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Tratamentos para Prevenção e Manejo do Suicídio

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 31/01/2020

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ContextoClínico

 

A depressão e outros transtornos de humor têm sido diagnosticadoscom cada vez mais frequência na sociedade moderna, e a possibilidade desuicídio é sua complicação mais temida. O suicídio é um problema crescente desaúde pública, com a taxa nacional nos Estados Unidos aumentando em 30% entre2000 e 2016. Segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças(CDC-EUA), a taxa nacional de suicídios aumentou de 10,4 para 13,5 por 100 milpessoas, com aumentos anuais médios de 1% de 2000 a 2006 e de 2% de 2006 a2016.

 

O Estudo

 

Apresentamos uma revisão sistemática que teve porobjetivo avaliar os benefícios e os malefícios de intervenções nãofarmacológicas e farmacológicas para prevenir o suicídio e reduzircomportamentos suicidas em adultos em risco. Foram pesquisadas as bases MEDLINE,EMBASE, PsycINFO e outros bancos de dados de novembro de 2011 a maio de 2018.Foram selecionadas revisões sistemáticas (RSs) e ensaios clínicos randomizados(ECRs) que avaliaram terapias não farmacológicas ou farmacológicas para adultosem risco de suicídio.

Foram incluídos 8 RSs e 15 ECRs. As evidências paraintervenções psicológicas sugerem que a terapia cognitivo-comportamental (TCC)reduz tentativas de suicídio, ideação suicida e desesperança em comparação como tratamento habitual (TH). Evidências limitadas sugerem que a terapiacomportamental dialética (TCD) reduz a ideia de suicídio em comparação com ocontrole de lista de espera ou o planejamento de crises. A evidência paratratamentos farmacológicos sugere que a quetamina reduz a ideação suicida comeventos adversos mínimos em comparação com o placebo ou o midazolam. O lítioreduz as taxas de suicídio entre pacientes com transtornos do humor unipolaresou bipolares em comparação com o placebo. No entanto, não foram observadasdiferenças entre o lítio e outros medicamentos na redução do suicídio.

 

AplicaçãoPrática

 

Esta interessante revisão sistemática conseguedemonstrar quais são as principais terapias não farmacológicas e farmacológicaspara as quais temos alguma evidência de benefício quanto ao suicídio. Em quepesem as limitações das deficiências metodológicas dos estudos, heterogeneidadede intervenções não farmacológicas e evidências limitadas de tratamentos edanos farmacológicos, os resultados podem ser traduzidos para a prática.

Tanto a TCC quanto a TCD mostraram benefício modestona redução da ideação suicida em comparação com o TH ou controle da lista deespera, e a TCC também reduziu as tentativas de suicídio em comparação com oTH. A quetamina e o lítio reduziram a taxa de suicídio em comparação com oplacebo, mas havia informações limitadas sobre os danos. Dados limitados estãodisponíveis para apoiar a eficácia de outras intervenções não farmacológicas oufarmacológicas.

 

 

Bibliografia

 

1.            D'Anci KE, Uhl S, Giradi G, et al. Treatmentsfor the Prevention and Management of Suicide: A Systematic Review. Ann InternMed. [Epub ahead of print 27 August 2019]171:334?342.

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