Reações adversas levofloxacino comprimidos

Levofloxacino comprimidos com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Levofloxacino comprimidos têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Levofloxacino comprimidos devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



As reações adversas estão apresentadas a seguir. As reações adversas são eventos adversos que foram considerados razoavelmente associados ao uso de levofloxacino, com base na avaliação detalhada das informações de eventos adversos disponíveis. Nos casos individuais, a relação de causalidade com a levofloxacina não pode ser estabelecida de forma confiável. Além disso, tendo em vista que os ensaios clínicos são conduzidos em condições muito diferentes, as taxas de reações adversas observadas nos ensaios clínicos de uma droga não podem ser diretamente comparadas com as taxas observadas nos ensaios clínicos de uma outra droga, e podem não refletir as taxas observadas na prática clínica.

Dados de estudos clínicos

Os dados descritos a seguir refletem a exposição a levofloxacino em 7.537 pacientes em 29 estudos clínicos Fase 3 agrupados. A população estudada tinha idade média de 49,6 anos (74,2% da população era < 65 anos), 50,1% eram homens, 71,0% brancos, 18,8% negros. Os pacientes foram tratados com levofloxacino para uma ampla variedade de doenças infecciosas. A duração do tratamento foi normalmente de 3-14 dias, o número médio de dias em tratamento foi de 9,6 dias e o número médio de doses foi de 10,2. Os pacientes receberam doses de levofloxacino de 750 mg uma vez ao dia, 250 mg uma vez ao dia ou 500 mg uma ou duas vezes ao dia. A incidência global, o tipo e a distribuição de reações adversas foram semelhantes nos pacientes que receberam doses de levofloxacino de 750 mg uma vez ao dia, 250 mg uma vez por dia e 500 mg uma ou duas vezes ao dia.
As reações adversas ocorridas em ≥1% dos pacientes tratados com o levofloxacino e reações adversas incomuns ocorridas em 0,1 a <1% dos pacientes tratados com o levofloxacino são apresentadas nas Tabelas 1 e 2 a seguir.

Tabela 1. Reações adversas comuns (≥1%) relatadas em estudos clínicos com levofloxacino

Classe do Sistema/Órgão Reações Adversas % (N=7.537)
Infecções monilíase 1
Distúrbios Psiquiátricos insônia 4
Distúrbios do Sistema Nervoso

Cefaléia
Tontura

6
3

Distúrbios Respiratórios, Torácicos e do Mediastino dispneia 1
Distúrbios Gastrintestinais

Náusea
Diarreia
Constipação
Dor abdominal
Vômitos
Dispepsia

7
5
3
2
2
2

Distúrbios da Pele e do Tecido Subcutâneo

Erupção cutânea
Prurido

2
1

Distúrbios do Sistema Reprodutor e das Mamas Vaginite
Distúrbios Gerais e Condições no local de Administração

Edema
Reação no local da administração
Dor torácica

1
1
1




Tabela 2. Reações adversas incomuns (0,1 a 1%) relatadas em estudos clínicos com levofloxacino


Classe de Sistema/Órgão Reação Adversa
Infecções monilíase genital
Distúrbios do sangue e do Sistema Linfático

anemia
trombocitopenia
granulocitopenia

Distúrbios do Sistema Imunológico reação alérgica
Distúrbios Metabólicos e Nutricionais

hiperglicemia
hipoglicemia
hipercalemia

Distúrbios Psiquiátricos

ansiedade
agitação
confusão
depressão
alucinações
pesadelos
distúrbios do sono

anorexia
sonhos anormais

Distúrbios do Sistema Nervoso

tremores
convulsões
parestesia
vertigem
hipertonia
hipercinesias
marcha anormal
sonolência
síncope

Distúrbios Respiratórios,
Torácicos e do Mediastino

epistaxe
Distúrbios Cardíacos

parada cardíaca
palpitação
taquicardia ventricular
arritmia ventricular

Distúrbios Vasculares flebite
Distúrbios Gastrintestinais

gastrite
estomatite
pancreatite
esofagite
gastroenterite
glossite
colite pseudomembranosa/ por
C. difficile

Distúrbios Hepatobiliares

função hepática anormal
enzimas hepáticas aumentadas
fosfatase alcalina aumentada

Distúrbios da Pele e do
Tecido Subcutâneo

urticária

Distúrbios
Musculoesqueléticos e do
Tecido Conjuntivo

Tendinite
artralgia
mialgia
dor esquelética

Distúrbios Renais e Urinários

função renal anormal
insuficiência renal aguda



Dados pediátricos

Em um grupo de 1.534 pacientes pediátricos (6 meses a 16 anos de idade) tratados com o levofloxacino para infecções respiratórias, crianças de 6 meses a 5 anos receberam 10 mg/kg de levofloxacino duas vezes ao dia por aproximadamente 10 dias e as crianças com mais de 5 anos receberam 10 mg/kg a no máximo 500 mg de levofloxacino uma vez ao dia por aproximadamente 10 dias. O perfil de reações adversas foi semelhante ao relatado em pacientes adultos, exceto por vômito e diarreia, que foram relatados mais frequentemente em crianças do que em pacientes adultos. Entretanto, a frequência de vômitos e diarreia foram semelhantes entre as crianças tratadas com o levofloxacino e as tratadas com o antibiótico comparador não- fluoroquinolona.
Um subgrupo de 1.340 dessas crianças tratadas com o levofloxacino por aproximadamente 10 dias foi incluído em um estudo prospectivo de vigilância a longo prazo para avaliar a incidência de distúrbios musculoesqueléticos definidos pelo protocolo (artralgia, artrite, tendinopatia, anormalidade na marcha) durante 60 dias e 1 ano após a primeira dose do levofloxacino.
Durante o período de 60 dias após a primeira dose, a incidência de distúrbios musculoesqueléticos definidos pelo protocolo foi maior nas crianças tratadas com o levofloxacino do que nas tratadas com o antibiótico comparador não-fluoroquinolona (2,1% vs. 0,9%, respectivamente [p=0,038]). Em 22/28 (78%) dessas crianças, distúrbios relatados foram caracterizados como artralgia. Uma observação semelhante foi feita durante o período de 1 ano, com incidência maior de distúrbios musculoesqueléticos definidos pelo protocolo nas crianças tratadas com o levofloxacino do que nas tratadas com o antibiótico comparador não-fluoroquinolona (3,4% vs. 1,8%, respectivamente [p=0,025]). A maioria desses distúrbios que ocorreu nas crianças tratadas com o levofloxacino foi leve e resolveu em 7 dias. Os distúrbios foram moderados em 8 crianças e leves em 35 (76%).

Experiência pós-comercialização

Reações adversas provenientes de relatos espontâneos durante a experiência pós-comercialização mundial com levofloxacino segundo o critério de inclusão, estão apresentadas a seguir.
As frequências a seguir refletem as taxas relatadas de reações adversas a partir de relatos espontâneos e não representam estimativas mais precisas da incidência que pode ser obtida em estudos clínicos e epidemiológicos.

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):

Distúrbios do tecido cutâneo e subcutâneo: erupções bolhosas incluindo síndrome de Stevens- Johnson, necrólise epidérmica tóxica; erupções provocadas por medicamentos; pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA) [alteração rara na pele que se caracteriza pelo desenvolvimento repentino de pústulas (pequenas saliências na pele que se enchem de líquido ou pus) sobre áreas avermelhadas, acompanhada por febre alta e baixa de leucócitos (um tipo de célula branca) do sangue]; eritema multiforme; vasculite leucocitoclástica e reação de fotosensibilidade.
Distúrbios do tecido musculoesquelético e conectivo: rabdomiólise, ruptura do tendão, dano muscular incluindo ruptura.

Distúrbios vasculares: vasodilatação

Distúrbios do sistema nervoso: anosmia, ageusia, parosmia, disgesia, neuropatia periférica (pode ser irreversível) , casos isolados de encefalopatia, eletroencefalograma anormal, exacerbação de miastenia grave, disfonia, pseudotumor cerebral.

Distúrbios ópticos: uveíte, distúrbios visuais incluindo diplopia, redução da acuidade visual, visão turva e escotoma.

Distúrbio da audição e labirinto: hipoacusia, tinido.
Distúrbios psiquiátricos: psicose, paranoia, relatos isolados de ideação suicida, tentativa de suicídio e suicídio consumado. Distúrbios hepáticos e biliares: insuficiência hepática (incluindo casos fatais), hepatite e icterícia.
Distúrbios cardíacos: taquicardia, relatos isolados de “Torsades de Pointes” e prolongamento do intervalo QT do eletrocardiograma.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: relatos isolados de pneumonite alérgica.
Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático: pancitopenia, anemia aplásica, leucopenia, anemia hemolítica e eosinofilia.
Distúrbios renais e urinários nefrite intersticial.
Distúrbios do sistema imune: reação de hipersensibilidade às vezes fatal, incluindo reação anafilactoide e anafilática; choque anafilático; edema angioneurótico e doença do soro.
Distúrbios gerais: falência múltipla de órgãos, febre.
– Laboratoriais: aumento do tempo de protrombina, prolongamento da taxa internacional normalizada e aumento das enzimas musculares.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.