Relistor

RELISTOR com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de RELISTOR têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com RELISTOR devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

wyeth

Apresentação RELISTOR

Solução injetável
20 mg/mL

SOMENTE PARA USO SUBCUTÂNEO

APRESENTAÇÕES
Cartucho com 1 frasco-ampola.
Cartucho com 7 estojos, cada estojo contendo 1 frasco-ampola com solução injetável, 1 seringa e 2 lenços umedecidos com álcool.

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO
Princípio ativo: cada frasco-ampola (uso único) contém 12 mg de brometo de metilnaltrexona em 0,6 mL de solução (concentração de 20 mg/mL de brometo de
metilnaltrexona).
Excipientes: cloreto de sódio, edetato dissódico de cálcio, cloridrato de glicina e água para injeção. Para ajuste de pH, podem ter sido utilizados ácido clorídrico e/ou hidróxido de sódio.

RELISTOR – Indicações

Relistor® (brometo de metilnaltrexona) está indicado para o tratamento da constipação intestinal induzida por opioides em pacientes com doença avançada.

Contra indicações de RELISTOR

Relistor® (brometo de metilnaltrexona) é contraindicado em pacientes com obstrução gastrintestinal mecânica conhecida ou suspeita.
Relistor® (brometo de metilnaltrexona) é contraindicado em pessoas com hipersensibilidade conhecida ao brometo de metilnaltrexona ou a qualquer componente de sua formulação.

Advertências

Se ocorrer diarreia grave ou persistente durante o tratamento, os pacientes devem ser aconselhados a não continuar a terapia com Relistor® (brometo de metilnaltrexona) e a consultar o seu médico.
Casos pós-comercialização de perfurações gastrintestinais (GI) foram reportados em pacientes em condições que podem ser associadas com a redução localizada ou difusa da integridade estrutural na parede do trato gastrointestinal (por exemplo, câncer, úlcera péptica, pseudo-obstrução). Um papel contributivo do brometo de metilnaltrexona não pode ser descartado.
Utilize Relistor® (brometo de metilnaltrexona) com precaução em pacientes com lesão conhecida ou suspeita do trato gastrointestinal.
Recomende aos pacientes para prontamente reportar sintomas abdominais graves, persistentes, e/ou agravamento.

Uso Pediátrico
A segurança e a eficácia de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) ainda não foram estabelecidas em pacientes pediátricos (ver itens MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO e POSOLOGIA). A dose recomendada de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) para pacientes adultos pode não ser apropriada para pacientes pediátricos.

Abuso e Dependência
Relistor® (brometo de metilnaltrexona) é um antagonista do receptor mu-opioide de ação periférica sem risco conhecido de abuso e/ou dependência.

Efeitos sobre as Atividades que Requerem Concentração e Desempenho
Não foram realizados estudos dos efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas.

Uso Geriátrico
Nos estudos Fase 2 e 3 duplo-cegos, um total de 77 pacientes entre 65 e 74 anos (54 no grupo metilnaltrexona, 23 no grupo placebo) e um total de 100 pacientes com 75 anos ou mais (61 no grupo metilnaltrexona, 39 no grupo placebo) foram incluídos. Não houve diferença no perfil de eficácia ou segurança desses pacientes idosos em comparação aos pacientes mais jovens. Portanto, não se recomenda o ajuste da dose com base na idade (ver itens MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO e
POSOLOGIA).

Interações medicamentosas de RELISTOR

Medicamentos Metabolizados pelas Isoenzimas do Citocromo P450
A metilnaltrexona não afeta a farmacocinética dos medicamentos metabolizados pelas
isoenzimas do citocromo P450 (CYP). A metilnaltrexona apresenta metabolização mínima pelas isoenzimas CYP. Os estudos de metabolismo in vitro do medicamento sugerem que a metilnaltrexona não inibe a atividade da CYP1A2, da CYP2A6, da CYP2C9, da CYP2C19 ou da CYP3A4, embora seja um inibidor fraco do metabolismo de um substrato modelo da CYP2D6. No entanto, em um estudo de interação medicamentosa clínica em homens adultos saudáveis, uma dose subcutânea de 0,30 mg/kg de metilnaltrexona não alterou significativamente o metabolismo do dextrometorfano, um substrato da CYP2D6.
Estudos referentes à interação de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) com cigarro, álcool, alimentos, incompatibilidades e exames de laboratório não foram conduzidos.

Reações adversas / efeitos colaterais de RELISTOR

A frequência esperada de reações adversas é apresentada nas categorias de frequência do CIOMS:
Muito comuns: > 10%
Comuns: > 1 % e < 10%
Incomuns: > 0,1% e < 1%
Raras: > 0,01% e < 0,1%
Muito raras: < 0,01%

Classes de Sistema/Órgãos / Reações Adversas

Transtornos do sistema nervoso / Comuns: tontura

Distúrbios gastrintestinais / Muito comuns: dor abdominal, flatulência, náusea
Comuns: diarreia

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo / Comuns: hiperidrose

Experiência de Estudo Clínico
A segurança de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) foi avaliada em dois estudos duplo-cegos e controlados por placebo em pacientes com doença avançada: o Estudo 301 incluiu um período de dose única, duplo-cego e controlado por placebo, e o Estudo 302 incluiu um período de doses múltiplas por 14 dias, duplo-cego e controlado por placebo (ver item RESULTADOS DE EFICÁCIA). Nos dois estudos, os pacientes apresentavam doença avançada, sendo a maioria com diagnóstico primário de câncer incurável; os outros diagnósticos primários incluíam enfisema/ DPOC em estágio terminal, doença cardiovascular/ insuficiência cardíaca, doença de Alzheimer/ demência, HIV/ AIDS, ou outras doenças avançadas. Os pacientes estavam recebendo terapia com opioide (dose diária mediana de equivalente de morfina oral na Fase Basal = 172 mg) e apresentavam constipação induzida por opioide (< 3 evacuações na semana anterior ou nenhuma evacuação por 2 dias). Tanto os pacientes do grupo metilnaltrexona como os do grupo placebo estavam recebendo um esquema laxativo estável por no mínimo 3 dias antes da admissão no estudo e continuaram a receber o esquema durante todo o estudo.
Atenção: este é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem ocorrer. Neste caso, informe seu médico.

RELISTOR – Posologia

Relistor® (brometo de metilnaltrexona) é administrado por via subcutânea, com frequência de no máximo uma dose em um período de 24 horas.
A dose recomendada de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) é de 8 mg para pacientes que pesam de 38 kg a 61,9 kg ou de 12 mg para pacientes que pesam de 62 kg a 114 kg.

Ver tabela a seguir para determinar o volume de administração correto:

Peso do Paciente

Volume de Administração

Dose

38 kg a 61,9 kg

0,4 mL

8 mg

62 kg a 114 kg

0,6 mL

12 mg



Os pacientes com peso fora dos intervalos estabelecidos na tabela devem receber a dose de 0,15 mg/kg. O volume de administração para esses pacientes deve ser calculado multiplicando o peso dos pacientes em quilogramas (kg) por 0,0075, e arredondando o volume para a primeira casa decimal em mililitros (mL) mais próxima.

Consulte seu médico para verificar a dosagem correta caso o seu peso esteja fora da tabela descrita

Cada 12 mg de brometo de metilnaltrexona contém 9,8 mg de metilnaltrexona.

Uso em pacientes com insuficiência renal
Em pacientes com insuficiência renal grave (depuração de creatinina de menos de 30mL/min), reduzir a dose de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) pela metade (ver item Farmacocinética).

Uso em pacientes com insuficiência hepática
Não é necessário ajuste de dose para pacientes com insuficiência hepática leve ou moderada (ver item Farmacocinética).

Uso em crianças
A segurança e a eficácia de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) ainda não foram estabelecidas em pacientes pediátricos (ver item Uso Pediátrico – ADVERTÊNCIAS).

Uso em pacientes idosos
Não se recomenda o ajuste da dose com base na idade (ver item Uso Geriátrico – ADVERTÊNCIAS).

Super dosagem

Sintomas
Durante os estudos clínicos de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) administrado por via subcutânea, não foi relatado nenhum caso de superdosagem da metilnaltrexona. Em um estudo em voluntários saudáveis (n = 41), a dose única de 0,50 mg/kg administrada por via subcutânea foi bem-tolerada. Um estudo em voluntários saudáveis verificou hipotensão ortostática associada a uma dose de 0,64 mg/kg administrada em bolus intravenoso (IV).

Tratamento
Não existem informações específicas disponíveis sobre o tratamento da superdosagem com Relistor® (brometo de metilnaltrexona).

Caracteristicas farmalogicas

Farmacocinética
– Absorção
A metilnaltrexona é rapidamente absorvida, com concentrações máximas (Cmáx) alcançadas em aproximadamente 0,5 horas após a administração subcutânea. A concentração plasmática máxima e a área sob a curva de concentração plasmática versus tempo (AUC) aumentam de forma proporcional à dose. Os valores médios de Cmáx (± DP) foram de 117 ± 33 ng/mL, 234 ± 65 ng/mL e 392 ± 148 ng/mL nas doses de 0,15 mg/kg, 0,30 mg/kg e 0,50mg/kg, respectivamente. Os valores médios de AUC foram de 180 ± 37 ng•h/mL, 376 ± 73 ng•h/mL, e 593 ± 111 ng•h/mL nas doses de 0,15 mg/kg, 0,30 mg/kg e 0,50 mg/kg, respectivamente. A biodisponibilidade absoluta da dose subcutânea de 0,30mg/kg versus a dose intravenosa de 0,30 mg/kg é de 82%.

– Distribuição
A metilnaltrexona apresenta distribuição tecidual moderada. O volume de distribuição no estado de equilíbrio (Vss) é de aproximadamente 1,1 L/kg. A metilnaltrexona apresenta taxa de ligação mínima às proteínas plasmáticas humanas (11,0% a 16,4%) conforme determinado pela diálise de equilíbrio.

– Metabolismo
A metilnaltrexona apresenta metabolização mínima em humanos. A conversão aos isômeros metil-6-naltrexol e sulfato de metilnaltrexona parece ser a via primária de metabolismo. A Ndesmetilação da metilnaltrexona para produzir a naltrexona não é significativa (0,06% da dose administrada).

– Eliminação
A metilnaltrexona é eliminada principalmente como fármaco inalterado. Aproximadamente metade da dose é excretada na urina e uma quantidade um pouco menor nas fezes. A meiavida de disposição terminal (t1/2) é de aproximadamente 8 horas.

– Idosos
Em estudos duplo-cegos de Fase II e III, um total de 77 pacientes de 65 a 74 anos (54 no grupo metilnaltrexona, 23 no grupo placebo) e um total de 100 pacientes de 75 anos ou mais (61 no grupo metilnaltrexona, 39 no grupo placebo) foram admitidos. Não houve diferença no perfil de eficácia ou segurança desses pacientes idosos em comparação aos mais jovens. Portanto, não se recomenda o ajuste da dose com base na idade.

– Crianças
A farmacocinética da metilnaltrexona ainda não foi estudada em crianças.

– Insuficiência renal
Não é necessário ajustar a dose em pacientes com insuficiência renal leve ou moderada.
Em pacientes com insuficiência renal grave (depuração de creatinina menor que 30mL/min), reduzir a dose da metilnaltrexona pela metade. Em um estudo de voluntários com graus variados de insuficiência renal que receberam dose única de 0,30 mg/kg de metilnaltrexona, a insuficiência renal teve efeito acentuado sobre a excreção renal da metilnaltrexona. A insuficiência renal grave reduziu a depuração renal da metilnaltrexona em 8 a 9 vezes, no entanto, isso resultou em aumento de apenas 2 vezes da exposição total à metilnaltrexona (AUC). A Cmáx não sofreu alteração significativa. Nenhum estudo foi realizado em pacientes com insuficiência renal em estágio terminal requerendo diálise (ver itens MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO e POSOLOGIA).

– Insuficiência hepática
Não é necessário ajustar a dose em pacientes com insuficiência hepática leve ou moderada.
O efeito da insuficiência hepática leve e moderada sobre a exposição sistêmica à metilnaltrexona foi estudado em 8 indivíduos, com Child-Pugh Classe A e B, em comparação a indivíduos saudáveis. Os resultados não demonstraram efeito significativo da insuficiência hepática sobre a AUC ou a Cmáx da metilnaltrexona. O efeito da insuficiência hepática grave sobre a farmacocinética da metilnaltrexona ainda não foi estudado (ver itens MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO e POSOLOGIA).

– Efeito do peso corpóreo sobre a exposição à metilnaltrexona
Uma análise integrada dos dados de farmacocinética de 137 indivíduos saudáveis que receberam Relistor® (brometo de metilnaltrexona) por via subcutânea com ajuste da dose em mg/kg utilizado nos Estudos 301 e 302 indicou que a exposição à metilnaltrexona (AUC) por unidade de dose (mg/kg) aumentou conforme o peso corpóreo aumentou. Além disso, a análise demonstrou que é possível atingir exposição à metilnaltrexona equivalente à da dose de 0,15 mg/kg com dois ajustes de dose com base na faixa de peso de 8 mg para peso corpóreo de 38 kg a 61,9 kg ou de 12 mg para peso corpóreo de 62 kg a 114 kg.

– Efeito sobre a repolarização cardíaca
Em um estudo duplo-cego, randomizado, de grupos paralelos com doses únicas subcutâneas da metilnaltrexona (0,15; 0,30 e 0,50 mg/kg) em 207 voluntários saudáveis, avaliou-se o eletrocardiograma (ECG). Não foi detectado nenhum sinal do prolongamento do QT/QTc ou qualquer evidência de efeito sobre os parâmetros de ECG secundários ou morfologia da forma da onda em comparação ao placebo e um controle positivo (400 mg de moxifloxacino por via oral).

Farmacodinâmica
O brometo de metilnaltrexona é um antagonista seletivo da ligação de opioides no receptor mu-opioide. Sendo uma amina quaternária, a capacidade da metilnaltrexona cruzar a barreira hemato-encefálica é restrita. Isso permite que a metilnaltrexona atue como antagonista mu-opioide de ação periférica em tecidos como o trato gastrintestinal, sem ter impacto sobre os efeitos analgésicos mediados por opioides no sistema nervoso central.

DADOS PRÉ-CLÍNICOS DE SEGURANÇA
– Carcinogenicidade
A metilnaltrexona não foi carcinogênica em ratos ou camundongos em nenhuma dose testada. Nestes 2 anos de estudo, foram administradas doses orais em ratos machos e fêmeas de até 300 mg/kg/dia (aproximadamente 4 vezes a exposição [AUC] em humanos na dose subcutânea de 0,15 mg/kg) e, em camundongos, foram administradas doses orais de até 200 mg/kg/dia para machos e 400 mg/kg/dia para fêmeas (aproximadamente 12 vezes e 20 vezes, respectivamente, a exposição [AUC] em humanos na dose subcutânea de 0,15 mg/kg).

– Mutagenicidade
A metilnaltrexona não foi mutagênica no teste de mutação reversa bacteriana ou nos testes de aberração cromossômica nas células de ovário de hamster chinês e linfócitos humanos.
A metilnaltrexona não foi mutagênica nos testes de mutação anterógrada de células de linfoma de camundongos in vitro ou no teste de micronúcleo de camundongos utilizando administração intraperitoneal ou subcutânea.

– Comprometimento da fertilidade
Administrações subcutâneas da metilnaltrexona na dose de 150 mg/kg/dia (336 vezes a exposição [AUC] em humanos na dose subcutânea de 0,15 mg/kg) diminuíram a fertilidade em ratos; no entanto, doses até 25 mg/kg/dia (38 vezes a exposição [AUC] em humanos na dose subcutânea de 0,15 mg/kg) não afetaram nem a fertilidade nem o desempenho reprodutivo geral (ver item Gravidez – ADVERTÊNCIAS).

– Trabalho de parto e parto
Administrações subcutâneas da metilnaltrexona na dose de 150/100 mg/kg/dia (336 vezes a exposição [AUC] em humanos na dose subcutânea de 0,15 mg/kg) a ratas resultaram em peso reduzido dos filhotes. No entanto, não houve efeitos sobre a mãe, o trabalho de parto, o parto ou a sobrevida e o crescimento dos filhotes em ratos após a administração subcutânea da metilnaltrexona em doses de até 25 mg/kg/dia (38 vezes a exposição [AUC] em humanos na dose subcutânea de 0,15 mg/kg) (ver item Gravidez – ADVERTÊNCIAS).

– Dados de estudo de toxicidade em ratos e cães jovens
Estudos têm sido realizados em ratos jovens e cães. Após a injeção intravenosa de brometo de metilnaltrexona, os ratos jovens mostraram-se mais sensíveis do que ratos adultos para a toxicidade relacionada à metilnaltrexona. Em ratos jovens administrou-se brometo de metilnaltrexona intravenosa durante 13 semanas, sinais clínicos adversos (incidência de convulsões e dificuldade para respirar) ocorreram em dosagens (> 3 mg/kg/dia) e exposições (5,4 vezes a exposição [AUC] em humanos adultos, na dose subcutânea de 0,15 mg/kg), que foram menores do que aqueles que causaram toxicidade semelhante em ratos adultos (20 mg/kg/dia). Não houve efeitos adversos em ratos jovens a 1 mg/kg/dia ou em ratos adultos a 5 mg/kg/dia (1,6 vezes e 7,8 vezes, respectivamente, a exposição [AUC], em humanos adultos na dose subcutânea de 0,15 mg/kg.
Após a injeção intravenosa de brometo de metilnaltrexona durante 13 semanas, uma toxicidade semelhante relacionada à metilnaltrexona foi observada em ambos os cães, jovens e adultos. Em cães adultos e juvenis dado o brometo de metilnaltrexona a 20 mg/kg/dia, os sinais clínicos indicativos de toxicidade do SNC e do prolongamento do intervalo QT foram observados. Não ocorreram efeitos adversos em ambos os cães, adultos e jovens, na dose de 5 mg/kg/dia (44 vezes a exposição [AUC] em humanos adultos, na dose subcutânea de 0,15 mg/kg.

Resultados de eficacia

A eficácia e a segurança de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) no tratamento da constipação induzida por opioide em pacientes com doença avançada foram demonstradas em dois estudos randomizados, duplo-cegos e controlados por placebo. Nesses estudos, a idade mediana foi de 68 anos (intervalo de 21-100 anos); 51% eram mulheres. Nos dois estudos, os pacientes apresentavam doença avançada, sendo a maioria com diagnóstico primário de câncer incurável; os outros diagnósticos primários incluíam enfisema/ doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) em estágio terminal, doença cardiovascular/insuficiência cardíaca, doença de Alzheimer/ demência, HIV/ AIDS, ou outras doenças avançadas. Antes da seleção, os pacientes estavam recebendo terapia opioide paliativa (dose diária mediana de equivalente de morfina oral na Fase Basal = 172 mg) e apresentavam constipação induzida por opioide (< 3 evacuações na semana anterior ou nenhuma evacuação por > 2 dias). Os pacientes estavam recebendo um esquema opioide estável > 3 dias antes da randomização (sem incluir analgésico de resgate ou sob prescrição médica) e receberam o medicamento opioide durante o estudo conforme clinicamente necessário. Os pacientes mantiveram o esquema laxativo regular por no mínimo 3 dias antes da admissão no estudo e durante todo o estudo. Os laxativos de resgate foram proibidos de 4 horas antes a 4 horas depois de receber a administração do medicamento em estudo.
O Estudo 301 comparou uma dose única subcutânea duplo-cega de 0,15 mg/kg de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) ou 0,3 mg/kg de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) versus placebo. Esta dose duplo-cega foi acompanhada por um período de administração em regime aberto de 4 semanas, quando Relistor® (brometo de
metilnaltrexona) pôde ser usado conforme a necessidade, com frequência de no máximo 1 dose em um período de 24 horas. Durante ambos os períodos do estudo, os pacientes mantiveram o esquema laxativo regular. Um total de 154 pacientes (47 no grupo de 0,15 mg/kg de Relistor® (brometo de metilnaltrexona), 55 no grupo de 0,3 mg/kg de Relistor®
(brometo de metilnaltrexona) e 52 no grupo placebo) foi admitido e tratado no período duplo-cego. O parâmetro final primário foi a proporção de pacientes com evacuação sem necessidade de resgate em até 4 horas após dose duplo-cega do medicamento em estudo.
Os pacientes tratados com Relistor® (brometo de metilnaltrexona) apresentaram uma taxa significativamente maior de evacuação em até 4 horas após dose duplo-cega (62% com 0,15 mg/kg e 58% com 0,3 mg/kg) do que os tratados com placebo (14%); p<0,0001 com cada dose versus placebo.
O Estudo 302 comparou doses subcutâneas duplo-cegas de Relistor® (brometo de
metilnaltrexona) administrado em dias alternados por 2 semanas versus placebo. Os pacientes receberam opioides > 2 semanas antes de receber o medicamento do estudo.
Durante a primeira semana (Dias 1, 3, 5, 7), os pacientes receberam 0,15 mg/kg de
Relistor® (brometo de metilnaltrexona) ou placebo. Na segunda semana, a dose do paciente poderia ser aumentada para 0,30 mg/kg se o paciente apresentasse 2 ou menos evacuações sem necessidade de resgate até o Dia 8. A qualquer momento, a dose do paciente poderia ser reduzida com base na tolerabilidade. Os dados de 133 pacientes (62 do grupo Relistor® (brometo de metilnaltrexona) e 71 do grupo placebo) foram analisados.
Houve 2 parâmetros finais primários: a proporção de pacientes com evacuação sem necessidade de resgate em até 4 horas após a primeira dose do medicamento em estudo e a proporção de pacientes com evacuação sem necessidade de resgate em até 4 horas após, no mínimo, 2 das 4 primeiras doses do medicamento em estudo. Os pacientes tratados com Relistor® (brometo de metilnaltrexona) apresentaram taxa mais alta de evacuação em até 4 horas após a primeira dose (48%) do que os tratados com placebo
(16%); p<0,0001 (ver Figura 1). Após 2 das 4 primeiras doses, no mínimo, os pacientes tratados com Relistor® (brometo de metilnaltrexona) também apresentaram taxas significativamente maiores (52%) de evacuação em até 4 horas, quando comparados aos pacientes tratados com placebo (9%); p<0,0001.
Nos dois estudos, não houve evidências sugestivas de efeitos diferenciais da idade ou do sexo sobre a segurança ou a eficácia. Não foi possível conduzir uma análise de subgrupo significativa da raça, pois a população do estudo foi predominantemente branca (88%).

– Durabilidade da Resposta
A durabilidade da resposta foi demonstrada no Estudo 302, em que a taxa de resposta de evacuação foi consistente da Dose 1 à Dose 7 durante o período duplo-cego de 2 semanas.
A eficácia e a segurança de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) também foram demonstradas no tratamento em regime aberto administrado do Dia 2 à Semana 4 no
Estudo 301 e em dois estudos de extensão em regime aberto (301EXT e 302EXT) em que Relistor® (brometo de metilnaltrexona) foi administrado conforme a necessidade por até 4 meses. Durante o tratamento em regime aberto, os pacientes mantiveram o seu esquema laxativo regular. Um total de 136, 21 e 82 pacientes receberam no mínimo 1 dose em regime aberto nos Estudos 301, 301EXT e 302EXT, respectivamente. A Tabela 1 abaixo resume a taxa da resposta de evacuação durante o Estudo 302EXT. As taxas de resposta de evacuação durante o período de administração em regime aberto da metilnaltrexona no Estudo 302EXT foram similares às taxas de resposta observadas em pacientes tratados com metilnaltrexona durante o período duplo-cego do Estudo 302EXT; e isto foi verdadeiro para pacientes tratados com placebo ou metilnaltrexona durante o período duplo-cego inicial. As respostas de evacuação observadas durante o tratamento duplo-cego com a MNTX foram mantidas durante o período de 3 a 4 meses de tratamento em regime aberto.

Tabela 1 – Resposta de Evacuação sem Necessidade de Resgate, Administrações por Mês

 

Visita

Pacientes que usaram anteriormente placebo

durante o período duplo-cego (n = 40)

Pacientes que usaram anteriormente

metilnaltrexona durante o período duplo-cego

Visita (n = 42)

Pacientes administrados

(n)

Número total

De administrações

Taxa de

Resposta * (%)

Pacientes administrados (n)

Número total

De administrações

Taxa de

Resposta * (%)

Fase duplo cega

Mês 1 da

fase em

regime

aberto

 

 

Mês 2 da

fase em

regime

aberto

 

 

Mês 3 da

fase em

regime

aberto

40

 

40

 

 

 

 

23

 

 

 

 

13

277

 

294

 

 

 

 

147

 

 

 

 

94

10,8

 

48,3

 

 

 

 

47,6

 

 

 

 

52,1

42

 

42

 

 

 

 

25

 

 

 

 

12

287

 

330

 

 

 

 

156

 

 

 

 

96

45,3

 

45,5

 

 

 

 

57,7

 

 

 

 

57,3


* A taxa de resposta é igual ao número de administrações para as quais houve resposta de evacuação (dentro de 4 horas após a administração) dividido pelo número total de administrações.

Os dados disponíveis atualmente suportam duração de tratamento de 4 meses.

Uso de Opioide e Pontuações de Dor
Não houve relação entre a dose de opioide na Fase Basal e a resposta de evacuação nos pacientes tratados com Relistor® (brometo de metilnaltrexona) nesses estudos. Além disso, a dose diária mediana de opioide não variou significativamente em relação à Fase
Basal nos pacientes tratados com Relistor® (brometo de metilnaltrexona) ou nos tratados com placebo. Não houve alterações clinicamente relevantes nas pontuações de dor em relação à Fase Basal nos pacientes tratados com a metilnaltrexona ou o placebo.

Referências Bibliográficas
Study Report 301 e 302.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

Relistor® (brometo de metilnaltrexona) deve ser armazenado em temperatura ambiente
(entre 15°C e 30°C). Não congelar. Proteger da luz. Uma vez aspirado na seringa, se não for possível administrar o medicamento imediatamente, mantê-lo em temperatura ambiente e administrá-lo em até 24 horas. Recomenda-se que o produto restante no frasco, após a aspiração com a seringa, não deva ser utilizado.

Dizeres legais

Registro MS – 1.2110.0275
Farm. Resp.: Edina S. M. Nakamura – CRF-SP nº 9258

Fabricado e embalado (emb. primária) por:
DSM Pharmaceuticals, Inc.
Greenville – North Carolina – Estados Unidos

Embalado (emb. secundária) por:
Wyeth Lederle S.p.A
Zona Industriale – Catania – Itália

Importado e distribuído por:
Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.
Rodovia Castelo Branco, km 32,5
Itapevi – São Paulo – Brasil
CNPJ nº. 61.072.393/0039-06
Logotipo do Serviço de Atendimento ao Consumidor – 08000-16-0625

VENDA SOB A PRESCRIÇÃO MÉDICA SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
Data de fabricação, lote e validade: vide cartucho.

RELISTOR – Bula para o paciente

1. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
O brometo de metilnaltrexona é um antagonista seletivo da ligação de opioides no receptor mu-opioide. Devido sua estrutura, a metilnaltrexona tem ação periférica em tecidos como o trato gastrintestinal, sem ter impacto sobre os efeitos analgésicos mediados por opioides sobre o sistema nervoso central. Pacientes apresentaram resposta 1 hora após administração de Relistor® (brometo de metilnaltrexona).
Os dados disponíveis atualmente suportam duração de tratamento de 4 meses.

2. POR QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO?
Relistor® (brometo de metilnaltrexona) está indicado para o tratamento da constipação intestinal (prisão de ventre) induzida por opioides em pacientes com doença avançada.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Contraindicações
Relistor® (brometo de metilnaltrexona) é contraindicado em pacientes com obstrução gastrintestinal mecânica conhecida ou suspeita.

Relistor® (brometo de metilnaltrexona) é contraindicado em pessoas com hipersensibilidade conhecida ao brometo de metilnaltrexona ou a qualquer componente de sua formulação.

Advertências
Se ocorrer diarreia grave ou persistente durante o tratamento, os pacientes devem ser aconselhados a não continuar a terapia com Relistor® (brometo de metilnaltrexona) e a consultar o seu médico.

Gravidez
Não existem estudos adequados e bem-controlados em mulheres grávidas que utilizaram o brometo de metilnaltrexona. Apesar de terem sido conduzidos estudos em animais, esse medicamento deve ser usado durante a gravidez apenas se claramente necessário.
Categoria de Risco B: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Lactação
Os resultados de um estudo em animais indicaram que a metilnaltrexona é excretada no leite de ratas lactantes. Não se sabe se Relistor® (brometo de metilnaltrexona) é excretado no leite humano. Como muitos medicamentos são excretados no leite humano, mulheres lactantes devem ter cautela ao usar Relistor® (brometo de metilnaltrexona).

Uso Pediátrico
A segurança e a eficácia de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) ainda não foram estabelecidas em pacientes pediátricos (ver item COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?). A dose recomendada de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) para pacientes adultos pode não ser apropriada para pacientes pediátricos.

Uso Geriátrico
Em estudos clínicos não houve diferença no perfil de eficácia ou segurança dos pacientes idosos em comparação aos pacientes mais jovens. Portanto, não se recomenda o ajuste da dose com base na idade (ver item COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?).

Abuso e Dependência
Relistor® (brometo de metilnaltrexona) é um antagonista do receptor mu-opioide de ação periférica, sem risco conhecido de abuso e/ou dependência.

Efeitos sobre as Atividades que Requerem Concentração e Desempenho
Não foram realizados estudos dos efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas.

Interações Medicamentosas
Medicamentos Metabolizados pelas Isoenzimas do Citocromo P450
A metilnaltrexona não afeta a ação dos medicamentos metabolizados pelas enzimas do fígado, uma vez que apresenta metabolização mínima por essas enzimas.
A segurança e eficácia de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) ainda não foram estabelecidas em pacientes pediátricos (ver item Uso Pediátrico – Advertências).
Estudos referentes à interação de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) com cigarro, álcool, alimentos, incompatibilidades e exames de laboratório não foram conduzidos.
Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

4. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Descrição
O brometo de metilnaltrexona é uma solução aquosa estéril, transparente e incolor a amarela clara.

Modo de Usar e Cuidados de Conservação Depois de Aberto
SOMENTE PARA USO SUBCUTÂNEO
Relistor® (brometo de metilnaltrexona) deve ser administrado na parte superior do braço, na região inferior do abdômen ou na região anterior (parte da frente) da coxa, por via subcutânea.

Relistor® (brometo de metilnaltrexona) deve ser armazenado em temperatura ambiente
(entre 15°C e 30°C). Não congelar. Proteger da luz. Uma vez aspirado na seringa, se não for possível administrar o medicamento imediatamente, mantê-lo em temperatura ambiente e administrá-lo em até 24 horas. Recomenda-se que o produto restante no frasco, após a aspiração com a seringa, não deva ser utilizado.
Posologia
Relistor® (brometo de metilnaltrexona) é administrado por via subcutânea, com frequência de no máximo uma dose em um período de 24 horas.
A dose recomendada de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) é de 8 mg para pacientes que pesam de 38 kg a 61,9 kg ou de 12 mg para pacientes que pesam de 62 kg a 114 kg.

Ver tabela a seguir para determinar o volume de administração correto:

Peso do Paciente

Volume de Administração

Dose

38 kg a 61,9 kg

0,4 mL

8 mg

62 kg a 114 kg

0,6 mL

12 mg


Os pacientes com peso fora dos intervalos estabelecidos na tabela devem receber a dose de 0,15 mg/kg. O volume de administração para esses pacientes deve ser calculado multiplicando o peso do paciente em quilogramas (kg) por 0,0075, e arredondando o volume para a primeira casa decimal em mililitros (mL) mais próxima.
Consulte seu médico para verificar a dosagem correta caso o seu peso esteja fora da tabela descrita.

Uso em pacientes com comprometimento renal
Em pacientes com comprometimento renal grave (depuração de creatinina de menos de 30 mL/min), reduzir a dose de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) pela metade.

Uso em pacientes com comprometimento hepático
Não é necessário ajuste de dose para pacientes com comprometimento hepático leve ou moderado.

Uso em crianças
A segurança e a eficácia de Relistor® (brometo de metilnaltrexona) ainda não foram estabelecidas em pacientes pediátricos (ver item Uso Pediátrico – Advertências).

Uso em pacientes idosos
Não se recomenda o ajuste da dose com base na idade (ver item Uso Geriátrico – Advertências).

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento.

Instruções para uso de Relistor® (brometo de metilnaltrexona)

Introdução
As instruções seguintes explicam como preparar e administrar corretamente uma injeção de brometo de metilnaltrexona utilizando-se um frasco-ampola e uma seringa comum.
As instruções para uso do paciente incluem os seguintes passos:
Passo 1: Preparo da injeção
Passo 2: Preparo da seringa
Passo 3: Escolha e preparo do local para injeção
Passo 4: Administração da injeção de brometo de metilnaltrexona
Passo 5: Descarte do material utilizado

Antes de começar, leia e certifique-se de que você entendeu as instruções de uso. Caso você tenha alguma dúvida, fale com o seu médico.

Obtenha os materiais necessários para a sua injeção. Os materiais necessários incluem:
• Frasco-ampola de brometo de metilnaltrexona;
• Seringa de 1 mL com uma agulha de 27 gauge para uso subcutâneo;
• Dois algodões umedecidos em álcool;
• Chumaço de algodão ou gaze;
• Curativo adesivo.

Notas importantes:
• Utilize as seringas e agulhas prescritas pelo seu médico.
• Não utilize o frasco-ampola de brometo de metilnaltrexona mais de uma vez, mesmo que tenha restado medicamento no frasco.
• Caso o brometo de metilnaltrexona tenha sido aspirado pela seringa e você não fará uso do medicamento no exato momento, mantenha a seringa em temperatura ambiente por até 24 horas. A seringa não necessita ser mantida fora do alcance da luz durante o período de
24 horas. Descarte os frascos-ampolas em local seguro após seu uso.
• Não reutilize seringas ou agulhas.
• Para evitar ferir-se com as agulhas, não recoloque a tampa nas seringas utilizadas.

Passo 1: Preparo da injeção
1 – Encontre um ambiente tranquilo. Escolha uma superfície lisa, limpa e bem iluminada;
2 – Lave as suas mãos com sabão e água morna antes de preparar a injeção;
3 – Visualize o frasco-ampola de brometo de metilnaltrexona. O líquido no frasco deve apresentar-se límpido, de transparente para amarelado e não deve conter qualquer partícula. Caso o líquido não se apresente como descrito, não utilize o frasco-ampola e contate o seu médico.

Passo 2: Preparo da seringa
1 – Remova a tampa do frasco-ampola de brometo de metilnaltrexona.
2 – Limpe a tampa de borracha com o algodão umedecido em álcool.
3 – Segure firmemente o corpo da seringa e retire a tampa que recobre a agulha.
Não toque a agulha ou permita que a agulha tenha contato com qualquer superfície.
4 – Insira a agulha através da tampa de borracha do frasco-ampola. Não a insira angularmente. Isso pode fazer com que a agulha entorte ou quebre. Você pode sentir alguma resistência ao passar a agulha através da tampa de borracha.
5 – Empurre gentilmente o êmbolo até que todo o ar tenha sido expulso da seringa para dentro do frasco-ampola.
6 – Com a agulha ainda dentro do frasco-ampola, inverta o frasco-ampola e a seringa.
Posicione a seringa à altura dos olhos. Certifique-se de que a ponta da seringa esteja no líquido. Puxe lentamente o êmbolo até a marca que corresponda à dose prescrita pelo seu médico. Para a maioria dos pacientes, essa marca será 0,4 mL, a qual corresponde a uma dose de 8 mg, ou a marca de 0,6 mL, a qual corresponde a uma dose de 12 mg.
7 – Com a seringa ainda dentro do frasco-ampola, dê leves batidas ao lado da seringa para fazer com que as bolhas de ar subam ao topo.
8 – Empurre o êmbolo lentamente para que todas as bolhas de ar saiam da seringa
9 – Certifique-se de que a ponta da agulha esteja no líquido. Puxe lentamente o êmbolo para aspirar a quantidade correta de líquido para dentro da seringa.
Certifique-se de que você tem a dose correta de brometo de metilnaltrexona na seringa.
Nota: Uma pequena bolha de ar pode permanecer dentro da seringa. Isso pode acontecer e não afetará a dose do medicamento na seringa.
10 – Retire a agulha do frasco-ampola lentamente. Não toque a agulha ou permita que esta toque qualquer superfície. Descarte o medicamento não utilizado no frasco-ampola em local seguro. Veja o Passo 5.

Passo 3: Escolha e preparo do local para injeção
1 – Escolha o local de injeção: abdômen, coxas ou parte superior do braço. Não efetue a injeção exatamente na mesma área (faça uma rotação das áreas de injeção). Não efetue a injeção em áreas em que a pele esteja sensível, com hematoma, avermelhada ou endurecida. Evite locais com ferimentos ou estrias.
Abdômen ou coxas – utilize esses locais se for realizar uma auto injeção ou se for realizar injeção em uma outra pessoa.
Parte superior do braço – utilize este local caso for realizar injeção em outra pessoa.
2 – Limpe o local de injeção com o algodão umedecido em álcool e deixe secar naturalmente. Não volte a tocar nesta área antes de realizar a injeção.

Passo 4: Administração da injeção de brometo de metilnaltrexona
1 – Faça uma prega no local de injeção como você foi instruído.
2 – Introduza toda a extensão da agulha na pele sob um ângulo de 45° com um movimento rápido semelhante ao de lançamento de um dardo.
3 – Solte a prega realizada e empurre o êmbolo lentamente até que a seringa esteja vazia
4 – Quando a seringa estiver vazia, rapidamente puxe a agulha para fora da pele, tomando cuidado para sempre mantê-la sob o mesmo ângulo pelo qual foi inserida. Pode haver um pequeno sangramento no local da injeção.
5 – Segure um chumaço de algodão ou gaze sobre o local da injeção. Não friccione o local da injeção. Aplique um curativo adesivo no local da injeção caso seja necessário.

Passo 5: Descarte do material utilizado
• NÃO reutilize a seringa ou a agulha.
• NÃO recoloque a tampa na seringa utilizada.
• Coloque as agulhas, seringas e frascos-ampolas em um recipiente resistente a perfurações. Você pode utilizar um recipiente resistente (tais como recipientes vermelhos para descarte de materiais contaminados), um recipiente de plástico resistente (tal como um frasco de detergente), ou um recipiente de metal. Pergunte ao seu médico sobre como descartar esse recipiente. Pode haver leis locais sobre como você deve descartar seringas e agulhas já utilizadas.

5. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?
As reações adversas mais frequentemente relatadas com o uso de Relistor® (brometo de
metilnaltrexona) foram as seguintes:
Muito comuns: dor abdominal, flatulência, náusea.
Comuns: tontura, diarreia e sudorese excessiva.

Atenção: este é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem ocorrer. Neste caso, informe seu médico.

6. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA GRANDE QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA SÓ VEZ?
Não existem informações específicas disponíveis sobre o tratamento da superdosagem com Relistor® (brometo de metilnaltrexona). No entanto, a dose única de 0,50 mg/kg administrada por via subcutânea foi bem-tolerada.
Em caso de superdosagem, entre em contato com o seu médico.

7. ONDE E COMO DEVO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Relistor® (brometo de metilnaltrexona) deve ser armazenado em temperatura ambiente
(entre 15°C e 30°C). Não congelar. Proteger da luz. Uma vez aspirado na seringa, se não for possível administrar o medicamento imediatamente, mantê-lo em temperatura ambiente e administrá-lo em até 24 horas. Recomenda-se que o produto restante no frasco, após a aspiração com a seringa, não deva ser utilizado.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Data da bula

12/07/2013