Stele

STELE com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de STELE têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com STELE devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

União Química Farmacêutica Nacional S.A

Apresentação STELE

Creme vaginal 1 mg/g: embalagem contendo bisnaga de 50 g + aplicador.

VIA INTRAVAGINAL
USO ADULTO

COMPOSIÇÃO:
Cada grama contém:
estriol ……………………………………………………………………………………………..1,0 mg
Excipientes: octildodecanol, palmitato de cetila, glicerol, ácido esteárico, álcool cetílico, polissorbato, monoestearato de sorbitano, ácido lático, cloridrato de clorexidina, hidróxido de sódio e água purificada.

STELE – Indicações

1) Terapia de Reposição Hormonal (TRH) para o tratamento da atrofia do trato geniturinário relacionada à deficiência estrogênica.
2) Tratamentos pré e pós-operatórios em mulheres na pós-menopausa submetidas à cirurgia vaginal.
3) Auxiliar diagnóstico em caso de esfregaço cervical atrófico duvidoso.

Contra indicações de STELE

Este medicamento é contraindicado para uso por pessoas com:
-diagnóstico atual, história anterior ou caso suspeito de câncer de mama;
-suspeita ou casos confirmados de tumores malignos estrogênio-dependentes (ex. câncer endometrial);
-sangramento vaginal sem diagnóstico;
-hiperplasia endometrial não tratada;
-tromboembolia venosa atual ou prévia (trombose venosa profunda, embolia pulmonar);
-distúrbios trombofílicos conhecidos (por exemplo: deficiência de proteína C, proteína S, ou de antitrombina, ver item “5. Advertências e precauções”);
-doença tromboembólica arterial recente ou ativa (ex. angina, infarto do miocárdio);
-doença hepática aguda, ou história de doença hepática enquanto os testes de função hepática não retornarem aos níveis normais;
-hipersensibilidade conhecida aos componentes da fórmula;
-porfiria.

Este medicamento é contraindicado para uso por homens.
Este medicamento é contraindicado para uso por grávidas.

Caso ocorra gravidez durante o tratamento com STELE, o uso deve ser interrompido imediatamente. Os resultados dos estudos epidemiológicos relevantes mais atuais em relação à exposição fetal inadvertida aos estrogênios não indicaram efeitos teratogênicos ou fetotóxicos.

Este medicamento é contraindicado para uso durante a lactação.
O estriol é excretado no leite materno e pode diminuir a sua produção.

Advertências

-Para o tratamento dos sintomas da pós-menopausa, a TRH deve ser iniciada somente para os sintomas que afetam adversamente a qualidade de vida. Em todos os casos, uma cuidadosa avaliação dos riscos e benefícios deve ser realizada pelo menos anualmente e a TRH deve ser continuada enquanto os benefícios suplantarem os riscos.
-Evidências sobre os riscos associados à TRH no tratamento da menopausa prematura são limitadas. Devido ao baixo índice de risco absoluto de mulheres jovens, no entanto, o equilíbrio entre os riscos e os benefícios para estas mulheres podem ser mais favoráveis do que em mulheres com idade avançada.

Exame médico/acompanhamento
– Antes de iniciar ou reiniciar a TRH, deve ser realizada uma anamnese completa incluindo antecedentes pessoais e familiares da paciente. O exame médico (incluindo exame pélvico e das mamas) deve ser guiado por esta anamnese e pelas contraindicações e advertências quanto ao uso. Durante o tratamento são recomendadas avaliações periódicas em frequência e natureza adaptadas individualmente. As mulheres devem ser orientadas sobre as alterações em suas mamas que devem ser relatadas ao seu médico ou enfermeiro (ver item “Câncer de mama”). Investigações, incluindo ferramentas apropriadas de imagem, por exemplo, mamografia, devem ser realizadas de acordo com as práticas de verificação atualmente aceitas, modificadas para as necessidades clínicas individuais.

Condições que necessitam de monitoramento
-Caso qualquer das condições mencionadas abaixo tenha ocorrido anteriormente, esteja presente e/ou tenha sido agravada durante a gravidez ou tratamento prévio com hormônios, a paciente deve ser cuidadosamente monitorada. Deve-se levar em consideração que estas condições podem recorrer ou serem agravadas durante o tratamento com STELE, em particular:
-leiomioma (fibroma uterino) ou endometriose;
-fatores de risco para distúrbios tromboembólicos (ver item “Tromboembolia venosa”);
-fatores de risco para tumores estrogênio-dependentes, ex. 1° grau de hereditariedade para câncer de mama;
-hipertensão;
-distúrbios hepáticos (ex. adenoma hepático);
-diabetes mellitus com ou sem envolvimento vascular;
-colelitíase;
-enxaqueca ou cefaleia (grave);
-lúpus eritematoso sistêmico;
-história de hiperplasia endometrial (ver item “Hiperplasia endometrial”);
-epilepsia;
-asma;
-otosclerose.

Razões para interrupção imediata da terapia:
A Terapia deve ser descontinuada no caso de descoberta de alguma contraindicação e nas seguintes condições:
-icterícia ou deterioração da função hepática;
-aumento significativo da pressão arterial;
-primeiro episódio de cefaleia do tipo enxaqueca;
-gravidez.

Hiperplasia endometrial e carcinoma
Para impedir a estimulação endometrial, a dose diária não deverá exceder uma aplicação (0,5 mg de estriol) e nem deverá ser empregada por mais de algumas semanas. Um estudo epidemiológico mostrou que o tratamento prolongado com baixas doses de estriol por via oral, mas não o estriol por via vaginal, pode aumentar o risco para câncer do endométrio. O risco aumentou com a duração do tratamento e desapareceu após um ano de sua interrupção. O risco aumentado está relacionado principalmente a tumores menos invasivos e altamente diferenciados. Sangramento vaginal durante o tratamento deve ser sempre investigado. As pacientes devem ser orientadas a contatar o seu médico se ocorrerem sangramentos vaginais.

Câncer de mama
– A TRH pode aumentar a densidade mamográfica. Isto pode complicar a detecção radiológica do câncer de mama. Estudos clínicos relataram que a probabilidade de desenvolvimento de densidade mamográfica aumentada foi mais baixa em pacientes tratadas com estriol do que em pacientes tratadas com outros estrogênios.
– As evidências sugerem um aumento do risco de câncer de mama em mulheres que utilizam TRH com estrogênio combinado com progestagênio e possivelmente também TRH com estrogênio, que é dependente da duração da TRH.

Terapia com estrogênio combinado com progestagênio:
– O estudo randomizado controlado com placebo Women’s Health Initiative (WHI) e estudos epidemiológicos, são consistentes na busca de um aumento do risco de câncer de mama em mulheres que utilizam TRH com estrogênio combinado com progestagênio em que se torna aparente após cerca de três anos (ver item “9. Reações adversas”).

Terapia com estrogênio:
– O estudo WHI não encontrou nenhum aumento do risco de câncer de mama em mulheres histerectomizadas submetidas à TRH com estrogênios. Estudos observacionais relataram, principalmente, um pequeno aumento do risco de ter câncer de mama diagnosticado, que é substancialmente menor do que o encontrado em usuárias de TRH com estrogênio combinado com progestagênio (ver item “9. Reações adversas”).
O risco excedente torna-se aparente dentro de poucos anos de uso, mas retorna aos níveis basais dentro de poucos (no máximo cinco) anos após a interrupção da terapia.
– É desconhecido se STELE apresenta o mesmo risco. Em um estudo recente de controle de casos, baseado na população em 3345 mulheres com câncer de mama invasivo e 3454 controles, o estriol, diferentemente dos outros estrogênios, não foi associado com aumento do risco de câncer de mama. Contudo, as implicações clínicas desses achados são desconhecidas até agora.
Portanto, é importante que o risco de diagnosticar o câncer de mama seja discutido com a paciente e pesado contra os benefícios conhecidos da TRH.

Câncer de ovário
O câncer de ovário é muito mais raro que o câncer de mama. O uso a longo prazo (pelo menos 5 a 10 anos) de produtos para TRH com estrogênio está associado a um risco ligeiramente maior de câncer de ovário (ver item “9. Reações adversas”). Alguns estudos, incluindo o Women’s Health Initiative (WHI), sugerem que o uso a longo prazo da TRH combinada pode conferir um risco semelhante, ou ligeiramente menor (ver item “9. Reações adversas”). É incerto se o uso a longo prazo de estrogênio de baixa dosagem (como STELE) confere um risco diferente do que outros produtos contendo estrogênio.

Tromboembolia venosa
-A TRH está associada com risco de 1,3 a 3 vezes para o desenvolvimento de tromboembolia venosa (TEV), como trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. A ocorrência de tal evento é mais provável no primeiro ano da TRH do que mais tarde (ver item “9. Reações adversas”). Estes estudos não incluíram o estriol e, na ausência de dados, é desconhecido se STELE apresenta o mesmo risco.
-Pacientes em situação trombofílica conhecida têm um aumento do risco de TEV e a TRH pode aumentar este risco. A TRH é contraindicada nestas pacientes (ver item “4. Contraindicações”).
-Os fatores de risco geralmente reconhecidos para TEV incluem uso de estrogênios, idade avançada, cirurgia de grande porte, imobilização prolongada, obesidade (índice de massa corpórea > 30 kg/m2), gestação e puerpério, lúpus eritematoso sistêmico (LES) e câncer. Não existe consenso sobre o papel das veias varicosas no TEV.
Como em todos os pacientes no pós-operatório, medidas profiláticas devem ser consideradas para prevenção de TEV. Se a cirurgia eletiva é seguida de imobilização prolongada, a interrupção temporária da TRH de 4 a 6 semanas antes da cirurgia é recomendável.
O tratamento não deve ser reiniciado até que a mulher esteja completamente mobilizada.
-Se STELE for utilizado para “Tratamentos pré e pós-operatórios em mulheres na pós-menopausa submetidas à cirurgia vaginal”, medidas profiláticas contra trombose devem ser consideradas.
-Em mulheres sem antecedentes pessoais de tromboembolia venosa, mas que possuem um parente de primeiro grau com história de trombose em idade jovem, uma triagem pode ser oferecida após o aconselhamento cuidadoso sobre suas limitações (apenas uma proporção de defeitos trombofílicos é identificada pela triagem). Se um defeito trombofílico é identificado, o qual segrega membros da família com trombose, ou se o defeito é “grave” (por exemplo, deficiência de antitrombina, proteína S, proteína C ou uma combinação de defeitos) a TRH é contraindicada.
-Mulheres que já estão em tratamento com anticoagulante requerem consideração cuidadosa da relação risco-benefício do uso da TRH.
-Caso ocorra o desenvolvimento de TEV após o início do tratamento com OVESTRION®, o medicamento deve ser descontinuado.
As pacientes devem ser aconselhadas a contatar o seu médico imediatamente caso percebam sintomas tromboembólicos potenciais (ex. edema doloroso de uma perna, dor torácica repentina, dispneia).

Doença arterial coronariana (DAC)
– Não existem evidências em estudos controlados randomizados de proteção contra infarto do miocárdio em mulheres com ou sem DAC existentes que receberam TRH com estrogênio ou com estrogênio combinado com progestagênio.

TRH com estrogênio combinado com progestagênio
O risco relativo de DAC durante o uso da TRH com estrogênio combinado com progestagênio é ligeiramente maior. Como o risco de base absoluto de DAC é fortemente dependente da idade, o número de casos adicionais de DAC, devido à utilização de TRH com estrogênio combinado com progestagênio é muito baixo em mulheres saudáveis perto da menopausa, mas aumentará a com idade.

TRH com estrogênio
Dados randomizados controlados não encontraram aumento do risco de DAC em mulheres histerectomizadas que utilizam TRH com estrogênio.

Acidente vascular cerebral isquêmico (AVC)
A TRH com estrogênio combinado com progestagênio e TRH com estrogênio estão associadas com um aumento de até 1,5 vezes maior do risco de AVC isquêmico. O risco relativo não muda com a idade ou o tempo decorrido desde a menopausa. No entanto, como o risco de base de AVC é fortemente dependente da idade, o risco total de AVC em mulheres que usam TRH irá aumentar com a idade (ver item “9. Reações adversas”).

Outras condições
-Os estrogênios podem causar retenção hídrica, portanto, pacientes com disfunção cardíaca ou renal devem ser cuidadosamente observadas.
-O estriol é um inibidor fraco de gonadotrofinas e não apresenta outros efeitos significativos sobre o sistema endócrino.
-O uso de TRH não melhora a função cognitiva. Existem algumas evidências de aumento do risco de provável demência em mulheres que iniciam o uso contínuo de TRH com estrogênio ou com estrogênio combinado com progestagênio após os 65 anos de idade.
-STELE contém álcool cetílico. Este pode causar reações cutâneas locais (por ex., dermatite de contato).

Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas
Até onde é conhecido, STELE não apresenta efeito sobre o estado de alerta e a concentração.

Interações medicamentosas de STELE

Na prática clínica, não foi relatado nenhum exemplo de interação entre STELE e outros medicamentos, mas embora os dados sejam limitados, elas podem ocorrer. Foram descritas as seguintes interações com o uso de anticoncepcionais orais que também podem ser relevantes para o STELE.
O metabolismo dos estrogênios pode ser aumentado pelo uso concomitante de substâncias que induzem as enzimas que metabolizam fármacos, especificamente enzimas do citocromo P450, tais como anticonvulsivantes (ex. hidantoínas, barbituratos, carbamazepina) e anti-infecciosos (ex. griseofulvina, rifamicina e os agentes antivirais nevirapina e efavirenz) e preparações fitoterápicas contendo erva de São João (Hypericum perforatum).
O ritonavir e nelfinavir, embora conhecidos como fortes inibidores, ao contrário, apresentam propriedades indutoras quando utilizados concomitantemente com hormônios esteroides.
Clinicamente, o metabolismo aumentado dos estrogênios pode levar à diminuição da eficácia do estriol e a alterações no padrão de sangramento uterino.
O estriol pode, possivelmente, aumentar os efeitos farmacológicos dos corticosteroides, succinilcolina, teofilinas e troleandromicina.

Reações adversas / efeitos colaterais de STELE

Os dados da literatura e da farmacovigilância relatam as seguintes reações adversas:

Classe de órgão e sistema Reações adversas (*)
Distúrbios gerais e condições no local da administração Irritação e prurido no local de aplicação
Distúrbios do sistema reprodutor e mamas Dor e desconforto mamário


(*) MedDRA versão 9.1.

Essas reações adversas são normalmente transitórias, mas também podem indicar doses elevadas.
Outras reações adversas associadas à terapia com estrogênio ou com estrogênio combinado com progestagênio foram relatadas.
•Neoplasias estrogênio-dependentes malignas e benignas, como câncer de endométrio (para maiores informações ver itens “4. Contraindicações” e “5. Advertências e precauções”)
•Doença na vesícula biliar
•Distúrbios na pele e no tecido subcutâneo: cloasma, eritema multiforme, eritema nodoso, púrpura vascular
•Provável demência acima de 65 anos de idade (ver item “5. Advertências e precauções”)

Risco de câncer de mama
-É relatado um aumento do risco de até 2 vezes de ter câncer de mama diagnosticado em mulheres em TRH com estrogênio combinado com progestagênio por mais de 5 anos.
-Qualquer aumento do risco em usuárias de terapia com estrogênio é substancialmente menor do que o observado em usuárias de TRH com estrogênio combinado com progestagênio.
-O nível de risco é dependente da duração do uso (ver item “5. Advertências e precauções”).
-Resultados do maior estudo randomizado controlado com placebo (estudo WHI) e do maior estudo epidemiológico (MWS) são apresentados.

Estudo Million Women – Risco adicional estimado de câncer de mama após 5 anos de uso

Intervalo de idade
(anos)

Casos adicionais por 1.000 de não usuárias
de TRH após um período de 5 anos*

Razão de risco**

Casos adicionais por 1.000
usuárias de TRH por mais de 5
anos (IC 95%)

TRH com estrogênio
50-65 9-12 1,2 1-2 (0-3)
TRH com estrogênio combinado com progestagênio
50-65 9-12 1,7 6 (5-7)

 


**Taxa de risco total. A razão de risco não é constante, mas aumenta com o aumento da duração do uso
*Extraído de taxas de incidência de base em países desenvolvidos.
Estudo WHI realizado nos EUA – Risco adicional de câncer de mama após 5 anos de uso

Intervalo de idade
(anos)

Incidência por 1.000 mulheres no braço
placebo após 5 anos

Razão de risco e IC 95%

Casos adicionais por 1.000
usuárias de TRH por mais de 5
anos (IC 95%)

CEE de estrogênio
50-79 21 0,8 (0,7-1,0) -4 (-6 – 0)*
CEE + MPA de estrogênio combinado com progestagênio **
50-79 14 1,2 (1,0 – 1,5) + 4 (0 – 9)

 


**Quando a análise foi restrita a mulheres que não utilizaram TRH antes do estudo, não houve aumento do risco aparente durante os primeiros cinco anos de tratamento: após 5 anos, o risco foi maior do que em não usuárias.
*Estudo WHI em mulheres sem útero, o qual não mostrou aumento do risco de câncer de mama

Câncer de ovário
O uso a longo prazo de TRH com estrogênio e com estrogênio combinado com progestagênio foi associado com um risco levemente maior de câncer de ovário. O resultado foi de um caso adicional por 2500 usuárias durante os 5 anos do estudo Million Women de TRH.

Risco de tromboembolia venosa
A TRH está associada a um risco relativo de 1,3 a 3 vezes maior de desenvolver tromboembolia venosa (TEV), ou seja, trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. A ocorrência de um evento como esse é mais provável no primeiro ano de uso da TRH (ver item “5. Advertências e precauções”).

Os resultados do estudo WHI são apresentados:

Estudo WHI – Risco adicional de TEV após 5 anos de uso

c Incidência por 1.000 mulheres no braço placebo após 5 anos Razão de risco e IC 95% Casos adicionais por 1.000 usuárias de TRH por mais de 5 anos (IC 95%)
Oral – estrogênio *
50-59 7 1,2 (0,6 – 2,4) 1 (-3 – 10)
Oral – estrogênio combinado com progestagênio
50-59 4 2,3 (1,2 – 4,3) 5 (1 – 13)

 

 


* Estudo em mulheres sem útero

Risco de doença arterial coronariana
O risco de doença arterial coronariana é ligeiramente maior em usuárias de TRH com estrogênio combinado com progestagênio acima de 60 anos de idade (ver item “5. Advertências e precauções”).

Risco de acidente vascular cerebral isquêmico
O uso da terapia com estrogênio e com estrogênio combinado com progestagênio está associado a um risco relativo de até 1,5 vezes maior de AVC isquêmico. O risco de AVC hemorrágico não aumenta durante o uso da TRH. O risco relativo não depende de idade ou por tempo de uso, mas como o risco de base é fortemente dependente da idade, o risco total de AVC em mulheres que utilizam TRH aumentará com a idade (ver item “5. Advertências e precauções”).

Estudos WHI combinado – Risco adicional de acidente vascular cerebral isquêmico* após 5 anos de uso

Intervalo de idade (anos) Incidência por 1.000 mulheres no braço placebo após 5 anos Razão de risco e IC 95% Casos adicionais por 1.000 usuárias de TRH por mais de 5 anos (IC 95%)
50-59 8 1,3 (1,1 – 1,6) 3 (1-5)

 

 

 


* nenhuma diferenciação foi feita entre AVC isquêmico e hemorrágico.

Em caso de eventos adversos, notifique-os ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

STELE – Posologia

– Uma aplicação de STELE corresponde ao uso do aplicador cheio até a marca em anel, que contém 0,5 grama de creme contendo 0,5 mg de estriol.
1)Tratamento da atrofia do trato geniturinário: 1 aplicação por dia durante as primeiras semanas, seguida de redução gradual de acordo com o alívio dos sintomas, até atingir a dose de manutenção (por exemplo, 1 aplicação 2 vezes por semana).
2)Tratamentos pré e pós-operatórios em mulheres na pós-menopausa submetidas à cirurgia vaginal: 1 aplicação por dia nas 2 semanas antes da cirurgia e 1 aplicação 2 vezes por semana durante as 2 semanas após a cirurgia.
3)Auxiliar diagnóstico em caso de esfregaço cervical atrófico duvidoso: 1 aplicação em dias alternados, 1 semana antes da coleta do próximo esfregaço.
A dose máxima de uma aplicação por dia não deve ser usada por várias semanas.

Procedimento caso a paciente esqueça de usar STELE
Uma dose esquecida deve ser administrada assim que lembrada, desde que não seja no mesmo dia da próxima dose. Neste caso, a dose esquecida não deve ser aplicada e o esquema habitual de administração deve ser continuado.
Nunca administrar duas doses no mesmo dia.
Para o início e manutenção do tratamento dos sintomas da pós-menopausa, usar a menor dose eficaz pelo menor período de tempo (ver item “5. Advertências e precauções”).
Mulheres que não estão em TRH ou que estão substituindo um produto contínuo combinado podem iniciar a terapia com STELE em qualquer dia. Mulheres que estão substituindo um regime de TRH cíclico devem iniciar a terapia com STELE uma semana após completarem o ciclo.

Administração
STELE deve ser administrado, por via intravaginal, à noite na hora de deitar, com auxílio do aplicador calibrado que acompanha a bisnaga (um aplicador contém aproximadamente 0,5 g de creme). O aplicador tem uma marca na parte superior (anel).
O êmbolo não deve ser “puxado” além desta marca (anel).

Instruções de uso para a paciente
1.Remover a tampa da bisnaga, virar a tampa ao contrário e encaixar no bocal da bisnaga para romper o lacre.
2.Rosquear o bocal do aplicador na bisnaga. Não puxar o êmbolo.
3. Depois de rosquear, pressionar a bisnaga pela extremidade inferior para que o creme empurre o êmbolo até a marca vermelha (anel).
4.Retirar o aplicador da bisnaga e tampá-la.
5.Para aplicar o creme, deitar-se e introduzir profundamente o aplicador na vagina.
6.Empurrar o êmbolo vagarosamente até o fim, esvaziando todo o aplicador.
Depois do uso, retirar o êmbolo totalmente do corpo do aplicador, lavando-o com água morna e sabão e enxaguando-o bem. Não usar detergente.

NÃO COLOCAR O APLICADOR EM ÁGUA MUITO QUENTE OU FERVENTE.

Super dosagem

A toxicidade aguda de estriol em animais é muito baixa. É improvável a ocorrência de superdose de STELE após administração vaginal. No entanto, se houver ingestão de grandes quantidades, os possíveis sintomas são: náuseas, vômito e sangramento de privação em mulheres. Não existe antídoto específico. Se necessário, pode-se instituir tratamento sintomático.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Caracteristicas farmalogicas

Propriedades farmacodinâmicas
Este medicamento pertence ao grupo farmacoterapêutico de estrogênios semissintéticos e naturais e apresenta como princípio ativo o estriol, hormônio natural feminino (código ATC: G03CA04). Diferentemente de outros estrogênios, o estriol apresenta ação de curta duração, uma vez que apresenta apenas um curto tempo de retenção nos núcleos das células endometriais.
É usado para repor a perda da produção de estrogênio em mulheres menopausadas e alivia os sintomas da menopausa. O estriol é particularmente eficaz no tratamento dos sintomas geniturinários. No caso de atrofia do trato urogenital inferior, o estriol induz a normalização do epitélio urogenital e ajuda a restauração da microflora normal e do pH fisiológico da vagina. Como resultado, o estriol aumenta a resistência das células epiteliais vaginais à infecção e inflamação, diminuindo as queixas vaginais como dispareunia, secura, prurido, infecções vaginais e urinárias, queixas relacionadas à micção e incontinência urinária moderada.

Informações do estudo clínico
-O alívio dos sintomas da menopausa foi alcançado durante as primeiras semanas de tratamento.
-Sangramento vaginal após o tratamento com estriol foi apenas raramente relatado.

Propriedades farmacocinéticas
A administração intravaginal do estriol proporciona concentração ótima no local de ação. O estriol é também absorvido pela circulação sistêmica, conforme demonstrado pelo aumento nítido nos níveis plasmáticos de estriol não conjugado. Os níveis plasmáticos máximos são atingidos de 1 a 2 horas após a aplicação. Após aplicação vaginal de 0,5 mg de estriol, os valores da Cmax , Cmin e Cmédia são aproximadamente de 100 pg/mL, 25 pg/mL e 70 pg/mL, respectivamente. Três semanas após a administração diária de 0,5 mg de estriol vaginal, a Cmédia diminuiu para 40 pg/mL. Quase a totalidade de estriol (90%) se liga à albumina plasmática e, ao contrário dos outros estrogênios, não apresenta ligação à globulina transportadora de hormônios sexuais (SHBG). O metabolismo do estriol consiste principalmente na conjugação e na desconjugação na circulação entero-hepática. O estriol, sendo um produto metabólico final, é excretado, principalmente, na urina sob a forma conjugada e apenas pequena fração (± 2%) é excretada pelas fezes sob a forma não conjugada.

Resultados de eficacia

Atrofia do trato geniturinário inferior relacionado à deficiência estrogênica
Em 13 estudos clínicos, 445 mulheres foram tratadas com estriol creme, 1,2,3,4,6,7,8,9,10,11,12,14,15 durante 2 semanas a 8,5 meses. Todas essas mulheres eram pós-menopáusicas, natural ou cirurgicamente induzidas e apresentaram queixas vaginais, 1,2,3,4,6,7,8,9,10,11,12,14,15 e/ou urinárias5,7,10, associadas a uma vagina atrófica. Em um estudo9, as pacientes também foram indicadas para tratamento cirúrgico de um prolapso uterovaginal. A dosagem variou de 1 ou 0,5 mg de estriol por dia durante 1 a 4 semanas,1,2,3,4,6,7,8,9,10,11,12,14 geralmente seguida por uma dosagem de manutenção de 1 ou 0,5 mg de estriol duas vezes por semana1,2,4,6,10,11,12 ou 1 mg a cada 2 dias9 durante 4 semanas até 8 meses.
Em todas as pacientes, as porcentagens de células basais/parabasais, células intermediárias e células superficiais revelaram uma troca acentuada em direção das células superficiais durante o tratamento com estriol intravaginal. Após 1 semana, a citologia vaginal já mostrava um efeito vaginotrófico nítido,7,8 enquanto após 2 a 3 semanas, pode ser demonstrada uma normalização completa do epitélio vaginal.2,3,4,6,7,8,9,11 Todos os 8 casos de infecções vaginais que foram observadas no esfregaço vaginal no pré-tratamento, desapareceram sem nenhum outro tratamento.3
Exames colposcópicos geralmente mostraram o retorno de uma aparência normal da mucosa vaginal no curso do tratamento.2,4,6,9,11,12. Palidez e petéquias desapareceram,4 a flora de Döderlein foi restabelecida e, dessa forma, o pH vaginal normal retornou 7 e as úlceras vaginais foram curadas.7Dentro de algumas semanas, uma recuperação completa de ectrópio uretral foi observada.7 Geralmente, as queixas vaginais mostraram uma nítida melhora no curso das primeiras 2 a 3 semanas de tratamento. As queixas como secura vaginal, irritação e dispareunia desapareceram ou melhoraram consideravelmente.1,2,3,4,6,7,9,11,12 Essa melhora das condições locais levou a um aumento da libido e atividade sexual em diversas pacientes.11
Comparado com placebo, o tratamento com estriol creme resultou em uma incidência reduzida de infecções do trato urinário (ITUs), reaparecimento de lactobacilos na vagina e uma redução da colonização vaginal com Enterobacteriaceae.10
Estrogênios administrados por via intravaginal em dose baixa podem também aumentar os benefícios locais da terapia sistêmica no tratamento da atrofia urogenital.16 Mulheres tratadas com 17-beta-estradiol transdérmico (50 mcg/dia) mais acetato de medroxiprogesterona (5 mg/dia) e adicionalmente 0,5 mg/dia de estriol vaginal mostraram uma melhora mais rápida das queixas urinárias já a partir do primeiro mês de tratamento. Após quatro meses de tratamento, as mulheres tratadas com ou sem estriol vaginal mostraram resultados comparáveis do tratamento.
Os efeitos benéficos na mucosa vaginal e nas queixas vaginais geralmente foram comparáveis nos grupos de dosagem baixa e alta (0,5 mg de estriol/dia e 1 mg de estriol/dia, respectivamente),3,6,12 e nos grupos de creme e supositório.3,7 Portanto, a dosagem eficaz mais baixa de 0,5
mg de estriol/dia é recomendada. A dosagem de manutenção de 0,5 mg de estriol, duas vezes por semana (creme) pareceu ser suficiente para manter o efeito terapêutico inicial.1,2,4,6,11,12

Tratamento pré e pós-operatórios em mulheres na pós-menopausa submetidas à cirurgia vaginal
O efeito benéfico do estriol na vascularização vaginal, espessura da parede vaginal e processos inflamatórios tem um efeito positivo nas complicações pós-operatórias, no período de hospitalização e infecções pós-operatórias em mulheres pós-menopáusicas submetidas à cirurgia vaginal.
Em 2 estudos clínicos, um total de 43 mulheres pós-menopáusicas foi tratado com estriol creme intravaginal, tanto antes quanto após a submissão à cirurgia para prolapso uterovaginal.9,13 A dosagem foi de 0,5 mg de estriol por dia durante 4 semanas antes da cirurgia e após uma pausa de 1 semana, durante outras 4 semanas após a cirurgia. Todas as pacientes tinham uma mucosa vaginal atrófica antes do tratamento.
Após as primeiras 4 semanas de tratamento, um retorno da aparência e citologia normais da mucosa vaginal foi observado em todas as pacientes. Além disso, um efeito estimulador nítido no muco cervical foi observado. O curso da cirurgia e a recuperação foi normal em todas as pacientes,9,13 o que não é sempre o caso em mulheres com uma mucosa vaginal atrófica.
Uma vez que um efeito vaginotrófico nítido já é observado após 1 semana de tratamento com estriol intravaginal (em uma dosagem de 0,5 mg de estriol/dia) e uma completa normalização do epitélio vaginal após 2 a 3 semanas de tratamento diário, um período de tratamento de 2 semanas tanto antes quanto após a cirurgia pode realmente ser suficiente.

Um auxílio diagnóstico no caso de um esfregaço cervical atrófico duvidoso
A administração de estrogênios induz a maturação do epitélio escamoso normal, sem afetar a citomorfologia de células tumorais malignas possivelmente presentes.
Embora diversos autores mencionem os efeitos benéficos das preparações contendo estriol ou succinato de estriol, quase nenhum dado está disponível sobre creme de estriol ou pessários. O estriol foi administrado oral, intravaginal ou oralmente como seu succinato. A partir desses estudos, pode-se concluir que após uma semana de tratamento oral com 2 a 4 mg diários (isto é, metade da dosagem inicial recomendada para queixas de atrofia vaginal), um nítido efeito estrogênico no epitélio cervical pode ser observado em muitas pacientes. O estriol creme é considerado como sendo eficaz como um auxílio diagnóstico no caso de um esfregaço cervical atrófico duvidoso por causa de muitos anos de experiência clínica com estrogênios. A eficácia é apoiada por um estudo clínico,17 relatando tratamento de 492 mulheres na pós-menopausa com diferentes substâncias estrogênicas, principalmente DES, mas também incluindo o estriol. Os resultados confirmam que a terapia com estrogênio em dosagem baixa é um método simples e econômico para o esclarecimento de um esfregaço de Papanicolau suspeito.
Tendo em vista que o efeito estrogênico do estriol intravaginal no trato urogenital inferior já é observado após 1 semana de terapia,7,8 e já que estriol oral é eficaz como um auxílio diagnóstico em uma dosagem que é metade da dosagem inicial recomendada para queixas de atrofia vaginal, uma aplicação do creme (isto é, 0,5 mg de estriol/dia) em dias alternados na semana antes da coleta do próximo esfregaço, é considerada como um tratamento com estrogênio adequado para essa indicação.

Referências bibliográficas
1.Mattsson L-A, Cullberg G. A clinical evaluation of treatment with estriol vaginal cream versus suppository in postmenopausal women. Acta Obstet Gynecol Scand 1983b;62:397-401. B12

2.Babuna C, Aksu MF, Erez R. Management of lower genital tract atrophy with a vaginal cream containing oestriol. In: Fioretti P, Martini L, Melis GB, Yen SSC, eds. The menopause; clinical, endocrinological and pathophysiological aspects. Proceedings of the Seronia Symposia, Vol. 39 Viareggio, May 26-28, 1980. London: Academic Press, 1982:557-62. B6

3.Genazzani AR, Inaudi P, Rosa R La, et al. Oestriol and the menopause: clinical and endocrinological results of vaginal administration. In: Fioretti P, Martini L, Melis GB, Yen SSC, eds. The menopause; clinical, endocrinological and pathophysiological aspects. Proceedings of the Seronia Symposia, Vol. 39. Viareggio, May 26-28, 1980. London: Academic Press, 1982:539-50. B9

4.Haspels AA, Luisi M, Kicovic PM. Endocrinological and clinical investigations in post-menopausal women following administration of vaginal cream containing oestriol. Maturitas 1981;3:321-7. B5

5.Iosif CS. Effects of protracted administration of estriol on the lower genito urinary tract in postmenopausal women. Arch Gynecol Obstet 1992;251:115-20. B15

6.Kicovic PM, Cortes-Prieto J, Milojevic S, Haspels AA, Aljinovic A. The treatment of postmenopausal vaginal atrophy with Ovestin vaginal cream or suppositories: clinical, endocrinological and safety aspects. Maturitas 1980;2:275-82. B2

7.Lauritzen C. Erfahrungen mit einer Östriol-Vaginalcreme (Experiences with an estriol cream). Ther Gegenw 1979;118:567-77. B1

8.Luisi M, Franchi F, Kicovic PM. A group-comparative study of effects of Ovestin cream versus Premarin cream in postmenopausal women with vaginal atrophy. Maturitas 1980;2:311-9. B3

9.Milojevic S, Kicovic PM. Pre- and post-operative treatment of atrophic vaginal mucosa with Ovestin cream in postmenopausal women undergoing vaginal surgery. In: Bakel-Middelweerd JM van, ed. News and views on oestriol. Leiden, De Medicus B.V., 1985;31-7. B14

10.Raz R, Stamm WE. A controlled trial of intravaginal estriol in postmenopausal women with recurrent urinary tract infections. N Engl J Med 1993;329:753-6. B16

11.Trevoux R, Velden WHM van der, Popovic D. Ovestin vaginal cream and suppositories for the treatment of menopausal vaginal atrophy. Reproduccion 1982;6:101-6. B10

12.Velden WHM van der, Trevoux R, Popovic D. Cream containing oestriol for the treatment of menopausal vaginal atrophy. In: Fioretti P, Martini L, Melis GB, Yen SSC, eds. The menopause; clinical, endocrinological and pathophysiological aspects. Proceedings of the Seronia Symposia, Vol. 39. Viareggio, May 26-28, 1980. London: Academic Press, 1982:535-8. B11

13.Donnez J, Lecart C. The use of estriol cream in vaginal surgery in post-menopausal women (Abstract). In: Keep PA van, Utian WH, Vermeulen A, eds. The controversial climacteric. Lancester: MTP, 1982:179. B7

14.Barentsen R, van de Weijer PHM, Schram JHN. Continuous low dose estradiol released from a vaginal ring versus estriol vaginal cream for urogenital atrophy. European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology,1997; 71:73-80. B19

15.Study E1686. The efficacy and safety of estriol vaginal cream (Ovestin) in the management of postmenopausal urogenital complaints.

16.Palacios S, Castelo-Branco C, Cancelo MJ, Vazquez F. Low-dose, vaginally administered estrogens may enhance local benefits of systemic therapy in the treatment of urogenital atrophy in postmenopausal women on hormone therapy. Maturitas 2005, 50;98-104.

17.Clocuh YPA. Östrogengabe als hormonelle Aufhellung zur Abklärung atrophischer Zellabstriche (The administration of estrogen prior to the interpretation of doubtful atrophic cyfosmears). Geburtshilfe Frauenheilkd 1980;40:1121-9.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

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Armazenagem

Manter o produto em sua embalagem original e conservar em temperatura ambiente (entre 15º e 30ºC); proteger da luz e umidade. O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico: creme branco, homogêneo, consistente, isento de partículas estranhas.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres legais

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SAC 0800 724 6522

STELE – Bula para o paciente

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
STELE pode ser prescrito para o tratamento das queixas da menopausa. STELE também pode ser recomendado para melhorar a cicatrização em mulheres na pós-menopausa submetidas a cirurgias vaginais e auxiliar na avaliação da secreção vaginal em mulheres na pós-menopausa.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
STELE pertence ao grupo de medicamentos chamados estrogênios. STELE contém estriol que é um dos hormônios femininos ou estrogênios que são produzidos pelo seu próprio organismo, principalmente pelos ovários. Eles são necessários para o desenvolvimento sexual normal da mulher e para regular o ciclo menstrual durante a fase reprodutiva da vida da mulher. Quando a mulher fica mais velha, os ovários gradativamente produzem menos estrogênios. O período no qual isso acontece (geralmente por volta dos 50 anos) é chamado de menopausa. Se os ovários forem retirados cirurgicamente antes da menopausa, a diminuição da produção de estrogênio ocorre subitamente.
A deficiência de estrogênios durante a menopausa pode fazer com que a parede da vagina se torne fina e seca. Consequentemente, a relação sexual pode se tornar dolorosa e podem ocorrer prurido e infecções vaginais. A deficiência de estrogênios também pode provocar sintomas como incontinência urinária, cistites repetidas, irritação vaginal e ondas de calor. Essas queixas podem melhorar frequentemente com a utilização de medicamentos contendo estrogênios. A melhora pode demorar vários dias, ou mesmo semanas, para ser notada.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres que:
-têm ou tiveram câncer de mama ou se há suspeita de câncer de mama;
-têm ou apresentam suspeita de um tumor dependente de estrogênio, tal como câncer da camada interna do útero;
-têm sangramento vaginal anormal, que não foi avaliado pelo seu médico;
-têm crescimento anormal da camada interna do útero (hiperplasia do endométrio);
-têm ou tiveram distúrbio da circulação, tal como coágulos de sangue (nas veias das pernas ou do pulmão);
-têm um distúrbio de coagulação do sangue (distúrbio trombofílico, como deficiência de proteína C, proteína S, ou de antitrombina);
-têm ou tiveram algum problema causado por coágulos de sangue nas artérias, como angina do peito, derrame cerebral ou um infarto do miocárdio;
-têm ou tiveram doença do fígado na qual os testes de função hepática ainda não voltaram aos valores normais;
-tiveram uma reação alérgica ao estriol, ou qualquer outro ingrediente da fórmula do STELE;
-têm porfiria (um distúrbio hereditário ou adquirido na produção de pigmento do sangue).

Este medicamento é contraindicado para uso por homens.
Este medicamento é contraindicado para uso por grávidas.

Consulte o seu médico ou peça orientação do farmacêutico antes de usar qualquer medicamento. Se você está grávida ou pensa que pode estar grávida, não use STELE.

Este medicamento é contraindicado para uso durante a lactação.

Informar ao médico se está amamentando. Não use STELE sem antes consultar o seu médico.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Precauções
Assim como é benéfica, a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) apresenta alguns riscos que você precisa considerar quando decidir iniciar ou continua-la.

Avaliação médica periódica
Antes de iniciar a Terapia de Reposição Hormonal, o seu médico deverá fazer perguntas sobre sua história médica e de seus familiares. Seu médico poderá decidir examinar suas mamas e/ou abdome e fazer um exame interno. Você também será orientada a fazer exames médicos periódicos, especialmente exame das mamas. Seu médico lhe dirá quantas vezes esses exames devem ser realizados.
Uma vez que você iniciou a Terapia de Reposição Hormonal, você deve consultar o seu médico para avaliações periódicas (pelo menos uma vez por ano). Nessas avaliações, seu médico poderá discutir com você os benefícios e riscos de continuar a Terapia de Reposição Hormonal.

Se determinadas condições se aplicarem ao seu caso, você será submetida a um controle mais rigoroso por parte do seu médico. Informe ao seu médico se tem ou teve alguma das seguintes condições, ou se alguma dessas condições apresentou piora durante a gravidez ou com uso prévio de hormônios:
-fibrose uterina;
-endometriose;
-coágulos nos vasos sanguíneos (trombose, trombose venosa profunda, embolia pulmonar) ou apresenta um risco aumentado de apresentá-los;
-se alguém de sua família apresentou câncer dependente de estrogênio (tal como uma parente próxima que apresentou câncer de mama);
-pressão arterial elevada;
-doença cardíaca;
-doenças do fígado;
-doenças dos rins;
-diabetes;
-pedras na vesícula;
-enxaqueca ou dores de cabeça (intensas);
-lúpus eritematoso sistêmico;
-hiperplasia do endométrio;
-epilepsia;
-asma;
-otosclerose (surdez hereditária).

Informe ao seu médico se você notar qualquer alteração na sua condição física durante o uso de STELE. A Terapia de Reposição Hormonal algumas vezes pode causar retenção de líquidos.

Motivos para interromper imediatamente o uso de STELE:
•icterícia (sua pele se torna amarelada) ou redução da função hepática;
•aumento repentino da pressão arterial;
•enxaqueca ou dor de cabeça grave pela primeira vez;
•gravidez.

Efeitos sobre o seu risco de desenvolver câncer
Câncer de endométrio
Toda mulher apresenta um pequeno risco de apresentar câncer de endométrio (câncer da camada interna do útero), independentemente de fazer ou não a Terapia de Reposição Hormonal. Um estudo epidemiológico mostrou que o tratamento prolongado com baixas doses de comprimidos de estriol, mas não com creme ou cápsulas vaginais, pode aumentar o risco de câncer de endométrio. O risco aumentou com a duração do tratamento e desapareceu dentro de um ano após a interrupção do tratamento. Os cânceres encontrados em mulheres que utilizaram estriol apresentaram menor probabilidade de se espalhar do que em mulheres que não usaram estriol.
Para impedir a estimulação do endométrio, a dose máxima não deve ser ultrapassada, nem deve ser usada por tempo maior do que algumas semanas.
Podem ocorrer sangramentos vaginais por privação hormonal ou pequenas perdas de sangue (spotting), durante os primeiros meses de Terapia de Reposição Hormonal.

Entretanto, se o sangramento ou as pequenas perdas sanguíneas:
•durarem mais do que alguns poucos meses;
•iniciarem depois que você recebeu a Terapia de Reposição Hormonal por algum tempo;
•continuarem mesmo depois que você interrompeu a Terapia de Reposição Hormonal. Consulte o seu médico para determinar se esses sinais requerem avaliação adicional.

Câncer de mama
Mulheres que têm ou tiveram câncer de mama, não devem receber Terapia de Reposição Hormonal. A administração da Terapia de Reposição Hormonal com estrogênio ou com estrogênio combinado com progestagênio durante vários anos aumenta discretamente o risco de câncer de mama. O risco aumenta com a duração da Terapia de Reposição Hormonal e retorna ao normal dentro de cerca de cinco anos após a sua interrupção. Mulheres que recebem Terapia de Reposição Hormonal combinada apresentam um risco discretamente maior de desenvolver câncer de mama do que as que recebem Terapia de Reposição Hormonal apenas com estrogênio.
Não se sabe se STELE é associado com o mesmo risco mais elevado de câncer de mama que outras Terapias de Reposição Hormonal. No entanto, se você estiver preocupada sobre o risco de câncer de mama, consulte o seu médico para discutir com ele o risco comparado aos benefícios do tratamento.
Assegure-se de submeter-se à avaliação médica das mamas com relação a qualquer alteração, tal como depressão na pele, alterações no mamilo ou qualquer nodulação que você perceba.

Câncer de ovário
O câncer de ovário é muito raro, mas é uma condição grave. Ele pode ser difícil de ser diagnosticado, porque em geral não há sinais evidentes da doença. O câncer de ovário é muito mais raro que o câncer da mama. Acredita-se que o uso a longo prazo (pelo menos 5 a 10 anos) de produtos para Terapia de Reposição Hormonal com estrogênios implicam em um risco ligeiramente maior de câncer de ovário. Alguns estudos sugerem que o uso a longo prazo da Terapia de Reposição Hormonal combinada implica em um risco semelhante, ou ligeiramente menor. Não se sabe se STELE aumenta o risco da mesma maneira.
Mulheres que utilizam Terapia de Reposição Hormonal por mais de cinco anos irão apresentar um caso adicional da doença de 1 em 2.500 usuárias.

Efeitos sobre o coração e a circulação Doença arterial coronariana (DAC)
A Terapia de Reposição Hormonal não é recomendada para mulheres que apresentam ou apresentaram recentemente alguma doença cardíaca. Se você tem ou teve alguma doença cardíaca, informe ao seu médico para que ele verifique se você pode ou não receber Terapia de Reposição Hormonal.
A Terapia de Reposição Hormonal não ajuda a impedir as doenças cardíacas.
Mulheres que utilizam Terapia de Reposição Hormonal com estrogênio combinado com progestagênio são discretamente mais propensas a adquirir uma doença cardíaca durante o primeiro ano de tratamento do que aquelas que não utilizam qualquer Terapia de Reposição Hormonal. Para outros tipos de Terapia de Reposição Hormonal, o risco parece ser semelhante, embora isto não esteja ainda confirmado.
Como o risco de doenças cardíacas depende fortemente da idade, o número de casos adicionais de doenças cardíacas devido ao uso de Terapia de Reposição Hormonal com estrogênio combinado com progestagênio é muito baixo em mulheres saudáveis perto da menopausa, mas pode aumentar com idade mais avançada.
Se você apresentar sintomas que possam indicar que você tem uma doença cardíaca (tal como dor no peito que se irradia para o braço ou pescoço) consulte o seu médico imediatamente. Não tome o medicamento até que seu médico autorize.

Acidente vascular cerebral (derrame cerebral)
A Terapia de Reposição Hormonal com estrogênio ou com estrogênio combinado com progestagênio promove um aumento do risco de derrame cerebral de até 1,5 vezes. Os riscos comparáveis para as usuárias em relação as não usuárias não se altera com a idade ou o tempo desde a menopausa.
No entanto, devido o risco de derrame cerebral estar fortemente relacionado à idade, o risco total geral de derrame cerebral em mulheres que utilizam Terapia de Reposição Hormonal irá aumentar com a idade.
A observação de mulheres na faixa dos 50 anos que não receberam Terapia de Reposição Hormonal, em média, durante um período de mais de 5 anos, mostra que 8 em 1000 poderão apresentar derrame cerebral. Para mulheres na faixa de 50 anos que recebem Terapia de Reposição Hormonal, o número de casos adicionais será de 3 em 1000 usuárias, após 5 anos.
Se você apresentar sintomas que possam indicar um derrame cerebral (tais como dores de cabeça do tipo enxaqueca não explicáveis, com ou sem alterações da visão) consulte o seu médico imediatamente. Não tome o medicamento até que seu médico autorize.

Coágulos
A Terapia de Reposição Hormonal aumenta o risco de coágulos de sangue nas veias (também chamados de trombose venosa profunda, ou TVP), de 1,3 a 3 vezes, especialmente durante o primeiro ano de tratamento. Não se sabe se STELE aumenta o risco da mesma maneira.
Esses coágulos nem sempre são graves, mas se algum deles se deslocar para os pulmões pode causar dor no peito, falta de ar, colapso e mesmo levar à morte. Esta condição é chamada embolia pulmonar, ou EP.
A TVP e EP são exemplos de uma condição chamada tromboembolia venosa ou TEV.

Você está mais propensa a apresentar um coágulo:
-se você possui idade avançada;
-se estiver grávida ou teve um bebê recentemente;
-se teve um ou mais abortos;
-se utiliza estrogênios;
-se for gravemente obesa;
-se teve um coágulo anteriormente na perna, pulmão ou em outro órgão;
-se qualquer pessoa de sua família teve coágulos;
-se tem algum problema de coagulação do sangue que precise de tratamento com um medicamento como a varfarina;
-se não estiver se locomovendo por tempo prolongado por causa de uma cirurgia, traumatismo ou doença;
-se você apresenta uma condição rara chamada lúpus eritematoso sistêmico;
-se você tem câncer.

Se alguma dessas condições se aplicar ao seu caso, consulte o seu médico para verificar se você deve receber Terapia de Reposição Hormonal.
Observando mulheres na faixa dos 50 anos que não receberam Terapia de Reposição Hormonal, em média, durante um período de mais de 5 anos, mostra que 4 em 1000 poderão apresentar coágulos de sangue em uma veia. Para mulheres na faixa de 50 anos que utilizaram Terapia de Reposição Hormonal de estrogênio combinado com progestagênio por mais de 5 anos, o número de casos adicionais será de 5 em 1000 usuárias.
Se você apresentar sintomas que possam indicar que você desenvolveu um coágulo (tal como inchaço doloroso da perna, dor súbita no peito, e/ou dificuldade para respirar) consulte o seu médico imediatamente. Não utilize o medicamento até que seu médico autorize.
Se você for se submeter a uma cirurgia, informe ao seu médico sobre ela. Você poderá precisar interromper a Terapia de Reposição Hormonal cerca de 4 a 6 semanas antes da cirurgia, para reduzir o risco de desenvolver coágulos sanguíneos. Seu médico a orientará sobre quando você pode reiniciar a Terapia de Reposição Hormonal novamente.

Outros efeitos
A Terapia de Reposição Hormonal não previne a perda de memória. O risco de perda de memória pode ser um pouco maior em mulheres que começam a utilizar a Terapia de Reposição Hormonal após os 65 anos de idade.

Informação importante sobre alguns dos ingredientes da fórmula de STELE
STELE contém álcool cetílico, que podem causar reações cutâneas locais (por ex. dermatite de contato).

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e operar máquinas
STELE não apresenta ou apresenta influência desprezível sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas.

Ingestão concomitante com outras substâncias
Outros medicamentos podem influenciar os efeitos de STELE, ou este pode afetar os efeitos de outros medicamentos.

Informe ao seu médico ou farmacêutico qualquer medicamento que esteja usando (ou que pretenda usar), tais como:
•medicamentos para tratamento de epilepsia (tais como barbituratos, hidantoína e carbamazepina);
•medicamentos para infecções (tais como griseofulvina, rifamicina);
•medicamentos para infecções virais (nevirapina, efavirenz, ritonavir, nelfinavir);
•preparações fitoterápicas contendo erva de São João (Hypericum perforatum);
•algum medicamento contendo corticosteroides, succinilcolina, teofilinas ou troleandomicina;

Uso concomitante com alimentos e bebidas
Não há restrições quanto à ingestão de alimentos ou líquidos durante o tratamento com STELE.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Se você tiver uma infecção vaginal, o seu médico poderá recomendar o uso de um medicamento para tratar a infecção.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Manter o produto em sua embalagem original e conservar em temperatura ambiente (entre 15º e 30ºC); proteger da luz e umidade.
O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico: creme branco, homogêneo, consistente, isento de partículas estranhas.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
STELE deve ser usado à noite, na hora de deitar, e administrado na vagina com auxílio do aplicador que acompanha a bisnaga.
A dose usual para o tratamento das queixas vaginais, é de 1 aplicação diariamente durante as primeiras semanas. Em seguida a dose é gradativamente diminuída, por exemplo, para 1 aplicação duas vezes por semana. Para outras condições, podem ser recomendadas doses diferentes.
Uma aplicação (aplicador cheio até a marca em anel) contém 0,5 grama de creme contendo 0,5 mg de estriol. Para mulheres submetidas à cirurgia vaginal: a dose usual é de 1 aplicação diária durante 2 semanas antes da cirurgia, e de 1 aplicação 2 vezes por semana nas 2 semanas seguintes da cirurgia.
Como auxiliar para o diagnóstico no caso de um esfregaço cervical atrófico duvidoso: a dose usual é de 1 aplicação em dias alternados, 1 semana antes da coleta do próximo esfregaço.
Se você tiver a impressão de que o efeito de STELE é muito fraco ou muito forte, consulte o seu médico.
A dose máxima de uma aplicação por dia não deve ser usada por várias semanas.

COMO USAR STELE
1.Remova a tampa da bisnaga, vire a tampa ao contrário e encaixe no bocal da bisnaga para romper o lacre.
2.Rosqueie o bocal do aplicador na bisnaga. Não puxe o êmbolo.
3. Depois de rosquear, pressione a bisnaga pela extremidade inferior para que o creme empurre o êmbolo até a marca vermelha (anel).
4.Retire o aplicador da bisnaga e tampe-a.
5.Para aplicar o creme, deite-se e introduza profundamente o aplicador na vagina.
6.Empurre o êmbolo vagarosamente até o fim, esvaziando todo o aplicador.
Depois do uso, retire o êmbolo totalmente do corpo do aplicador, lavando-o com água morna e sabão e enxaguando-o bem. Não use detergente.

NÃO COLOQUE O APLICADOR EM ÁGUA MUITO QUENTE OU FERVENTE.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Uma dose esquecida deve ser administrada assim que lembrada, desde que não seja no mesmo dia da próxima dose. Neste caso, não administre a dose esquecida, apenas continue com a próxima dose no horário habitual. Não utilize uma dose em dobro para compensar a dose esquecida.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Assim como outros medicamentos, STELE pode causar reações adversas. Dependendo da dose e da sensibilidade da paciente, STELE pode, algumas vezes causar efeitos colaterais, tais como:
•irritação local ou coceira;
•inchaço e aumento da sensibilidade das mamas.
Na maioria das pacientes essas reações desaparecem após as primeiras semanas de tratamento. Informe ao seu médico o aparecimento de sangramento vaginal, ou se qualquer reação adversa se tornar intensa ou persistente.

Outras reações adversas que podem ocorrer com a Terapia de Reposição Hormonal são:
-tumores benignos ou malignos dependentes de hormônios, tal como câncer de endométrio;
-infarto do miocárdio e derrame cerebral;
-doença da vesícula biliar;
-distúrbios cutâneos ou subcutâneos, tais como pigmentação castanha da pele (cloasma), diversas doenças de pele com bolhas e nódulos ou hemorragias na pele (eritema multiforme, eritema nodoso, púrpura vascular);
-tromboembolia venosa (isto é, trombose venosa profunda na perna ou pélvica e embolia pulmonar) ocorre mais frequentemente em usuárias de Terapia de Reposição Hormonal do que em não usuárias. Para informações adicionais, ver itens “3. Quando não devo usar este medicamento?” e “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”;
-a utilização de Terapia de Reposição Hormonal por vários anos aumenta discretamente o risco de câncer de mama. Mulheres de 50 a 65 que não utilizam Terapia de Reposição Hormonal, em média, 9 a 12 em 1000 serão diagnosticadas com câncer de mama ao longo de um período de 5 anos. Para mulheres com idades entre 50 e 65 anos que utilizam Terapia de Reposição Hormonal de estrogênio combinado com progestagênio por mais de 5 anos, o número de casos adicionais será de 6 em cada 1000 usuárias. Para mulheres entre 50 e 79 que não utilizam Terapia de Reposição Hormonal, em média, 14 em 1000 serão diagnosticadas com câncer de mama ao longo de um período de 5 anos. Para mulheres entre 50 e 79 que utilizam Terapia de Reposição Hormonal de estrogênio combinado com progestagênio por mais de 5 anos, o número de casos adicionais será de 4 em cada 1000 usuárias. O número de casos adicionais de câncer de mama não depende da idade em que se iniciou a Terapia de Reposição Hormonal (se você iniciou a Terapia de Reposição Hormonal entre a idade de 45 e 65 anos). Para informações adicionais, ver itens “3. Quando não devo usar este medicamento?” e “Câncer de mama” no item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”.
Se você notar alguma reação adversa não mencionada nesta bula ou se você apresentar reações graves, informe ou ao seu médico ou ao farmacêutico.

Informe seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Se você utilizou STELE em dose maior do que deveria, informe ao seu médico ou ao farmacêutico. Se uma pessoa ingerir o creme, não é caso de grande preocupação. Entretanto, você deve consultar um médico. Os sintomas podem incluir náuseas e vômitos e, pode ocorrer sangramento vaginal depois de alguns dias.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Data da bula

18/08/2014