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Laboratório de cateterização cardíaca

Última revisão: 14/05/2013

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Versão original publicada na obra Slavish, Susan M. Manual de prevenção e controle de infecções para hospitais. Porto Alegre: Artmed, 2012.

 

 

 

 

        A cateterização cardíaca é um procedimento invasivo.

        Os cateteres são usados nos procedimentos.

        Em alguns casos são inseridos implantes.

 

        Fornecer instalações físicas ótimas, incluindo qualidade de ar, exigências de espaço e instalações para higiene das mãos.

        Garantir que as superfícies estejam limpas e o lixo seja descartado.

        Reprocessar os equipamentos.

        Seguir as estratégias para evitar ISCs e ISOC (exceto para profilaxia antibiótica).

        Remover as bainhas do cateter o mais rápido possível.

        Não reutilizar materiais de contraste, soluções de lavagem ou frascos de multidose em pacientes diferentes.

        Garantir que os implantes sejam estéreis.

 

A cateterização cardíaca é um procedimento cirúrgico no qual um cateter é inserido em uma câmara ou um vaso no coração para diagnóstico ou tratamento. Ela é feita principalmente em laboratórios de cateterização cardíaca dos hospitais (com ou sem instalação para cirurgia cardíaca), embora possa ser realizada em laboratórios independentes. Existem mais de 2.100 laboratórios de cateterização cardíaca nos Estados Unidos, alguns especializados em pacientes pediátricos.1 Durante muitas décadas, os procedimentos nesses laboratórios eram realizados sobretudo para pesquisa; por fim, também passaram a ser feitos procedimentos diagnósticos. Atualmente, esses laboratórios incorporaram procedimentos intervencionistas aos serviços que oferecem e expandiram-se para além do coração para diagnosticar e tratar doenças do sistema vascular. Os procedimentos de diagnóstico realizados nesses laboratórios incluem cateterização das câmaras direita e esquerda do coração e testes eletrofisiológicos e de radiofrequência, enquanto os procedimentos terapêuticos e intervencionistas incluem angioplastia, inserção de balão, inserção de stent e implante de dispositivos (marca-passo e desfibriladores), entre outros.

Por tratar-se de um procedimento invasivo que ultrapassa as defesas naturais do corpo, a cateterização cardíaca introduz o risco de infecções. Em comparação a outros departamentos do hospital, o risco de infecção pela cateterização cardíaca é relativamente baixo, 0,35%, embora ela possa ter uma faixa muito mais ampla, dependendo do tipo de procedimento.1

As infecções pela cateterização cardíaca podem ser locais ou sistêmicas e levar a graves sequelas, morbidade e mortalidade nos pacientes. Essas infecções podem se manifestar logo após o procedimento (infecções de início rápido) ou bem depois, até mesmo anos (com implantes) após o procedimento (infecções de início tardio). As seções a seguir descrevem os fatores do risco de infecção relacionados com a cateterização cardíaca e as estratégias de prevenção que os profissionais de assistência à saúde (PASs) podem usar para prevenir essas infecções antes que surjam.

 

Prevenção de infecções relacionadas à equipe na cateterização cardíaca

Um tema recorrente em vários capítulos deste livro é o papel dos PASs na prevenção de infecções, e o laboratório de cateterização cardíaca não é uma exceção. Os PASs podem ser peças-chave na transmissão de infecções para pacientes e outros membros da equipe quando não fazem a higiene das mãos, não usam os equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados, não seguem as diretrizes de prevenção com base em evidência e não recebem a educação necessária sobre as estratégias de prevenção.

 

Higiene das mãos

Uma parte importante da prevenção das infecções relacionadas à cateterização cardíaca é a prática das precauções-padrão, incluindo a higiene das mãos. Os PASs que trabalham nos laboratórios de cateterização cardíaca devem reservar 2 a 3 minutos para esfregar as mãos no início do dia, usando uma escova cirúrgica estéril com detergente e um agente antisséptico tópico com ação residual.2 A subsequente higiene das mãos durante o mesmo dia deve ser realizada com uma solução ou espuma à base de álcool.2 Além disso, como os cateteres vasculares são inseridos durante os procedimentos de cateterização, deve-se usar a prática de higiene das mãos associada a esses dispositivos. Essas estratégias de prevenção incluem fazer a higiene das mãos antes e após tocar os locais de inserção do cateter, inserir, manipular ou acessar os cateteres, acessar portas ou orifícios de injeção e colocar ou trocar a vestimenta.3

 

Dica

Os líderes do hospital devem garantir que todos os profissionais que realizam os procedimentos de cateterização cardíaca tenham conhecimento e treinamento necessários. Esses médicos devem ser credenciados, e os diretores do laboratório devem ter extensa experiência (definida ao realizar > 500 procedimentos), bem como ser membros certificados na cardiologia intervencionista.1

 

Equipamento de proteção individual

O EPI tem dois propósitos: proteger o PAS contra a exposição de fluidos corporais do paciente e evitar que ele transmita micro-organismos para pacientes, outros PASs e ambiente. Ao realizar procedimentos de cateterização cardíaca, os PASs nesse departamento devem usar EPI semelhante àquele usado durante os procedimentos cirúrgicos. Os seguintes tipos de EPI devem ser usados pelo PASs durante os procedimentos de cateterização cardíaca:

 

      Luvas. As luvas devem ser estéreis12 e trocadas caso sejam danificadas. Um estudo sobre o dano às luvas durante esses procedimentos descobriu uma taxa de perfuração de 19%,4 o que incentivou as recomendações para o uso de dois pares de luvas durante o procedimento, especialmente se o PAS tiver abrasões na pele.2

      Aventais. Devem ser usados aventais não porosos e estéreis sobre a roupa ou o uniforme do hospital.12 Esses aventais devem ser trocados quando estiverem visivelmente sujos, contaminados ou no caso de penetração de sangue ou fluidos corporais.5

      Toucas, máscaras e proteção para os olhos. Atualmente, a ideia de que o uso dessa proteção durante a cateterização cardíaca evita infecções está equivocada.2 Entretanto, a Society for Cardiovascular Angiography and Interventions (SCA&I) defende seu uso e o sugere como obrigatório, pois protege o usuário contra sangue, fluidos corporais e formação de aerossol (ver Destaque 15.1 sobre as estratégias para proteger PASs).1,2 Se não forem usadas na rotina, essas proteções devem ser usadas pelo menos quando esses procedimentos forem executados em pacientes com maior risco de desenvolver infecções e graves complicações, como doença de válvula nativa, tempo prolongado de cateter ou procedimento demorado e implantes.2

 

Destaque 15.1

Protegendo os profissionais que trabalham com cateterização cardíaca contra infecções

 

De acordo com a SCA&I, “todos os procedimentos de cateterização cardíaca devem ser conduzidos como se existisse o risco de infecção”.1 Muitas vezes, os pacientes com doenças infecciosas não diagnosticadas podem transmiti-las aos PASs; portanto, esses profissionais devem manter o nível mais elevado de cuidado durante cada procedimento. Essas precauções aplicam-se especialmente a pacientes com doenças comunicáveis conhecidas, como o HIV ou o HBV. Os PASs devem obedecer as precauções a seguir para reduzir o risco de infecções:

 

      Usar EPI adequado, incluindo gorros, máscaras e proteção para olhos.

      Usar dois pares de luvas para reduzir as chances de perfuração.

      Usar propés para cardiologistas e técnicos nos casos em que pode ocorrer contaminação excessiva com sangue durante o procedimento.

      Descartar agulhas, lâminas e outros perfurocortantes em recipientes adequados.

      Descartar cateteres, bainhas, tubulação, fluidos e outros materiais contaminados em recipientes adequados para lixo.

      Certificar-se de que o laboratório esteja limpo de acordo com o protocolo.

      Seguir o protocolo da técnica estéril do laboratório no caso de infecções conhecidas.

 

Vacinação

Todos os médicos, técnicos e outros PASs nos laboratórios de cateterização cardíaca devem ser vacinados contra hepatite B (HBV), e a liderança do hospital deve tornar essa exigência obrigatória.6

 

Prevenção de riscos ambientais na cateterização cardíaca

Assim como ocorre em outras áreas do hospital, o ambiente tem um papel importante para determinar se um paciente desenvolverá infecção após a cateterização cardíaca. A qualidade do ar, as superfícies, os equipamentos, as práticas de limpeza e vários outros fatores ambientais devem ser levados em consideração, e as estratégias de prevenção devem ser acionadas para controlar esses riscos de infecção. As recomendações a seguir devem ser implantadas nos laboratórios de cateterização cardíaca para reduzir o risco de infecções pelos fatores ambientais:

 

      A qualidade do ar deve ser ideal para garantir pelo menos 15 trocas de ar por hora, três das quais de ar fresco.5,7 Os ventiladores que fornecem esse ar devem ser limpos pelo menos todo mês.5,7 Os laboratórios recém-construídos possuem exigências adicionais: as salas de procedimentos devem ter pelo menos 132 m2, e o ar deve se deslocar da sala para as áreas adjacentes; as instalações para lavar as mãos devem estar localizadas próximas às salas de procedimento e devem ser equipadas com controles que não sejam acionados pelas mãos; as salas de trabalho devem ter um balcão e estações de lavagem das mãos; e os vestiários devem sair diretamente para as salas de cateterização cardíaca.8

      Em todos os procedimentos cirúrgicos, incluindo a cateterização cardíaca, o trânsito para dentro e para fora do laboratório deve ser mínimo.7 Além disso, a porta deve ser mantida fechada para ajudar na manutenção do ambiente.7

      A limpeza desses laboratórios deve ser mantida, sendo necessário limpar as áreas completamente uma vez ao dia. Esses laboratórios podem ser limpos entre um paciente e outro, e todo o lixo deve ser removido.5 Se ocorrer um grande derramamento, o chão deve ser limpo ou seco.5 Os Centers for Disease Control and Prevention (CDCs) também recomendam que o chão seja limpo com um esfregão simples e lavado com um desinfetante registrado na Environmental Protection Agency e utilizado aspirador de líquidos ao fim do dia.5

      Devem ser usados os procedimentos adequados para descarte do lixo. EPIs descartáveis, lençóis, tecidos e esponjas contaminados com sangue devem ser colocados em recipientes de lixo com o símbolo de risco biológico.2 Agulhas, lâminas e todos os perfurocortantes devem ser colocados em recipientes para descarte desse tipo de material.2 Os fluidos contaminados provenientes de seringas ou cateteres não devem ser colocados em recipientes fechados para descarte, pois isso aumenta a chance de derramamento ou respingos acidentais. Esses fluidos devem ser transferidos para uma sacola de descarte através de um conector cilíndrico com acesso equipado com válvula antirrefluxo.3

      Os equipamentos usados durante os procedimentos de cateterização devem ser descartáveis; se forem usados equipamentos reutilizáveis, devem ser seguidas as técnicas corretas para reprocessamento a fim de garantir que estejam estéreis.

 

Prevenção de infecções nos procedimentos de cateterização cardíaca

Os pacientes submetidos a cateterização cardíaca lidam com risco de infecção duplo: o do procedimento cirúrgico e o dos cateteres inseridos durante o procedimento. Esses pacientes podem estar suscetíveis ao desenvolvimento de infecções no sítio cirúrgico (ISCs) e de infecções na corrente sanguínea associadas a cateteres venosos centrais. Os PASs devem usar as melhores práticas e bundles (conjunto de medidas preventivas) para evitar essas infecções associadas a assistência à saúde. As seguintes são muito importantes para evitar complicações de infecções por causa dos procedimentos de cateterização e são recomendadas pela SCA&I:2

 

      Remoção de pelo. Os pelos não devem ser removidos do local de inserção a menos que interfiram com o procedimento. Se for necessário, eles devem ser removidos usando pinça ou um depilatório o mais próximo da cirurgia possível.2 Os pelos nunca devem ser removidos com lâmina de barbear.

      Preparação da pele. A pele do paciente deve ser limpa imediatamente antes do procedimento, usando um agente antimicrobiano de amplo espectro aplicado de acordo com as instruções do fabricante.2 O CDC recomenda usar uma solução de clorexidina a 2%, embora álcool a 70% e um iodóforo também possam ser usados.3

      Precauções máximas de barreira estéril. Os sítios cirúrgicos e de inserção de cateter devem ser protegidos contra contaminação, sendo cobertos com campos não absorventes,2 que cobrem a área ao redor do corte cirúrgico. Os campos para os sítios de inserção de cateter devem ser estéreis e cobrir completamente o paciente, com uma abertura grande o suficiente para permitir a inserção do cateter. Eles também devem cobrir qualquer ferramenta presa à mesa que poderia entrar em contato com o cateter ou os fios.

      Antibióticos. Uma das medidas de prevenção mais eficientes para ISCs é a profilaxia com antibióticos; entretanto, essa prática não é recomendada na rotina para esse tipo de procedimento.2 As exceções incluem pacientes imunocomprometidos e cirurgias nas quais exista grande probabilidade de contaminação do corte, quando dispositivos serão implantados ou stents serão colocados em vasos de grande calibre.9-11 Se os antibióticos forem administrados, deve-se dar atenção ao tipo de antibiótico usado e ao intervalo de tempo no qual ele é administrado e descontinuado.

      Infecções em sítios remotos. Essas infecções devem ser solucionadas, se possível, antes da cirurgia, pois aumentam o risco de ISCs.5

 

Dica

Pacientes submetidos a cateterização cardíaca devem ser verificados quanto a outras infecções – mesmo aquelas não localizadas no sítio de inserção ou cirúrgico –, como infecções do trato urinário e da pele ou Staphylococcus aureus resistente a meticilina e bactérias presentes no nariz e no trato respiratório. Essas infecções e bactérias disseminam-se pela corrente sanguínea e podem aderir a um corpo estranho implantado durante a cateterização cardíaca, levando a grave infecção de difícil erradicação.

 

      Inserção do cateter. Os cateteres são inseridos nos sítios femorais ou braquiais nas cateterizações cardíacas usando o método percutâneo ou de redução. Para evitar infecções nesses sítios, deve ser seguida a rigorosa adesão à técnica asséptica, e o acesso de recorrência deve ser evitado. Além disso, como foi demonstrado que as reduções da artéria braquial aumentam 10 vezes o risco de infecção, esse método deve ser evitado na cateterização cardíaca.12 Se não for possível, deve ser seguida a rigorosa adesão aos procedimentos de controle de infecção.2

      Remoção da bainha. As bainhas de acesso vascular são removidas durante os procedimentos diagnósticos, mas, em alguns casos, são deixadas no local durante os procedimentos terapêuticos. Devido ao maior risco de infecções locais pelas bainhas que permanecem no local por mais de 24 horas, esses dispositivos devem ser removidos tão cedo quanto clinicamente possível. Para a colocação prolongada, deve ser seguido um protocolo adequado de cuidado de feridas.2

      Curativos. Os curativos de plástico não permeáveis não devem ser usados por causa do maior risco de infecção; esses curativos têm uma taxa de infecção 2 a 4 vezes maior do que os curativos de gaze.13 O CDC defende o uso de gaze estéril ou curativos estéreis, transparentes ou semipermeáveis.3

      Materiais de sutura. Material fino e monofilamento de sutura devem ser usados em vez de materiais de sutura espessos ou trançados.2

      Reutilização de materiais. Os recipientes de material de contraste e as soluções de lavagem não devem ser reutilizados em diferentes pacientes, exceto se for usado um dispositivo que evite o refluxo.2

 

Além disso, os frascos de multidose não devem ser usados devido ao alto risco de contaminação.

 

Prevenção de infecções pelos dispositivos médicos implantáveis

A cateterização cardíaca envolve, em muitos casos, o implante de dispositivos médicos que auxiliam o funcionamento normal do coração. Esses dispositivos incluem enxertos vasculares, marca-passos temporários ou permanentes, desfibriladores cardíacos, dispositivos de auxílio ventricular, balões e cateteres de aterectomia. As infecções causadas pelos dispositivos implantáveis são particularmente traiçoeiras, pois podem se manifestar vários meses ou até anos após o procedimento; essas infecções são chamadas de infecções de início tardio. O CDC classifica as infecções relacionadas às cirurgias de implantes como ISCs associadas à assistência à saúde se ocorrerem dentro de um ano após o procedimento.

As infecções do implante na cateterização cardíaca costumam surgir em três áreas.14 A primeira fonte de infecção ocorre quando os patógenos são introduzidos durante a cirurgia de implante. A segunda ocorre quando as infecções pós-operatórias disseminam-se para outras áreas. A terceira fonte de infecção surge a partir da germinação hematogênica de sítios remotos que contaminam o sítio de inserção por causa da bacteremia ou fungemia. Outras fontes menos importantes de infecção também estão presentes. Os hematomas ou seromas podem surgir após um procedimento e aumentar a chance de o paciente desenvolver uma infecção.15 O mesmo é verdade para os casos em que o dispositivo é manipulado várias vezes durante a cirurgia.15 Além disso, as guias do marca-passo podem ser infectadas durante a disseminação de bactérias do sítio deste para os fios ou quando os fios projetam-se na pele devido à erosão.15

Evitar infecções nos implantes cardíacos é importante para garantir o sucesso do dispositivo e a saúde e segurança do paciente. As diretrizes para evitar ISCs nos sítios cirúrgicos também são aplicáveis para evitar infecções em implantes médicos nos laboratórios de cateterização cardíaca, e as Guidelines for Prevention of Surgical Site Infection5 (www.cdc.gov/ncidod/dhqp/pdf/guidelines/SSI.pdf) do CDC são muito úteis. As melhores práticas para evitar as infecções relacionadas a implantes estão listadas aqui e são discutidas nas seções anteriores:

 

      Identificar e tratar todas as infecções remotas antes da cirurgia.

      Não remover os pelos no sítio cirúrgico a menos que interfiram na cirurgia.

      Usar pinças para remover o pelo o mais próximo da cirurgia possível.

      Usar um antisséptico adequado para a pele do paciente antes da cirurgia.

      Reduzir o trânsito de pessoas nos laboratórios de cateterização cardíaca.

      Manter a pressão positiva nesses laboratórios.

      Certificar-se de pelo menos 15 trocas de ar por hora, sendo três de ar fresco.

 

Uma melhor prática que difere, na cirurgia de implante, dos outros procedimentos de cateterização cardíaca é a profilaxia antimicrobiana. Para a grande maioria dos procedimentos de cateterização, a profilaxia antimicrobiana não é indicada como medida de prevenção contra infecções. Entretanto, essa estratégia deve ser usada quando forem implantados dispositivos.5,11 Deve-se ter cuidado ao selecionar o antibiótico mais adequado a ser administrado, administrá-lo no intervalo de tempo correto e interrompê-lo quando for indicado.

Por último, os dispositivos devem ser esterilizados antes de ser implantados no corpo. Os implantes são classificados como itens críticos de acordo com o Sistema de Classificação de Spaulding, pois entram em contato com o tecido estéril ou o sistema vascular. Os implantes devem ser comprados estéreis ou ser esterilizados com vapor, se for possível.16 Os modelos sensíveis a calor e/ou umidade podem ser esterilizados usando tecnologias de baixa temperatura, incluindo óxido de etileno, plasma de gás de peróxido de hidrogênio e ácido peracético.16 A esterilização do tipo flash deve ser evitada nos dispositivos implantáveis devido ao alto risco de infecção.5,16

 

Referências

1.        Bashore T.M.: American College of Cardiology/Society for Cardiac Angiography and Interventions clinical expert consensus document on cardiac catheterization laboratory standards. J Am Coll Cardiol 8(37):2170–2214, 2001.

2.        Chambers C.E., et al.: Infection control guidelines for the cardiac catheterization laboratory: Society guidelines revisited. 67(1):78–86, 2006.

3.        O’Grady N.P., et al.: Guidelines for the prevention of intravascular catheter-related infections. 51(RR-10):1–29, 2002.

4.        Palmisano J.M., Meliones J.N.: Damage to physicians’ gloves during “routine” cardiac catheterization: An underappreciated occurrence. 14(6):1527–1529, 1989.

5.        Mangram A.J., et al.: Guideline for prevention of surgical site infection, 1999. 20:250–278, Apr. 1999.

6.        Centers for Disease Control and Prevention: Protection against viral hepatitis. Recommendations of the Immunization Practices Advisory Committee (ACIP). 39(RR-2): 1–26, Feb. 9 1990.

7.        Sehulster L.: Guidelines for environmental infection control in health-care facilities. Recommendations of CDC and the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC). 52:1–42, Jun. 2003.

8.        American Institute of Architects (AIA): Washington, DC: AIA Press, 2006.

9.        Dellinger E.P., et al.: Quality standard for antimicrobial prophylaxis in surgical procedures. 18(3):422–427, 1994.

10.    Da Costa A., et al.: Antibiotic prophylaxis for permanent pacemaker implantation: A meta-analysis. 97(18):1796–1801, 1998.

11.    Medical Letter on Drugs and Therapeutics: Antimicrobial prophylaxis in surgery. 31(806):105–108, 1989.

12.    Baddour L.M., et al.: Nonvalvular cardiovascular device-related infections. 108(16):2015–203, 2003.

13.    Corona M.L., et al.: Subspecialty clinics: Critical-care medicine. Infections related to central venous catheters. 65:979–986, 1990.

14.    Montero J.A.: Implants. In Carrico R. (ed.): , 2nd ed. Washington, DC: Association for Professionals in Infection Control and Epidemiology, 2005, pp. 42-1–42-11.

15.    Aureden K.L.: Cardiac catheterization and electrophysiology. In Carrico R. (ed.): , 3rd ed. Washington, DC: Association for Professionals in Infection Control and Epidemiology, 2009, pp. 46-1–46-10.

16.    Rutala W.A., Weber D.J., and the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee: www.cdc.gov/ncidod/dhqp/pdf/guidelines/Disinfection_Nov_2008.pdf (acessado em 15 de maio de 2010).

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