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Métodos de Barreira

Última revisão: 18/09/2015

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Reproduzido de:

Formulário Terapêutico Nacional 2010: Rename 2010 [Link Livre para o Documento Original]

Série B. Textos Básicos de Saúde

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos

Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos

Brasília / DF – 2010

 

Métodos de barreira

Subcomissão Editorial

 

Métodos de barreira configuram um anteparo à progressão dos espermatozoides ao óvulo, e neste contexto destacam-se preservativo masculino e o diafragma. A prevalência no mundo do uso de preservativos masculinos foi de cerca de 6% em 2007, correspondente a 65 milhões de casais. A prevalência do uso de Métodos de barreira femininos diminuiu para menos de 1% das mulheres na América do Norte e no Noroeste da Europa, sendo menores em outras partes do mundo. Ensaios clínicos têm demonstrado eficácia contraceptiva que varia de 4% a 19% em um ano de uso dos Métodos de barreira mecânica. Entre estes métodos, o preservativo masculino é o único instrumento de comprovada prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis (DST), especialmente o HIV. A eficácia do diafragma neste contexto parece ser limitada, porém, observou-se menor incidência de câncer cervical nas mulheres que o utilizavam, provavelmente devido à diminuição de transmissão de subtipos do papilomavírus humano (HPV), relacionados com desenvolvimento de neoplasias. Os Métodos de barreira mecânica, especialmente o preservativo, continuarão a ser usados em larga escala devido à sua utilidade no combate a DST, facilidade de utilização, disponibilidade, ausência de efeitos adversos e baixo custo em curto prazo.

O diafragma é uma membrana de látex que recobre um anel flexível. Consiste num método contraceptivo que pode ser diretamente inserido pela mulher, antes do coito. Existem vários tamanhos do acessório, que deve ser medido por profissional de saúde. Bem ajustado do lado externo do colo uterino constitui barreira física à movimentação dos espermatozoides. Comparado à esponja vaginal, diafragma se mostrou mais eficaz. Houve menor índice de suspensão do método em um ano. Em relação ao capuz cervical, o diafragma mostrou igual eficácia contraceptiva e apresentou menor índice de efeitos adversos. No entanto, o diafragma apresenta índices de falha maiores que os de contraceptivos orais e dispositivos intrauterinos. Este resultado pode ser explicado pela falta do uso sistemático e/ou por sua aplicação incorreta. Não se demonstrou que associação de diafragma às geleias ou óvulos contendo espermicidas tenha diminuído a falha atribuída ao uso exclusivo do primeiro. Como efeitos adversos do diafragma citam-se infecção urinária e síndrome do choque tóxico. Esta última condição é rara e está associada ao uso de espermicidas, seja durante a menstruação ou no puerpério, ou quando deixados por mais de 24 horas na vagina (usualmente com o diafragma). O diafragma deve ser evitado por mulheres HIV positivas ou as que estejam sob risco elevado de infecção (ver monografia, página 623).

O preservativo masculino (condom) envolve o pênis ereto durante a relação sexual. Impede a liberação do esperma no interior da vagina. É método anticoncepcional que protege contra o risco de DST, como gonorreia, sífilis e Aids. Seu uso é recomendado em toda relação sexual. Revisão Cochrane indica que uso consistente de preservativos resulta em 80% de redução na incidência de infecção pelo HIV. Um estudo comparou efetividade entre preservativos de látex e preservativos de outras qualidades. Maior proporção de usuários preferiu preservativos de outras qualidades, no entanto estes preservativos demonstraram índices significantemente menores de sucesso clínico que os de látex (ver monografia, página 919).

 

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