Editorial MedicinaNET - Janeiro - 2016

Custo em saúde subirá em 2016

Recentemente uma notícia passou despercebida para muitas pessoas. Talvez não dê tanto ibope quanto “microcefalia por Zika vírus”, ou a dengue, etc. Mas devia deixar todos com muito medo, já que não importa se você usa o sistema de saúde público (SUS) ou privado, através de convênios ou seguros-saúde.

Segundo projeções da Confederação Nacional da Saúde (CNS), entidade dos prestadores de serviços do setor da saúde, em 2016 a inflação médica deverá atingir seu recorde histórico, chegando em 20%.

Isso assusta, pois é mais do que o dobro da inflação que tivemos em 2015. Como hospitais irão lidar com essa inflação médica? Essa inflação médica é a variação de custos médicos e hospitalares, cálculo que inclui a mudança de preços e também o aumento da frequência de uso de serviços de clínicas, laboratórios, hospitais, etc.

No campo privado veremos isso ser repassado de alguma forma ao consumidor. Na área pública só dá pra pensar em uma coisa: vai faltar serviço, vai faltar acesso. A crise na saúde do Rio de Janeiro que ocorreu em dezembro já  (em parte) é reflexo disso.

Mas como esse aumento ocorre? São novas tecnologias chegando e que custam caro, ainda mais com a alta do dólar. Por tecnologias entendemos aparelhos, materiais e medicamentos novos. Do outro lado, temos uma população que envelhece, que tem cada vez mais doenças crônicas e que precisa de tratamento e diagnóstico, ou seja, recursos caros e demanda alta.

Como será a perspectiva de acesso à saúde em 2016 no Brasil diante dessa realidade não sabemos. O horizonte é ruim, infelizmente.

Os Editores.