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Elotuzumabe para Mieloma Múltiplo Refratário

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 06/01/2016

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Contexto Clínico

O elotuzumabe, um anticorpo monoclonal imunoestimulante mostrou atividade em combinação com lenalidomida e dexametasona em um estudo de fase 1b-2 em pacientes com mieloma múltiplo recorrente ou refratário. Resta um estudo de fase 3 para concluir o papel dessa medicação.

 

O Estudo

Nesse estudo de fase 3, os pacientes foram randomizados para receber ou elotuzumabe com lenalidomida e dexametasona (grupo elotuzumabe) ou apenas lenalidomida e dexametasona (grupo controle). Os desfechos avaliados foram sobrevida livre de progressão e taxa de resposta global.

No total, foram 321 pacientes alocados no grupo elotuzumabe e 325 para o grupo de controle. Após um acompanhamento médio de 24,5 meses, a taxa de sobrevida livre de progressão em um ano no grupo elotuzumabe foi de 68%, em comparação com 57% no grupo controle; aos dois anos, as taxas foram de 41% e 27%, respectivamente. A mediana de sobrevida livre de progressão no grupo elotuzumabe foi de 19,4 meses, em comparação com os 14,9 meses no grupo controle (risco relativo de progressão ou morte no grupo elotuzumabe 0,70; IC95% 0,57-0,85; P<0,001). A taxa de resposta global no grupo elotuzumabe foi de 79%, contra 66% no grupo controle (P <0,001). Os eventos adversos grau 3 ou 4 nos dois grupos foram linfocitopenia, neutropenia, fadiga e pneumonia. As reações à infusão ocorreram em 33 pacientes (10%) no grupo elotuzumabe e foram de grau 1 ou 2 em 29 pacientes.

 

Aplicações Práticas

Esse estudo demonstra um resultado promissor para o tratamento de Mieloma múltiplo recorrente ou refratário. A adição de elotuzumabe mostrou-se uma ótima opção associada à lenalidomida e dexametasona, gerando uma redução relativa significativa de 30% no risco de progressão da doença ou morte. Além disso, uma maior quantidade de pacientes estava livre da doença em dois anos quando em comparação ao grupo controle. Provavelmente em breve teremos essa conduta padronizada nos protocolos de tratamento de Mieloma múltiplo.

 

Referências

Lonial S et al. Elotuzumab Therapy for Relapsed or Refractory Multiple Myeloma. N Engl J Med 2015; 373:621-631.

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