Ampicilin

AMPICILIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de AMPICILIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com AMPICILIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

bergamo

Apresentação AMPICILIN

Ampicilina cápsula 500 mg. Embalagem contendo 12 cápsulas.

AMPICILIN – Indicações

A ampicilina está indicada para o tratamento de infecções causadas por microrganismos sensíveis à ampicilina, tais como infecções do trato urinário, respiratório, digestivo e biliar. Infecções localizadas ou sistêmicas especialmente causadas por germes do grupo esterococos, Haemophilus, Proteus, Salmonella e E.coli. Também indicada nas infecções bucais, extrações infectadas e outras intervenções cirúrgicas.

Contra indicações de AMPICILIN

A ampicilina é contraindicada em pacientes com história de reações de hipersensibilidade às penicilinas e/ou demais componentes da formulação. Não deve ser administrada a pacientes sensíveis outros antibióticos beta-lactâmicos, por exemplo as cefalosporinas, devido à ocorrência de alergia cruzada.

Advertências

Recomenda-se a realização de testes bacteriológicos para determinação dos microorganismos causadores do processo infeccioso, assim como a sensibilidade destes à ampicilina, antes da instituição de qualquer medicação antimicrobiano. Para se determinar a susceptibilidade relativa in vitro pelo método Kirby-Bauer, deve-se utilizar discos com 10 mcg de ampicilina. Reações de hipersensibilidade sérias e ocasionalmente fatais foram registradas em pacientes sob tratamento com penicilinas. Ainda que a anafilaxia seja mais frequente como consequência da terapêutica injetável, há casos em que ocorreu com a administração oral de penicilinas. Indivíduos com hipersensibilidade a múltiplos alérgenos são mais susceptíveis a estas reações. Tem sido descritos casos de indivíduos com história de hipersensibilidade às penicilinas que apresentaram reações intensas quando tratados com cefalosporinas. Antes de se iniciar terapêutica com penicilinas, deve-se realizar anamnese criteriosa sobre história de hipersensibilidade as penicilinas, cefalosporinas ou outros alérgenos. Caso ocorram reações alérgicas, deve-se instituir tratamento adequado e considerar a interrupção do uso do medicamento. Reações anafiláticas intensas requerem tratamento de emergência com adrenalina, oxigênio, corticosteroides intravenosos e controle respiratório, incluindo intubação traqueal, se necessário. A possibilidade de superinfecção por patógenos micóticos ou bacterianos deve ser avaliada quando o produto for utilizado por tempo prolongado. Nestes casos, deve-se instituir terapêutica adequada. Sugere-se maior espaçamento das doses (a cada 12 ou 16 horas) para o tratamento de infecções sistêmicas, embora doses usuais possam ser empregadas para infecções do trato urinário.

Exames laboratoriais: Assim como para qualquer droga potente, avaliações periódicas das funções renal, hepática e hematopoiética devem ser realizadas, durante tratamentos prolongados.

USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
Uso em idosos: Não há dados sobre advertências e recomendações quanta ao uso deste medicamento em pacientes idosos. Deve-se seguir as orientações gerais descritas na bula. Contudo, o tratamento deve ser iniciado com a dose mínima.
Gravidez: CATEGORIA “C” DE RISCO NA GRAVIDEZ. Não foram realizados estudos em animais nem em mulheres grávidas sobre o uso deste medicamento. A prescrição deste medicamento depende da avaliação do risco/benefício para o paciente.

ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS SEM ORIENTAÇÃO DO MÉDICO OU CIRURGIÃO-DENTISTA.
Lactação: O uso deste medicamento no período da lactação depende da avaliação do risco/benefício. Quando utilizado, pode ser necessária monitorização clínica e/ou laboratorial do lactente. Pequenas concentrações de ampicilina foram detectadas no leite materno. Os efeitos para o lactente, caso existam, não são conhecidos. Deve-se ter atenção à possibilidade de sensibilização dos lactentes (risco de alergia), e para o desenvolvimento de resistência na flora intestinal. A ampicilina deve ser administrada com cautela a mulheres que estão em fase de amamentação.

Carcinogênese, mutagênese e dano à fertilidade: A ampicilina demonstrou-se não mutagênica nos testes de Ames. Não foram realizados estudos de longa duração em animais para avaliar o potencial carcinogênico. Efeitos deleterios sobre a fertilidade humana não são conhecidos.

Uso em portadoras de insuficiência hepática e/ou renal: pode haver acúmulo de ampicilina em pacientes com comprometimento intenso da função renal (clearance de creatinina menor que 30 mL/minuto). Nos pacientes com insuficiência renal, a excreção da ampicilina é retardada; dependendo do nível da insuficiência, pode ser necessária reduzir a dose máxima diária.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas: Não há evidências de que a ampicilina diminua a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas.

Interações medicamentosas de AMPICILIN

Pacientes recebendo alopurinol para o tratamento de hiperuricemia parecem estar predispostos ao desenvolvimento de erupções cutâneas induzidas pela ampicilina. A ampicilina tem sido associada com uma redução na excreção urinária de estrógenos endôgenos em pacientes grávidas e em casos isolados de irregularidade menstrual e gravidez não planejada em pacientes recebendo contraceptivos orais. A probenecida diminui a taxa de excreção das penicilinas, assim como prolonga e aumenta os seus níveis séricos.

Interações em testes laboratoriais: As penicilinas podem interferir com a medida da glicossúria com o método do sulfato de cobre, ocasionando falsos resultados de acréscimo ou diminuição. Esta interferência não ocorre com o método da glicose oxidase.

Reações adversas / efeitos colaterais de AMPICILIN

As reações adversas da ampicilina estão listadas de acordo com a sua frequência de incidência. Nesta lista, a frequência das reações está dividida da seguinte forma: reações muito comuns (=>1/10); reações comuns (<1/10 e =>1/100); reações incomuns (<1/100 e =>1/1.000); reações raras (<1/1.000 e =>1/10.000); reações muito raras (<1/10.000).
Reações comuns
Gastrointestinal: diarreia, náusea, vômito
Pele e anexos: rash cutâneo.

Reações incomuns
Gastrointestinal: epigastralgia
Pele e anexos: urticária, prurido
Sistema imunológico: reações de hipersensibilidade

Reações raras
Gastrointestinal: colite pseudomembranosa, hepatite medicamentosa.
Pele e anexos: erupção cutânea pustulosa, vasculite, pápulas cutâneas, eritema multiforme, língua pilosa, candidíase mucocutânea, alteração da coloração do esmalte dentário.
Sistema imunológico: reação semelhante à doença do soro, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, edema de glote.
Sistema nervoso: convulsões, ansiedade, insônia, confusão mental, tontura, inquietação, alteração de comportamento.
Alterações em exames laboratoriais: alterações em testes de função hepática.
Sangue: plaquetopenia, leucopenia, agranulocitose, anemia hemolítica auto-imune, eosinofilia, anemia
Sistema urinário: nefrite intersticial, cristalúria.
NOTA: Urticária, erupção cutânea e reações semelhantes a doença do soro podem ser controladas com anti-histamínicos e, se necessário, corticosteroides sistêmicos. Sempre que tais reações ocorrerem, o uso da ampicilina deve ser interrompido, a menos que, na opinião do médico, a condição a ser tratada coloque em risco a vida do paciente, e somente possa ser erradicada com o uso do ampicilina. Reações anafiláticas intensas requerem uso imediato de adrenalina, oxigênio e corticosteroides intravenosos.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

AMPICILIN – Posologia

As cápsulas devem ser ingeridas com um pouco de líquido, preferencialmente água. A ingestão de alimentos interfere na absorção da ampicilina, portanto, recomenda-se tomar o medicamento 30 minutos a 1 hora antes das refeições.
Conservar o produto em sua embalagem original, em temperatura ambiente (15-30°C), protegido da umidade, até o uso total do medicamento. Administrar por via oral.

POSOLOGIA
A garantia de níveis sanguíneos eficazes em virtude de sua estabilidade no meio gastrintestinal indica a via oral para a administração da ampicilina. Nos impedimentos, usar a via injetável, passando a via oral assim que possível.
Doses menores que as recomendadas na tabela acima não devem ser utilizadas. Em infecções graves, o tratamento poderá ser prolongado por várias semanas, e mesmo doses mais elevadas poderão ser necessárias. Os pacientes devem continuar o tratamento pelo menos por 48 a 72 horas após cessarem todos os sintomas ou as culturas tornarem-se negativas.
As infecções por estreptococos hemolíticos requerem um mínimo de dez dias de tratamento para evitar manifestações de febre reumática ou glomerulonefrite. Nas infecções crônicas das vias geniturinárias e gastrintestinais são necessárias frequentes avaliações bacteriológicas e clínica, assim como exames pós- tratamento repetidos por vários meses, para confirmação de cura bacteriológica.

lnfecção por Neisseria gonorrhoeae: infecções uretrais, cervicais, retais e faríngeas em adultos podem ser tratadas com dose única de 3,5 g de ampicilina, associada a 1 g de probenecida, administradas simultaneamente. Deve-se realizar acompanhamento, por meio de culturas, de 4 a 7 dias, em homens, e de 7 a 14 dias, em mulheres, após o tratamento. Todos os pacientes com gonorreia devem fazer testes sorológicos para sífilis na época do diagnóstico. Pacientes com sorologia negativa, que não apresentam lesão suspeita de sífilis devem fazer acompanhamento de controle com sorologia mensal durante quatro meses, para detectar possível sífilis mascarada pelo tratamento de gonorreia.
Pacientes com gonorreia, que apresentam sífilis concomitante, devem receber tratamento adicional apropriado para sífilis, de acordo com seu estágio.

Super dosagem

As penicilinas apresentam toxicidade direta mínima no homem. É improvável que efeitos tóxicos graves resultem de ingestão, mesmo que em altas doses. Em caso de superdose com aminopenicilinas, sintomas urológicos, tais como hematúria e cristalúria, cistite hemorrágica, nefrite intersticial, oligúria, hipercalemia e/ou insuficiência renal, ocorreram em casos isolados, os quais foram reversíveis, sem sequelas permanentes.
Se altas concentrações são atingidas no líquido cefalorraquidiano, sintomas neurológicos incluindo convulsões podem ocorrer.
Pacientes com disfunção renal são mais susceptíveis a apresentar níveis sanguíneos tóxicos. Como não há antídoto específico, o tratamento, se necessário, deve ser de suporte. A ampicilina pode ser removida por hemodiálise, mas não por diálise peritonial.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Caracteristicas farmalogicas

Farmacodinâmica
A ampicilina ou ácido 6[D(-)alfa-aminofenilacetamido] penicilânico, é um antibiótico bactericida, semi sintético, derivado do núcleo fundamental das penicilinas, o ácido 6-aminopenicilânico. Relatos de estudos in vitro demonstraram sensibilidade à ampicilina para os seguintes microorganismos:
Gram-positivos: estreptococos alfa e beta hemolíticos; Streptococcus pneumoniae; estafilococos não produtores de penicilinase, Bacillus anthracis, Clostridium sp, Corynebacterium xerosis e a maioria das cepas de enterococci.
Gram-negativos: Haemophilus influenzae, Neisseria gonorrhoeae, Neisseria meningitidis, Proteus mirabilis e muitas cepas de Salmonella (incluindo Salmonella typhosa), Shigella e Escherichia coli.

Farmacocinética
Absorção
A ampicilina é estável na presença de ácido gástrico, sendo bem absorvida pelo trato gastrintestinal. Difunde- se rapidamente na maioria dos tecidos e fluidos do organismo. A penetração no líquor e no cérebro, entretanto, somente ocorre na presença de inflamação meníngea.
A ampicilina é largamente excretada sob a forma ativa na urina. De todas as penicilinas, é a que se fixa em menor grau a proteínas plasmáticas. Níveis séricos de aproximadamente 2,0 mcg/mL foram alcançados 1 a 2 horas após a administração oral de 250 mg de ampicilina para indivíduos adultos. Níveis significativos foram detectados por 6 horas. Os níveis séricos obtidos após injeção intramuscular são proporcionais à dose administrada. Níveis de aproximadamente 40,0 mcg/mL foram alcançados meia hora após injeção de 1.000 mg lM em indivíduos adultos. Níveis mais elevados podem ser obtidos com a administração endovenosa, dependendo da dose e da velocidade de infusão.

Resultados de eficacia

Brumfitt e cols. 1 realizaram um estudo aberto controlado envolvendo 45 pacientes portadores de infecções do trato urinário. Os pacientes foram tratados com ampicilina (500 mg VO a cada 8 h) ou nitrofurantoína (100 mg VO a cada 6 h), durante 5 dias. Após 48 h de tratamento, 93% dos pacientes tratados com ampicilina e 65% daqueles tratados com nitrofurantoína preenchiam critério de cura. A reavaliação feita após 6 a 12 semanas do término do tratamento mostrou 84% de cura para ampicilina e 56% para nitrofurantoína. A tolerabilidade à ampicilina foi boa, com um desenvolvendo sintomas de hipersensibilidade no 4º dia de tratamento e uma paciente desenvolvendo candidíase vaginal no 5º dia de tratamento.
O esquema antibiótico ampicilina-gentamicina-clindamicina (AGC) foi comparado com cefotaxima- clindamicina (CC) em 97 crianças com apendicite complicada. 42/47 crianças tratadas com AGC e 48/50 crianças tratadas com CC apresentaram evolução favorável ao término do tratamento (P =NS). Não se observaram diferenças entre os grupos em relação a duração da antiobioticoterapia, febre, leucocitose e tempo de hospitalização. A tolerabilidade aos tratamentos foi semelhante. Os autores concluíram que os dois esquemas terapêuticos são equivalentes em crianças com apendicite complicada. 2
Yunus e cols. compararam a ampicilina com sulfametoxazol-trimetoprim no tratamento de disenteria por Shigella. Os pacientes responderam bem ao tratamento, sem diferença significante entre os grupos em relação ao tempo para negativação da coprocultura (1,4 dias), desaparecimento da febre (2,7 dias) e negativação dos leucócitos fecais (3 dias), embora os sintomas (dor abdominal, tenesmo, sangue e muco nas fezes) tenham desaparecidos mais rapidamente no grupo tratado com sulfametoxazol-trimetoprim. Não houve nenhuma evidência de toxicidade a qualquer um dos tratamentos. Em conclusão, ambos os tratamentos são eficazes para a shigellose, e sulfametoxazol-trimetoprim se associa a melhora clínica mais rápida que ampicilina.
O tratamento da menigite bacteriana com ampicilina foi comparado com cloranfenicol de longa duração em 528 crianças, em um estudo aberto controlado. O desfecho primário, taxa de mortalidade acumulada no D4 de tratamento, foi equivalente nos dois grupos de tratamento (ampicilina, 24,5%; cloranfenicol, 28%; RR 1,14; IC95% 0,86-1,52). Ambos os tratamentos foram bem tolerados. 4
A Sociedade Europeia de Cardiologia, em suas Diretrizes para Tratamento da Endocardite Infecciosa, recomenda a ampicilina para profilaxia antimicrobiana de endocardite bacteriana antes de procedimentos dentários (2 g VO ou IV para adultos ou 50 mg/kg VO ou IV para crianças, em dose única 30-60 min antes do procedimento). Além disso, a ampicilina é recomendada como parte do esquema antimicrobiano empírico de endocardite bacteriana grave adquirida na comunidade enquanto o patógeno ainda não foi isolado ou nas endocardites causadas por Enterococcus spp. 5
Kvale e cols. 6 avaliaram o esquema de tratamento da uretrite gonocócica com 3,5 g de ampicilina oral em dose única associada à probenecida em 202 homens. A taxa de cura foi de 96%, significantemente superior ao tratamento com ampicilina isolada ou com doses de até 7,5 g de fenoximetil-penicilina.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

A ampicilina deve ser mantida em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
Cápsula dura de gelatina de corpo e tampa brancos opacos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres legais

Reg. M.S.: 1.0047.0430
Farm. Resp.: Cláudia Larissa S. Montanher
CRF-PR nº 17.379

Fabricado por:
Sandoz GmbH
Biochemiestrasse, 10 -Kundl – Áustria

Registrado e Importado por:
Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda.
Rod. Celso Garcia Cid (PR-445), Km 87, Cambé-PR
CNPJ: 61.286.647/0001-16 – Indústria Brasileira

AMPICILIN – Bula para o paciente

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
A ampicilina esta indicada para o tratamento de diversas infecções causadas por microorganismos sensíveis a este medicamento.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
A ampicilina é um antibiótico derivado das penicilinas que provoca morte dos microorganismos sensíveis. Sua ação inicia minutos após administração de uma dose, mantendo-se adequada por 6 horas ou mais.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
A ampicilina não deve ser utilizada caso você apresente alergia à ampicilina ou a qualquer componente do produto. Você não deve usar ampicilina caso tenha apresentado alguma vez alergia a outros antibióticos beta-lactâmicos, como penicilinas e cefalosporinas.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
É recomendado que seu médico realize testes para determinar qual o microorganismo causador da infecção e a quais antibióticos ele é sensível. Reações alérgicas graves e ocasionalmente fatais foram registradas em pacientes tratados com penicilinas. Ainda que a anafilaxia seja mais frequente como consequência do tratamento injetável, há casos em que ocorreu com a administração por via oral de penicilinas. lndivíduos com alergias a múltiplas substâncias são mais susceptíveis a estas reações. Indivíduos com história de alergia às penicilinas podem apresentar alergia cruzada às cefalosporinas, outra classe de antibióticos. Caso você apresente reações alérgicas, o medicamento deverá ser interrompido e deverá ser instituído tratamento adequado, podendo ser necessária a intubação traqueal. A possibilidade de infecção por fungos ou outras bactérias deve ser avaliada quando ampicilina for utilizada por tempo prolongado.

Exames laboratoriais: Assim como para qualquer droga potente, avaliações periódicas das funções renal, hepática e hematopoiética devem ser realizadas, durante tratamentos prolongados.

USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
Uso em idosos: Não há dados sobre advertências e recomendações quanta ao uso deste medicamento em pacientes idosos. Deve-se seguir as orientações gerais descritas na bula. Contudo, o tratamento deve ser iniciado com a dose mínima.

Gravidez: CATEGORIA “C” DE RISCO NA GRAVIDEZ. Não foram realizados estudos em animais nem em mulheres grávidas sobre o uso deste medicamento. A prescrição deste medicamento depende da avaliação do risco/benefício para o paciente.

Lactação: pequenas concentrações de ampicilina foram detectadas no leite materno. Os efeitos para o lactente, caso existam, não são conhecidos.
Durante o período de aleitamento materno ou doação de leite humano, só utilize medicamentos com o conhecimento do seu médico ou cirurgião-dentista, pois alguns medicamentos podem ser excretados no leite humano, causando reações indesejáveis no bebê.

Uso em portadoras de insuficiência hepática e/ou renal: pode haver acúmulo de ampicilina em pacientes com insuficiência renal (doença grave dos rins). Nos pacientes com insuficiência renal, a excreção da ampicilina é retardada; dependendo do nível da insuficiência, pode ser necessária reduzir a dose máxima diária.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas: Não há evidências de que a ampicilina diminua a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas.

Interações medicamentosas
A ampicilina pode interagir com alopurinol podendo provocar erupções cutâneas. Pode também interagir com contraceptivos orais, tendo neste caso risco de gravidez indesejada. Deve-se evitar a ingestão da ampicilina com alimentos, pois estes dificultam sua absorção. Não deve ser administrada a pacientes sensíveis às cefalosporinas devido ao risco de reação alérgica. A probenicida diminui a taxa de excreção das penicilinas, assim como prolonga e aumenta os seus níveis séricos.

Não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, exceto sob orientação médica. Informe seu médico se ocorrer gravidez ou se iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.

Informe ao médico ou cirurgião dentista o aparecimento de reações indesejáveis.
Informe ao médico ou cirurgião dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
A ampicilina deve ser mantida em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento
Cápsula dura de gelatina de corpo e tampa brancos opacos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você deve tomar as cápsulas inteiras com um pouco de líquido, preferencialmente água, por via oral. A ingestão de alimentos interfere na absorção da ampicilina, portanto, recomenda-se tomar o medicamento 30 minutos a 1 hora antes das refeições.

POSOLOGIA
Em infecções graves, o tratamento poderá ser prolongado por várias semanas, e mesmo doses mais elevadas poderão ser necessárias. Os pacientes devem continuar o tratamento pelo menos por 48 a 72 horas após cessarem todos os sintomas ou as culturas tornarem-se negativas.
As infecções por estreptococos hemolíticos requerem um mínimo de dez dias de tratamento para evitar manifestações de febre reumática ou glomerulonefrite. Nas infecções crônicas das vias geniturinárias e gastrintestinais são necessárias frequentes avaliações bacteriológicas e clínica, assim como exames pós- tratamento repetidos por vários meses, para confirmação de cura bacteriológica.

lnfecção por Neisseria gonorrhoeae: infecções uretrais, cervicais, retais e faríngeas em adultos podem ser tratadas com dose única de 3,5 g de ampicilina, associada a 1 g de probenecida, administradas simultaneamente. Deve-se realizar acompanhamento, por meio de culturas, de 4 a 7 dias, em homens, e de 7 a 14 dias, em mulheres, após o tratamento. Todos os pacientes com gonorreia devem fazer testes sorológicos para sífilis na época do diagnóstico. Pacientes com sorologia negativa, que não apresentam lesão suspeita de sífilis devem fazer acompanhamento de controle com sorologia mensal durante quatro meses, para detectar possível sífilis mascarada pelo tratamento de gonorreia.
Pacientes com gonorreia, que apresentam sífilis concomitante, devem receber tratamento adicional apropriado para sífilis, de acordo com seu estágio.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso você esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis, tais como: reações alérgicas (caracterizadas por vermelhidão na pele, urticária e coceira) e problemas digestivos (como náuseas, vômitos e diarreia).

REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS
As reações adversas da ampicilina estão listadas de acordo com a sua frequência de incidência. Nesta lista, a frequência das reações está dividida da seguinte forma: reações muito comuns (=> 10%); reações comuns (entre 1% e 10%); reações incomuns (0,1% e 1%); reações raras (entre 0,01% e 0,1%); reações muito raras (<0,01%).

Reações comuns
Gastrointestinal: diarreia, náusea, vômito
Pele e anexos: vermelhidão na pele.

Reações incomuns
Gastrointestinal: dor de estômago
Pele e anexos: urticária, coceira
Sistema imunológico: alergias

Reações raras
Gastrointestinal: colite pseudomembranosa (infecção intestinal por uma bacteria chamada Clostridium difficile), hepatite medicamentosa.
Pele e anexos: reação na pele com bolhas de pus, inflamação dos vasos da pele, pápulas cutâneas, eritema multiforme, língua pilosa (reação na qual a língua assume um aspecto aveludado), monília na pele e mucosas (oral e genital), alteração da coloração dos dentes.
Sistema imunológico: reação semelhante à doença do soro, síndrome de Stevens-Johnson (tipo de reação alérgica grave), necrólise epidérmica tóxica (tipo de reação alérgica grave), edema de glote.
Sistema nervoso: convulsões, ansiedade, insônia, confusão mental, tontura, inquietação, alteração de comportamento.
Alterações em exames laboratoriais: alterações em testes de função hepática.
Sangue: redução da contagem das plaquetas (células responsáveis pela coagulação), redução da contagem de glóbulos brancos, redução da contagem de granulócitos (tipo de glóbulo branco), anemia causada por destruição dos glóbulos vermelhos pelo próprio sistema imunológico, aumento da contagem de eosinófilos (tipo de glóbulo branco), anemia;
Sistema urinário: nefrite intersticial (inflamação renal), excreção de cristais pela urina.

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Em caso de superdosagem com ampicilina, procure um centro de controle de intoxicação ou socorro médico.

Em caso de uso em grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Data da bula

26/07/2017