Interações medicamentosas rifampicina

RIFAMPICINA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de RIFAMPICINA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com RIFAMPICINA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Cápsula

Medicamento-medicamento
Interações com enzimas do citocromo P-450:
FURP-RIFAMPICINA é um potente indutor de algumas enzimas do citocromo P-450.
A coadministração de FURP-RIFAMPICINA com outros fármacos que também são metabolizados através destas enzimas do citocromo P-450 pode acelerar o seu metabolismo e reduzir a atividade destes outros fármacos. Consequentemente, deve-se ter cautela ao prescrever FURP-RIFAMPICINA com fármacos que são metabolizados pelo citocromo P-450. A fim de manter os níveis terapêuticos ideais sanguíneos, as doses de fármacos metabolizados por estas enzimas poderão requerer ajuste, quando a administração concomitante de FURP-RIFAMPICINA for iniciada ou interrompida.
Exemplos de fármacos metabolizados por enzimas do citocromo P-450: anticonvulsivantes (ex.: fenitoína), antiarrítmicos (ex.: disopiramida, mexiletina, quinidina, propafenona, tocainida), antiestrógenos (ex.: tamoxifeno, toremifeno), antipsicóticos (ex.: haloperidol), anticoagulantes orais (ex.: varfarina), antifúngicos (ex.: fluconazol, itraconazol, cetoconazol), drogas antirretrovirais (ex.: zidovudina, saquinavir, indinavir, efavirenz), barbitúricos, beta- bloqueadores, benzodiazepínicos (ex.: diazepam), fármacos benzodiazepínicos relacionados (ex.: zopiclona, zolpidem), bloqueadores dos canais de cálcio (ex.: diltiazem, nifedipina, verapamil), cloranfenicol, claritromicina, corticosteroides, glicosídeos cardíacos, clofibrato, contraceptivos hormonais sistêmicos, dapsona, doxiciclina, estrógenos, fluoroquinolonas, gestrinona, agentes hipoglicêmicos orais (sulfonilureias), agentes imunossupressores (ex.: ciclosporina, tacrolimus), irinotecana, levotiroxina, losartana, analgésicos narcóticos, metadona, praziquantel, progestágenos, quinina, riluzol, antagonistas seletivos do receptor 5-HT3 (ex.: ondansetrona), estatinas metabolizadas pelo CYP 3A4, telitromicina, teofilina, tiazolidinedionas (ex.: rosiglitazona) e antidepressivos tricíclicos (ex.: amitriptilina, nortriptilina).
Pacientes utilizando contraceptivos hormonais sistêmicos devem ser advertidas para utilizarem métodos não hormonais de controle da natalidade durante o tratamento com rifampicina.

Outras interações:
Foi observada redução nas concentrações de atovaquona e elevação nas concentrações de rifampicina quando estes fármacos foram administrados concomitantemente.
O uso concomitante de cetoconazol e rifampicina tem provocado redução das concentrações séricas de ambos os fármacos.
O uso concomitante de rifampicina e enalaprila tem resultado na redução das concentrações do enalaprilato, o metabólito ativo da enalaprila. O ajuste posológico deve ser realizado se indicado pelo quadro clínico do paciente.
A administração concomitante de antiácidos pode reduzir a absorção de FURP-RIFAMPICINA. A administração diária de FURP-RIFAMPICINA deve ser no mínimo uma hora antes da ingestão de antiácidos.
Quando FURP-RIFAMPICINA é administrada concomitantemente tanto com halotano como com isoniazida, o potencial para hepatotoxicidade é aumentado. O uso concomitante de FURP-RIFAMPICINA e halotano deve ser evitado.
Pacientes recebendo tanto FURP-RIFAMPICINA como isoniazida devem ser rigorosamente monitorizados para hepatotoxicidade.
Quando FURP-RIFAMPICINA é administrada concomitantemente com a combinação de saquinavir/ritonavir, o potencial para hepatotoxicidade é aumentado. Portanto, o uso concomitante de FURP-RIFAMPICINA com saquinavir/ritonavir é contraindicado (vide Contraindicações).

Medicamento-alimento
A absorção de FURP-RIFAMPICINA é reduzida quando a mesma é ingerida com alimentos.

Medicamento-exame laboratorial
Níveis terapêuticos de rifampicina têm demonstrado inibir os testes microbiológicos padrões para folato sérico e vitamina B12. Portanto, devem ser considerados métodos alternativos de doseamento. Tem-se observado também elevação transitória de bilirrubina sérica (vide Precauções e Advertências). FURP-RIFAMPICINA pode prejudicar a excreção biliar do meio de contraste utilizado para a visualização da vesícula biliar, devido à competição pela excreção biliar. Portanto, estes testes devem ser realizados antes da administração da dose matinal de FURP-RIFAMPICINA. Reação cruzada e teste falso-positivo de triagem da urina para opioides têm sido relatados em pacientes recebendo rifampicina quando utilizado o método KIMS (interação cinética de micropartículas em solução). Testes confirmatórios, tais como cromatografia a gás/espectrofotometria de massa, distinguirão rifampicina de opioides.
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Suspensão oral

Vários medicamentos têm sua concentração plasmática diminuída, em virtude de seu metabolismo acelerado quando utilizados com a rifampicina.
•Ansiolíticos: diazepam.
•Antiarrítmicos: quinidina e disopiramida.
•Antibacterianos: cloranfenicol e dapsona.
•Anticoagulantes: cumarinas e varfarina (reduz o efeito anticoagulante).
•Anticoncepcionais orais.
•Antidepressivos tricíclicos: imipramina, clomipramina.
•Antidiabéticos: clorpropamida, tolbutamida e possivelmente outras sulfonilureias (reduz o efeito, dificultando o controle).
•Antiepilépticos: carbamazepina e fenitoína.
•Antifúngicos: fluconazol, itraconazol e cetoconazol.
•Antipsicóticos: haloperidol.
•Antirretrovirais: indinavir, nelfinavir, efavirenz, nevirapina e saquinavir (evitar o uso concomitante).
•Betabloqueadores: propranolol.
•Bloqueadores de canais de cálcio: diltiazem, nifedipino e verapamil e possivelmente o mesmo ocorre com isradipino e nisoldipino.
•Ciclosporina.
•Citotóxicos: azatioprina (uso com rifampicina possivelmente leva à rejeição de transplantes).
•Corticosteroides.
•Estrogênios e progestogênios em combinação ou progestogênios: o efeito contraceptivo se reduz, exigindo uso de outro método se quiser evitar a gravidez.
•Levotiroxina: pode aumentar a necessidade no hipotiroidismo.
•Tacrolimus.
•Teofilina.

Os antiácidos e o cetoconazol reduzem a absorção intestinal da rifampicina.
Outros medicamentos que têm sua ação diminuída: metadona, digoxina, paracetamol, clofibrato, amitriptilina e nortriptilina.
O uso concomitante da rifampicina com a trimetoprima pode aumentar a eliminação desta e o emprego com o miconazol pode aumentar o risco de hepatotoxicidade.

INTERAÇÕES COM MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS
A erva-de-São-João pode diminuir a ação de rifampicina. Evite tomá-la durante o tratamento.

INTERAÇÕES COM SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
Álcool: o consumo diário de álcool pode aumentar o risco de efeitos tóxicos e do metabolismo da rifampicina.

INTERAÇÕES COM EXAMES LABORATORIAIS E NÃO LABORATORIAIS
As concentrações plasmáticas de ALT, AST, fosfatase alcalina, bilirrubina, ureia e ácido úrico podem estar aumentadas.

INTERAÇÕES COM ALIMENTOS
A absorção da rifampicina é diminuída quando administrada junto com alimentos.