Interações medicamentosas fenofibrato

Fenofibrato com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Fenofibrato têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Fenofibrato devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Anticoagulante oral: fenofibrato micronizado potencializa a ação dos anticoagulantes orais e aumenta o risco de hemorragias por ruptura da ligação dos mesmos às proteínas plasmáticas. Recomenda-se reduzir a dose do anticoagulante para 1/3 da usual no início do tratamento, sendo depois ajustada gradualmente, se necessário, de acordo com o monitoramento da Razão Normalizada Internacional (INR).

Ciclosporina: alguns casos graves, reversíveis, de insuficiência da função renal têm sido reportados durante tratamento concomitante de fenofibrato e ciclosporina. A função renal desses pacientes deve ser cuidadosamente monitorada e o tratamento com fenofibrato deve ser interrompido nos casos de alterações graves dos parâmetros laboratoriais.

Inibidores de HMG-CoA redutase e outros fibratos: risco de exacerbação dos efeitos adversos sobre os músculos é maior se o fenofibrato é utilizado concomitantemente com inibidores de HMG-CoA redutase ou outros fibratos. Tal terapia combinada deve ser utilizada com cautela e os pacientes devem ser monitorados para sinais de toxicidade muscular.

Glitazonas: foram relatados alguns casos de redução paradoxal reversível de HDL-colesterol durante a administração concomitante de fenofibrato e glitazonas. Portanto, recomenda-se monitorar os níveis de HDL-colesterol caso um destes componentes seja adicionado ao outro e ambas as terapias devem ser interrompidas caso o nível de HDL-colesterol estiver muito baixo.

Enzimas do citocromo P450: estudos in vitro utilizando microssomas hepáticos humanos indicam que o fenofibrato e o ácido fenofíbrico não inibem as isoformas do citocromo P450(CYP) CYP3A4, CYP2D6, CYP2E1 ou CYP1A2. Eles são fracos inibidores do CYP2C19 e CYP2A6 e inibidores leves a moderados do CYP2C9 em concentrações terapêuticas.
Os pacientes em tratamento concomitante com fenofibrato e medicamentos metabolizados pelo CYP2C19, CYP2A6, e especialmente CYP2C9 com um estreito índice terapêutico, devem ser cuidadosamente monitorados e, se necessário, é recomendado o ajuste da dose desses medicamentos.

Outras terapias concomitantes: o potencial do fenofibrato/ácido fenofíbrico em afetar o metabolismo de outros fármacos não foi totalmente investigado em estudos in vitro ou in vivo. Desta forma, interações não podem ser previstas e recomenda-se precaução caso o fenofibrato seja utilizado em combinação com outros medicamentos. Estudos de interação in vitro sugerem o deslocamento da fenilbutazona de sites de ligação às proteínas plasmáticas.