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Lesão Cutânea em Tronco

Autores:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Lívia B. Avallone

Residente de Patologia Clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Última revisão: 23/10/2014

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Especialidades: Infectologia/Medicina de Emergência

 

Quadro Clínico

        Paciente do sexo feminino, previamente hígida, com 66 anos procurou atendimento médico por queixa de lesões em região cervical e tórax à esquerda, com evolução há uma semana, apresentando dor 8 em 10 na região, associada a sensação de “agulhamento” na região. Ao exame físico apresentava lesões vesiculares e bolhosas de base eritematosa, além de algumas lesões já com crostas. Podemos ver as lesões na imagem 1.

 

Imagem 1 – Região cervical e tórax da paciente

 

 

 

Diagnóstico e Discussão

        Esta paciente apresentava diagnóstico de herpes zoster em evolução, além de quadro de neurite herpética.

 

        Em pacientes imunocompetentes, como neste caso, recomenda-se realizar tratamento com uma das seguintes opções, por sete dias:

 

- Aciclovir 800mg VO 5x/dia (2 comprimidos de 400mg às 8h, 12h, 16h, 20h e 00h)

- Famciclovir 500mg VO 3x/dia

- Valaciclovir 1000mg VO 3x/dia

 

        Quanto à neuralgia herpética, mesmo o tratamento antiviral proporcionando melhora da dor, é adequada a introdução de analgesia concomitante, pois eventualmente tratam-se de casos de dor de difícil controle.

        Recomenda-se o uso de anti-inflamatórios não hormonais associados a analgésico simples como paracetamol ou dipirona quando não houver contraindicações ao uso destas medicações. Em dores de intensidade moderada ou maior, deve-se associar um opioide fraco como codeína ou tramadol. Em caso da dor ser incapacitante, prejudicar o sono, ou ser de grande intensidade, recomenda-se usar opioides fortes como morfina ou oxicodona. O papel de drogas adjuvantes (antidepressivos tricíclicos e gabapentina) para controle da dor aguda é incerto, tendo estas drogas maior importância na neuralgia pós-herpética.

        Devemos lembrar que a neuralgia herpética aguda pode durar até cerca de 30 dias, sendo sua duração mais extensa que o próprio quadro cutâneo do herpes zoster.

 

Bibliografia

Wood MJ, Kay R, Dworkin RH, et al. Oral acyclovir therapy accelerates pain resolution in patients with herpes zoster: a meta-analysis of placebo-controlled trials. Clin Infect Dis 1996; 22:341.

 

Beutner KR, Friedman DJ, Forszpaniak C, et al. Valaciclovir compared with acyclovir for improved therapy for herpes zoster in immunocompetent adults. Antimicrob Agents Chemother 1995; 39:1546.

 

Hempenstall K, Nurmikko TJ, Johnson RW, et al. Analgesic therapy in postherpetic neuralgia: a quantitative systematic review. PLoS Med 2005; 2:e164.

 

Dworkin RH, Portenoy RK. Pain and its persistence in herpes zoster. Pain 1996; 67:241.

 

Albrecht MA. Treatment of herpes zoster in the immunocompetent host. Disponível em www.uptodate.com. Última visualização em 24 de abril de 2014.

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