Puregon

PUREGON com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de PUREGON têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com PUREGON devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

organon

Apresentação PUREGON

Solução injetável. Embalagem com:
-uma dose de 300 UI de betafolitropina + 6 agulhas para injeção.
-uma dose de 600 UI de betafolitropina + 6 agulhas para injeção.
A solução é acondicionada em carpules a serem utilizadas com uma caneta injetora PUREGON PEN®.

PUREGON – Indicações

Em mulheres
PUREGON® é indicado para o tratamento da infertilidade feminina nas seguintes situações clínicas:
−Anovulação (incluindo síndrome de ovários policísticos) em mulheres que se mostraram não responsivas ao tratamento com citrato de clomifeno.
−Hiperestimulação ovariana controlada para induzir o desenvolvimento de múltiplos folículos em programas de reprodução assistida [por exemplo, fertilização in vitro/transferência de embriões (FIV/TE), transferência intratubária de gametas (GIFT) e injeção intracitoplasmática de espermatozóide (ICSI)].

Em homens
−Espermatogênese deficiente devido ao hipogonadismo hipogonadotrófico.

Contra indicações de PUREGON

Este medicamento é contraindicado para uso por pessoas com:
Em mulheres e homens:
-Hipersensibilidade à substância ativa ou a quaisquer dos excipientes.
-Tumores de ovário, mama, útero, testículos, hipófise ou hipotálamo.
-Insuficiência gonadal primária.
Adicionalmente para mulheres:
-Sangramento vaginal de causa indeterminada.
-Cistos ovarianos ou ovários aumentados, não relacionados com síndrome de ovários policísticos.
-Malformações dos órgãos reprodutivos incompatíveis com a gravidez.
-Miomas uterinos incompatíveis com a gravidez.

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou que suspeitam que possam estar.

Advertências

-PUREGON® pode conter traços de estreptomicina e/ou neomicina. Esses antibióticos podem causar reações de hipersensibilidade em indivíduos sensíveis.
-Antes de iniciar o tratamento, a infertilidade do casal deve ser avaliada conforme o caso. Em especial, os pacientes devem ser avaliados para hipotireoidismo, insuficiência adrenocortical, hiperprolactinemia e tumores de hipófise ou hipotálamo e deve ser
oferecido tratamento específico apropriado.
Em mulheres:
-Síndrome de Hiperestimulação Ovariana (SHEO) é uma situação clínica distinta do aumento ovariano descomplicado. Os sinais e sintomas clínicos da SHEO de leve a moderada são dor abdominal, náuseas, diarreia e aumento de leve a moderado dos ovários e cistos ovarianos. SHEO grave pode representar risco à vida. Sinais e sintomas clínicos de SHEO grave são cistos ovarianos grandes, dor abdominal aguda, ascite, derrame pleural, hidrotórax, dispneia, oligúria, anormalidades hematológicas e ganho de peso. Em raras situações, pode ocorrer tromboembolismo venoso ou arterial em associação com a SHEO. Anormalidades transitórias nos testes de função hepática sugestivas de disfunção hepática, com ou sem alterações morfológicas na biópsia hepática, foram relatadas em associação com SHEO.
SHEO pode ser causada pela administração de gonadotropina coriônica humana (hCG) e por gravidez (hCG endógeno). SHEO precoce geralmente ocorre dentro de dez dias após administração de hCG e pode estar associada com uma resposta excessiva ovariana a estimulação de gonadotropina. SHEO tardia ocorre depois de 10 dias após administração de hCG, como uma consequência da alteração hormonal por gravidez. Devido ao risco de desenvolvimento de SHEO, as pacientes devem ser monitoradas por, pelo menos, duas semanas após administração de hCG.
Mulheres com fatores de risco conhecidos para uma resposta ovariana alta podem ser, especialmente, tendenciosas a desenvolver SHEO durante ou após o tratamento com PUREGON®. Para mulheres em seu primeiro ciclo de estimulação ovariana, para as quais os fatores de risco são apenas parcialmente conhecidos, é recomendada observação rigorosa para sinais e sintomas precoces da SHEO.
Para reduzir o risco de SHEO deve ser realizada avaliação ultrassonográfica de desenvolvimento folicular antes do tratamento e em intervalos regulares durante o tratamento. A determinação simultânea das concentrações plasmáticas de estradiol também pode ser útil. Em Técnica de Reprodução Assistida (TRA) há um aumento do risco de SHEO com 18 ou mais folículos de 11 mm de diâmetro ou maior. Quando houver 30 ou mais folículos no total, é recomendado suspender a administração de hCG.
Dependendo da resposta ovariana, as seguintes medidas devem ser consideradas para reduzir o risco de SHEO:
-conter a estimulação futura com gonadotropina, no máximo, por três dias (coasting);
-suspender hCG e cancelar o ciclo de tratamento;
-administrar uma dose menor que 10.000 UI de hCG urinário para o acionamento da fase final de maturação do oócito, por exemplo, 5.000 UI de hCG urinário ou 250 mcg de hCG recombinante (que é equivalente a aproximadamente 6.500 UI de hCG
urinário);
-cancelar a transferência de embrião fresco e criopreservar embriões;
-evitar administração de hCG para suporte da fase lútea.
Se desenvolver SHEO, um gerenciamento padrão e apropriado da SHEO deve ser implementado e seguido.
-Torção ovariana tem sido relatada após o tratamento com gonadotropinas, incluindo PUREGON®. Torção ovariana pode estar associada com outros fatores de risco tais como SHEO, gravidez, cirurgia abdominal anterior, histórico de torção ovariana, cisto ovariano anterior ou atual e ovários policísticos. Dano ao ovário devido ao reduzido suprimento sanguíneo pode ser limitado pelo diagnóstico precoce e distorção imediata.
-Eventos tromboembólicos, separado e em associação com SHEO, foram relatados após tratamento com gonadotropinas, incluindo PUREGON®. Trombose intravascular, que pode ser originária de vasos arteriais ou venosos, pode resultar na redução do fluxo sanguíneo para órgãos vitais ou extremidades. Em mulheres que apresentam fatores de risco para eventos tromboembólicos, tais como antecedentes pessoais ou familiares, obesidade grave ou trombofilia, o tratamento com gonadotropinas, incluindo PUREGON®, pode aumentar ainda mais esse risco. Nessas mulheres, o benefício da administração de gonadotropina, incluindo PUREGON®, deve ser avaliado ante os riscos. Deve-se notar, entretanto, que a gravidez por si só também leva ao aumento do risco de trombose.
-Gestações e nascimentos múltiplos foram relatados para todos os tratamentos com gonadotropinas, incluindo PUREGON®. As gestações múltiplas, especialmente de alta ordem, implicam em um aumento do risco de efeitos adversos maternos (gravidez e complicações no parto) e perinatais (baixo peso ao nascer). Para mulheres com anovulação submetidas a indução da ovulação, o monitoramento de desenvolvimento folicular com ultrassonografia transvaginal é importante para minimizar o risco de gestação multifetal. A determinação simultânea das concentrações plasmáticas de estradiol pode ser útil. As pacientes deverão ser informadas sobre os riscos potenciais de nascimentos múltiplos antes do início do tratamento.
-Em mulheres submetidas à Técnica de Reprodução Assistida (TRA), o risco de gestação múltipla é relacionado principalmente ao número de embriões transferidos. Quando usado por um ciclo de indução da ovulação, ajuste(s) apropriado(s) da dose de FSH deve prevenir o desenvolvimento de folículos múltiplos.
-Mulheres inférteis submetidas a TRA têm um aumento na incidência de gravidez ectópica. Portanto, é importante a realização de exame ultrassonográfico precoce para confirmar se a gravidez é intrauterina.
-A incidência de malformações congênitas após TRA pode ser levemente maior do que após concepções espontâneas. Acredita-seque essa incidência um pouco aumentada se deva às diferenças nas características dos pais (por exemplo, idade da mãe, características do esperma) e à maior incidência de gestações múltiplas após a TRA. Não há indicações de que o uso de
gonadotropinas durante a TRA esteja associado ao aumento do risco de malformações congênitas.
-Há relatos de neoplasmas de ovário e de outros do sistema reprodutor, tanto benigno como maligno, em mulheres que foram submetidas a vários regimes de tratamento para infertilidade. Não está estabelecido se o tratamento com gonadotropinas aumenta ou não o risco desses tumores em mulheres inférteis.
-Condições médicas que contraindiquem gravidez devem ser avaliadas antes do início do tratamento com PUREGON®.
Em homens:
– Concentrações elevadas de FSH endógeno nos homens são indicativos de insuficiência testicular primária. Esses pacientes não respondem à terapia com PUREGON®/hCG.

Gravidez e lactação
Gravidez:
O uso de PUREGON® é contraindicado durante a gestação. No caso de exposição inadvertida durante a gestação, os dados clínicos não são suficientes para excluir efeito teratogênico do FSH recombinante.
Lactação:
Não há informações disponíveis de estudos clínicos ou em animais de excreção de betafolitropina no leite. É pouco provável que a betafolitropina seja excretada no leite humano devido ao seu alto peso molecular. Se betafolitropina fosse excretada no leite humano, seria degradada no trato gastrintestinal da criança. A betafolitropina pode afetar a produção de leite.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas
Não foram observados efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e operar máquinas.

Pacientes idosos
PUREGON® é medicamento de uso exclusivo para pacientes em idade reprodutiva. Não se destina a pacientes com idade => 60 anos.

Atenção: Este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de diabetes. Este medicamento pode causar doping.

Interações medicamentosas de PUREGON

O uso concomitante de PUREGON® e citrato de clomifeno pode aumentar a resposta folicular. Após a dessensibilização hipofisária induzida por um agonista do GnRH, pode ser necessária uma dose maior de PUREGON® para produzir uma resposta folicular adequada.
Esse produto não deve ser misturado a outros medicamentos, uma vez que não há estudos de compatibilidade.

Reações adversas / efeitos colaterais de PUREGON

A utilização clínica de PUREGON® tanto por via intramuscular quanto subcutânea pode levar a reações no local da aplicação (3% de todos os pacientes tratados). A maioria dessas reações locais é de natureza leve e transitória. Foram observadas, incomumente, reações de hipersensibilidade generalizada (aproximadamente 0,2% de todos os pacientes tratados com PUREGON®).
Tratamento em mulheres
Durante os estudos clínicos, em aproximadamente 4% das pacientes tratadas com PUREGON®, foram observados sinais e sintomas relacionados com a síndrome de hiperestimulação ovariana (SHEO) (ver “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”). Outros efeitos indesejáveis relacionados com essa síndrome incluem: dor e/ou congestão pélvica, dor e/ou distensão abdominal, queixas mamárias e aumento ovariano.
A tabela a seguir lista as reações adversas com o PUREGON® relatadas nos estudos clínicos em mulheres, de acordo com a classe de sistema de órgãos e frequência: comum (=> 1/100 a < 1/10), incomum (=> 1/1.000 a < 1/100).

Classe de sistema de órgãos Frequência Reações adversas
Distúrbios do sistema nervoso Comum Cefaleia
Distúrbios gastrintestinais Comum

Distensão abdominal
Dor abdominal

Incomum

Desconforto abdominal
Constipação
Diarreia
Náusea

Distúrbios do sistema reprodutor e mamas Comum

Síndrome de hiperestimulação ovariana (SHEO)
Dor pélvica

Incomum

Queixas mamárias1
Metrorragia
Cistos ovarianos
Aumento do volume ovariano
Torção ovariana
Aumento do volume uterino
Sangramento vaginal

Distúrbios gerais e condições no local da administração Comum Reação no local de injeção2
Incomum Reação de hipersensibilidade generalizada3



1.Queixas mamárias incluem: sensibilidade, dor e/ou ingurgitamento e dor nos mamilos.
2.Reações no local da injeção incluem: hematoma, dor, vermelhidão, inchaço e coceira.
3.Reação de hipersensibilidade generalizada inclue: eritema, urticária, exantema e prurido.
Adicionalmente, gravidez ectópica, aborto e gestação múltipla foram reportados. Estas reações são consideradas relacionadas as Técnicas de Reprodução Assistida (TRA) ou gravidez subsequente.
Em casos raros, tromboembolismo foi associado ao tratamento com PUREGON®/hCG, assim como com outras gonadotropinas.
Tratamento em homens
A tabela abaixo lista as reações adversas com PUREGON® relatadas nos estudos clínicos em homens (30 pacientes avaliados), de acordo com a classe de sistema de órgãos e frequência: comum (=> 1/100 a < 1/10).

Classe de sistema de órgãos Frequência1 Reações Adversas
Distúrbios do sistema nervoso Comum Cefaleia
Distúrbios na pele e nos tecidos subcutâneos Comum

Acne
Erupção cutânea

Distúrbios do sistema reprodutor e da mama Comum

Cisto do epidídimo
Ginecomastia

Distúrbios em geral e condições no local da administração Comum Endurecimento no local de injeção



1. Reações adversas que são relatadas somente uma vez são listadas como comum pois um único relato eleva a frequência acima de 1%.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

PUREGON – Posologia

Posologia
O tratamento com PUREGON® deve ser iniciado sob supervisão de um médico com experiência no tratamento de problemas de fertilidade.
As injeções iniciais de PUREGON® devem ser aplicadas apenas sob supervisão médica.
Ao utilizar a caneta injetora deve-se ter em mente que este é um instrumento de precisão que libera exatamente a dose para a qual foi ajustado. Foi demonstrado que em média uma quantidade 18% maior de FSH é administrada com a caneta em comparação com a seringa convencional. Isso pode ser de particular relevância quando se alterna entre PUREGON PEN® e a seringa convencional em um mesmo ciclo de tratamento. Especialmente quando se muda da seringa para a caneta, podem ser necessários pequenos ajustes de dose para evitar que seja administrada dose muito alta.

Dose para mulheres
Existem grandes variações inter e intraindividuais na resposta dos ovários às gonadotropinas exógenas. Por isso, é impossível estabelecer um esquema de dosagem uniforme. Portanto, o ajuste deve ser feito individualmente dependendo da resposta ovariana. Para isso, é necessário avaliação por ultrassonografia do desenvolvimento folicular. A determinação simultânea das concentrações plasmáticas de estradiol pode ser útil.
Estudos clínicos comparativos entre PUREGON® e FSH urinário mostraram que PUREGON® é mais eficaz que o FSH urinário em termos de dose total mais baixa e período de tratamento mais curto, necessário para atingir as condições pré-ovulatórias. Portanto, considera-se adequado administrar doses menores de PUREGON® do que a geralmente usada para FSH urinário, não somente para otimizar o desenvolvimento folicular, mas também para reduzir o risco de hiperestimulação ovariana indesejada.
A experiência clínica com PUREGON® é baseada em até três ciclos de tratamento nas duas indicações. A experiência clínica geral em FIV indica que o índice de sucesso terapêutico permanece estável durante as primeiras quatro tentativas e, depois, declina gradualmente.

−Anovulação
Recomenda-se um esquema de tratamento sequencial, geralmente iniciado com a administração diária de 50 UI de PUREGON®. Essa dose inicial deve ser mantida por, no mínimo, sete dias. Se não for detectada resposta dos ovários, a dose diária deve ser aumentada gradualmente até o crescimento folicular e/ou as concentrações plasmáticas de estradiol indicarem resposta farmacodinâmica adequada. Um aumento das concentrações de estradiol de 40 a 100% ao dia é considerado ótimo. A dose diária é, então, mantida até que sejam atingidas as condições de pré-ovulação. As condições pré-ovulatórias são atingidas quando há evidência ultrassonográfica de um folículo dominante de, pelo menos, 18 mm de diâmetro e/ou quando são atingidas concentrações plasmáticas de estradiol de 300 a 900 picogramas/mL (1000 a 3000 pmol/L). Normalmente são suficientes de 7 a 14 dias de tratamento para atingir esse nível. A administração de PUREGON® é, então, interrompida e pode-se induzir a ovulação, administrando-se gonadotropina coriônica humana (hCG). Se o número de folículos responsivos for muito alto ou se as concentrações de estradiol aumentarem muito rapidamente, por exemplo, mais que o dobro de estradiol ao dia durante dois ou três dias consecutivos, a dose diária deverá ser diminuída.
Como os folículos com mais de 14 mm podem resultar em gestação, múltiplos folículos pré-ovulatórios com mais de 14 mm aumentam o risco de gestação múltipla. Nesse caso, deve-se suspender a hCG e evitar a gestação para impedir gestações múltiplas.

−Hiperestimulação ovariana controlada em programas de reprodução assistida
Vários protocolos de estimulação podem ser empregados. Uma dose inicial de 100 a 225 UI é recomendada pelo menos nos primeiros quatro dias de estimulação. Daí em diante, a dose deve ser ajustada individualmente, baseada na resposta ovariana. Estudos clínicos demonstraram que doses de manutenção variando entre 75 a 375 UI por seis a doze dias são suficientes, embora tratamentos mais longos possam ser necessários.
PUREGON® pode ser usado isoladamente ou em combinação com antagonista ou agonista do GnRH para prevenir a luteinização prematura. Ao utilizar um agonista do GnRH pode ser necessário um tratamento com dose total maior de PUREGON® para atingir uma resposta folicular adequada.
A resposta ovariana é monitorada por avaliação ultrassonográfica. A determinação simultânea de concentrações séricas de estradiol pode ser útil. Quando a avaliação ultrassonográfica indicar a presença de, ao menos, três folículos de 16 a 20 mm, e a resposta de estradiol for boa [concentrações plasmáticas de aproximadamente 300 a 400 picogramas/mL (1000 a 1300 pmol/L) para cada folículo com um diâmetro maior que 18 mm], faz-se a indução da fase final da maturação folicular administrando-sehCG. A captação dos oócitos é realizada após 34 a 35 horas.

Dose para homens
PUREGON® deverá ser administrado na dose de 450 UI/semana, preferencialmente dividida em três doses de 150 UI, associado com hCG. O tratamento com PUREGON® e hCG deve continuar por, pelo menos, 3 a 4 meses antes que qualquer melhora na espermatogênese possa ser esperada. Para avaliar a resposta, a análise de sêmen é recomendada 4 a 6 meses após o início do tratamento. Se um paciente não apresentar resposta após esse período, a terapia combinada poderá ser continuada; a experiência clínica atual indica que o tratamento de até 18 meses ou mais poderá ser necessário para se atingir a espermatogênese.
Não há indicação para o uso de PUREGON® em crianças.

Modo de usar
PUREGON® solução injetável em carpules foi desenvolvido para ser utilizado em conjunto com a caneta injetora PUREGON PEN® e deve ser administrado por via subcutânea. As instruções de uso da caneta devem ser seguidas cuidadosamente.
O local de aplicação da injeção deve ser alternado para evitar lipoatrofia.
Utilizando a caneta injetora, a injeção de PUREGON® pode ser feita pelo paciente ou seu parceiro(a), desde que as instruções necessárias sejam fornecidas pelo médico. A autoadministração de PUREGON® somente deve ser realizada por pacientes bem motivados, adequadamente treinados e com acesso a aconselhamento especializado.
PUREGON® carpules não deverá ser utilizado caso a solução contenha partículas ou não estiver límpida. Se houver bolhas de ar na carpule, elas devem ser eliminadas antes da injeção (vide Instruções de Uso de PUREGON PEN®).
Descartar as agulhas usadas imediatamente após a injeção.
Descartar as carpules (incluindo o volume restante de solução não utilizável) após a última injeção do ciclo de tratamento. As carpules vazias não podem ser recarregadas. Nenhum outro fármaco deverá ser misturado à carpule de PUREGON® solução.

Super dosagem

Não existem dados sobre a toxicidade aguda de PUREGON® em seres humanos, mas foi demonstrado que a toxicidade aguda de PUREGON® e de preparações com gonadotropina urinária, em estudos em animais é muito baixa. Uma dose muito alta de FSH pode conduzir à hiperestimulação dos ovários (SHEO) (ver “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES – Hiperestimulação ovariana indesejada”).

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Caracteristicas farmalogicas

Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: gonadotropinas; código ATC: G03G A06.
PUREGON® contém FSH (hormônio folículo estimulante) recombinante (FSHr) produzido pela técnica de DNA recombinante, usando-se uma linhagem de células de ovário de hamster chinês transfectada com subunidades de genes de FSH humano. A sequência primária de aminoácidos é idêntica à do FSH humano natural. Existem pequenas diferenças na estrutura da cadeia de carboidratos.
O FSH é indispensável para o crescimento e maturação folicular normais e para a produção de esteroides gonadais. Na mulher, a quantidade de FSH é determinante para o início e duração do desenvolvimento folicular e, consequentemente, para o tempo de amadurecimento e número de folículos que atingem a maturidade. Portanto, PUREGON® pode ser utilizado para estimular o desenvolvimento folicular e a produção de esteroides em casos selecionados de alterações da função gonadal. Além disso, PUREGON® pode ser utilizado para promover o desenvolvimento folicular múltiplo em programas de reprodução assistida [por exemplo, fertilização in vitro/transferência de embriões (FIV/TE), transferência intratubária de gametas (GIFT) e injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)]. O tratamento com PUREGON® é, geralmente, seguido pela administração de gonadotropina coriônica humana (hCG) para induzir a fase final da maturação folicular, retomada da meiose e ruptura do folículo.

Propriedades farmacocinéticas
Após a administração intramuscular ou subcutânea de PUREGON®, as concentrações máximas de FSH são alcançadas em aproximadamente 12 horas. Após administração intramuscular de PUREGON®, as concentrações máximas de FSH são mais elevadas e atingidas mais precocemente em homens do que em mulheres. Por causa da liberação prolongada a partir do local de administração e da meia-vida de eliminação de aproximadamente 40 horas (variando de 12 a 70 horas), as concentrações de FSH permanecem elevados durante 24 a 48 horas. Devido à meia-vida de eliminação relativamente longa, após a administração repetida da mesma dose, as concentrações de FSH no plasma são aproximadamente 1,5 a 2,5 vezes maiores do que após a administração única. Esse aumento permite que sejam alcançadas concentrações terapêuticas de FSH.
Não existem diferenças farmacocinéticas significativas entre a administração subcutânea e intramuscular de PUREGON®. Ambas têm biodisponibilidade absoluta de aproximadamente 77%. O FSH recombinante é bioquimicamente muito similar ao FSH urinário humano e é distribuído, metabolizado e excretado pelas mesmas vias.

Dados de segurança pré-clínicos
A administração de dose única de PUREGON® em ratos não induziu efeitos toxicológicos significativos. Em estudos de dose repetida em ratos (duas semanas) e cães (13 semanas) com até 100 vezes a dose terapêutica máxima humana, PUREGON® não induziu efeitos toxicológicos significativos. PUREGON® não apresentou potencial mutagênico no teste de Ames e em teste de aberração cromossômica in vitro com linfócitos humanos.

Resultados de eficacia

Mulheres
A eficácia de PUREGON® foi estabelecida em quatro estudos clínicos controlados [três estudos para Técnicas de Reprodução Assistida (TRA) e um estudo para a Indução da Ovulação], três dos quais estão descritos a seguir. Nesses estudos comparativos, não houve diferenças clinicamente significativas entre os grupos de tratamento nos resultados do estudo.

Técnica de Reprodução Assistida (TRA):
PUREGON® foi avaliado em um estudo de segurança e eficácia, randomizado, cego, com grupo comparativo, multicêntrico (estudo nº. 37608) em 981 mulheres inférteis tratadas durante um ciclo para fertilização in vitro com PUREGON® ou urofolitropina após a supressão hipofisária com um agonista do GnRH. Os resultados com PUREGON® são resumidos na tabela a seguir.
PUREGON® foi também avaliado em um estudo de segurança e eficácia, randomizado, cego, grupo comparativo, monocêntrico (estudo nº. 37604) em 89 mulheres inférteis tratadas com PUREGON® ou menotropinas para fertilização in vitro, sem supressão hipofisária com agonista do GnRH.

Indução da ovulação:
Resultados de um estudo de segurança e eficácia, randomizado, cego, com grupo comparativo, multicêntrico (estudo nº. 37609) de PUREGON® em 172 mulheres com anovulação crônica, que falharam em ovular e/ou conceber durante tratamento com citrato de clomifeno são resumidos nas duas tabelas apresentadas abaixo.

Homens
A segurança e eficácia PUREGON® administrado por injeção subcutânea concomitantemente com gonadotropina coriônica humana (hCG) foram examinadas em um estudo clínico (estudo nº. 37618) para indução de espermatogênese em homens com hipogonadismo hipogonadotrófico. O estudo comparou efeitos de dois esquemas de dosagem diferentes de PUREGON®/hCG sobre parâmetros do sêmen, concentrações séricas do hormônio folículo estimulante (FSH) e hCG, e avaliou a tolerância local da via de administração subcutânea (SC) de PUREGON® e hCG. O estudo multicêntrico envolveu uma fase de pré-tratamento de dezesseis semanas com hCG em uma dosagem de 1.500 UI, duas vezes por semana para normalizar as concentrações séricas de testosterona. Em caso de resposta insuficiente após oito semanas de tratamento (concentrações de testosterona ainda abaixo da variação de tolerância inferior), a dose pôde ser aumentada para 3.000 UI duas vezes por semana. Essa fase foi seguida por um período de tratamento de 48 semanas. Os pacientes que ainda eram azoospérmicos após a fase de pré-tratamento foram randomizados para receber 225 UI de PUREGON® juntamente com 1.500 UI de hCG duas vezes por semana ou 150 UI de PUREGON® três vezes por semana juntamente com 1.500 UI de hCG duas vezes por semana. Os pacientes que necessitaram de 3.000 UI de hCG duas vezes por semana na fase de pré-tratamento continuaram nessa dosagem durante a fase de tratamento. A média etária dos pacientes no grupo que recebeu três injeções semanais de PUREGON® foi 30,7 (faixa de 18 a 47) anos. No grupo que recebeu duas injeções semanais de PUREGON®, a média etária foi de 30,1 (faixa de 19 a 40) anos. No início de estudo, os volumes médios de testículo esquerdo e direito foram de 4,61 ± 2,94 mL e 4,57 ± 3,00 mL, respectivamente no grupo que recebeu três injeções semanais de PUREGON®. Para o grupo que recebeu duas injeções semanais de PUREGON®, os volumes médios de testículo esquerdo e direito foram de 6,54 ± 2,45 mL e 7,21 ± 2,94 mL, respectivamente, no início de estudo. O ponto primário de avaliação da eficácia (endpoint) foi a percentagem de pacientes com densidade espermática média de => 1 x 10 6/mL em suas últimas duas avaliações do tratamento. Os resultados do tratamento nos 30 homens inscritos na fase de tratamento são resumidos na tabela a seguir.

Número de homens recebendo PUREGON® que atingiram densidade espermática média de => 106/mL nas suas últimas duas avaliações do tratamento (estudo nº. 37618)

Em pacientes que apresentaram concentração de esperma de, no mínimo, 106 por mL, esta foi atingida em um tempo médio de 165 dias após iniciar o PUREGON®, variando de 25 a 327 dias. Para o grupo de dose de 150 UI, o tempo médio para atingir concentração de esperma de, no mínimo, 106 por mL foi de 186 dias, variando de 25 a 327 dias. O tempo médio antes desta ter sido atingida no grupo de dose de 225 UI foi de 141 dias, variando de 43 a 204 dias. Nenhum dado de gravidez foi coletado durante o estudo.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

Nas distribuidoras e farmácias PUREGON® deve ser conservado sob refrigeração (entre 2 e 8°C), protegido da luz. Não congelar. Armazenamento pelo paciente: há duas opções: 1) armazenar o produto em geladeira (entre 2 e 8°C), sem congelar; 2) armazenar PUREGON® em ambiente com temperatura máxima de 25°C por um período de até 3 meses. Anote a data em que retirar o produto da geladeira.
Mantenha a carpule em sua embalagem externa.
O prazo de validade do medicamento é de 36 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Depois que a camada interna de borracha da carpule for perfurada com uma agulha, o produto pode ser utilizado no máximo por 28 dias. Coloque a data do primeiro uso da carpule no cartão de registro conforme “Instruções de Uso de PUREGON PEN®”.

Após aberto, este medicamento pode ser utilizado em até 28 dias.
A solução de PUREGON® é límpida e incolor. Em carpules, se destina ao uso com uma caneta injetora PUREGON PEN®. Não use PUREGON® se você notar que a solução contém partículas ou se não estiver límpida.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Descarte as agulhas imediatamente após a injeção.
Descarte as carpules usadas (incluindo o volume restante) após a última injeção do ciclo de tratamento.
PUREGON® solução em carpules não pode ser misturado com outros medicamentos nas carpules. As carpules vazias não podem ser recarregadas.
Medicamentos não devem ser descartados no lixo caseiro nem na água usada. Essas medidas auxiliarão na proteção do meio ambiente.

Dizeres legais

MS 1.0171.0081
Farm. Resp.: Marcos C. Borgheti – CRF-SP nº 15.615

Registrado e importado por:
Schering-Plough Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua João Alfredo, 353 – São Paulo/SP
CNPJ 03.560.974/0001-18 – Indústria Brasileira
Central de Relacionamento com o Cliente Schering-Plough 0800-7042590
centralderelacionamento@spcorp.com

Fabricado por:
Vetter Pharma-Fertigung GmbH & Co. KG, Ravensburg, Alemanha

Embalado por:
Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda.
Rua 13 de Maio, 1.161 – Sousas, Campinas/SP

PUREGON – Bula para o paciente

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
PUREGON® é indicado para tratar a infertilidade em quaisquer das seguintes situações:
-Em mulheres que não estão ovulando, PUREGON® pode ser utilizado para proporcionar a ovulação naquelas que não responderam ao tratamento com citrato de clomifeno.
-Em mulheres que se submeterem às técnicas de reprodução assistida, incluindo a fertilização in vitro (FIV) e outros métodos, PUREGON® pode ser utilizado para desenvolver múltiplos folículos.
-Nos homens que não são férteis devido a uma deficiência hormonal, PUREGON® pode ser utilizado para a produção do esperma.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
PUREGON® contém o hormônio betafolitropina, conhecido como hormônio folículo estimulante (FSH). O FSH pertence ao grupo das gonadotropinas que desempenha um papel importante na fertilidade e reprodução humanas. O FSH na mulher é necessário para o crescimento e desenvolvimento dos folículos nos ovários. Os folículos são pequenas bolsas que contêm os óvulos.
No homem, o FSH é necessário para a produção do esperma.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Este medicamento é contraindicado para uso por pessoas com:
− Alergia (hipersensibilidade) à betafolitropina ou a quaisquer dos excipientes.
−Tumores de ovário, mama, útero, testículos ou cérebro (hipófise ou hipotálamo).
−Sangramento vaginal intenso ou irregular de causa desconhecida.
−Insuficiência primária do ovário.
−Cistos ovarianos ou ovários aumentados, não relacionados com síndrome de ovários policísticos.
−Malformações dos órgãos reprodutivos incompatíveis com uma gravidez normal.
−Miomas uterinos incompatíveis com uma gravidez normal.
−Insuficiência primária dos testículos.

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou que suspeitam que possam estar.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Informe ao seu médico se você:
-já apresentou reação alérgica à neomicina e/ou à estreptomicina (antibióticos).
-apresenta glândula pituitária descontrolada ou problemas no hipotálamo.
-apresenta hipoatividade da glândula tireóide (hipotireoidismo).
-apresenta glândulas adrenais que não funcionam apropriadamente (insuficiência adrenocortical).
-apresenta alta concentração de prolactina no sangue (hiperprolactinemia).
-apresenta qualquer outra condição médica (por exemplo diabetes, doença cardíaca ou qualquer outra doença de longa data).

Em mulheres:
É muito importante a supervisão médica rigorosa. Geralmente, em intervalos regulares, são realizadas ultrassonografias dos ovários. Seu médico poderá checar as concentrações de hormônio no sangue. Os resultados desses exames permitem que seu médico escolha a dose correta de PUREGON® a ser administrada durante todo o tratamento. Isso é muito importante, pois doses muito elevadas de FSH podem ocasionar complicações raras, mas graves, nas quais os ovários são excessivamente estimulados e os folículos em crescimento tornam-se maiores que os normais. Esta condição médica grave é chamada de síndrome de hiperestimulação ovariana (SHEO). Em casos raros, a SHEO grave pode representar risco à vida. SHEO causa acúmulo repentino de fluído na área do estômago e tórax e pode causar a formação de coágulos de sangue. Procure seu médico imediatamente se você notar inchaço abdominal, dor na área do estômago (abdome), mal-estar geral (náusea), vômito, ganho de peso repentino devido ao acúmulo de fluído, diarreia, diminuição da produção de urina ou dificuldade para respirar (ver também “8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?”). A monitoração regular da resposta ao tratamento com FSH auxilia o seu médico a prevenir a hiperestimulação ovariana. Portanto, contate-o imediatamente se apresentar dor estomacal significativa, mesmo que ela ocorra alguns dias depois que a última injeção tiver sido administrada.
Torção ovariana tem ocorrido após o tratamento com gonadotropinas, incluindo PUREGON®. Torção ovariana é uma torção do ovário que pode reduzir o fluxo sanguíneo para o ovário até interrompê-lo.
Antes de usar este medicamento, é importante informar seu médico se você:
-já teve síndrome de hiperestimulação ovariana (SHEO).
-está grávida ou suspeita que possa estar grávida.
-já fez cirurgia do estômago (abdominal).
-já teve torção no ovário.
-teve ou têm cistos em um dos seus ovários ou nos dois.
O tratamento com PUREGON® (assim como a própria gravidez) pode aumentar o risco de trombose, que é a formação de coágulo em um vaso sanguíneo.
Coágulo de sangue pode levar a uma condição médica grave, como:
-bloqueio de seus pulmões (embolia pulmonar).
-derrame.
-ataque cardíaco.
-problemas de vaso sanguíneo (tromboflebite).
-uma falta de fluxo de sangue (trombose de veia profunda) que pode resultar em uma perda de seu braço ou perna.

Converse com o seu médico antes de iniciar o tratamento, especialmente se:
-souber que apresenta maior risco de trombose.
-você ou algum membro de sua família tem ou teve trombose.
-estiver com o peso muito acima do normal.
Após tratamento com preparações de gonadotropina, existe uma chance aumentada de gestações múltiplas, mesmo quando apenas um embrião é transferido para o útero. As gestações múltiplas implicam em um aumento do risco para a saúde da mãe e dos seus bebês no momento do parto. Além disso, gestações múltiplas e características dos pacientes submetidos a tratamento de fertilidade (por exemplo, idade da mãe, características do esperma, formação genética de ambos os pais) podem estar associadas com um aumento no risco de defeitos de nascimento.
Há um pequeno aumento de risco de uma gravidez fora do útero (gravidez ectópica). Portanto, seu médico deverá realizar um exame ultrassonográfico precoce para excluir a possibilidade de gravidez fora do útero.
Há relatos de tumores de ovário e de outros do sistema reprodutor em mulheres que fizeram tratamento para infertilidade. Não é conhecido se o tratamento com medicamentos para fertilidade aumenta o risco desses tumores em mulheres inférteis.
Outras condições médicas:
Além disso, antes de iniciar o uso deste medicamento, informe o seu médico se algum médico disse que a gravidez poderia ser perigosa para você.

Em homens:
Concentrações elevadas de FSH no sangue são indicativas de dano testicular. PUREGON® geralmente não é eficaz nesses casos. Para monitorar o tratamento, o seu médico pode solicitar uma análise do sêmen cerca de 4 a 6 meses após o início do tratamento.

Gravidez e lactação
Peça orientação ao seu médico ou farmacêutico antes de usar qualquer medicamento. Você não deve usar PUREGON® se estiver grávida ou suspeitar que possa estar grávida.
Se estiver amamentando, informe seu médico antes de usar PUREGON®.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas
Não foram observados efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e operar máquinas.

Atenção diabéticos: contém açúcar.
Este medicamento pode causar doping.

Interações medicamentosas
Se PUREGON® for utilizado em combinação com citrato de clomifeno pode haver uma resposta folicular aumentada. Se for administrado um agonista do GnRH (medicamento utilizado para prevenir ovulação antecipada) poderão ser necessárias doses maiores de PUREGON® para produzir resposta adequada.
Informe ao seu médico ou farmacêutico se estiver usando medicamentos, incluindo os que não precisam de receita médica para serem adquiridos.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Nas distribuidoras e farmácias PUREGON® deve ser conservado sob refrigeração (entre 2 e 8°C), protegido da luz. Não congelar. Armazenamento pelo paciente: há duas opções: 1) armazenar o produto em geladeira (entre 2 e 8°C), sem congelar; 2) armazenar PUREGON® em ambiente com temperatura máxima de 25°C por um período de até 3 meses. Anote a data em que retirar o produto da geladeira.
Mantenha a carpule em sua embalagem externa.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Depois que a camada interna de borracha da carpule for perfurada com uma agulha, o produto pode ser utilizado no máximo por 28 dias. Coloque a data do primeiro uso da carpule no cartão de registro conforme “Instruções de Uso de PUREGON PEN®”.
Após aberto, este medicamento pode ser utilizado em até 28 dias.
A solução de PUREGON® é límpida e incolor. Em carpules, destina-se ao uso com uma caneta injetora PUREGON PEN®.
Não use PUREGON® se você notar que a solução contém partículas ou se não estiver límpida.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Descarte as agulhas imediatamente após a injeção.
Descarte as carpules usadas (incluindo o volume restante) após a última injeção do ciclo de tratamento. PUREGON® solução em carpules não pode ser misturado com outros medicamentos nas carpules. As carpules vazias não podem ser recarregadas.
Medicamentos não devem ser descartados no lixo caseiro nem na água usada. Pergunte ao seu farmacêutico como jogar fora medicamentos que não podem mais ser usados. Essas medidas auxiliarão na proteção do meio ambiente.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
As injeções iniciais de PUREGON® devem ser aplicadas apenas sob supervisão médica.
PUREGON® solução injetável em carpules foi desenvolvido para ser utilizado em conjunto com a caneta injetora PUREGON PEN®. Siga cuidadosamente as instruções de uso que acompanham PUREGON PEN®.
Não utilize a carpule se a solução contiver partículas ou não estiver límpida.
Utilizando a caneta PUREGON PEN®, as injeções sob a pele (na parede abdominal, por exemplo) podem ser aplicadas por você mesma(o) ou seu(sua) parceiro(a). Seu médico a(o) orientará quando isso puder ser feito. Quando as instruções forem seguidas corretamente, PUREGON® poderá ser administrado apropriadamente e com desconforto mínimo.

Posologia:
Sempre utilize PUREGON® exatamente conforme instruído pelo seu médico. Caso você não esteja seguro, verifique com o seu médico ou farmacêutico.

Doses para mulheres
O seu médico decidirá sobre a dose de PUREGON® que deve ser utilizada no seu caso, que poderá ser ajustada à medida que o tratamento prosseguir. Maiores detalhes sobre o esquema de tratamento são fornecidos a seguir. Há grandes diferenças entre as mulheres com relação à resposta dos ovários ao FSH, que tornam impossível estabelecer um esquema de doses padronizado que possa ser utilizado em todas as pacientes. Para encontrar a dose correta, o crescimento do folículo é verificado pela ultrassonografia e dosagem da quantidade de estradiol (hormônio sexual feminino) no sangue.

-Mulheres que não estão ovulando
Inicialmente a dose é definida pelo seu médico e será mantida por, pelo menos, 7 dias. Se não houver resposta ovariana, a dose diária será aumentada gradativamente, até que o crescimento do folículo e/ou as concentrações plasmáticas de estradiol indiquem que há resposta adequada. A dose diária, então, é mantida até que um folículo de tamanho adequado esteja presente. Geralmente, 7 a 14 dias de tratamento são suficientes. A administração de PUREGON® é, então, interrompida e a ovulação pode ser induzida pela administração de gonadotropina coriônica humana (hCG).

-Programas de reprodução assistida [por exemplo, fertilização in vitro (FIV)]
A dose inicial é definida pelo seu médico e será mantida durante pelo menos os quatro primeiros dias. Depois disso, a dose pode ser ajustada para a paciente individualmente, com base em sua resposta ovariana. Quando um número suficiente de folículos de tamanho adequado estiver presente, a fase final de maturação dos folículos é induzida pela administração de hCG. A retirada do ovo (oócito) é realizada depois de 34 a 35 horas.

Doses para homens
PUREGON® é geralmente prescrito na dose de 450 UI/semana, mais frequentemente em 3 administrações de 150 UI, em combinação com outro hormônio (hCG) por pelo menos 3 a 4 meses. Se não houver resposta após esse período, o tratamento pode ser prolongado por pelo menos 18 meses.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Se você se esquecer de administrar PUREGON®, não use uma dose dupla para compensar a dose esquecida. Informe ao seu médico que você se esqueceu de tomar a injeção.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Assim como todos os medicamentos, PUREGON® pode causar reações indesejáveis, embora nem todas as pessoas as apresentem.

Em mulheres:
Uma complicação decorrente do tratamento com FSH é a hiperestimulação indesejada dos ovários. A hiperestimulação ovariana pode desenvolver uma condição médica chamada Síndrome de Hiperestimulação Ovariana (SHEO), que pode ser um problema médico grave. O risco pode ser reduzido pela monitoração cuidadosa do desenvolvimento dos folículos durante o tratamento. Seu médico irá fazer uma ultrassonografia de seus ovários para monitorar cuidadosamente o número de folículos maduros. Ele poderá também checar as concentrações de hormônio no sangue. Os primeiros sintomas de hiperestimulação ovariana podem ser notados por dor no estômago (abdome), mal-estar geral ou diarreia. Em casos mais graves, os sintomas podem incluir aumento dos ovários, acúmulo de líquido no abdome e/ou tórax (que pode causar ganho de peso repentino devido ao acúmulo de fluído) e a ocorrência de coágulos na circulação. Contate o seu médico imediatamente se você apresentar quaisquer desses sintomas, mesmo que eles ocorram alguns dias depois da administração da última injeção.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
-Dor de cabeça
-Reações no local da injeção (tais como hematoma, dor, vermelhidão, inchaço e coceira)
-Síndrome de hiperestimulação ovariana (SHEO)
-Dor pélvica
-Dor estomacal e/ou inchaço
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
-Queixas mamárias (incluindo sensibilidade)
-Diarreia, constipação ou desconforto estomacal
-Aumento do tamanho do útero
-Mal-estar geral
-Reações de hipersensibilidade (tais como erupção cutânea, vermelhidão, urticária e coceira)
-Cistos ovarianos ou aumento do tamanho dos ovários
-Torção ovariana (torção nos ovários)
-Sangramento vaginal
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
-Coágulos sanguíneos (isto também pode ocorrer na ausência de hiperestimulação indesejada dos ovários. Veja também o item “4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?”)
Gravidez fora do útero (gravidez ectópica), aborto e gestações múltiplas têm sido relatados. Essas reações adversas não são consideradas relacionadas com o uso de PUREGON®, mas à Técnica de Reprodução Assistida (TRA) ou gravidez subsequente.

Em homens:
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
-Acne
-Endurecimento no local de injeção
*Dor de cabeça
-Erupção cutânea
-Desenvolvimento de mamas
-Cisto nos testículos
Se alguma das reações adversas se tornar grave ou se você notar qualquer reação não mencionada nesta bula, informe ao seu médico ou farmacêutico.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Informe ao seu médico imediatamente. Doses muito elevadas podem causar síndrome de hiperestimulação dos ovários (SHEO). Os primeiros sintomas de hiperestimulação ovariana podem ser: dor abdominal, mal-estar geral ou diarreia. Em casos mais graves, os sintomas podem incluir aumento dos ovários, acúmulo de líquido no abdome e/ou tórax, aumento de peso e ocorrência de coágulos na circulação (ver item “8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?”).

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Data da bula

07/08/2017