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Eritema nodoso em paciente com LES

Autor:

Rodrigo Antonio Brandão Neto

Médico Assistente da Disciplina de Emergências Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

Última revisão: 24/04/2014

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Paciente de 32 anos , em investigação de hepatite no ambulatório há três meses, apresentava FAN positivo 1/160, com outros autoanticorpos negativos inclusive para hepatite autoimune, a hepatite/ano teve repercussões maiores e a função hepática era normal.

A paciente  apresenta nas últimas 24h quadro de artralgias, rash malar e alterações hematológicas com plaquetoepnia de 92.000 células/mm3 e anemia com Hb 10,1, apresentou ainda urina 1 com proteinúria e hematúria discreta, não apresentou piora da função renal tendo creatinina de 0.8 mg/dl. Está há três dias com as lesões cutâneas bastante dolorosas, com hipersensibilidade local, e na palpação se verifica nodulações elevadas, como podemos verificar na imagem 1.

Paciente com FAN positivo e outras manifestações como rash malar, alterações hematológicas e renais e artralgias sugerem o diagnóstico de Lúpus Eritematoso Sistêmico. A lesão acutâne encontrada é eritmatosa, nodular em parte e muito dolorosa se localizando na região pré-tibial na parte  extensora do membro inferior, descrição típica do eritema nodoso.

O eritema nodoso é uma condição inflamatória do tecido subcutâneo caracterizada por nódulos avermelhados ou violáceos que acometem principalmente a região pré-tibial. É mais comum em mulheres, com pico de incidência na terceira década de vida.

A fisiopatogenia do eritema nodoso ainda não é completamente definida, mas presume-se que represente uma reação de hipersensibilidade a uma variedade de antígenos. Histologicamente, é caracterizado por uma paniculite septal, ou seja, uma inflamação do tecido gorduroso subcutâneo, eventualmente acompanhada de achados compatíveis com vasculite.

As lesões podem ser acompanhadas de artralgias, febre e astenia, com elevação frequente da velocidade de hemossedimentação (VHS) para a confirmação diagnóstica.

A sua principal etiologia são infecções, seja bacteriana com o estreptococo como principal agente, ou doenças inflamatórias sistêmicas como o LES, que é a causa provável neste paciente. Outras etiologias incluem fungos, sarcoidose, doenças inflamatórias intestinais entre outras.

O tratamento é da doença causadora, sendo que anti-inflamatórios não esteroidais e corticoesteroides podem ajudar na malhora sintomática.

 

Imagem 1

 

 

 

 

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