Sabril

SABRIL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de SABRIL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com SABRIL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

sanofi

Apresentação SABRIL

Comprimidos revestidos 500 mg: embalagem com 60.

SABRIL – Indicações

SABRIL é indicado como coadjuvante no tratamento de pacientes com epilepsias parciais resistentes, com ou sem generalização secundária, as quais não estão satisfatoriamente controladas por outros fármacos antiepilépticos ou quando outras combinações de fármacos não foram toleradas.
É indicado também em monoterapia no tratamento de espasmos infantis (Síndrome de West).

Contra indicações de SABRIL

SABRIL é contraindicado para pacientes com história de hipersensibilidade à vigabatrina ou a qualquer um dos componentes da fórmula.

Advertências

Advertências
– Alteração no Campo Visual
Foi relatada alteração no campo visual em cerca de 1/3 dos pacientes tratados com vigabatrina. Homens são o grupo de maior risco comparado às mulheres.
Baseado em dados atualmente disponíveis, o modelo habitual é uma constrição concêntrica do campo visual de ambos os olhos, que é geralmente mais marcante nasalmente do que temporalmente. No campo visual central (com 30 graus de excentricidade), frequentemente é constatado defeito nasal anular.
A maioria dos pacientes com alteração confirmada por campimetria não havia previamente percebido espontaneamente qualquer sintoma (eram assintomáticos), mesmo quando uma alteração grave foi observada com a campimetria. Consequentemente, este efeito indesejável só pode ser constatado confiavelmente por campimetria sistemática, que é geralmente possível somente em pacientes com mais de 9 anos de idade (vide Precauções).
Casos graves de alterações no campo visual podem ter consequências práticas para o paciente. As evidências disponíveis sugerem que as alterações no campo visual são irreversíveis mesmo após a descontinuação do tratamento. A deteriorização do campo visual após interrupção do tratamento não pode ser eliminada.
O início ocorre após meses a anos de tratamento com vigabatrina.
Uma possível associação entre o risco de alterações no campo visual e a extensão a exposição à vigabatrina, em relação a dose diária (de 1 grama para mais do que 3 gramas) e em relação à duração do tratamento tem sido mostrada em um estudo clínico aberto.
Os dados de uma investigação sistemática de pacientes participantes de estudos clínicos indicam que o risco de desenvolvimento de alterações no campo visual com a continuação do tratamento com vigabatrina é baixo, se o paciente não as desenvolveu depois de 3 a 4 anos de tratamento.
A vigabatrina não deve ser utilizada concomitantemente com drogas retinotóxicas.
Baseado em dados atuais disponíveis, as alterações de campo visual podem resultar de níveis altos de GABA na retina.

– Comportamentos e intenções suicidas
Foram relatados comportamentos e intenções suicidas em pacientes tratados com agentes antiepilépticos em várias indicações. A meta-análise de estudos randomizados placebo-controlados de fármacos antiepilépticos demonstrou um pequeno aumento no risco de comportamento e intenção suicida. O mecanismo deste efeito não é conhecido (vide Reações Adversas).
Portanto, os pacientes que apresentam sinais de comportamentos ou intenções suicidas devem ser monitorados, e tratamento apropriado deve ser considerado. Os pacientes (e seus responsáveis) devem ser advertidos a procurar orientação médica imediatamente caso surjam sinais de comportamentos ou intenções suicidas.

Precauções
A vigabatrina deve ser utilizada com cautela em pacientes com histórico de psicose, depressão ou distúrbios comportamentais. Eventos psiquiátricos (por exemplo, agitação, depressão, pensamentos anormais, reações paranoicas) foram relatados durante a terapia com vigabatrina. Estes eventos ocorreram em pacientes com e sem histórico psiquiátrico e foram geralmente reversíveis quando as doses de vigabatrina foram reduzidas ou gradualmente descontinuadas. Nos estudos clínicos, ocorreu depressão em menos de 10% dos pacientes e raramente foi necessário descontinuar a medicação. Eventos menos comuns incluíram sintomas psicóticos.
Casos de achados anormais em imagens do cérebro através de ressonância magnética foram relatados, particularmente em crianças jovens tratadas para espasmos infantis com altas doses de vigabatrina. A significância clínica desses achados é atualmente desconhecida.
Transtornos de movimento, incluindo distonia, discinesia e hipertonia foram relatados em pacientes tratados para espasmos infantis. O risco/benefício da vigabatrina deve ser avaliado para cada paciente. Se novos transtornos de movimento ocorrerem durante o tratamento com vigabatrina, deve ser considerada uma redução de dose ou descontinuação gradual do tratamento.
Raros relatos de sintomas encefalopáticos como sedação acentuada, letargia e confusão em associação com atividade de onda vagarosa não-específica em eletroencefalograma foram descritos logo após o início do tratamento com vigabatrina. Fatores de risco para o desenvolvimento destas reações incluem doses iniciais maiores que as recomendadas, assim como aumento de dose mais rápido que o recomendado e insuficiência renal. Estes eventos foram reversíveis após redução da dose ou descontinuação da vigabatrina. (vide Reações Adversas).

– Alteração no Campo Visual (vide Advertências e Reações Adversas)
A vigabatrina não é recomendada para uso em pacientes com qualquer alteração clínica significativa pré-existente no campo visual. Todos os pacientes devem ser consultados por um oftalmologista e realizar um exame de campo visual antes do início do tratamento com vigabatrina.
Para detectar alterações no campo visual, se possível, deve-se realizar exames de campo visual apropriados (campimetria) pelo uso de um campímetro estático padronizado (como o Humphrey ou Octopus) ou campímetro cinético (como o Goldmann) antes do início do tratamento e depois a intervalos de seis meses. O campímetro estático é o método de escolha para detecção de alteração de campo visual associado à vigabatrina. A campimetria raramente pode ser realizada em crianças com menos de 9 anos de idade. Atualmente, nenhum método está disponível para diagnosticar ou eliminar alterações no campo visual em crianças nas quais não se pode realizar a campimetria padrão.
Vários parâmetros eletrorretinográficos parecem estar correlacionados com as alterações do campo visual associadas à vigabatrina; portanto, a eletrorretinografia pode ser útil somente em adultos, que não são capazes de colaborar com a campimetria ou em crianças com idade abaixo de 3 anos. Baseados nos dados disponíveis, o primeiro potencial oscilatório e respostas de vibração de 30 Hz do eletrorretinograma parecem estar correlacionados com as alterações do campo visual associadas à vigabatrina. Estas respostas são retardadas e reduzidas além dos limites normais. Tais alterações não foram vistas em pacientes tratados com vigabatrina sem uma alteração no campo visual.
A descrição completa da frequência e implicações do desenvolvimento de alterações no campo visual durante o tratamento com vigabatrina deve ser informada aos pacientes ou responsáveis pelos pacientes. Os pacientes devem ser instruídos para relatarem qualquer problema e sintomas que possam estar associados com constrição do campo visual. Se houver desenvolvimento de sintomas visuais, o paciente deve se consultar com um oftalmologista.
Se alterações no campo visual forem detectadas durante o acompanhamento, a decisão de continuar ou descontinuar o tratamento deve ser baseada na avaliação individual de risco/benefício.
Se a decisão tomada for a de continuar o tratamento, deve-se manter acompanhamento mais frequente (campimetria) para se detectar a progressão ou alterações mais graves na visão.
Como com outros fármacos antiepilépticos, alguns pacientes podem apresentar um aumento na frequência de convulsões, incluindo estado epiléptico ou o início de novos tipos de convulsão com o uso de vigabatrina. Casos de reinício de espasmos mioclônicos, assim como exacerbação dos pré-existentes podem ocorrer raramente (vide Reações Adversas).
Como outros medicamentos antiepilépticos, a suspensão abrupta de vigabatrina pode ocasionar convulsões em efeito rebote. Portanto, é recomendável que se descontinue o tratamento com redução gradual da posologia do medicamento por um período de 2 a 4 semanas.

Gravidez e lactação
Não foram conduzidos estudos adequados e bem controlados com vigabatrina em mulheres grávidas. A vigabatrina não deve ser utilizada durante a gestação a não ser que os benefícios potenciais justifiquem os riscos potenciais ao feto.
O risco de malformação congênita demonstrou ser de 2 a 3 vezes maior em crianças nascidas de mães tratadas com um antiepiléptico; aqueles mais frequentemente relatados foram: fenda labial, distúrbios cardiovasculares e alterações no tubo neural. Politerapia com drogas antiepilépticas podem estar associadas com um maior risco de malformação congênita do que em monoterapias.
Baseado em dados de número limitado de grávidas expostas à vigabatrina, disponíveis através de relatos espontâneos, resultados anormais (anomalia congênita ou abortos espontâneos) foram relatados nos descendentes de mães usando vigabatrina. Não se pode obter conclusões definitivas quanto à vigabatrina aumentar o risco de malformação quando administrada durante a gravidez, devido a dados limitados e à ingestão concomitante de outras drogas antiepilépticas durante a gravidez.
Devem ser alertadas todas as pacientes que possam engravidar ou que estejam em período fértil. A necessidade do tratamento antiepiléptico deve ser reavaliada quando a paciente planeja uma gravidez.
Se a paciente estiver grávida a terapia antiepiléptica não deve ser interrompida abruptamente, devido ao risco de reincidência de ataque epiléptico que pode ter sérios resultados para a mãe e para a criança.
Em coelhos, vigabatrina foi associada com uma baixa incidência de fenda palatina em doses de 150 (2%) e 200 (9%) mg/kg/dia (3 a 4 vezes a dose humana); estas doses maiores também apresentaram toxicidade materna, evidenciadas pela diminuição do peso corporal e consumo de alimentos. Foram observados baixo peso corporal e várias malformações esqueléticas em fetos de camundongos TO para os quais foi administrada uma dose única de vigabatrina de 300 mg/Kg por via intraperitoneal (6 vezes a dose humana); efeitos embriofetais adicionais observados após dose única intraperitoneal de 450 mg/Kg (9 vezes a dose humana) incluíram aumento de reabsorção e 2% de incidência de exonfalia; foi observada letalidade materna após dose intraperitoneal de 600 mg/Kg. Em ratos, doses de até 150 mg/kg/dia (3 vezes a dose humana) não foram teratogênicas.
Efeitos na fertilidade: Em estudos de reprodução e fertilidade, com doses de até 150 mg/kg/dia, que correspondem a aproximadamente 3 vezes a dose recomendada para humanos, não foram demonstrados efeitos na fertilidade de ratos machos ou fêmeas.
A vigabatrina é excretada em baixas concentrações no leite materno. Baseado na concentração de vigabatrina no leite materno de uma paciente, foi estimado que 0,3% de uma dose diária materna de 2 g diários foi excretada no leite materno. Portanto, uma decisão deve ser tomada quanto à descontinuação da lactação ou do tratamento da mãe, levando em consideração a importância do fármaco para a mesma.
SABRIL não deve ser administrado a mulheres grávidas, que possam vir a engravidar ou que estejam amamentando. Portanto, informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após seu término ou se está amamentando.

Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Populações especiais
A vigabatrina é eliminada pelos rins; portanto recomenda-se cuidado na administração do fármaco a pacientes com clearance de creatinina inferior a 60 mL/min. Devido ao reduzido clearance de creatinina em idosos, com função renal normal ou reduzida, precauções semelhantes são necessárias. Estes pacientes devem ser cuidadosamente monitorados para reações adversas tais como sedação e confusão.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Como regra geral, pacientes com epilepsia não controlada não devem dirigir ou manusear maquinário potencialmente perigoso. Foi observada sonolência em estudos clínicos e os pacientes devem ser alertados para tal possibilidade antes de iniciar o tratamento. Foram frequentemente relatadas alterações do campo visual, que podem afetar significativamente a habilidade para dirigir veículos e operar máquinas, em associação com SABRIL. Os pacientes devem ser avaliados quanto à presença de alterações do campo visual. Deve-se ter cuidado especial em pacientes que dirigem, operam máquinas ou que realizam qualquer atividade de risco.

Interações medicamentosas de SABRIL

Medicamento-medicamento
Como SABRIL não é metabolizado no fígado, não se liga a proteínas, tampouco é indutor do sistema enzimático do citocromo P450, interações com outras drogas são pouco prováveis.
Durante a administração concomitante com vigabatrina foi relatada diminuição dos níveis plasmáticos de fenitoína em alguns dos estudos clínicos realizados, porém não em outros. Nos estudos em que se observou redução nos níveis de fenitoína, as reduções médias foram de 16 a 33%. A natureza exata desta interação ainda não foi elucidada; no entanto, aparentemente, esta interação não é clinicamente relevante.
As concentrações plasmáticas de carbamazepina, fenobarbital, primidona e valproato de sódio também foram monitoradas durante estudos clínicos controlados e não foram detectadas interações clínicas significativas.

Medicamento-exames laboratoriais e não laboratoriais
A vigabatrina pode levar a uma diminuição da mensuração da atividade plasmática da alanina aminotransferase (ALT) e, em menor escala, da aspartato aminotransferase (AST). A magnitude da supressão para a ALT tem sido relatada variando entre 30-100%. Sendo assim, estes testes hepáticos podem ser não confiáveis quantitativamente aos pacientes que fazem uso de vigabatrina.
A vigabatrina pode aumentar a quantidade de aminoácidos na urina, possivelmente levando a um teste falso-positivo para determinadas doenças metabólicas genéticas raras (ex. alfa aminoadípico acidúria). Especula-se que este efeito ocorra devido à inibição de outras transaminases pela vigabatrina; entretanto, este efeito não tem importância clínica relevante, a não ser pelo fato de potencialmente levar a resultados falso-positivos em testes laboratoriais.

Medicamento-alimento
Sabril pode ser ingerido antes ou depois das refeições.

Reações adversas / efeitos colaterais de SABRIL

Dados coletados de farmacovigilância sugerem que aproximadamente 1/3 dos pacientes que realizam tratamento com vigabatrina desenvolvem alterações no campo visual (vide Advertências e Precauções).
Os efeitos indesejáveis relatados foram principalmente no sistema nervoso central, tais como: sedação, sonolência, fadiga e concentração prejudicada. Os efeitos adversos mais comumente relatados em crianças foram excitação e agitação. A incidência destes efeitos indesejáveis foram geralmente mais frequentes no início do tratamento, diminuindo por sua vez com o tempo.
Alguns pacientes podem apresentar um aumento na frequência das convulsões, incluindo estado epiléptico durante o tratamento com vigabatrina. Pacientes com convulsões mioclônicas podem estar particularmente susceptíveis a este efeito. Casos de reinício de espasmos mioclônicos, assim como exacerbação dos pré-existentes podem ocorrer raramente.
Frequências dos efeitos indesejáveis estão listadas a seguir de acordo com a seguinte convenção:
Reação muito comum ( =>1/10), comum ( => 1/100 e < 1/10), incomum ( => 1/1.000 e < 1/100), rara ( => 1/10.000 e <1.000), muito rara ( < 1/10.000), desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).

Pesquisa *
Comum: Aumento de peso
Distúrbios no sistema nervoso
Muito comum: sonolência
Comum: desordem na fala, cefaleia, vertigem, parestesia, distúrbios na atenção e memória prejudicada, mente prejudicada (através de distúrbios), tremor.
Incomum: má coordenação dos movimentos do corpo (ataxia); desordens de movimento, incluindo distonia, discinesia e hipertonia, isolada ou em associação com anormalidades em imagens de ressonância magnética nuclear (vide Advertências e Precauções).
Raro: encefalopatia ** Muito raro: neurite óptica
Desconhecido: foram relatados casos de imagens anormais do cérebro através de ressonância magnética, os quais podem ser indicativos de edema citotóxico (vide Advertências e Precauções).

Distúrbios oculares
Muito comum: alteração no campo visual
Comum: visão embaçada, diplopia, nistagmo
Raro: alteração da retina (tal como atrofia periférica da retina)
Muito raro: atrofia óptica

Distúrbios gastrintestinais
Comum: náusea, vômito, dor abdominal
Distúrbios nos tecidos cutâneos e subcutâneos
Incomum: erupção cutânea
Raro: angioedema, urticária
Distúrbios gerais
Muito comum: fadiga
Comum: edema, irritabilidade
Distúrbios psiquiátricos ***
Muito comum: excitação (crianças), agitação (crianças)
Comum: agitação, agressão, nervosismo, depressão, reações paranoicas
Incomum: hipomania, mania, distúrbio psicótico
Raro: tentativa de suicídio
Muito raro: alucinações
Distúrbios do sangue e sistema linfático
Comum: anemia
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo
Muito comum: artralgia

A diminuição dos níveis de ALT e AST observada é considerada como sendo resultante da inibição destas aminotransferases pela vigabatrina (vide Interações Medicamentosas).
**Foram descritos raros casos de sedação acentuada, letargia e confusão associada com uma atividade não específica de onda lenta em eletroencefalograma imediatamente após introdução da terapia com vigabatrina. Estes casos foram reversíveis, após redução ou interrupção da vigabatrina.
***Reações psiquiátricas foram relatadas durante a terapia de vigabatrina. Essas reações ocorreram em pacientes com e sem histórico psiquiátrico e foram geralmente reversíveis quando as doses de vigabatrina foram reduzidas ou gradualmente descontinuadas. (vide Advertências e Precauções). A depressão foi uma reação psiquiátrica comum em estudos clínicos e raramente foi necessário interromper a vigabatrina.

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova forma farmacêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos.

Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

SABRIL – Posologia

Uso adulto:
SABRIL é administrado por via oral, uma ou duas vezes ao dia.
A dose inicial recomendada é de 1 g (2 comprimidos), que deve ser adicionada à droga antiepiléptica em uso pelo paciente. Se necessário, a posologia pode ser aumentada gradualmente em frações de 0,5 g semanalmente ou a intervalos maiores, dependendo da resposta clínica e tolerabilidade. A máxima eficácia é geralmente obtida nas doses entre 2 e 3 g/dia.
Doses acima de 3 g/dia devem ser administradas somente em circunstâncias excepcionais com monitorização rigorosa dos eventos adversos.
Tomar os comprimidos com líquido, por via oral. Os comprimidos podem ser ingeridos antes ou após as refeições.

Uso pediátrico:
A dose inicial recomendada é de 40 mg/kg/dia.
Doses de manutenção recomendadas:
Peso corpóreo:
10 a 15 kg: 1 a 2 comprimidos/dia: 0,5 – 1 g/dia
15 a 30 kg: 2 a 3 comprimidos/dia: 1 – 1,5 g/dia
30 a 50 kg: 3 a 6 comprimidos/dia: 1,5 – 3 g/dia
> 50 kg: 4 a 6 comprimidos/dia: 2 – 3 g/dia

Doses acima de 3 g/dia devem ser administradas somente em circunstâncias excepcionais com monitorização rigorosa dos eventos adversos.

Monoterapia de espasmos infantis (Síndrome de West):
A dose inicial recomendada é de 50 mg/kg/dia. Se necessário, esta dose pode ser fracionada por um período de uma semana alcançando no máximo 150 mg/Kg/dia. A resposta ao tratamento usualmente ocorre em duas semanas. Doses maiores foram utilizadas em um número pequeno de pacientes.
Tomar os comprimidos com líquido, por via oral. Os comprimidos podem ser ingeridos antes ou após as refeições.
Como outros medicamentos antiepilépticos, a suspensão abrupta de vigabatrina pode ocasionar convulsões em efeito rebote. Portanto, é recomendável que se descontinue o tratamento com redução gradual da posologia do medicamento por um período de 2 a 4 semanas.
Não há estudos dos efeitos de SABRIL administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.

Populações especiais
Pacientes idosos e pacientes com insuficiência renal:
Como SABRIL é eliminado por via renal, deve-se ter cuidado quando se administrar o fármaco a pacientes idosos com clearance de creatinina inferior a 60 mL/min. Devido à diminuição do clearance em pacientes idosos com função renal normal ou prejudicada, são necessárias precauções semelhantes. Ajuste posológico ou de frequência na administração deve ser considerado nestes pacientes. Tais pacientes podem responder a uma menor dose de manutenção. É recomendável que tais pacientes iniciem o tratamento com posologias menores. Tais pacientes devem ser monitorizados em relação a efeitos indesejáveis como sedação e confusão.

Super dosagem

Sintomas:
Foram relatados casos de superdose com vigabatrina.
Comumente os casos de superdose relatados foram com doses de 7,5 a 30 g, e em alguns casos até 90 g. Aproximadamente metade dos casos envolvia várias drogas. Os sintomas incluíram principalmente sonolência e coma. Outros sintomas menos frequentes incluíram vertigem, cefaleia, psicose, depressão respiratória ou apneia, bradicardia, hipotensão, agitação, irritabilidade, confusão, alteração no comportamento e desordens na fala, nenhum dos casos resultando em óbito do paciente.

Tratamento:
Não há antídoto específico. Recomenda-se as medidas usuais de suporte. Devem ser consideradas medidas para remover a droga não absorvida. O carvão ativado não mostrou adsorção significante à vigabatrina em estudo in vitro. A eficácia da hemodiálise para o tratamento de superdosagem com vigabatrina é desconhecida. Em casos isolados de pacientes com insuficiência renal, recebendo doses terapêuticas de vigabatrina, a hemodiálise reduziu a concentração plasmática da droga de 40 a 60%.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Caracteristicas farmalogicas

Farmacodinâmica
A vigabatrina é um anticonvulsivante eficaz em uma variedade de modelos experimentais de epilepsia e tem seu mecanismo de ação claramente definido. O mecanismo de ação é atribuído à inibição dose-dependente da enzima GABA- transaminase (GABA-T) e consequente aumento dos níveis do inibidor da neurotransmissão GABA (ácido gama- aminobutírico).

Farmacocinética
Absorção
A vigabatrina é um composto hidrossolúvel e é rapidamente absorvido pelo trato gastrintestinal. Em voluntários sadios, picos de concentração ocorreram nas primeiras duas horas após a administração. A alimentação diminui a razão da absorção de vigabatrina, porém não interfere em sua biodisponibilidade.

Distribuição
O fármaco difunde-se amplamente no organismo, com um volume aparente de distribuição discretamente superior à água corpórea total. As concentrações plasmática e liquórica são linearmente relacionadas à dose administrada dentro dos limites posológicos recomendados.
Não há correlação direta entre concentração plasmática e eficácia da vigabatrina. A duração de seus efeitos está relacionada à velocidade de ressíntese da enzima ao invés da concentração plasmática da droga.

Metabolismo
A vigabatrina não induz as enzimas hepáticas do citocromo P450, nem é extensivamente metabolizada e não se liga as proteínas plasmáticas.

Eliminação
A vigabatrinaé eliminada do plasma com uma meia-vida terminal de 5 a 8 horas, sendo aproximadamente 70% de uma dose oral única recuperados na urina, como droga não-metabolizada, nas primeiras 24 horas após a administração.

Dados de segurança pré-clínica
Estudos de segurança animal realizados em ratos, camundongos, cães e macacos indicaram que a vigabatrina não produz reações adversas significantes a nível hepático, renal, pulmonar, cardíaco ou gastrintestinal.
Foi observada microscopicamente degeneração retinal (retinotoxicidade relacionada à viagabatrina) em ratos albinos tratados com altas doses de vigabatrina por dieta ou gavagem (100 mg e 300 mg/kg/dia); não foi observado nos animais tratados com o R-enantiômero inativo, porém foi observado em animais tratados com 150 mg/kg/dia de S-enantiômero ativo. Não foi observada degeneração em ratos, cães e macacos pigmentados.
As alterações retinais em ratos albinos foram caracterizadas como desorganização focal ou multi-focal da camada nuclear externa com deslocamento do núcleo para área de bastonetes e cones. Estas lesões foram observadas em 80 a 100 % dos animais tratados com dose de 300 mg/Kg/dia oralmente. A aparência histológica destas lesões foi semelhante à encontrada em ratos albinos após excessiva exposição à luz.
Observou-se microvacuolização da substância branca no cérebro de ratos e cães em doses de 30 – 50 mg/kg/dia e em camundongos nas doses iguais ou superiores a 100 mg/kg/dia.
Tal efeito é ocasionado por uma separação da camada lamelar externa das fibras mielinizadas, uma alteração característica de edema intramielínico. Tanto em ratos como em cães (camundongos não foram testados), o edema intramielínico foi reversível com a interrupção do tratamento com vigabatrina.
Entretanto, foram observadas, em roedores, alterações residuais constituídas de edema axonal e corpúsculos mineralizados. Em macacos, não foram notadas lesões após 6 anos de tratamento com doses de 50 e 100 mg/kg/dia. Em macacos recebendo 300 mg/kg/dia durante 16 meses foi notada microvacuolização mínima com diferenças duvidosas entre animais tratados e do grupo controle.
Em cães, os resultados de um estudo eletrofisiológico indicaram que o edema intramielínico está associado a um aumento da latência do potencial evocado SEP e do VEP, os quais são reversíveis quando se suspende o tratamento. Edema intramielínico também foi correlacionado com o aumento dos sinais das imagens de ressonância magnética em cães.
-Carcinogenicidade: Os resultados de dois estudos de carcinogenicidade indicaram que a vigabatrina não é um agente carcinogênico potencial, nem afeta negativamente a expectativa de vida nas duas espécies estudadas (rato e camundongo).
-Mutagenicidade: Ensaios em células microbianas e mamíferas não revelaram evidência de mutagenicidade da vigabatrina nos testes de Ames Salmonella/ microsome plate test; ensaios para mutação genética de células mamíferas CHO/HGPRT; mutação pontual e ensaio de conversão genética em leveduras e ensaios de micronúcleos de medula óssea de camundongos.

Resultados de eficacia

Espasmos Infantis
Wohlrab G. et al, 1998, estudaram 28 pacientes tratados com doses de vigabatrina variando entre 65 a 150 mg/dia. Após duas semanas, 14 pacientes responderam ao tratamento (ausência de espasmos ou de hipsarritmia no EEG). Após acompanhamento de 6 meses até 5 anos, 12 pacientes não tiveram recaída do quadro de espasmos.
Siemes H. et al, 1998, conduziram um estudo no qual a vigabatrina foi adicionada ao tratamento de 23 pacientes com espasmos infantis. Após 3 meses de tratamento, 11 pacientes não apresentavam espasmos. Três pacientes continuaram usando vigabatrina por até 2 anos e seis meses.
Covanis A. et al, 1998, realizaram um estudo no qual a vigabatrina foi utilizada em monoterapia em 29 crianças com espasmos infantis. Quarenta e cinco por cento (45%) dos pacientes atingiram o controle sem recaída subsequente.

Tratamento adjuvante de crises parciais complexas refratárias em adultos.
Sivenius J. et al, 1991, conduziram um estudo no qual 75 pacientes com crises parciais complexas foram tratados com vigabatrina (adicionada ao tratamento). A frequencia das crises diminuiu de 12,5 para 3,3 em 54 pacientes. Ao final de 5 anos, 19 pacientes tiveram uma redução de 50% na frequência das crises.
No estudo conduzido por Tartara A et al, 1989, a vigabatrina foi adicionada ao tratamento de 25 pacientes epilépticos. Houve redução de 50% na frequência das crises e o benefício do tratamento foi observado por um período mediano de 22 meses.
O uso da vigabatrina foi estudado em 39 pacientes com epilepsia parcial complexa (n = 30) ou generalizada (n = 9). Houve redução de 50% nas crises em 43% dos pacientes com crises parciais e 33% dos pacientes com crises generalizadas. O benefício do tratamento manteve-se durante os 7 meses de tratamento. (Matilainen R et al, 1988)
Munford JP & Dam M, 1989 realizaram a metanálise de 9 estudos controlados com placebo em pacientes com epilepsia resistente ao tratamento. 337 pacientes foram avaliados para eficácia e nestes, houve redução média de 25% na freqüência das crises.
Ring HÁ et al, 1990, realizou um estudo no qual 33 pacientes adultos com epilepsia refratária ao tratamento tiveram a vigabatrina adicionada ao tratamento. Houve redução de 48.2% na frequência das crises na primeira fase e na fase controlada com placebo, a redução da frequência das crises com vigabatrina foi de 54,7%, enquanto o grupo placebo apresentou aumento na frequência de 18,6%.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

SABRIL deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas
Comprimido revestido oval, biconvexo, branco a quase branco, com sulco em uma das faces.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres legais

MS 1.1300.0199
Farm. Resp.: Silvia Regina Brollo
CRF-SP 9.815
Registrado por:
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200 – São Paulo – SP
CNPJ 02.685.377/0001-57

Fabricado por:
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano – SP CNPJ 02.685.377/0008-23
Indústria Brasileira

SABRIL – Bula para o paciente

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
SABRIL é indicado como coadjuvante no tratamento de pacientes com epilepsias parciais resistentes, com ou sem generalização secundária, as quais não estão satisfatoriamente controladas por outros fármacos antiepilépticos ou quando outras combinações de fármacos não foram toleradas.
É indicado também em monoterapia no tratamento de espasmos infantis (Síndrome de West).

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
A vigabatrina é um anticonvulsivante (atua impedindo ou reduzindo a gravidade dos ataques epilépticos), que age inibindo a enzima GABA-transaminase (GABA-T) (enzima de metabolização do GABA) e, consequentemente, aumentando os níveis do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico, responsável pela inibição no sistema nervoso central).

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
SABRIL não deve ser utilizado em pacientes com história de alergia ou intolerância à vigabatrina ou a qualquer um dos componentes da fórmula.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
ADVERTÊNCIAS
Alteração no Campo Visual
(vide O que devo saber antes de usar este medicamento? – Precauções e Quais os males que este medicamento pode me causar?).
Foi relatada alteração no campo visual (refere-se a toda a área que é visível com os olhos fixados em determinado ponto) em cerca de 1/3 dos pacientes tratados com vigabatrina. Homens são o grupo de maior risco comparado às mulheres.
Baseado em dados atualmente disponíveis, o modelo habitual é uma constrição concêntrica do campo visual de ambos os olhos, que é geralmente mais marcante na direção do nariz do que na direção das têmporas. No campo visual central (com 30 graus de excentricidade), frequentemente é constatado defeito nasal anular.
A maioria dos pacientes com alteração de campo visual confirmada por exame específico (campimetria), não havia previamente percebido espontaneamente qualquer sintoma, mesmo quando uma alteração grave foi observada com a campimetria. Consequentemente, este efeito indesejável só pode ser constatado confiavelmente por campimetria sistemática, que é geralmente possível somente em pacientes com mais de 9 anos de idade.
Casos graves de alterações no campo visual podem ter consequências práticas para o paciente. As evidências disponíveis sugerem que as alterações no campo visual são irreversíveis mesmo após a descontinuação do tratamento. A deterioração do campo visual após interrupção do tratamento não pode ser eliminada.
O início ocorre após meses a anos de tratamento com vigabatrina.
Uma possível associação entre o risco de alterações no campo visual e a extensão da exposição à vigabatrina, em relação à dose diária (de 1 grama para mais do que 3 gramas) e em relação à duração do tratamento tem sido demonstrada em estudos realizados com o medicamento.
A avaliação de pacientes participantes de estudos com o medicamento indica que o risco de desenvolvimento de alterações no campo visual com a continuação do tratamento com vigabatrina é baixo, se o paciente não as desenvolveu depois de 3 a 4 anos de tratamento.
A vigabatrina não deve ser utilizada concomitantemente com drogas que causam dano à retina (região do olho onde se formam as imagens).

Comportamentos e Intenções Suicidas
Foram relatados comportamentos e intenções suicidas em pacientes tratados com agentes antiepilépticos (medicamentos usados para controlar os ataques epilépticos) em várias indicações. O mecanismo deste efeito não é conhecido (vide Quais os males que este medicamento pode me causar?)
Portanto, informe ao seu médico caso você perceba sinais de comportamentos ou intenções suicidas, para que ele faça o monitoramento necessário e o tratamento apropriado seja considerado. Procure orientação médica imediatamente caso surjam sinais de comportamentos ou intenções suicidas.

PRECAUÇÕES
A vigabatrina deve ser utilizada com cautela em pacientes com histórico de psicose, depressão ou distúrbios comportamentais. Eventos psiquiátricos (por exemplo, agitação, depressão, pensamentos anormais, reações paranoicas) foram relatados durante o tratamento com vigabatrina. Esses eventos ocorreram em pacientes com e sem histórico psiquiátrico e foram geralmente reversíveis quando as doses de vigabatrina foram reduzidas ou gradualmente descontinuadas. Eventos menos comuns incluíram sintomas relacionados à psicose (podendo incluir perda de contato com a realidade, alucinações ou delírios, desorganização psíquica ou pensamento desorganizado, sensações de angústia intensa ou insônia severa).
Casos de achados anormais em imagens do cérebro através de ressonância magnética foram relatados, particularmente em crianças jovens tratadas para espasmos infantis com altas doses de vigabatrina. A significância clínica desses achados é atualmente desconhecida.
Transtornos de movimento, incluindo contrações musculares involuntárias, movimentos involuntários anormais do corpo e rigidez muscular foram relatados em pacientes tratados para espasmos infantis. O risco/benefício da vigabatrina deve ser avaliado para cada paciente. Se novos transtornos de movimento ocorrerem durante o tratamento com vigabatrina, deve ser considerada uma redução de dose ou descontinuação gradual do tratamento.
Se você observar transtornos de movimento não usuais na criança, consulte o médico, que irá decidir se é necessário considerar uma mudança de tratamento.
Raros relatos de sintomas relacionados ao sistema nervoso central, como sedação acentuada, sonolência anormal e confusão em associação com registro gráfico anormal das correntes elétricas desenvolvidas no centro do sistema nervoso foram descritos logo após o início do tratamento com vigabatrina. Fatores de risco para o desenvolvimento destas reações incluem doses iniciais maiores que as recomendadas, assim como aumento de dose mais rápido que o recomendado e redução da função dos rins. Estes eventos foram reversíveis após redução da dose ou descontinuação da vigabatrina. (vide Quais os males que este medicamento pode me causar?).

Alteração no Campo Visual
A vigabatrina não é recomendada para uso em pacientes com qualquer alteração clínica significativa pré-existente no campo visual. Todos os pacientes devem ser consultados por um oftalmologista e realizar um exame de campo visual antes do início do tratamento com vigabatrina.
Para detectar alterações no campo visual, se possível, deve-se realizar exames apropriados de campo visual (campimetria) antes do início do tratamento e depois a intervalos de seis meses. A campimetria raramente pode ser realizada em crianças com menos de 9 anos de idade. Atualmente, nenhum método está disponível para diagnosticar ou eliminar alterações no campo visual em crianças nas quais não se pode realizar a campimetria padrão.
Vários parâmetros obtidos a partir de exame da retina parecem estar correlacionados com as alterações do campo visual associadas à vigabatrina; portanto, o exame da retina pode ser útil somente em adultos, que não são capazes de colaborar com a campimetria ou em crianças com idade abaixo de 3 anos.
Pergunte ao seu médico sobre as alterações no campo visual que podem ocorrer durante o tratamento com vigabatrina. Informe seu médico qualquer problema e sintomas que possam estar associados ao campo visual. Se houver desenvolvimento de sintomas visuais, informe seu médico e consulte-se com um oftalmologista.
Se alterações no campo visual forem detectadas durante o acompanhamento, seu médico tomará a decisão de continuar ou descontinuar o tratamento, baseada na avaliação individual de risco/benefício.
Se a decisão tomada for a de continuar o tratamento, deve-se manter acompanhamento mais frequente (através de campimetria) para se detectar a progressão ou alterações mais graves na visão.
Como com outros fármacos antiepilépticos, alguns pacientes podem apresentar um aumento na frequência de convulsões, incluindo estado epiléptico (estado persistente das convulsões) ou o início de novos tipos de convulsão com o uso de vigabatrina. Casos de reinício de contrações muito breves (de um músculo ou mais músculos), assim como exacerbação dos pré-existentes podem ocorrer raramente (vide Quais os males que este medicamento pode me causar?).
Como outros medicamentos antiepilépticos, a suspensão abrupta de vigabatrina pode ocasionar convulsões em efeito rebote (convulsões pela ausência do medicamento). Portanto, não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. Seu médico lhe orientará sobre a descontinuação do tratamento com redução gradual da posologia do medicamento por um período de 2 a 4 semanas.

Gravidez e amamentação
Não foram conduzidos estudos adequados e bem controlados com vigabatrina em grávidas. A vigabatrina não deve ser utilizada durante a gravidez a não ser que os benefícios potenciais justifiquem os riscos potenciais ao feto.
O risco de malformação congênita (presente no nascimento) demonstrou ser de 2 a 3 vezes maior em crianças nascidas de mães tratadas com um antiepiléptico; aqueles mais frequentemente relatados foram: lábio leporino, distúrbios relacionados ao coração e sistema circulatório e alterações na estrutura que dá origem ao sistema nervoso central. Tratamento com vários medicamentos antiepilépticos pode estar associado com um maior risco de malformação congênita do que quando o tratamento é realizado com um único medicamento.
Baseado em dados num número limitado de grávidas expostas com vigabatrina, disponível de relatos espontâneos, resultados anormais (anomalia congênita ou abortos espontâneos) foram relatados nos descendentes de mães usando vigabatrina. Não se pode obter conclusões definitivas quanto à vigabatrina aumentar o risco de malformação quando administrada durante a gravidez, devido a dados limitados e a ingestão concomitante de outras drogas antiepilépticas durante a gravidez.
Informe seu médico se planeja engravidar. Pergunte ao seu médico sobre os riscos durante a gravidez. A necessidade do tratamento antiepiléptico será reavaliada quando a paciente planeja uma gravidez.
Informe seu médico em caso de gravidez. A terapia antiepiléptica não deve ser interrompida abruptamente, devido ao risco de reincidência de ataque epiléptico que pode ter sérios resultados para a mãe e para a criança.
A vigabatrina é excretada em baixas concentrações no leite materno. Portanto, uma decisão deve ser tomada quanto à descontinuação da amamentação ou do tratamento da mãe, levando em consideração a importância do medicamento para a mesma.
SABRIL não deve ser administrado a mulheres grávidas, que possam vir a engravidar ou que estejam amamentando. Portanto, informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após seu término ou se está amamentando.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Populações especiais
A vigabatrina é eliminada pelos rins; portanto recomenda-se cuidado na administração do fármaco a pacientes com clearance (depuração) de creatinina inferior a 60 mL/min. Devido ao reduzido clearance de creatinina em idosos, com função renal normal ou reduzida, precauções semelhantes são necessárias. Informe seu médico em caso de problemas renais para que ele possa cuidadosamente monitorar as reações adversas tais como sedação e confusão.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Como a vigabatrina pode causar sonolência, evite dirigir veículos ou realizar atividades perigosas que exijam atenção, até que você verifique a sua resposta ao medicamento.
Como regra geral, pacientes com epilepsia não controlada não devem dirigir ou manusear maquinário potencialmente perigoso. Foi observada sonolência em estudos realizados com o medicamento e os pacientes devem ser alertados para tal possibilidade antes de iniciar o tratamento. Foram frequentemente relatadas alterações do campo visual, que podem afetar significativamente a habilidade para dirigir veículos e operar máquinas, em associação com SABRIL. Informe seu médico em caso de alterações visuais. Você deverá ser avaliado quanto à presença de alterações do campo visual. Informe seu médico se você dirige, opera máquinas ou realiza qualquer atividade de risco.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Medicamento-medicamento
Como SABRIL não é metabolizado no fígado, não se liga a proteínas, tampouco é indutor do sistema enzimático do citocromo P450, interações com outras drogas são pouco prováveis.
Durante a administração concomitante com vigabatrina foi relatada diminuição dos níveis de fenitoína no sangue em alguns dos estudos realizados, porém não em outros. A natureza exata desta interação ainda não foi elucidada; no entanto, aparentemente esta interação não é clinicamente relevante.
As concentrações sanguíneas de carbamazepina, fenobarbital, primidona e valproato de sódio também foram monitoradas durante estudos realizados com o medicamento, e não foram detectadas interações clínicas significativas.

Medicamento-exames laboratoriais e não laboratoriais
A vigabatrina pode levar a uma diminuição da medição da atividade da enzima alanina aminotransferase (ALT) no sangue e, em menor escala, da enzima aspartato aminotransferase (AST), ambas enzimas relacionadas ao fígado. Sendo assim, estes testes do fígado podem ser não confiáveis quantitativamente aos pacientes que fazem uso de vigabatrina.
A vigabatrina pode aumentar a quantidade de aminoácidos na urina, possivelmente levando a um teste falso-positivo para determinadas doenças metabólicas genéticas raras (ex. alfa aminoadípico acidúria). Especula-se que este efeito ocorra devido à inibição de outras enzimas transaminases pela vigabatrina; entretanto, este efeito não tem importância clínica relevante, a não ser pelo fato de potencialmente levar a resultados falso-positivos em testes laboratoriais.

Medicamento-alimento
Sabril pode ser ingerido antes ou depois das refeições.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
SABRIL deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), proteger da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento
Comprimido revestido oval, biconvexo, branco a quase branco, com sulco em uma das faces.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Uso Adulto
SABRIL é administrado por via oral, uma ou duas vezes ao dia.
A dose inicial recomendada é de 1 g (2 comprimidos), que deve ser adicionada à droga antiepiléptica em uso pelo paciente. Se necessário, a posologia pode ser aumentada gradualmente em frações de 0,5 g semanalmente ou a intervalos maiores, dependendo da resposta clínica e tolerabilidade. A máxima eficácia é geralmente obtida nas doses entre 2 e 3 g/dia.
Doses acima de 3 g/dia devem ser administradas somente em circunstâncias excepcionais com monitorização rigorosa dos eventos adversos.
Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral. Os comprimidos podem ser ingeridos antes ou após as refeições.

Uso em crianças:
A dose inicial recomendada é de 40 mg/kg/dia.

Doses de manutenção recomendadas:
Peso corpóreo:
10 a 15 kg: 1 a 2 comprimidos/dia: 0,5 – 1 g/dia
15 a 30 kg: 2 a 3 comprimidos/dia: 1 – 1,5 g/dia
30 a 50 kg: 3 a 6 comprimidos/dia: 1,5 – 3 g/dia
> 50 kg: 4 a 6 comprimidos/dia: 2 – 3 g/dia

Doses acima de 3 g/dia devem ser administradas somente em circunstâncias excepcionais com monitorização rigorosa dos eventos adversos.

Tratamento de espasmos infantis (Síndrome de West) com vigabatrina utilizada isoladamente:
A dose inicial recomendada é de 50 mg/kg/dia. Se necessário, esta dose pode ser fracionada por um período de uma semana alcançando no máximo 150 mg/kg/dia. A resposta ao tratamento usualmente ocorre em duas semanas. Doses maiores foram utilizadas em um número pequeno de pacientes.
Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral. Os comprimidos podem ser ingeridos antes ou após as refeições.
Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico. A interrupção abrupta do tratamento pode ocasionar convulsões em efeito rebote. Portanto, não interrompa o tratamento abruptamente, em hipótese alguma, sem o conhecimento e orientação de seu médico. A interrupção, quando necessária, deve ser realizada de forma gradativa, durante um período de 2 a 4 semanas.
Não há estudos dos efeitos de SABRIL administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo médico.

Populações especiais
Pacientes idosos e pacientes com função reduzida dos rins:
Como SABRIL é eliminado pelos rins, deve-se ter cuidado quando se administrar o medicamento a pacientes com clearance (depuração) de creatinina inferior a 60 mL/min. Devido à diminuição do clearance em pacientes idosos com função renal normal ou prejudicada, são necessárias precauções semelhantes. Ajuste da posologia ou de frequência na administração deve ser considerado nestes pacientes. Tais pacientes podem responder a uma menor dose de manutenção. É recomendável que tais pacientes iniciem o tratamento com posologias menores. Informe seu médico em caso de problemas renais para que o médico possa monitorá-lo em relação a efeitos indesejáveis como sedação e confusão.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Dados coletados de farmacovigilância sugerem que aproximadamente 1/3 dos pacientes que realizam tratamento com vigabatrina desenvolvem alterações no campo visual (vide Advertências e Precauções).
Os efeitos indesejáveis relatados foram principalmente no sistema nervoso central tais como: sedação, sonolência, cansaço e concentração prejudicada. Os efeitos adversos mais comumente relatados em crianças foram excitação e agitação. A incidência destes efeitos indesejáveis foram geralmente mais frequentes no início do tratamento, diminuindo por sua vez com o tempo.
Alguns pacientes podem apresentar um aumento na frequência das convulsões, incluindo estado epiléptico (estado persistente das convulsões) durante o tratamento com vigabatrina. Pacientes com convulsões caracterizadas por contrações muito breves de um músculo único ou grupo de músculos podem estar particularmente susceptíveis a este efeito. Casos de reinício de contrações breves, assim como exacerbação dos pré-existentes podem ocorrer raramente.
Frequências dos efeitos indesejáveis estão listados a seguir de acordo com a seguinte convenção:
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação desconhecida (não pode ser estimada por dados disponíveis).

Pesquisa *
Comum: Aumento de peso
Distúrbios no sistema nervoso
Muito comum: sonolência
Comum: desordem na fala, dor de cabeça, vertigem (tontura), parestesia (sensação anormal como ardor, formigamento e coceira, percebidos na pele e sem motivo aparente), distúrbios na atenção e memória prejudicada, mente prejudicada (através de distúrbios), tremor.
Incomum: má coordenação dos movimentos do corpo (ataxia); desordens de movimento, incluindo distonia (contrações musculares involuntárias), discinesia (movimentos involuntários anormais do corpo) e hipertonia (rigidez muscular), isolada ou em associação com anormalidades em imagens de ressonância magnética nuclear (vide O que devo saber antes de usar este medicamento?). Transtornos de movimento também foram observados, com frequência incomum, em crianças jovens tratadas para espasmos infantis.
Raro: encefalopatia (disfunção do sistema nervoso central) **
Muito raro: neurite óptica (inflamação do nervo óptico)
Desconhecido: foram relatados casos de imagens anormais do cérebro através de ressonância magnética, os quais podem ser indicativos de edema (inchaço) citotóxico (vide O que devo saber antes de usar este medicamento?)

Distúrbios relacionadas à visão
Muito comum: alteração no campo visual
Comum: visão embaçada, diplopia (visão dupla), nistagmo (movimento involuntário, rápido e repetitivo do globo ocular) Raro: alteração da retina (tal como atrofia periférica da retina)
Muito raro: atrofia óptica (danos ao nervo óptico)

Distúrbios gastrintestinais
Comum: enjoo, vômito, dor abdominal
Distúrbios da pele e dos tecidos sob a pele
Incomum: erupção na pele
Raro: angioedema (inchaço em região subcutânea ou em mucosas, geralmente de origem alérgica), urticária (erupção na pele, geralmente de origem alérgica, que causa coceira)
Distúrbios gerais
Muito comum: fadiga (cansaço)
Comum: edema (inchaço), irritabilidade
Distúrbios psiquiátricos ***
Muito comum: excitação (crianças), agitação (crianças)
Comum: agitação, agressão, nervosismo, depressão, reações paranoicas
Incomum: hipomania, mania (alterações do humor), distúrbio psicótico (alterações da percepção da realidade) Raro: tentativa de suicídio
Muito raro: alucinações
Distúrbios do sangue e sistema linfático
Comum: anemia
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo (tecido que sustenta e conecta outros tecidos)
Muito comum: artralgia (dor nas articulações)
A diminuição observada nos níveis das enzimas ALT e AST, do fígado, é considerada como sendo resultante da inibição dessas enzimas pela vigabatrina (vide O que devo saber antes de usar este medicamento? – Interações medicamentosas).
**Foram descritos raros casos de sedação acentuada, sonolência anormal e confusão associada com alterações no eletroencefalograma imediatamente após introdução da terapia com vigabatrina. Estes casos foram reversíveis, após redução ou interrupção da vigabatrina.
***Reações psiquiátricas foram relatadas durante a terapia com vigabatrina. Essas reações ocorreram em pacientes com e sem histórico psiquiátrico e foram geralmente reversíveis quando as doses de vigabatrina foram reduzidas ou gradualmente descontinuadas. (vide O que devo saber antes de usar este medicamento?). A depressão foi uma reação psiquiátrica comum em estudos realizados com o medicamento e raramente foi necessário interromper a vigabatrina.

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova forma farmacêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Sintomas:
Foram relatados casos de superdose com vigabatrina.
Comumente os casos de superdose relatados foram com doses de 7,5 a 30 g, e em alguns casos até 90 g. Aproximadamente metade dos casos envolvia várias drogas. Os sintomas incluíram principalmente sonolência e coma. Outros sintomas menos frequentes incluíram tontura, dor de cabeça, psicose (alterações da percepção da realidade), dificuldade respiratória ou parada respiratória, diminuição da frequência cardíaca, pressão baixa, agitação, irritabilidade, confusão, alteração no comportamento e desordens na fala, nenhum dos casos resultando em óbito do paciente.

Tratamento:
Não há antídoto específico. Recomendam-se as medidas usuais de suporte. Devem ser consideradas medidas para remover a droga não absorvida. O carvão ativado não mostrou adsorção significante à vigabatrina. A eficácia da hemodiálise (procedimento de filtração do sangue) para o tratamento de superdose com vigabatrina é desconhecida.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Data da bula

24/02/2017