.

Dados de Segurança Pré-Clínicos
A DL50 intraperitoneal de metotrexato foi de 94 e 6-25 mg/kg para camundongos e ratos, respectivamente. A DL50 oral do composto em ratos foi 180 mg/kg. A tolerância ao metotrexato em camundongos aumentou com a idade. Em cães, a dose intravenosa de 50mg/kg foi letal. Os principais alvos após dose única foram os sistemas hemolinfopoiético e trato gastrintestinal.
Os efeitos tóxicos após administrações repetidas de metotrexato foram investigados em camundongos e em ratos. Os principais alvos do metotrexato nas espécies animais acima eram os sistemas hemolinfopoiético, trato gastrintestinal, pulmões, fígado, rins, testículos e pele. A tolerância dos camundongos a doses crônicas de metotrexato aumentou com a idade.
O metotrexato foi genotóxico nos vários testes realizados in vitro e in vivo, tóxico aos órgãos reprodutores masculinos e embriotóxico e teratogênico em camundongos, ratos e coelhos.
Não foi encontrada qualquer evidência de carcinogenicidade nos estudos do ciclo de vida de camundongos e hamsteres. Contudo, o metotrexato, como outros fármacos citotóxicos, deve ser considerado potencialmente carcinogênico.

Resultados de eficacia

Informação não disponível para esta bula.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

PACIENTES IDOSOS
O metotrexato deve ser utilizado com extrema cautela em pacientes idosos, aplicando-se todas as recomendações anteriormente descritas.

Armazenagem

Miantrex* CS (metotrexato) deve ser conservado em temperatura ambiente (abaixo de 25ºC), protegido da luz. Descartar devidamente qualquer solução não utilizada.

Dizeres legais

MS – 1.0216.0182
Farmacêutico Responsável: José Francisco Bomfim – CRF-SP – no 7009

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO
Número de lote e data de fabricação: vide embalagem externa.

Produto fabricado e embalado por:
Pfizer (Perth) Pty Ltd
Bentley – Austrália

Distribuído por:
LABORATÓRIOS PFIZER LTDA.
Av. Monteiro Lobato, 2270
CEP 07190-001 – Guarulhos – SP
CNPJ nº 46.070.868/0001-69
Indústria Brasileira.

* Marca depositada
S.A.C. Linha Pfizer 0800-16-7575

MIANTREX CS – Bula para o paciente

1. PARA QUÊ ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Miantrex* CS (metrotexato) é um medicamento utilizado no tratamento de algumas neoplasias (cânceres) e de algumas doenças não malignas.

Indicações em oncologia
Miantrex* CS é indicado para o tratamento dos seguintes tumores sólidos e neoplasias hematológicas:
– Neoplasias trofoblásticas gestacionais (coriocarcinoma uterino, corioadenoma destruens e mola hidatiforme)
– Leucemias linfocíticas agudas
– Câncer pulmonar de células pequenas
– Câncer de cabeça e pescoço (carcinoma de células escamosas)
– Câncer de mama
– Osteossarcoma
– Tratamento e profilaxia de linfoma ou leucemia meníngea
– Terapia paliativa de tumores sólidos inoperáveis
– Linfomas não-Hodgkin e linfoma de Burkitt.

Indicações não oncológicas
– Psoríase grave

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Miantrex* CS é um medicamento citotóxico (que causa destruição celular), ou seja, ele inibe a multiplicação das células e o crescimento das neoplasias.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Miantrex* CS não deve ser usado em pacientes com hipersensibilidade (alergia) conhecida ao metotrexato,substância presente no Miantrex* CS, ou a qualquer componente da fórmula e naqueles portadores de insuficiência renal grave (prejuízo grave da função dos rins).
A presença de insuficiência hepática (prejuízo da função do fígado), alcoolismo, depressão da medula óssea (diminuição da produção dos glóbulos vermelhos, das células de defesa e das células de coagulação), infecções graves, úlcera péptica (ferida no estômago e/ou na parte inicial do intestino), colite ulcerativa (inflamação do intestino grosso ou cólon), gravidez e aleitamento requerem extremo cuidado no uso do Miantrex* CS como terapia antineoplásica (tratamento de neoplasias) e também no tratamento para psoríase (doença de pele caracterizada por manchas e placas). Miantrex*CS não deve ser usado na presença destas condições.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Geral
Como regra geral, a administração do Miantrex* CS deve ser realizada sob supervisão de médicos com treinamento completo para a utilização de medicamentos citotóxicos (que causa destruição celular).
Pacientes submetidos a tratamento com Miantrex* CS devem ser informados dos riscos de toxicidade (efeitos tóxicos do medicamento).
Pacientes em tratamento ambulatorial com Miantrex* CS devem ser informados dos sinais e sintomas de toxicidade (efeitos tóxicos do medicamento), da necessidade de procurar seu médico imediatamente no caso da presença desses sintomas e da necessidade de cuidadoso acompanhamento, inclusive da importância dos testes laboratoriais regulares para monitoração da toxicidade. Miantrex*CS pode desenvolver toxicidade gastrintestinal, hepática (do fígado), pulmonar, neurológica, da pele e renal.

Infecções
A terapia com metotrexato possui atividade imunossupressora (que diminui a defesa do organismo), que pode levar a infecções sérias ou mesmo fatais.

Toxicidade gastrintestinal
Podem ocorrer vômitos recorrentes, graves ou diarreia (aumento da frequência das evacuações) recorrente ou estomatite ulcerativa extensa (inflamação da mucosa da boca).

Hepatotoxicidade (toxicidade do fígado)
Podem ocorrer aumento das enzimas do fígado (transaminases) no sangue. Pode ocorrer toxicidade hepática crônica (fibrose-endurecimento do fígado- e cirrose-grau máximo de endurecimento do fígado) após tratamento prolongado (2 anos ou mais) e doses elevadas cumulativas do fármaco.

Toxicidade pulmonar
O metotrexato tem potencial para causar toxicidade pulmonar, de forma que os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto a sinais e sintomas pulmonares (por exemplo, tosse seca, improdutiva).

Neurotoxicidade
Altas doses sistêmicas ou administração intratecal (diretamente no espaço onde corre o líquido espinhal) de metotrexato podem causar toxicidade significativa ao SNC. Os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente quanto a sinais e sintomas neurológicos.

Toxicidade cutânea
Os pacientes recebendo metotrexato devem evitar exposição excessiva sem proteção ao sol ou lâmpadas solares devido a possíveis reações de foto sensibilidade (sensibilidade exagerada da pele à luz).

Função renal
O metotrexato não é nefrotóxico (tóxico para os rins), mas é quase completamente excretado (eliminado) pelos rins. O risco de dano renal levando à insuficiência renal aguda (diminuição aguda da função dos rins) devido, principalmente, à precipitação (depósito) no rim do fármaco inalterado e seus metabólitos, pode ser reduzido por hidratação oral adequada e alcalinização da urina (alteração da acidez da urina).

Terapia com doses elevadas
A administração de ácido folínico (folinato de cálcio) é obrigatória na terapia de metotrexato em altas doses. A administração de ácido folínico, hidratação e alcalinização da urina (alteração da acidez da urina) devem ser realizadas com monitoração constante dos efeitos tóxicos e da eliminação do metotrexato.

Uso no Idoso
Miantrex* CS deve ser utilizado com extremo cuidado em pacientes idosos, aplicando-se as mesmas recomendações para os pacientes em geral.

Uso durante a Gravidez
Foram observados quadros de abortamento, morte fetal e/ou malformação fetal em mulheres grávidas recebendo Miantrex* CS. Caso o medicamento seja administrado durante a gravidez ou caso a paciente fique grávida durante o tratamento com Miantrex* CS, todas as informações sobre os riscos potenciais ao feto devem ser fornecidas.
As mulheres com probabilidade de engravidar não devem receber Miantrex* CS até que a gravidez esteja excluída e devem ser aconselhadas a fazer uso de métodos anticoncepcionais confiáveis durante e até cerca de 3 meses após a descontinuação do uso do medicamento.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.

Uso durante a Lactação
As mulheres devem ser instruídas a não amamentar durante o tratamento com Miantrex* CS, uma vez que o fármaco é excretado no leite materno e pode ser causa potencial de efeitos adversos sérios.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
Não existem relatos descrevendo explicitamente efeitos do tratamento com Miantrex* CS sobre a capacidade de conduzir automóveis e usar máquinas. Entretanto, com base nas reações adversas relatadas, presume-se que o medicamento seja potencialmente perigoso.
O metotrexato é frequentemente utilizado em combinação com outros fármacos citotóxicos. Os salicilatos, as sulfonamidas, as sulfonilureias, a fenitoína, a fenilbutazona, o ácido aminobenzoico, alguns antibióticos como as penicilinas, tetraciclina, pristinamicina, probenecida e cloranfenicol, apresentam um efeito inibidor/competitivo com o metotrexato, com risco de toxicidade. Além disso, compostos como a colestiramina mostraram afinidade para ligação quando administrados em combinação com metotrexato.
Deve ser evitado o uso concomitante de outros fármacos com potencial nefrotóxico (tóxico para os rins) ou hepatotóxico (tóxico para o fígado), inclusive o álcool.
Foram relatados casos graves e alguns fatais de agravamento da toxicidade pelo metotrexato, quando esse era administrado concomitantemente com vários fármacos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), inclusive ácido acetilsalicílico e outros salicilatos, azapropazona, diclofenaco, indometacina e cetoprofeno. Foi relatado que o naproxeno não afeta a farmacocinética do metotrexato, mas foi relatado um caso de interação fatal.
O uso concomitante de pirimetamina ou trimetoprima pode aumentar os efeitos tóxicos do metotrexato. Por outro lado, preparações multivitamínicas incluindo ácido fólico ou seus derivados podem alterar as respostas ao metotrexato e não devem ser administradas a pacientes que estejam recebendo metotrexato.
Foi relatado que a administração de L-asparaginase pode antagonizar o efeito do metotrexato.
Foi relatado um risco aumentado de hepatotoxicidade (toxicidade do fígado) quando metotrexato e etretinato foram administrados concomitantemente.
O uso de anestesia com óxido nitroso potencializa o efeito do metotrexato.
A administração de amiodarona a pacientes tratados com metotrexato para psoríase induziu lesões cutâneas ulceradas. Foi relatado câncer de pele em poucos pacientes portadores de psoríase ou micose fungoide (um linfoma cutâneo de células-T) recebendo tratamento concomitante com metotrexato e terapia PUVA (metoxaleno e radiação ultravioleta).
Deve-se tomar cuidado sempre que papa de hemácias e metotrexato forem administrados concomitantemente. Pacientes que receberam infusão de metotrexato por 24 horas e transfusões subsequentes apresentaram uma probabilidade aumentada de toxicidade decorrente de concentrações séricas elevadas e prolongadas de metotrexato.
O metotrexato é um imunossupressor, podendo reduzir a resposta imunológica à vacinação concomitante. Podem ocorrer reações alérgicas graves mediante uso de vacinas vivas concomitantemente.

Incompatibilidades
Foi relatada incompatibilidade entre metotrexato e citarabina, fluoruracila e prednisolona

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Outras informações podem ser fornecidas pelo seu médico.
Para maiores informações consulte seu médico ou a bula com Informações técnicas aos profissionais de saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Miantrex* CS solução injetável deve ser conservado em temperatura ambiente (abaixo de 25º C), protegido da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
Descartar devidamente qualquer solução não utilizada.

Características do Produto: Miantrex* CS solução injetável se apresenta como:
25 mg por mL – Solução aquosa, amarela, transparente, isenta de partículas visíveis.
100 mg por mL – Solução aquosa, amarela à laranja, transparente, isenta de partículas visíveis

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Miantrex* CS é um medicamento de USO RESTRITO A HOSPITAIS OU AMBULATÓRIOS ESPECIALIZADOS, portanto a preparação e administração devem ser feita por profissionais treinados em ambiente hospitalar ou ambulatorial.
Outras informações podem ser fornecidas pelo seu médico.
Para maiores informações consulte seu médico ou a bula com Informações técnicas aos profissionais de saúde.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Como Miantrex*CS é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha o caso. Se o paciente não receber uma dose deste medicamento, o médico deve redefinir a programação do tratamento. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião dentista

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Muitos dos efeitos colaterais da terapia com Miantrex* CS não podem ser evitados, tendo em visto o mecanismo de ação do medicamento. Entretanto, os efeitos adversos são geralmente reversíveis se detectados precocemente. Os principais efeitos tóxicos do Miantrex* CS ocorrem na medula óssea e o trato gastrintestinal. Ulcerações (feridas) da mucosa oral são, habitualmente, os sinais mais precoces de toxicidade. As reações adversas mais comuns incluem estomatite (inflamação da mucosa da boca), leucopenia (redução das células de defesa no sangue), náusea (enjoo) e desconforto abdominal; entretanto, como ocorre com outros medicamentos, podem ocorrer outras toxicidades com frequências e intensidades diferentes de acordo com a dose e a via de administração.
As reações adversas relatadas para os diferentes sistemas são as seguintes:

Efeitos Hematológicos
Depressão da medula óssea (diminuição da função da medula óssea, podendo desenvolver leucopenia (redução de células de defesa no sangue), neutropenia (diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: neutrófilos), trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas) e anemia) é esperada após terapia com Miantrex* CS. Podem ser esperadas febre, infecções e hemorragia (sangramento) em várias localizações.
Também foi relatada anemia megaloblástica (anemia causada por deficiência de ácido fólico ou vitamina B12), principalmente em pacientes idosos recebendo tratamento prolongado semanalmente com Miantrex* CS. A suplementação de folato (ácido fólico) pode permitir a continuação da terapia com Miantrex* CS com a melhora da anemia.

Efeitos Gastrintestinais
Podem ocorrer mucosite (úlceras na mucosa dor órgãos do aparelho digestivo) – estomatite (inflamação da mucosa da boca), gengivite (inflamação da gengiva), glossite (inflamação da mucosa da língua), enterite (inflamação dos intestinos) – bem como náuseas (enjoo), vômitos e diarreia (aumento no número e na quantidade de fezes eliminadas diariamente). As consequências clínicas dessa toxicidade podem ser ulceração (formação de feridas) e sangramento das membranas mucosas da boca e/ou outras porções do trato gastrintestinal, perfuração intestinal, desconforto abdominal, anorexia (falta de apetite). A administração de Miantrex* CS tem sido associada com toxicidade hepática (do fígado) aguda e crônica. É comumente relatada a alteração dos testes de função hepática (aumentos nos níveis de transaminases e DHL), mas isso geralmente se resolve dentro de um mês após o término da terapia. Fibrose (endurecimento do fígado) ou cirrose hepática mais importante pode acompanhar tratamentos prolongados (2 anos ou mais) e doses elevadas cumulativas do medicamento. O risco de desenvolver toxicidade hepática (do fígado) crônica em pacientes com psoríase parece estar correlacionado, não somente com as doses cumulativas do fármaco, mas também com a presença de condições associadas como alcoolismo, obesidade, diabetes, idade avançada e uso de compostos arsenicais (de arsênico).

Hipersensibilidade e Efeitos Dermatológicos
Foram relatadas erupções cutâneas eritematosas (lesões avermelhadas), urticária (alergia da pele) e prurido (coceira) após a administração de Miantrex* CS. Também foram relatadas reações anafiláticas (reações alérgicas graves) e ulceração (feridas)/necrose da pele. Também podem ocorrer dermatites (reação alérgica de pele), acne/furunculose/foliculite, vasculite (inflamação da parede de um vaso sanguineo), petéquias (pequenas manchas vermelhas na pele), equimoses (manchas arroxeadas na pele), teleangiectasias (dilatação de pequenos vasos), fotossensibilidade (sensibilidade aumentada à luz), despigmentação/hiperpigmentação da pele (alteração da coloração da pele) e alopecia (perda de cabelo). Podem aparecer queimaduras e eritema (vermelhidão) em áreas com lesão de psoríase (doença de pele caracterizada por manchas e placas) por 1-2 dias após cada dose, agravadas por exposição concomitante à radiação ultravioleta.

Efeitos Pulmonares
Podem ocorrer pneumonite intersticial (inflamação dos pulmões), fibrose intersticial (endurecimento dos pulmões), infiltrados pulmonares eosinofílicos reversíveis (tipo específico de inflamação pulmonar). Foi ocasionalmente relatada patologia pulmonar intersticial crônica. As manifestações de toxicidade pulmonar induzidas pelo metotrexato incluem febre, tosse (principalmente seca e não produtiva), dispneia, dor torácica, hipoxemia (diminuição da quantidade de oxigênio no sangue) e/ou evidência radiológica de infiltrados pulmonares (geralmente difusos e/ou alveolares).

Efeitos sobre o SNC
Relatou-se neurotoxicidade em pacientes recebendo Miantrex* CS intratecal (injeção de substâncias diretamente no espaço onde circula o líquido espinhal) ou em altas doses. A aracnoidite química (Inflamação da membrana que envolve a medula espinhal ou o cérebro) manifesta-se através de cefaleia (dor de cabeça), dor nas costas, rigidez de nuca. Uma forma subaguda de toxicidade pode caracterizar-se por vários graus de paresia (diminuição de força). Também foram relatados paraplegia (perda de movimentos nas pernas) e aumento da pressão liquórica (do líquido cefalorraquidiano). Uma síndrome tardia, ocorrendo meses ou anos após o tratamento, é caracterizada por leucoencefalopatia necrotizante (doença neuropsiquiátrica que acontece por inflamação do cérebro). A síndrome pode começar com sintomas leves e progredir para um estado confusional, estupor (alteração do nível de consciência), convulsões, ataxia (dificuldade em coordenar os movimentos) e demência. Os efeitos são dose-relacionados e ocorrem particularmente quando o Miantrex* CS intratecal é administrado em doses acima de 50 mg em combinação com irradiação craniana e terapia sistêmica com Miantrex* CS. Foi registrado prejuízo cognitivo (de aprendizado) em crianças que receberam Miantrex* CS intratecal juntamente com irradiação craniana.

Efeitos Reprodutivos e Urogenitais
Podem ocorrer insuficiência renal (diminuição da função dos rins), azotemia (aumento da quantidade de ureia no sangue), cistite (inflamação da bexiga), hematúria (sangue na urina). Também foram relatados oogênese (produção e liberação do óvulo) e espermatogênese (produção e liberação do espermatozoide) defeituosas, oligospermia transitória (diminuição do número de espermatozoides no ejaculado), disfunção urogenital (do sistema urinário e reprodutivo), corrimento vaginal, infertilidade, quadros de abortamento e defeitos fetais.

Carcinogenicidade
Relatou-se que medicamentos citotóxicos (que causa destruição celular) estão associados com risco aumentado de desenvolvimento de tumores secundários em seres humanos. Foi relatada evidência de danos cromossômicos em células somáticas de animais (alteração genética) e em células de medula óssea de seres humanos com Miantrex* CS.

Outros Efeitos Adversos
Foram relatados outros efeitos adversos em associação com o uso de Miantrex* CS, os quais incluem febre, calafrios, mal-estar, fadiga (cansaço), cefaleia (dor de cabeça), tonturas, sonolência, tinido (zumbido no ouvido), visão borrada e desconforto ocular. Também foram relatadas alterações metabólicas, precipitação de diabete e efeitos osteoporóticos, inclusive necrose asséptica da cabeça do fêmur.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
A superdosagem aguda com Miantrex*CS pode acarretar em mielossupressão grave (diminuição da produção de células sanguíneas pela medula óssea), anorexia, perda progressiva de peso e diarreia com sangue.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Data da bula

05/08/2013