Claritomicina injetável

Claritomicina Injetável com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Claritomicina Injetável têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Claritomicina Injetável devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

Informação não disponível para esta bula.

Apresentação Claritomicina Injetável

USO ADULTO Via intravenosa. KLARICID (claritromicina) I.V. pó liofilizado: Embalagem contendo 1 frasco-ampola com pó liofilizado (Lista Nº G-656). Cada frasco-ampola contém: Claritromicina: 500 mg Excipientes: ácido lactobiônico (agente solubilizante).

Claritomicina Injetável – Indicações

KLARICID (claritromicina) I.V. está indicado no tratamento de infecções de vias aéreas superiores e inferiores, e de infecções de pele e tecidos moles, causadas por todos os microorganismos sensíveis à claritromicina. Também está indicado para infecções disseminadas ou localizadas causadas por Mycobacterium avium ou Mycobacterium intracellulare, e infecçoes localizadas causadas por Mycobacterium chelonae, Mycobacterium fortuitum ou Mycobacterium kansasii.

Contra indicações de Claritomicina Injetável

KLARICID (claritromicina) I.V. está contra-indicado para o tratamento de pacientes com conhecida hipersensibilidade aos antibióticos macrolídeos e a qualquer componente da fórmula. As reações alérgicas e de hipersensibilidade devem ser tratadas prontamente por medidas de suporte. A administração concomitante de claritromicina com astemizol, cisaprida, pimozida e terfenadina está contra-indicada (ver Interações medicamentosas).

Advertências

O médico não deve prescrever KLARICID (claritromicina) I.V. a mulheres grávidas sem que sejam analisados os riscos e benefícios cuidadosamente, principalmente durante os três primeiros meses de gravidez. Colite pseudomembranosa foi descrita para quase todos os agentes antibacterianos, incluindo macrolídeos, podendo sua gravidade variar de leve a risco de vida. PRECAUÇÕES A claritromicina é excretada principalmente pelo fígado, devendo ser administrada com cautela em pacientes com função hepática alterada. Deve ser também administrada com precaução em pacientes com comprometimento moderado a grave da função renal. Há relatos pós-comercialização de toxicidade por colchicina quando administrada concomitantemente com claritromicina, especialmente em pacientes idosos e com insuficiência renal. Óbitos foram reportados em alguns destes pacientes (ver Interações Medicamentosas). Deve-se considerar a possibilidade de resistência bacteriana cruzada entre a claritromicina e os outros macrolídeos, como a lincomicina e a clindamicina.

Interações medicamentosas de Claritomicina Injetável

Interações relacionadas a enzimas do citocromo P450 Os dados disponíveis até o presente indicam que a claritromicina é metabolizada no fígado principalmente pela isoenzima do sistema citocromo P450 3A (CYP3A). Este é um mecanismo importante que determina muitas interações medicamentosas. O metabolismo de outras substâncias por este sistema pode ser inibido pela administração concomitante com claritromicina e pode ser associado com elevações nos níveis plasmáticos dessas outras substâncias. As seguintes substâncias são sabidamente ou supostamente metabolizadas pela mesma isoenzima CYP3A: anticoagulantes orais (ex. warfarina), alcalóides do ergot, alprazolam, astemizol, carbamazepina, cilostazol, cisaprida, ciclosporina, disopiramida, lovastatina, metilprednisolona, midazolam, omeprazol, pimozida, quinidina, rifabutina, sildenafil, sinvastatina, terfenadina, triazolam, tacrolimus e vimblastina. Substâncias que interagem por mecanismos semelhantes através de outras isoenzimas dentro do sistema citocromo P450 incluem a fenitoína, teofilina e valproato. Resultados de estudos clínicos revelaram que existe um aumento discreto, mas estatisticamente significativo (p menor ou igual a 0,05), nos níveis circulantes de teofilina ou de carbamazepina, quando algum destes medicamentos é administrado concomitantemente com a claritromicina oral. As seguintes substâncias apresentaram interações com eritromicina e/ou claritromicina relatadas na pós-comercialização: Rabdomiólise coincidente com a co-administração de claritromicina e inibidores da HMG-CoA redutase (por exemplo, lovastatina e sinvastatina) tem sido raramente reportada. Foram relatados aumentos dos níveis de cisaprida em pacientes tratados concomitantemente com claritromicina. Isto pode resultar em prolongamento do intervalo QT e arritmias cardíacas incluindo taquicardia ventricular, fibrilação ventricular e Torsades de Pointes. Efeitos semelhantes foram observados em pacientes tratados concomitantemente com claritromicina e pimozida. Foi relatado que os macrolídeos alteram o metabolismo da terfenadina resultando em níveis aumentados de terfenadina que, ocasionalmente, foi associado com arritmias cardíacas tais como prolongamento do intervalo QT, taquicardia ventricular, fibrilação ventricular e Torsades de Pointes. Em um estudo em 14 voluntários sadios, o uso concomitante de claritromicina e terfenadina resultou em um aumento de duas a três vezes nos níveis séricos do metabólito ácido da terfenadina e em prolongamento do intervalo QT, que não levou a qualquer efeito detectável clinicamente. Semelhantes efeitos foram observados com a administração concomitante de astemizol e outros macrolídeos. Após a comercialização da claritromicina, foram relatados casos de Torsades de Pointes que ocorreram com o uso concomitante de claritromicina e quinidina ou disopiramida. Os níveis séricos destes medicamentos devem ser monitorados durante a terapia com claritromicina. Estudos de pós-comercialização indicaram que a co-administração de claritromicina com ergotamina ou diidroergotamina foi associada com toxicidade aguda de ergot, caracterizada por vasoespasmos e isquemia das extremidades e outros tecidos, inclusive sistema nervoso central. Interações relacionadas a outras drogas: A administração simultânea de claritromicina e anticoagulantes orais pode potencializar o efeito destes. Portanto deve-se controlar adequadamente o tempo de protrombina nesses pacientes. Elevação nas concentrações séricas de digoxina foram relatadas em pacientes que receberam concomitantemente claritromicina comprimidos e digoxina. A monitoração dos níveis séricos da digoxina deve ser considerada. Colchicina: a colchicina é um substrato para CYP3A e para o transportador de efluxo, P-glicoproteína (Pgp). Sabe-se que a claritromicina e outros macrolídeos inibem o CYP3A e a Pgp. Quando claritromicina e colchicina são administradas concomitantemente, a inibição da Pgp e/ou do CYP3A pela claritromicina pode levar a um aumento da exposição à colchicina. Os pacientes devem ser monitorizados quanto a sintomas clínicos de toxicidade por colchicina. Interações com medicamentos anti-retrovirais: A administração simultânea de comprimidos de claritromicina e zidovudina a pacientes adultos infectados pelo HIV pode resultar na diminuição das concentrações de zidovudina no estado de equilíbrio. Esta interação não parece ocorrer em pacientes pediátricos, tratados concomitantemente com claritromicina suspensão e zidovudina ou dideoxiinosina. Como aparentemente a claritromicina interfere com a absorção da zidovudina quando estes medicamentos são administrados simultaneamente por via oral, esta interação não deve ser um problema quando a claritromicina é administrada por via endovenosa. Um estudo farmacocinético demonstrou que a administração concomitante de 200 mg de ritonavir a cada 8 horas e 500 mg de claritromicina a cada 12 horas resultou em importante inibição do metabolismo da claritromicina. A Cmax da claritromicina aumentou 31%, a Cmin aumentou 182% e a AUC aumentou 77% com a administração concomitante de ritonavir. Foi observada uma completa inibição da formação do metabólito 14-hidroxi-claritromicina. Devido a grande janela terapêutica da claritromicina, não é necessária nenhuma redução de dose em pacientes com função renal normal. Entretanto, em pacientes com disfunção renal, os seguintes ajustes deverão ser considerados: para pacientes com depuração de creatinina entre 30 e 60 mL/min, a dose de claritromicina deve ser reduzida em 50%; para pacientes com depuração de creatinina menor do que 30 mL/min, a dose de claritromicina deverá ser diminuída em 75%. Doses de claritromicina maiores que 1 g/dia não devem ser administradas concomitantemente com ritonavir.

Reações adversas / efeitos colaterais de Claritomicina Injetável

As reações adversas mais freqüentemente relacionadas em estudos clínicos foram inflamação, sensibilidade, flebite e dor no local da injeção. Alteração do paladar foi o evento adverso não relacionado com a infusão mais comumente relatado. As reações adversas relacionadas com o uso da claritromicina por via oral mais freqüentemente relatadas foram algumas perturbações gastrintestinais, como náusea, dispepsia, dor abdominal, vômito e diarréia. Outras reações adversas foram cefaléia, paladar alterado e elevação transitória de enzimas hepáticas. Farmacovigilância pós-comercialização Como ocorre com outros macrolídeos, disfunção hepática, incluindo aumento de enzimas hepáticas, hepatite colestática e/ou hepatocelular, com ou sem icterícia, tem sido ocasionalmente relatada com claritromicina. Esta disfunção hepática pode ser grave e é geralmente reversível. Em situações muito raras, insuficiência hepática com morte foi relatada e geralmente estava associada com doenças subjacentes graves e/ou uso concomitante de outros medicamentos. Casos isolados de creatinina sérica aumentada foram registrados, não tendo sido estabelecida nenhuma associação. Têm sido relatadas reações alérgicas desde urticária e erupções cutâneas leves até anafilaxia. Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica foram relatadas após administração oral da claritromicina. Houve também relatos de efeitos transitórios sobre o SNC, incluindo tontura, vertigens, ansiedade, insônia, pesadelos, zumbidos, confusão, desorientação, alucinação, psicose e despersonalização; entretanto, não foi estabelecida uma relação de causa/efeito. Foi relatada perda auditiva, geralmente reversível com a retirada do medicamento. Foram descritas alterações do olfato, usualmente em conjunto com alterações do paladar. Foram descritos raros casos de hipoglicemia, alguns dos quais ocorreram em pacientes fazendo uso concomitante de agentes hipoglicemiantes orais ou insulina. Foram relatados casos isolados de leucopenia, trombocitopenia, pancreatite e convulsões. Glossite, estomatite, monilíase oral e descoloração da língua foram relatadas durante o tratamento oral concomitante entre claritromicina e astemizol, alcalóides do ergot, triazolam, midazolam ou ciclosporina. Como com outros macrolídeos, prolongamento de intervalos QT, taquicardia ventricular e Torsades de Pointes foram raramente relatadas com claritromicina. Foram relatados casos de nefrite intersticial com o uso de claritromicina. Há relatos pós-comercialização de toxicidade por colchicina quando administrada concomitantemente com claritromicina, especialmente em pacientes idosos e com insuficiência renal. Óbitos foram reportados em alguns destes pacientes. Pacientes imunocomprometidos Embora não se disponham de dados referentes ao uso da claritromicina intravenosa nesta população de pacientes, estão disponíveis dados referentes ao uso oral da claritromicina em pacientes infectados pelo HIV. Em pacientes com AIDS ou outros pacientes imunocomprometidos tratados com doses mais elevadas de claritromicina durante períodos prolongados para infecções por micobactérias, é freqüentemente difícil distinguir os eventos adversos possivelmente associados com a administração de claritromicina dos sinais da doença subjacente ou de uma doença intercorrente. Em pacientes adultos, os eventos adversos relatados por pacientes tratados com dose oral diária de 1000 mg de claritromicina foram: náuseas, vômitos, alteração do paladar, dor abdominal, diarréia, eritema, flatulência, cefaléia, constipação, alterações da audição e elevações das transaminases. Eventos adicionais de baixa freqüência incluíram: dispnéia, insônia e boca seca. Nesses pacientes imunocomprometidos, a avaliação dos exames laboratoriais foi feita analisando-se os valores muito anormais para os testes especificados (isto é, extremamente elevados ou abaixo do limite). Com base nesse critério, cerca de 2 a 3% dos pacientes que receberam 1000 mg de claritromicina/dia apresentaram níveis intensamente anormais de transaminases e contagem anormalmente baixa de plaquetas e leucócitos. Uma porcentagem menor de pacientes também apresentou níveis elevados de uréia.

Claritomicina Injetável – Posologia

A dose recomendada é 1,0 g ao dia, dividido em duas doses iguais, infundidas gota a gota através de solução I.V., durante pelo menos 60 minutos, após prévia diluição com água estéril para injeção. KLARICID (claritromicina) I.V. não deve ser administrado em bolus ou por via intramuscular. Até o momento, não há dados que suportem o uso de KLARICID (claritromicina) I.V. em crianças. Pacientes com infecção micobacteriana: embora não haja informações sobre o uso de claritromicina I.V. em pacientes imunocomprometidos, há estudos sobre o uso de claritromicina oral em pacientes com HIV. O tratamento indicado para adultos com infecções disseminadas ou localizadas (M. avium, M. intracellulare, M. chelonae, M. fortuitum, M. kansasii) requer doses de 1000 mg/dia, divididas em 2 doses. A terapia endovenosa deve ser limitada a 2-5 dias para doentes graves e deve ser modificada para terapia oral tão logo seja possível, segundo julgamento médico. Em pacientes com função renal comprometida, com depuração da creatinina inferior a 30 mL/min, a dose deve ser reduzida à metade da dose normal recomendada.

Super dosagem

Em caso de superdosagem de claritromicina I.V., a infusão deve ser descontinuada e devem ser instituídas todas as medidas de suporte apropriadas. Relatos indicam que a ingestão de grandes quantidades de claritromicina produz sintomas gastrintestinais. Um paciente com história de distúrbio bipolar ingeriu 8 g de claritromicina comprimidos e apresentou alterações mentais, comportamento paranóico, hipocalemia e hipoxemia. Da mesma forma que com outros macrolídeos, não há evidências de que os níveis séricos da claritromicina são afetados por hemodiálise ou diálise peritoneal.

Caracteristicas farmalogicas

A claritromicina é antibiótico semi-sintético do grupo dos macrolídios, obtido pela substituição do grupo hidroxila na posição 6 pelo grupo CH30 no anel lactônico da eritromicina. A claritromicina é a 6-0-metil-eritromicina. O peso molecular é 747,96. A claritromicina é um pó cristalino, branco ou esbranquiçado, solúvel em acetona, levemente solúvel em metanol, etanol e acetonitrila, e praticamente insolúvel em água. Farmacologia clínica Microbiologia: A claritromicina exerce sua ação antibacteriana através de sua ligação às subunidades ribossômicas 50S dos agentes patogênicos sensíveis, suprimindo-lhes a síntese protéica. A claritromicina apresenta excelente atividade in vitro tanto contra cepas padronizadas de bactérias quanto de bactérias isoladas na clínica. A claritromicina é altamente potente contra uma grande variedade de organismos gram-positivos e gram-negativos aeróbios e anaeróbios. As concentrações inibitórias mínimas (CIMs) da claritromicina, geralmente são uma diluição um log na base 2 mais potentes do que as CIMs da eritromicina.Os dados in vitro também indicam que a claritromicina apresenta uma excelente atividade contra Legionella pneumophila, Mycoplasma pneumoniae e Helicobacter (Campylobacter) pylor. Dados in vitro e in vivo mostram que este antibiótico apresenta atividade contra espécies de micobactérias clinicamente significantes. Os dados in vitro indicam que espécies de Enterobacteriaceae e de pseudomonas e outros bacilos gram-negativos não fermentadores de lactose não são sensíveis à claritromicina. A claritromicina tem se mostrado ativa contra a maioria das cepas dos seguintes microorganismos tanto in vitro quanto em infecções clínicas: Microrganismos gram-positivos aeróbios: Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes, Listeria monocytogenes. Microorganismos gram-negativos aeróbios: Haemophilus influenzae, Haemophilus parainfluenzae, Moraxella catarrhalis, Neisseria gonorrhoeae, Legionella pneumophila. Outros microorganismos: Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae (TWAR). Micobactérias: Mycobacterium leprae, Mycobacterium kansasii, Mycobacterium chelonae, Mycobacterium fortuitum, Mycobacterium avium complex (MAC) consistindo de: Mycobacterium avium e Mycobacterium intracellulare. A produção de betalactamase não deve apresentar efeitos sobre a atividade da claritromicina. Observação: a maioria das cepas de estafilococos resistentes à meticilina e à oxacilina são resistentes à claritromicina. Helicobacter: Helicobacter pylori. Em culturas realizadas antes do tratamento, o H. pylori foi isolado e as CIMs da claritromicina foram determinadas em 104 pacientes. Destes, quatro pacientes apresentavam cepas resistentes, dois apresentavam cepas com sensibilidade intermediária e 98 apresentavam cepas sensíveis. Os seguintes dados in vitro estão disponíveis, mas seu significado clínico é desconhecido. A claritromicina apresenta atividade in vitro contra a maioria das cepas dos seguintes microorganismos; entretanto, a segurança e eficácia da claritromicina no tratamento de infecções clínicas devidas a esses microorganismos ainda não foram estabelecidas em estudos clínicos adequados e bem controlados: Microorganismos aeróbios gram-positivos: Streptococcus agalactiae, Streptococci (Grupos C, F e G), Streptococcus viridans. Microorganismos aeróbios gram-negativos: Bordetella pertussis, Pasteurella multocida. Microorganismos anaeróbios gram-positivos: Propionibacterium acnes, Clostridium perfringens, Peptococcus niger. Microorganismos anaeróbios gram-negativos: Bacteroides melaninogenicus. Espiroquetas: Borrelia burgdorferi, Treponema pallidum. Campilobacter: Campylobacter jejuni. Um metabólito encontrado em humanos, o 14-hidroxi-claritromicina tem significativa atividade antibacteriana. Este metabólito é tão ativo quanto, ou 1 a 2 vezes menos ativo do que a substância-mãe para a maioria dos microorganismos, exceto contra o H. influenzae contra o qual é duas vezes mais ativo. A substância-mãe e o metabólito 14-OH exercem tanto atividade aditiva quanto efeito sinérgico sobre o H. influenzae in vitro e in vivo, dependendo da cepa bacteriana. A claritromicina se mostrou duas a dez vezes mais ativa do que a eritromicina em vários modelos experimentais em animais. Foi demonstrado, por exemplo, que ela é mais ativa do que eritromicina em infecções sistêmicas, em abcessos subcutâneos, e infecções do trato respiratório em camundongos, causadas por S. pneumoniae, S aureus, S. pyogenes e H. influenzae. Em cobaias com infecção por Legionella este efeito foi mais pronunciado; uma dose intraperitoneal de 1,6 mg/kg/dia de claritromicina foi mais efetiva do que 50 mg/kg/dia de eritromicina. Testes de Sensibilidade: Os métodos quantitativos que requerem medida dos diâmetros das zonas fornecem estimativas mais precisas da sensibilidade antibiótica. Um procedimento recomendado utiliza discos impregnados com 15 mcg de claritromicina para testar a sensibilidade (teste de difusão de Kirby-Bauer); as interpretações correlacionam o diâmetro das zonas do disco de teste com os valores das CIMs para a claritromicina. As CIMs são determinadas pelo método de diluição em caldo ou ágar. Com este procedimento, um relatório do laboratório de ôsensível indica que o organismo infectante provavelmente responderá ao tratamento. Um relatório de ôresistente indica que o organismo infectante provavelmente não responderá ao tratamento. Um relatório de ôsensibilidade intermediária sugere que o efeito terapêutico da substância pode ser duvidoso ou que o organismo poderia ser sensível se fossem utilizadas doses maiores. (Este último também é referido como moderadamente sensível). Farmacocinética: Estudos in vitro mostram que a claritromicina se liga às proteínas em plasma humano, em média 70% na concentração de 0,45 mcg/ml. Estudos de distribuição tecidual demonstraram que os níveis de claritromicina em todos os tecidos, exceto no sistema nervoso central, foram muitas vezes maiores do que os níveis séricos da substância. As mais altas concentrações teciduais da claritromicina foram usualmente encontradas no fígado e no pulmão, onde a relação tecido/plasma (T/P) alcança valores iguais a 10-20. A claritromicina administrada em doses de 250 mg a cada 12 horas, apresentam picos de concentração plasmática em 2 a 3 dias com média de 1mcg/ml de claritromicina e 0,6mcg/ml para o seu metabólito. A meia vida de 3 a 4 horas para a claritromicina e 5 a 6 horas para o seu metabólito 14-OH. Quando a administração é em doses de 500 mg a cada 12 horas, a Cmax no estado de equilíbrio da claritromicina e seu metabólito hidroxilado foi atingida a partir da quinta dose. Após a quinta e sétima dose, a Cmax no estado de equilíbrio alcançada foi de 2,7 e 2,9 mcg/ml; seu metabólito hidroxilado atingiu 0,88 e 0,83 mcg/ml, respectivamente. A meia vida da claritromicina é de 4,5 a 4,8 horas e a do seu metabólito 14-OH é de 6,9 a 8,7 horas. A concentração de 14-hidroxiclaritromicina não aumenta proporcionalmente com a dose de claritromicina, e aparentemente a meia vida das duas substâncias tendem a ser mais longas com doses maiores. Esse comportamento farmacocinético não linear da claritromicina, associado com todo decréscimo na formação dos produtos 14-hidroxilados e N-dimetilados com doses maiores, indicam que o metabolismo da claritromicina aproxima-se da saturação com altas doses. A claritromicina é metabolizada principalmente pelo fígado. Aproximadamente 20% da dose de 250 mg de claritromicina administrada oralmente a cada 12 horas é excretada na urina de forma não modificada. Após uma dose de 500 mg, a cada 12 horas, a excreção da droga não modificada é de aproximadamente 30%. A depuração renal da claritromicina é entretanto, relativamente independente do tamanho da dose e aproxima-se do índice de filtração glomerular normal. O principal metabólito encontrado na urina é a 14-hidroxiclaritromicina, com níveis de pico de 0,5 mcg/ml e 1,2 mcg/ml após doses orais de 250 mg e 1200 mg, respectivamente. Em humanos recebendo doses orais únicas de 250 mg ou 1200 mg de claritromicina, a excreção urinária atingiu 37,9% da menor dose e 46,0% da dose mais elevada. A eliminação fecal contribuiu com 40,2% e 29,1% (esta indluiu um indivíduo com apenas uma amostra de fezes contendo 14,1%) dessas respectivas doses. Em um estudo clínico de dose única em voluntários, a claritromicina foi administrada intravenosamente nas doses de 75 mg, 125 mg, 250 mg e 500 mg, em volumes de 100 ml infundidos durante 30 minutos, e 500 mg, 750 mg ou 1000 mg, em volumes de 250 ml infundidos durante 60 minutos. Os picos de concentração média (Cmax) da substância-mãe variaram de 5,16 mcg/ml após 500 mg, a 9,40 mcg/ml após 1000 mg (60 minutos de infusão). O pico da concentração média (Cmax) do metabólito 14-hidroxiclaritromicina variou de 0,66 mcg/ml após a dose de 500 mg até 1,06 mcg/ml após a dose de 1000 mg (infusão em 60 minutos). A meia-vida sérica média, na fase terminal, da substância-mãe foi dose-dependente, variando de 3,8 horas após 500 mg (60 minutos de infusão) a 4,5 horas após 1000 mg (60 minutos de infusão). A meia-vida plasmática média estimada para o metabólito 14-hidroxilado apresentou alguns aumentos dependentes da dose com as doses mais elevadas e variou de 7,3 horas após a dose de 500 mg até 9,3 horas após a dose de 1000 mg (infusão em 60 minutos). A média da área sob a curva concentração vs tempo (AUC) apresentou um aumento não linear dependente da dose para a substância-mãe de 22,29 h.mcg/ml após a dose de 500 mg, para 53,26 h.mcg/ml após a dose de 1000 mg. A média da área sob a curva concentração vs tempo (AUC) para o metabólito 14-hidroxilado variou de 8,16 h.mcg/ml após a dose de 500 mg para 14,76 h.mcg/ml após a dose de 1000 mg (infusão em 60 minutos). Em um estudo clínico de doses múltiplas no período de 7 dias, pacientes receberam infusões de 125 mg e 250 mg de claritromicina por via intravenosa, em volumes de 100 ml durante 30 minutos, ou 500 mg e 750 mg, em volumes de 250 ml durante 60 minutos; as doses foram administradas com intervalos de 12 horas. Nesse estudo, os picos médios de concentração de claritromicina (Cmax) em estado de equilíbrio (steady-state) aumentaram de 5,5 mcg/ml com doses de 500 mg para 8,6 mcg/ml com doses de 750 mg. A meia vida aparente terminal foi de 5,3 horas após a infusão da dose de 500 mg durante 60 minutos e 4,8 horas após a infusão da dose de 750 mg durante 60 minutos. A Cmax no estado de equilíbrio observada para o metabólito 14-hidroxi aumentou de 1,02 mcg/ml com a dose de 500 mg para 1,37 mcg/ml com a dose de 750 mg. As meias vidas da fase terminal para este metabolito foram de 7,9 horas e 5,4 horas para os grupos das doses de 500 mg e 750 mg, respectivamente. Não se evidenciou nenhuma tendência relacionada com a dose. As concentrações de equilíbrio da claritromicina e da 14-hidroxiclaritromicina obsevadas após administração das doses usuais de claritromicina a pacientes adultos infectados pelo HIV foram semelhantes àquelas observadas em indivíduos normais. Entretanto, com as doses mais elevadas que podem ser requeridas para tratar infecções por micobactérias, as concentrações de claritromicina foram muito superiores àquelas observadas com as doses usuais. As meias vidas de eliminação pareceram ser aumentadas nestas doses elevadas, quando comparadas com aquelas observadas com as doses usuais em indivíduos normais. As concentrações maiores de claritromicina e as vidas médias de eliminação da substância observadas com essas doses são consistentes com a conhecida não linearidade da farmacocinética da claritromicina. Toxicologia Toxicidade aguda: Claritromicina foi administrada por via intravenosa em camundongos, em dois estudos separados, e a DL50 encontrada foi de 184 mg/kg e 227 mg/kg. Estes valores são várias vezes maiores que a DL50 encontrada em ratos (64 mg base/kg) e são menores que os obtidos após administração em camundongos por outras vias. Os sinais de toxicidade em ambas espécies foram: diminuição da atividade, ataxia, reflexo, tremores, dispnéia e convulsões. A autópsia e os exames histopatológicos realizados nos camundongos sobreviventes do estudo cuja DL50 encontrada foi de 184 mg/kg não mostraram alterações associadas à administração intravenosa da claritromicina. Entretanto, no outro estudo com camundongos e no estudo com ratos foram encontrados nos animais que tiveram morte aguda, alterações sugestivas de edema pulmonar juntamente com pequenas áreas de discoloração vermelha-escura difusa dos lóbulos dos pulmões. Embora similares, os efeitos produzidos foram mais tóxicos em ratos do que em camundongos. O modo exato de toxicidade não foi determinado. Embora os sinais de toxicidade aguda tenham sugerido efeitos sobre o sistema nervoso central, as necrópsias revelaram alterações pulmonares em alguns camundongos e ratos. A toxicidade intravenosa aguda (DL50 em mg/kg) em camundongos, dos metabólitos M1 (desmetil), M4 (descladinosil) e M5 (isohidroxi) foi de 200, 256 e 337 mg/kg respectivamente e incluíram inibição do movimento, estresse respiratório e convulsões clônicas. Aparentemente, a toxicidade destes metabólitos são comparáveis em qualidade e intensidade. As soluções intravenosas de claritromicina foram avaliadas para irritação na veia periférica da orelha de coelhos. Esse estudo demonstrou que administração de dose única em altas concentrações (7,5 mg a 30 mg/ml) apresentou irritação discreta. Toxicidade subaguda : os estudos tiveram a duração de um mês, empregando-se doses de 15, 50 e 160 mg/kg/dia em ratos e 5, 15 e 40 mg/kg/dia em macacos. As doses mais elevadas testadas na determinação da dose em ratos (entre 20 e 640 mg/kg/dia) e em macacos (entre 5 e 80 mg/kg/dia), se mostraram tóxicas para o fígado, sistema biliar e rins, o que foi coerente com os encontrados em órgãos alvos em estudos com administração oral de claritromicina. A ocorrência de irritação venosa grave nos estudos com duração de um mês, com as doses de 160 mg/kg/dia e 40 mg/kg/dia em ratos e macacos, respectivamente, impediram o estudo de doses elevadas para demonstrar a toxicidade nos órgãos alvo. A dose sem efeitos em ratos e macacos determinada durante os estudos subagudos de um mês foram 50 e 15 mg/kg/dia, respectivamente, devido a irritação venosa com as doses mais elevadas. Embriotoxicidade: Estudos em ratos mostraram que, apesar da significativa toxicidade materna, manifestada por irritação venosa e diminuição do consumo de alimentos e do ganho de peso, não foi evidenciada embriotoxicidade, embrioletalidade ou teratogenicidade em nenhum das seguintes doses testadas: 15, 50 e 160 mg/kg/dia de claritromicina por via endovenosa. Em coelhos, as doses sem efeito para toxicidade materna e fetal foram de 10 e 30 mg/kg/dia, respectivamente. Em macacos, doses de aproximadamente 2,5 a 5 vezes a dose usual pretendida para uso em humanos (500 mg 2X ao dia) não produziu nenhum efeito lesivo nos conceptos; doses dez vezes maiores do que a dose terapêutica para humanos produziram perda embrionária devida a toxicidade materna da substância em doses muito elevadas. Mutagenicidade: Foram realizados estudos para avaliar o potencial mutagênico de claritromicina, através de sistemas de testes com microssomas hepáticos ativados e não ativados de ratos (Teste de Ames). Resultados desses estudos não evidenciaram potencial mutagênico para concentrações iguais ou menores a 25 mcg de claritromicina, por placas de Petri. Numa concentração de 50 mcg, a droga foi tóxica para todas as cepas testadas.

Resultados de eficacia

Os resultados de eficácia estão disponíveis em referências bibliográficas. erências Bibliográficas: Caso haja interesse em conhecer as referências bibliográficas e/ou estudos clínicos disponíveis para este medicamento entre em contato com nosso Serviço de Atendimento ao Consumidor û Abbott Center através do telefone 0800 7031050.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Uso em idosos: não há restrições para uso de KLARICID (claritromicina) em idosos, desde que tenham função renal normal. Em idosos com prejuízo da função renal, a dose deve ser reduzida à metade. Uso em crianças e lactentes: até o momento, não há dados que suportem o uso de claritromicina por via intravenosa em crianças. Uso em pacientes com disfunção renal: em pacientes com disfunção renal, com depuração da creatinina inferior a 30 mL/min, a dose deve ser reduzida à metade. Para pacientes que estejam em tratamento com ritonavir, com depuração de creatinina entre 30 e 60 mL/min, a dose de claritromicina deve ser reduzida em 50 %, e para pacientes que estejam tomando ritonavir, com depuração de creatinina menor do que 30 mL/min, a dose de claritromicina deverá ser diminuída em 75%. Doses de claritromicina maiores que 1 g/dia não devem ser administradas concomitantemente com ritonavir. Uso em pacientes com disfunção hepática: não são necessários ajustes nas doses de claritromicina em pacientes com disfunção hepática moderada ou grave, desde que apresentem função renal normal. A claritromicina é excretada principalmente pelo fígado, devendo ser administrada com cautela em pacientes com função hepática alterada.

Armazenagem

KLARICID (claritromicina) I.V. deve ser armazenado em temperatura ambiente (15-30ºC), ao abrigo da luz e da umidade.

Dizeres legais

MS: 1.0553.0200 Farm. Resp.: Fabio Bussinger da Silva – CRF-RJ nº 9277 Fabricado por: Famar L’Aigle Saint-Remy-Sur-Avre – França Importado por: Abbott Laboratórios do Brasil Ltda. Estrada dos Bandeirantes, 2400 – Rio de Janeiro, RJ CNPJ: 56.998.701/0012-79 – INDÚSTRIA BRASILEIRA

Claritomicina Injetável – Bula para o paciente

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Data da bula

Sep 10 2008 12:00AM