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Editorial MedicinaNET - Agosto - 2016  Livre

Última revisão: 16/08/2016

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O que vem ocorrendo por aí

 

É difícil acompanhar tudo que ocorre na área da saúde, pois são muitas e algumas vezes difusas as informações sobre drogas, medicamentos recém-descobertos, novas formas de diagnóstico e tratamento. Porém, vou tentar agrupar aqui algumas  informações de interesse público, que vêm  mostrando-se fundamentais para o benefício do atendimento ao paciente, e devem estar no seu horizonte de informações.

Primeiro, a polêmica toda da fosfoetanolamina parece que terá, em médio prazo, um fim. Isso porque agora podemos dizer que vai haver um método científico para colocar os pingos nos “is”. É o que o ICESP (Instituto do Câncer de São Paulo, ligado à Faculdade de Medicina da USP) espera com o ensaio clínico iniciado em 25 de julho. O estudo servirá para validar de forma definitiva a segurança e a eficácia da droga. Segundo o Prof. Dr. Paulo Hoff, o “estudo não é de desenvolvimento do produto, nem é um estudo de registro (de patente). Queremos determinar se o que está sendo demandado por milhares de brasileiros faz sentido”.

E finalmente a vacina contra dengue vem ao mercado. No Brasil, a dose dessa vacina, produzida pela empresa Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda., vai custar entre R$ 132,76 e R$ 138,53. A Sanofi-Aventis é, até o momento, a única empresa no País com registro de uma vacina contra a dengue, chamada de Dengvaxia®. Resta saber se haverá ampla distribuição por parte governamental, ou cada um terá que desembolsar para ser vacinado. E, se houver campanha, quando começará? Talvez a melhor época seja no final da primavera, prevendo que no verão os casos sempre aumentam.

E a AIDS, que já foi muito temida, mas parece estar esquecida, volta a dar preocupação em termos de saúde pública. Pelo menos é o que diz um relatório da UNICEF que alerta para um grande aumento das mortes por AIDS entre adolescentes do ano 2000 para cá. Provavelmente “baixamos a guarda”, e as novas gerações não estão com medo da doença que foi um terror ao longo das décadas de 1980 e 1990. A estimativa é que, a cada hora, 29 pessoas de 15 a 19 anos sejam infectadas pelo HIV, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Os números, apresentados durante a 21ª Conferência Internacional sobre Aids, revelam que a doença segue como a segunda causa de morte entre jovens na faixa etária de 10 a 19 anos.

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