Alprazolam

ALPRAZOLAM com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de ALPRAZOLAM têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com ALPRAZOLAM devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

Germed

Apresentação ALPRAZOLAM

Comprimidos de 2 mg; 1mg; 0,5mg e 0,25mg.
alprazolam 0,25 mg, 0,5 mg, 1,0 mg, 2,0 mg é apresentado em cartuchos contendo 20 comprimidos ou 30 comprimidos.
Embalagem hospitalar contendo 500 comprimidos de 0,25 mg, 0,5mg, 1,0mg e 2,0mg.

USO ADULTO
USO ORAL
COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de 2 mg é composto por:
alprazolam …………………………………………………………………………………………………………..2 mg
excipiente* q.s.p. ………………………………………………………………………………………………….1 com
*lactose monoidratada, celulose microcristalina, laurilsulfato de sódio, benzoato de sódio, dióxido de silício, amido, estearato de magnésio.

Cada comprimido de 1 mg é composto por:
alprazolam ……………………………………………………………………………………………………………1 mg
excipiente* q.s.p…………………………………………………………………………………………………….1 com
*lactose monoidratada, celulose microcristalina, laurilsulfato de sódio, benzoato de sódio, dióxido de silício, amido, estearato de magnésio, corante vermelho eritrosina 3, corante azul brilhante FCP.

Cada comprimido de 0,5 mg é composto por:
alprazolam…………………………………………………………………………………………………………..0,5 mg
excipiente* q.s.p. ……………………………………………………………………………………………………………….1 com
*lactose monoidratada, celulose microcristalina, laurilsulfato de sódio, benzoato de sódio, dióxido de silício, amido, estearato de magnésio, óxido de ferro amarelo, óxido de ferro vermelho.

Cada comprimido de 0,25 mg é composto por:
alprazolam………………………………………………………………………………………………………….0,25 mg
excipiente* q.s.p. ………………………………………………………………………………………………………………..1 com
*lactose monoidratada, celulose microcristalina, laurilsulfato de sódio, benzoato de sódio, dióxido de silício, amido, estearato de magnésio.

ALPRAZOLAM – Indicações

O alprazolam é indicado no tratamento de estados de ansiedade.
O alprazolam não deve ser administrado a pacientes com sintomas psicóticos. Os sintomas de ansiedade podem variavelmente incluir: ansiedade, tensão, medo, apreensão, intranqüilidade, dificuldades de concentração, irritabilidade, insônia e/ou hiperatividade neurovegetativa, resultando em manifestações somáticas variadas. O alprazolam também é indicado no tratamento de ansiedade associada com outras manifestações, como a abstinência ao álcool.
Alprazolam também está indicado no tratamento do transtorno do pânico, com ou sem agorafobia. A sua principal característica é crise de pânico não esperada, um ataque súbito de apreensão intensa, medo ou terror.

Contra indicações de ALPRAZOLAM

O alprazolam está contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a essa droga ou a outros benzodiazepínicos e em pacientes portadores de miastenia gravis.
O alprazolam pode ser usado em pacientes com glaucoma de ângulo aberto que estão recebendo um tratamento apropriado, mas está contra-indicado em pacientes com glaucoma de ângulo estreito agudo.

Advertências

Se alprazolam for combinado com outros agentes psicotrópicos ou anticonvulsivantes, deve-se considerar cuidadosamente a farmacologia desses agentes, particularmente, tratando-se de agentes que possam potencializar a ação dos benzodiazepínicos (vide “INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”). Deve-se observar as mesmas precauções habituais com outros agentes psicotrópicos no que se refere à administração da droga e quantidade prescrita em pacientes gravemente deprimidos ou pacientes nos quais planos ou idéias suicidas mascaradas são presumidos.
A eficácia de alprazolam demonstrada por estudo clínico sistemático foi limitada a quatro meses de duração para o tratamento da ansiedade e quatro a dez semanas para o tratamento do transtorno do pânico; entretanto, os pacientes com o transtorno do pânico foram tratados em um estudo aberto por até oito meses sem perda aparente do benefício.
O médico deve periodicamente reavaliar a utilidade do medicamento para cada paciente.
Recomenda-se que a dose seja limitada a menor dose eficaz, para evitar o desenvolvimento da ataxia ou hipersedação, que pode ser um problema particular em pacientes idosos ou debilitados (vide “POSOLOGIA”). As precauções habituais no tratamento de pacientes com insuficiência renal ou hepática ou comprometimento da função pulmonar devem ser observadas. Notou-se uma velocidade de eliminação sistêmica reduzida do alprazolam
(por exemplo, meia-vida plasmática aumentada) em pacientes com hepatopatia alcoólica e pacientes obesos tratados com alprazolam (vide “INFORMAÇÕES TÉCNICAS”).
Foram relatados episódios de hipomania e mania em associação com o uso de alprazolam em pacientes com depressão. O alprazolam possui um efeito uricosúrico fraco. Embora tenha sido relatado que outros medicamentos com efeito uricosúrico fraco causem insuficiência renal aguda, não foram relatados casos de insuficiênica renal aguda atribuíveis ao tratamento com alprazolam.
Podem ocorrer reações quando se reduz a dose rápida ou abruptamente por qualquer razão. Isso inclui a redução posológica desejada, mas também a redução posológica inadvertida (por exemplo, o paciente se esquecer de tomar o medicamento, o paciente é hospitalizado, etc). Por esta razão, a dose de alprazolam deve ser reduzida ou suspensa gradualmente (vide “POSOLOGIA”).
Foram relatadas desde disforia leve e insônia, até uma síndrome maior que pode incluir cãibras musculares e cólicas abdominais, vômitos, sudorese, tremor e convulsões de abstinência em associação com a interrupção do tratamento com alprazolam.
Para descontinuar o tratamento em pacientes que utilizam alprazolam, a dose deve ser reduzida lentamente de acordo com a boa prática médica.
Sugere-se que a dose diária de alprazolam seja diminuída até, no máximo, 0,5 mg a cada 3 dias, ou de forma mais gradual.
Na maioria dos casos foi relatada apenas uma crise convulsiva; entretanto, também foram relatadas múltiplas crises convulsivas e estado de mal epilético. Comumente, o tratamento de mal epilético de qualquer etiologia envolve o uso de benzodiazepínicos intravenosos, em combinação com fenitoína ou barbitúricos, manutenção da permeabilidade das vias aéreas e hidratação adequada. Alprazolam não é útil no tratamento de pacientes psicóticos e não deve ser empregado como substituto do tratamento adequado para psicose.
Em virtude de efeitos depressores do sistema nervoso central, os pacientes em tratamento com alprazolam devem ser advertidos para não se envolverem em ocupações de risco ou atividades que requerem um alerta mental completo, como operar máquinas ou conduzir veículos motorizados, até que se tenha certeza de que não sintam sonolência ou tontura enquanto recebem o medicamento. Pela mesma razão, os pacientes devem ser advertidos para não ingerirem simultaneamente bebidas alcoólicas e outras drogas depressoras do sistema nervoso central durante o tratamento com alprazolam. Taquifilaxia e dependência física/emocional podem ocorrer com benzodiazepínicos, incluindo alprazolam. Particularmente, os benzodiazepínicos devem ser prescritos com cautela a pacientes com propensão ao abuso de drogas (ex., alcoólatras e viciados em droga) devido à predisposição à taquifilaxia e dependência.
Analisou-se a descontinuidade do tratamento em um estudo controlado, pós-comercialização, em pacientes com o transtorno do pânico. Observou-se que a duração do tratamento (três meses comparados a seis meses) não interferiu na capacidade de redução da dose até zero. Em contrapartida, os pacientes tratados com doses de alprazolam superiores a 4 mg/dia demonstraram maior dificuldade na redução até a dose zero do que aqueles tratados com doses inferiores a 4 mg/dia.
Transtornos de pânico têm sido associados com distúrbios depressivos maiores primários e secundários e relatos aumentados de suicídio entre os pacientes não-tratados. Portanto, as mesmas precauções devem ser tomadas quando do uso de doses maiores de alprazolam em pacientes sob tratamento do transtorno do pânico assim como em pacientes deprimidos em tratamento com fármacos psicotrópicos ou pacientes nos quais se
presumem planos ou idéias suicidas mascaradas.

GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: os benzodiazepínicos potencialmente podem causar malformações congênitas quando administrados a gestantes, que não pode ser quantificado para o alprazolam. Se o alprazolam for utilizado durante a gestação ou se a paciente ficar grávida durante o tratamento com essa droga, a paciente deve ser informada do risco potencial para o feto. As pacientes devem ser advertidas de que, se elas engravidarem durante o tratamento ou pretenderem engravidar, elas devem discutir com seu médico a possibilidade de interromper a administração da droga. Deve-se considerar a possibilidade da paciente potencialmente fértil estar grávida na época da instituição da terapia. Foram relatadas síndrome da criança hipotônica, caracterizada por sucção débil, hipotermia e depressão respiratória, ou sintomas de abstinência neonatal em crianças expostas aos benzodiazepínicos no último trimestre de gravidez ou durante o nascimento.

LACTANTES: sabe-se que os benzodiazepínicos, incluindo alprazolam, são excretados no leite materno humano. Como regra geral, mulheres que usam alprazolam não devem amamentar.

EFEITO SOBRE A HABILIDADE DE DIRIGIR AUTOS E OPERAR MÁQUINAS
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem ser prejudicadas.

Interações medicamentosas de ALPRAZOLAM

Os benzodiazepínicos, incluindo o alprazolam, produzem efeitos depressores aditivos do sistema nervoso central, quando administrados concomitantemente com outros medicamentos psicotrópicos, anticonvulsivantes, anti-histamínicos, etanol e outras drogas que depressoras do sistema nervoso central.
Foi relatado que as concentrações plasmáticas de imipramina e desipramina no estado de equilíbrio dinâmico aumentam 31% e 20%, respectivamente, quando o alprazolam é administrado concomitantemente em doses de até 4 mg/dia. O significado clínico dessas alterações não é conhecido.
Podem ocorrer interações farmacocinéticas quando alprazolam é administrado com drogas que interferem no seu metabolismo. Compostos que inibem determinadas enzimas hepáticas (particularmente o citocromo P450 3A4) podem aumentar a concentração de alprazolam e acentuar sua atividade.
Dados obtidos a partir de estudos clínicos com alprazolam e com fármacos metabolizados similarmente ao alprazolam e de estudos in vitro mostram graus de variação e possibilidade de interação com alprazolam para diversos fármacos. Com base no grau de interação e no tipo de dados disponíveis, recomenda-se o seguinte: a co-administração de alprazolam com cetoconazol, itraconazol e outros antifúngicos da classe dos azóis não é recomendada.
Aconselha-se cautela e consideração de redução de dose quando alprazolam é co-administrado com nefazodona, fluvoxamina e cimetidina. Também recomenda-se cautela quando alprazolam é co-administrado com fluoxetina, propoxifeno, anticoncepcionais orais, sertralina, paroxetina, diltiazem, isoniazida ou antibióticos macrolídeos como eritromicina e troleandomicina. Os dados dos estudos in vitro de outros benzodiazepínicos, que não o alprazolam, sugerem uma possível interação medicamentosa com os seguintes agentes: ergotamina, ciclosporina, amiodarona, nicardipino e nifedipina.
As interações entre os inibidores da protease do HIV (ex. ritonavir) e alprazolam são complexas e tempo-dependentes. Baixas doses de ritonavir levaram a um clearance prejudicado de alprazolam, aumentando sua meia-vida de eliminação e seus efeitos clínicos. Entretanto, sob exposição prolongada ao ritonavir, a indução do CYP 3A interrompe essa inibição. Recomenda-se cautela durante a admimnistração concomitante de qualquer dessas drogas com o alprazolam.
Interações com testes laboratoriais:
Embora tenham sido relatadas ocasionalmente interações entre os benzodiazepínicos e os testes laboratoriais usuais, não existe qualquer padrão para uma droga ou teste específico.

Reações adversas / efeitos colaterais de ALPRAZOLAM

Os efeitos colaterais de alprazolam, se presentes, geralmente são observados no início do tratamento e habitualmente desaparecem com a continuidade do tratamento ou diminuição da dose. As reações adversas mais comuns relatadas por pacientes tratados para a ansiedade foram sedação/sonolência e tontura/vertigem. As reações adversas menos comuns foram visão turva, cefaléia, depressão, insônia, nervosismo/ansiedade, confusão, síncope, acatisia, tremor, rigidez, alteração do peso, comprometimento da memória/amnésia, falta de coordenação, sintomas gastrintestinais variados (boca seca, obstipação, diarréia, náuseas/vômitos, salivação aumentada), taquicardia/palpitações, dermatite/alergia, congestão nasal e manifestações autonômicas.
Adicionalmente, os seguintes eventos adversos foram relatados em associação ao uso de benzodiazepínicos ansiolíticos, incluindo alprazolam: estimulação, agitação, alucinações, distonia, irritabilidade, dificuldades de concentração, anorexia, fadiga, crises convulsivas, sedação, fala pastosa, icterícia, fraqueza musculoesquelética, prurido, diplopia, disartria, alterações da libido, irregularidades menstruais, incontinência e retenção urinária, função hepática anormal e hiperprolactinemia. Raramente, relatou-se aumento da pressão intra-ocular.
As reações adversas mais comuns em pacientes com transtorno do pânico avaliadas durante estudos clínicos, que foram mais frequentemente observadas do que com placebo, foram sedação/sonolência/fadiga, ataxia/falta de coordenação e fala pastosa. As reações adversas menos comuns foram humor alterado, sintomas gastrintestinais, dermatite, problemas de memória, disfunção sexual, comprometimento intelectual e confusão. Também foram relatados tontura, insônia, cefaléia, distúrbio cognitivo, disartria, ansiedade, movimento involuntário anormal, diminuição ou aumento ou alteração (não-especificada) da libido, depressão, contração muscular, fraqueza, distúrbios do tônus muscular, síncope, acatisia, desinibição, parestesia, loquacidade, distúrbios vasomotores, sensação de desrealização, anormalidades dos sonhos, medo, sensação de calor, congestão nasal, taquicardia, dor torácica, hiperventilação, infecção das vias aéreas superiores, visão turva, zumbidos, cãibras e rigidez muscular, sudorese, exantema, apetite aumentado ou diminuído, ganho ou perda de peso, dificuldades de micção, distúrbios menstruais, edema, incontinência urinária, infecção, crises convulsivas, despersonalização, alterações do paladar, diplopia, bilirrubina elevada, enzimas hepáticas elevadas e icterícia.
Como ocorre com outros benzodiazepínicos, raramente foram relatados dificuldades de concentração, confusão, alucinações, estimulação e efeitos adversos comportamentais como irritabilidade, agitação, raiva e comportamento agressivo ou hostil. Em muitos dos relatos de casos espontâneos de efeitos comportamentais adversos, os pacientes estavam recebendo outras drogas de ação no sistema nervoso central concomitantemente e/ou tinham doenças psiquiátricas subjacentes. Se ocorrer algum desses eventos adversos, a administração de alprazolam deve ser interrompida. Relatos publicados isolados que envolveram números pequenos de pacientes sugeriram que os pacientes que apresentam um distúrbio de personalidade limítrofe, história de comportamento violento ou agressivo pregresso ou abuso de bebidas alcoólicas ou outras substâncias podem ser pacientes de risco para esses eventos. Foram relatados casos de irritabilidade, hostilidade e pensamentos invasivos durante a interrupção da administração de alprazolam em pacientes com distúrbio de estresse pós-traumático.

ALPRAZOLAM – Posologia

A dose ótima de alprazolam deve ser individualizada com base na gravidade dos sintomas e na resposta individual do paciente. A dose habitual (vide abaixo) é suficiente para as necessidades da maioria dos pacientes. Nos poucos pacientes que requeiram doses mais elevadas, estas deverão ser aumentadas com cautela, a fim de evitar reações adversas. Quando for necessário o aumento da dosagem diária, deve-se incrementar inicialmente a dose noturna. Em geral, os pacientes que não tenham sido previamente tratados com medicamentos psicotrópicos necessitarão de doses menores que aqueles previamente tratados com tranqüilizantes menores, antidepressivos ou hipnóticos ou aqueles que tiveram antecedente de alcoolismo crônico.
Recomenda-se usar a menor dose eficaz para os pacientes idosos ou debilitados para evitar sedação excessiva ou ataxia.

 

Indicação Dose inicial * Limites da dose habitual
Estados de ansiedade

0,25 mg a 0,5 mg, administrados três vezes ao dia.

0,5 a 4,5 mg ao dia, administrados em doses divididas.
Transtorno do pânico

0,5 – 1,0 mg antes de dormir, ou 0,5 mg administrados três vezes ao dia.

A dose deve ser ajustada à resposta do paciente. Os ajustes de dose devem ser aumentados no máximo 1 mg a cada três ou quatro dias. Doses adicionais podem ser adicionadas até que seja alcançada uma posologia de 3 ou 4 vezes diariamente. A dose média em um grande estudo multiclínico foi 5,7 ± 2,27 mg, ocasionalmente com pacientes necessitando de um máximo de 10 mg diariamente.

Pacientes geriátricos ou na presença de condições debilitantes

0,25 mg administrados duas ou trêsvezes ao dia.

0,5 a 0,75 mg ao dia, administrados em doses divididas; poderão ser gradualmente aumentadas, se necessário e tolerado.

 

*Se ocorrerem efeitos colaterais, a dose deve ser diminuída.

Super dosagem

As manifestações de superdosagem do alprazolam são extensões de sua ação farmacológica e incluem sonolência, fala pastosa, comprometimento da coordenação, coma e depressão respiratória. Foi relatada a ocorrência de morte em associação com doses excessivas de alprazolam, assim como outros benzodiazepínicos.
Além disso, foram relatadas mortes em pacientes que receberam doses excessivas de uma combinação de um benzodiazepínico isolado, incluindo o alprazolam, e álcool; os níveis de álcool observados em alguns desses casos foram inferiores aos associados habitualmente com relatos de fatalidade induzida por álcool.
Tratamento geral da superdosagem: os relatos de superdosagem de alprazolam são limitados. Como em todos os casos de superdosagem, a respiração, o pulso e a pressão arterial devem ser monitorados. Devem ser instituídas medidas gerais de suporte, juntamente com lavagem gástrica imediata. Devem ser administrados líquidos intravenosos e a permeabilidade das vias aéreas deve ser mantida. Se ocorrer hipotensão, ela pode ser tratada com vasopressores. A diálise tem um valor limitado. Como em todos os casos de superdosagem intencional de qualquer droga, deve-se ter em mente que múltiplos agentes podem ter sido ingeridos.
O flumazenil, um antagonista específico dos receptores de benzodiazepínicos, está indicado na reversão completa ou parcial dos efeitos sedativos dos benzodiazepínicos e pode ser usado em situações em que a superdosagem de benzodiazepínicos foi confirmada ou é presumida. Antes da administração do flumazenil, devem ser instituídas as medidas necessárias para assegurar a permeabilidade das vias aéreas, ventilação e um acesso intravenoso. O flumazenil destina-se a ser usado como um adjuvante do tratamento apropriado da superdosagem de benzodiazepínicos e não como um substituto. Os pacientes tratados com flumazenil devem ser monitorados para diagnosticar nova sedação, depressão respiratória e outros efeitos residuais dos benzodiazepínicos durante um período apropriado após o tratamento. O médico deve estar ciente do risco da crise convulsiva em associação com o tratamento com flumazenil, particularmente nos pacientes que recebem, durante períodos prolongados, benzodiazepínicos e na superdosagem de antidepressivos cíclicos.

Caracteristicas farmalogicas

O alprazolam, 8-cloro-1-metil-6-fenil-4-H-s-triazolo-(4,3-(α)) (1,4) benzodiazepina, triazolo análogo da classe de 1,4-benzodiazepínicos que atuam no
Sistema Nervoso Central (SNC). Estes fármacos presumivelmente exercem seus efeitos através da ligação com receptores estereoespecíficos em vários locais no sistema nervoso central. Seu mecanismo de ação exato é desconhecido. Clinicamente, todos os benzodiazepínicos causam um efeito depressor, relacionado com a dose, que varia de um comprometimento leve de desempenho de tarefas à hipnose.
Após a administração oral, o alprazolam é facilmente absorvido. Os picos de concentração plasmática ocorrem em uma a duas horas após a administração. Os picos de concentração são proporcionais às doses administradas; dentro do intervalo posológico de 0,5 mg a 3,0 mg, foram observados picos de 8,0 a 37 ng/ml. Com o uso de uma metodologia de ensaio específico, foi observado que a meia-vida de eliminação plasmática média de alprazolam é de aproximadamente 11,2 horas em adultos saudáveis. Os metabólitos predominantes são (α)-hidroxialprazolam e uma benzofenona derivada do alprazolam. A atividade biológica do (α)-hidroxialprazolam é aproximadamente metade da atividade biológica do alprazolam. O metabólito benzofenona é essencialmente inativo. Os níveis plasmáticos desses metabólitos são extremamente baixos, o que impede a descrição precisa da farmacocinética. Entretanto, suas meias-vidas parecem ter a mesma ordem de magnitude que a do alprazolam. O alprazolam e seus metabólitos são excretados primariamente através da urina.
A capacidade do alprazolam de induzir os sistemas de enzimas hepáticas em humanos ainda não foi determinada. Entretanto, essa não é uma propriedade dos benzodiazepínicos em geral. Além disso, o alprazolam não afetou os níveis plasmáticos de protrombina ou varfarina em voluntários do sexo masculino que receberam a varfarina sódica por via oral.
In vitro, a ligação do alprazolam a proteínas séricas humanas é de 80%. Foram relatadas alterações na absorção, distribuição, metabolismo e excreção dos benzodiazepínicos em uma variedade de doenças, incluindo alcoolismo, insuficiência hepática e insuficiência renal. Também foram demonstradas alterações em pacientes geriátricos.
Devido à sua semelhança com outros benzodiazepínicos, presume-se que o alprazolam atravesse a placenta e seja excretado pelo leite materno.
Carcinogênese e mutagenicidade:
Não foram observadas evidências de potencial carcinogênico nos estudos de bioensaio de 2 anos do alprazolam em ratos que receberam doses de até 30 mg/kg/dia (150 vezes mais elevada que a dose diária máxima de 10 mg/dia recomendada para seres humanos) e em camundongos que receberam doses de até 10 mg/kg/dia (50 vezes mais elevada que a dose diária máxima recomendada para seres humanos).
O alprazolam não se mostrou mutagênico no teste de micronúcleo em ratos em doses de até 100 mg/kg, que é uma dose 500 vezes mais elevada que a dose diária máxima de 10 mg/dia recomendada para humanos. O alprazolam também não se mostrou mutagênico in vitro no ensaio de eluição alcalina/lesão de DNA ou ensaio de AMES.
O alprazolam não produziu comprometimento de fertilidade em ratos em doses de até 5 mg/kg/dia, que são 25 vezes mais elevadas que a dose diária máxima de 10 mg/dia recomendada para humanos.

Resultados de eficacia

Informação não disponível para esta bula.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

USO PEDIÁTRICO
A segurança e a eficácia de alprazolam em indivíduos com menos de 18 anos de idade não foram estabelecidas.

PACIENTES IDOSOS
Recomenda-se que a dose seja limitada a menor dose eficaz para evitar o desenvolvimento de ataxia ou hipersedação que pode ser um problema particular em pacientes idosos, especialmente sensíveis aos efeitos dos benzodiazepínicos. Aos pacientes idosos se aplicam todas as demais recomendações anteriormente descritas.

Armazenagem

Manter à temperatura ambiente (15°C a 30°C). Proteger da luz e manter em lugar seco.

Dizeres legais

Reg. MS nº 1.0583.0351
Farm. Resp.: Drª Maria Geisa P. de L. e Silva – CRF-SP nº 8.082
GERMED FARMACÊUTICA LTDA.
Rodovia SP-101, km 08
Hortolândia/SP – CEP 13.186-901
CNPJ: 45.992.062/0001-65 – IND. BRASILEIRA
Fabricado por:
EMS S/A.
Rua Com. Carlo Mário Gardano, 450
São Bernardo do Campo/SP – CEP 09720-470
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. O ABUSO DESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA.

ALPRAZOLAM – Bula para o paciente

AÇÃO DO MEDICAMENTO: o alprazolam é um medicamento com ação no sistema nervoso central, utilizado no tratamento de estados de ansiedade, no tratamento dos estados de ansiedade associados com outras manifestações como a abstinência ao álcool, ou para o tratamento do transtorno do pânico com ou sem agorafobia. Os sintomas do estado de ansiedade podem variavelmente incluir ansiedade, tensão, medo, apreensão, intranqüilidade, dificuldades de concentração, irritabilidade, insônia e/ou hiperatividade neurovegetativa, resultando em manifestações somáticas variadas, alprazolam não deve ser administrado a pacientes com sintomas psicóticos.

INDICAÇÕES DO MEDICAMENTO: alprazolam é indicado no tratamento de ansiedade.
O alprazolam não deve ser administrado a pacientes com sintomas psicóticos. Os sintomas de ansiedade podem variavelmente incluir: ansiedade, tensão, medo, apreensão, intranqüilidade, dificuldades de concentração, irritabilidade, insônia e/ou hiperatividade neurovegetativa, resultando em manifestações somáticas variadas. Alprazolam também é indicado no tratamento de ansiedade associada com outras manifestações, como a abstinência ao álcool.
O alprazolam também está indicado no tratamento do transtorno do pânico, com ou sem agorafobia. A sua principal característica é crise de pânico não esperada, um ataque súbito de apreensão intensa, medo ou terror.

RISCOS DO MEDICAMENTO: alprazolam está contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida ao alprazolam ou a qualquer um dos outros componentes do medicamento ou a outros benzodiazepínicos. Não deve ser administrado em pacientes com miastenia gravis e com glaucoma de ângulo estreito agudo. Recomenda-se que a dose de alprazolam seja limitada a menor dose eficaz. Portanto, não aumente a dose prescrita sem consultar o seu médico, mesmo que você ache que o medicamento não está mais fazendo efeito.
Durante o tratamento, não se deve dirigir veículos ou operar máquinas até que se tenha certeza de que não sinta sonolência ou tontura enquanto utilizar o medicamento, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, exceto sob orientação médica. Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.
Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

MODO DE USO: o produto apresenta-se na forma de comprimidos circulares biconvexos. Bebidas alcoólicas não devem ser ingeridas durante o tratamento com benzodiazepínicos. A dose ótima de alprazolam deve ser individualizada com base na gravidade dos sintomas e na resposta individual do paciente.
A dose habitual (vide abaixo) é suficiente para as necessidades da maioria dos pacientes. Nos poucos pacientes que requeiram doses mais elevadas, estas deverão ser aumentadas com cautela, a fim de evitar reações adversas. Quando for necessário o aumento da dosagem diária, deve-se incrementar inicialmente a dose noturna. Em geral, os pacientes que não tenham sido previamente tratados com medicamentos psicotrópicos necessitarão de doses menores que aqueles previamente tratados com tranqüilizantes menores, antidepressivos ou hipnóticos ou aqueles que tiveram antecedente de alcoolismo crônico. Recomenda-se usar a menor dose eficaz para os pacientes idosos ou debilitados para evitar sedação excessiva ou ataxia.

 

Indicação Dose inicial * Limites da dose habitual
Estados de ansiedade

0,25 mg a 0,5 mg, administrados três vezes ao dia.

0,5 a 4,0 mg ao dia, administrados em doses divididas.
Transtorno do pânico

0,5 – 1,0 mg antes de dormir, ou 0,5 mg administrados três vezes ao dia.

A dose deve ser ajustada à resposta do paciente. Os ajustes de dose devem ser aumentados no máximo 1 mg a cada três ou quatro dias. Doses adicionais podem ser adicionadas até que seja alcançada uma posologia de 3 ou 4 vezes diariamente. A dose média em um grande estudo multiclínico foi 5,7 ± 2,27 mg, ocasionalmente com pacientes necessitando de um máximo de 10 mg diariamente.

Pacientes geriátricos

0,25 mg administrados duas ou trêsvezes ao dia.

0,5 a 0,75 mg ao dia, administrados em doses divididas; poderão ser gradualmente aumentadas, se necessário e tolerado.

 

*Se ocorrerem efeitos colaterais, a dose deve ser diminuída.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

A redução posológica deve ser gradual e deve ser feita sob supervisão rigorosa.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento.

REAÇÕES ADVERSAS: informe ao seu médico o aparecimento de reações desagradáveis, tais como sedação, sonolência, fadiga, ataxia / falta de coordenação, tontura ou vertigem e fala pastosa.

CONDUTA EM CASO DE SUPERDOSE:
As manifestações de superdosagem do alprazolam incluem sonolência, confusão, comprometimento da coordenação, reflexos reduzidos e coma. Foi relatada a ocorrência de morte em associação com doses excessivas de alprazolam, assim como outros benzodiazepínicos. Além disso, foram relatadas mortes em pacientes que receberam doses excessivas de uma combinação de um benzodiazepínico isolado, incluindo o alprazolam, e álcool; os níveis de álcool observados em alguns desses casos foram inferiores aos associados habitualmente com relatos de fatalidade induzida por álcool.
Tratamento geral da superdosagem: os relatos de superdosagem de alprazolam são limitados. Como em todos os casos de superdosagem, a respiração, o pulso e a pressão arterial devem ser monitorados. Devem ser instituídas medidas gerais de suporte, juntamente com lavagem gástrica imediata. Devem ser administrados líquidos intravenosos e a permeabilidade das vias aéreas deve ser mantida. Se ocorrer hipotensão, ela pode ser tratada com vasopressores. A diálise tem um valor limitado. Como em todos os casos de superdosagem intencional de qualquer droga, deve-se ter em mente que múltiplos agentes podem ter sido ingeridos. O flumazenil, um antagonista específico dos receptores de benzodiazepínicos, está indicado na reversão completa ou parcial dos efeitos sedativos dos benzodiazepínicos e pode ser usado em situações em que a superdosagem de benzodiazepínicos foi confirmada ou é presumida. Antes da administração do flumazenil, devem ser instituídas as medidas necessárias para assegurar a permeabilidade das vias aéreas, ventilação e um acesso intravenoso. O flumazenil destina-se a ser usado como um adjuvante do tratamento apropriado da superdosagem de benzodiazepínicos e não como um substituto. Os pacientes tratados com flumazenil devem ser monitorados para diagnosticar nova sedação, depressão respiratória e outros efeitos residuais dos benzodiazepínicos durante um período apropriado após o tratamento. O médico deve estar ciente do risco da crise convulsiva em associação com o tratamento com flumazenil, particularmente nos pacientes que recebem, durante períodos prolongados, benzodiazepínicos e na superdosagem de antidepressivos cíclicos.

CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO E USO: manter à temperatura ambiente (15°C a 30°C). Proteger da luz e manter em lugar seco. O número do lote e as datas de fabricação e validade estão impressos na embalagem do produto. Nunca utilize medicamentos com prazo de validade vencido.Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Data da bula

03/07/2013