Informações femina

FEMINA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de FEMINA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com FEMINA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



FEMINA é um anticoncepcional oral combinado que contém como substâncias ativas o estrogênio etinilestradiol e o progestagênio desogestrel.
Os estudos clínicos revelaram que o etinilestradiol possui uma biodisponibilidade de 40% a 45% e tem como produto de seu metabolismo o sulfato de etinilestradiol (inativo) ou glicuronídeo e é excretado pela urina nesta forma. Liga-se à albumina em quase sua totalidade, isto quer dizer que possui uma grande afinidade por esta proteína carreadora, em geral de 98%. Sua metabolização é hepática e possui uma meia-vida em torno de 6 a 20 horas. Seu pico plasmático fica em torno de 100 a 200 pg/ml em 1 a 2 horas com uma média de 1,3 pg/ml em dose de 35 a 50 mcg/dose do etinilestradiol. O desogestrel é um progestagênio de terceira geração com mínimos efeitos androgênicos. É considerado uma pró-droga, que após ingerido é transformado em seu metabólito ativo, o 3 ceto-desogestrel. Tem grande afinidade à SHBG (proteína carreadora), em torno de 32% e sua metabolização é hepática.
O desogestrel e o etinilestradiol apresentam pequena excreção no leite materno (o etinilestradiol em torno de 0,02% em dose de 50 mcg e o desogestrel também muito baixa). A ação conjunta do desogestrel e etinilestradiol leva a uma inibição da gonadotrofina determinando inibição da ovulação. Além destes efeitos, temos a mudança do muco cervical (que dificulta a penetração do espermatozoide no útero) e a alteração do endométrio, tornando-o menos receptivo ao óvulo, além da alteração no transporte tubário, dificultando a migração do óvulo à cavidade uterina.
Além disso, o desogestrel e o etinilestradiol induzem a um sangramento uterino regular com quantidade e duração semelhantes à menstruação normal. Este sangramento é indolor e normalmente se inicia 2 ou 3 dias após a ingestão do último comprimido. Ensaios clínicos realizados com desogestrel e etinilestradiol demonstraram baixíssimo índice de gravidez, bom controle do ciclo, baixa incidência de reações adversas, e como resultado, reduzido índice de descontinuidade.
A eficácia do anticoncepcional apresenta um índice de “pearl” de 0,1%, isto é, número de gestações em 100 mulheres/ano. Porém estima-se que a incidência de gestações esteja em torno de 2% a 3%, principalmente no primeiro ano de uso, em consequência do uso incorreto do anticoncepcional.