Autores:
Karin Klack
Nutricionista da Divisão de Nutrição e Dietética (DND) e do Atendimento Ambulatorial do Serviço de Reumatologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP. Especialista em Saúde Pública e Envelhecimento pela Faculdade de Saúde Pública – USP.
Ana Catarina Medeiros Castro
Nutricionista Especializanda em Nutrição Aplicada às Doenças Renais pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Capacitação Profissional em Atendimento Ambulatorial, DND do Hospital das Clínicas da FMUSP.
Patrícia Gomes Silva
Nutricionista com Capacitação Profissional em Atendimento Ambulatorial, DND do Hospital das Clínicas da FMUSP.
Última revisão: 08/08/2009
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Dentre os tratamentos da artrite idiopática juvenil (AIJ) destaca-se a intervenção nutricional realizada por meio de uma alimentação saudável e equilibrada, tendo como base a pirâmide alimentar (Figura 1), que preconiza maior fracionamento e menor volume de alimentos nas refeições, além de estimular a variedade para que haja o consumo de todos os grupos alimentares.
1. Carboidratos ou alimentos energéticos: nesse grupo, é priorizado o consumo dos alimentos em sua forma integral para melhor desempenho digestivo e intestinal.
2. Frutas e hortaliças ou alimentos reguladores: nesse grupo, é enfatizado o consumo dos alimentos in natura, para melhor aporte de vitaminas, minerais e fibras, para o auxílio à perda de peso e saciedade.
3. Alimentos proteicos ou construtores: ricos em vitaminas e eletrólitos que participam da composição do sistema imunológico. Recomenda-se o consumo de carnes magras e/ou brancas e laticínios desnatados ou magros; estes, por serem fontes de cálcio, auxiliam na prevenção da osteoporose.
4. Óleos/gorduras e açúcares: o consumo desse grupo deve ser moderado devido ao seu alto índice calórico e baixo valor nutritivo.
A artrite reumatoide (AR) é uma doença sistêmica que causa inflamação nas articulações, rigidez, edema, dor intensa e perda de mobilidade. Os alimentos ricos em ácidos graxos ômega 3 podem auxiliar na redução da resposta inflamatória, enquanto que os ácidos graxos ômega 6 podem agravá-la. Essas gorduras são encontradas principalmente nos alimentos da Tabela 1.
Dos indivíduos que possuem AR, aproximadamente 20% manifestam alergias alimentares que podem provocar crises da doença. Dentre os alimentos indutores de alergia estão frutos do mar, soja e derivados, trigo, milho, álcool, café e certos aditivos encontrados em produtos industrializados.
É aconselhável o consumo diário de vegetais verdes e frutas frescas, como laranja, limão, damasco, melão, cereja, uva, mamão papaia e ameixa, por terem efeito anti-inflamatório, e as leguminosas que, por meio do zinco, auxiliam o sistema imune. Alguns estudos têm mostrado que o consumo de fontes de vitamina E auxilia na redução da dor em pacientes com AR, sendo encontrada em laticínios, aves, fígado, ovos, oleaginosas e gérmen de trigo.
A anemia pode estar presente nos pacientes com AR, sendo tratada com alimentos ricos em ferro e ácido fólico, indicados na Tabela 2. Em casos de excesso de peso, recomenda-se uma dieta hipocalórica (Tabela 3).
O cuidado alimentar deve ser ainda maior na corticoterapia, devido aos seus efeitos adversos. Em caso de ocorrência de hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes melito (DM) ou dislipidemia (DLP), a dieta deve conter quantidades moderadas de sódio (Tabela 4), de carboidratos simples e de gorduras saturadas (Tabela 5). Como prevenção e/ou tratamento da osteoporose, recomenda-se o consumo de fontes de cálcio e vitamina D (Tabela 6).
Algumas das manifestações clínicas da esclerose sistêmica (ES) podem ser prevenidas, tratadas ou amenizadas pela dietoterapia:
1. Disfagia: recomenda-se uma mudança na consistência da dieta para pastosa ou branda (Tabela 7). Os condimentos fortes e picantes devem ser evitados, assim como frituras, doces concentrados, embutidos, conservas, bebidas gaseificadas, hortaliças e frutas cruas (exceto aquelas que podem ser amassadas).
2. Refluxo gastroesofágico: para amenizar esse sintoma, deve-se evitar alimentos e preparações muito gordurosas, produtos à base de cafeína, bebidas alcoólicas, doces concentrados e alimentos ricos em purina, por estimular a produção do ácido clorídrico (Tabela 8). Recomenda-se fazer de
3. Obstipação intestinal ou diarreia: a utilização de fibras alimentares (Tabela 9) pode ser bastante eficaz no tratamento desses sintomas. Os fruto-oligossacarídeos (FOS) encontrados em alguns alimentos, como alho, cebola, banana, tomate e alcachofra, evitam a disbiose; também podem ser encontrados na forma sintética, disponíveis comercialmente em sachês. Em casos de diarreia, deve-se evitar ao máximo o trabalho digestivo, por meio de uma dieta sem resíduos, mostrada na Tabela 10. Recomenda-se fazer as refeições a cada 3 horas em menor volume e aumentar o consumo de líquidos como água, água de coco, chás de ervas, suco coados, sopas e bebidas isotônicas.
4. Hipertensão arterial sistêmica (HAS): o controle pressórico por meio dos alimentos visa à redução do consumo de cloreto de sódio, minimizando o sal de adição, como também os alimentos ricos em sódio, indicados na Tabela 4. Orienta-se também o consumo de frutas e hortaliças fontes de potássio, por auxiliar na redução da HAS.
5. Anemia: na prevenção e/ou tratamento da anemia, são indicados alimentos fontes de ferro, como mostrado na Tabela 2, e de vitamina C para o aumento absortivo. Já alimentos como farelos, espinafre, café, chá preto ou mate e laticínios junto às refeições principais devem ser evitados, por prejudicarem a biodisponibilidade desse mineral.
A espondilite anquilosante é caracterizada por inflamações vertebroarticulares que ocorrem de forma progressiva, podendo ocasionar dor, imobilidade e alterações da qualidade de vida, além de manifestações não articulares como a osteoporose e doenças inflamatórias do trato intestinal. Nos indivíduos acometidos pela osteoporose, a orientação consiste no consumo adequado dos alimentos fontes de cálcio e vitamina D (Tabela 6).
Em casos de acometimento por doença inflamatória intestinal, a intervenção nutricional visa aliviar a dor abdominal e as crises diarreicas com uma alimentação restrita em resíduos, como produtos lácteos e fibra insolúvel, por acelerarem o trânsito intestinal. O teor dessas fibras insolúveis deve ser introduzido lentamente na dieta, assim como os vegetais crucíferos, leguminosas, oleaginosas e doces muito concentrados devem ser restritos em caso de flatulência. Recomenda-se o consumo de alimentos ricos em fibras solúveis, por retardarem o esvaziamento gástrico e auxiliarem no controle do trânsito intestinal.
A gota é caracterizada pelo depósito de cristais de ácido úrico nas articulações. Seu tratamento consiste em intervenção medicamentosa, nutricional e mudanças no estilo de vida, incluindo manutenção ou perda de peso, sendo indicada a dieta hipocalórica (Tabela 3) e o abandono do consumo de bebidas alcoólicas, além da restrição aos alimentos com alto teor de purina (Tabela 8).
O consumo de frutas e hortaliças frescas é indicado para se obter vitaminas, minerais e fibras, além do consumo de cereais e de carboidratos para a obtenção de energia e de líquidos para minimizar a possível formação de cálculos. Nos casos em que o paciente apresentar a síndrome metabólica associada (Tabela 11), recomenda-se moderação no consumo de alimentos ricos em sódio, carboidratos simples e lipídios, sendo indicados os ácidos graxos mono e poli-insaturados.
O LES é uma doença autoimune que pode causar artralgias, erupções cutâneas, fadiga e xerostomia, além de danificar múltiplos órgãos, principalmente os rins. Pode ser agravado por certos alimentos, sendo aconselhável evitar os que possuem uma substância denominada psoraleno, agente pigmentado dérmico que acentua a fotossensibilidade, como o limão, as limas, o figo, o aipo e a salsa.
A dieta apropriada ao LES deve ser hipocolesterolêmica, como forma de prevenção de doenças cardiovasculares, como a DLP (Tabela 5). Quanto aos efeitos adversos da corticoterapia, recomenda-se dieta hipocalórica (Tabela 3), preventiva do ganho excessivo de peso e rica em cálcio (Tabela 6), além de hipossódica (Tabela 4) em casos de HAS ou retenção hídrica. Se o paciente desenvolver intolerância à glicose ou diabetes, recomenda-se consumo moderado de carboidratos simples e aumento de fibras alimentares:
Quadro 1: Orientação dietética para diabetes
Alimentos a serem evitados |
Alimentos recomendados |
Açúcar, mel, melado, doces em geral, refrigerantes |
Adoçantes, produtos diet e frutas |
Preparações gordurosas, lanches, fast foods, salgados |
Preparações com carnes magras, frango sem pele, peixes |
Frituras |
Grelhados, cozidos ou assados |
Leite integral e derivados, creme de leite |
Leite desnatado e derivados |
Alimentos refinados (pão, arroz, farinha)* |
Alimentos integrais (pão, arroz), aveia, linhaça |
Conservas e enlatados |
Produtos naturais |
Tubérculos* |
Leguminosas e hortaliças |
Bebidas alcoólicas |
Sucos de frutas (diluídos) |
*Consumir de forma moderada.
Nos casos de síndrome metabólica associada ao LES, as recomendações dietéticas são citadas na Tabela 11. Dentre os sintomas gastrintestinais mais comuns estão dor abdominal e diarreia, sendo aconselhável a alta ingestão hídrica e dieta sem resíduos, como mostrado na Tabela 10, e não fermentativa, reduzida em vegetais crucíferos.
Dentre as alterações sanguíneas, a anemia é a mais frequente, sendo recomendada uma dieta rica em ferro e ácido fólico (Tabela 2). Já nos distúrbios renais, o consumo de alimentos proteicos deve ser restrito.
Como forma preventiva, são indicados os alimentos fontes de vitamina C, betacaroteno, zinco e selênio, por auxiliarem no restabelecimento da imunidade, estimulação da formação óssea e proteção contra as doenças cardiovasculares. Esses nutrientes são encontrados na laranja, cenoura, leite, ovos, vegetais verde-escuros, peixes, castanha-do-pará e cereais integrais.
A osteoartrite é uma doença articular causada por alteração não infecciosa e progressiva na cartilagem das articulações sinoviais e diartroses. Dentre os principais fatores de risco estão o envelhecimento e a obesidade, que deve contemplar uma alimentação equilibrada, com variabilidade dos grupos alimentares e moderada em calorias (Tabela 3), associada a um modo de vida ativo. Recomenda-se que os pacientes façam as refeições tranquilamente, evitando se alimentar em momentos de ansiedade ou nervosismo.
Quando a decomposição óssea é mais rápida que sua formação, caracteriza-se a osteoporose. Uma alimentação deficiente em cálcio e vitamina D é uma das causas do desenvolvimento dessa patologia. A vitamina D (25-hidroxivitamina D), além de ser responsável pela correta absorção do cálcio, pode prevenir os sintomas das doenças autoimunes e melhorar a propriedade elástica das artérias em doenças cardiovasculares.
A prevenção da osteoporose deve ter início na infância, com uma dieta rica em cálcio e vitamina D (Tabela 6) e prática de atividade física. É recomendada a manutenção adequada de peso corpóreo e moderação no consumo de cafeína e de sódio (Tabela 4), por reduzir a retenção e aumentar a excreção de cálcio, respectivamente.
A síndrome antifosfolípide (SAF) é uma doença autoimune que causa eventos trombóticos arteriais ou venosos, abortos de repetição e morte fetal. Pode ser classificada como primária, secundária (principalmente ao LES) e/ou obstétrica. O tratamento consiste na anticoagulação oral e dieta hipogordurosa moderada em vitamina K (aproximadamente 1 mcg/kg de peso/dia). O recomendado é que seu consumo seja diário e restrito para não interferir com o tratamento medicamentoso (evitando tanto as hemorragias quanto a hipercoagulabilidade).
Quadro 2: Alimentos com teores aumentados e reduzidos
Alimentos ricos em vitamina k |
Alimentos pobres em vitamina k |
Espinafre, couve, brócolis, repolho e couve de Bruxelas* |
Batata, batata doce, rabanete, cebola, tomate vermelho, pepino sem casca, cogumelos, beterraba e cenoura |
Alface, couve-flor, agrião, aspargo, almeirão, tomate verde, cebolinha verde, vagem, algas marinhas |
Carnes: bovina, de frango ou peixe fresco, atum em salmoura, carnes grelhadas, peito de peru |
Grão-de-bico, lentilha, soja e derivados, ervilha |
Torradas, biscoitos sem recheio e pães |
Fígado, miúdos em geral, atum em óleo |
Leite desnatado, iogurtes desnatados e queijos brancos |
Óleos vegetais em geral |
Cereais integrais, matinais e barra de cereais |
Nozes, castanha de caju e pistache |
Banana, pera, morango, melancia, maçã sem casca, pêssego |
Kiwi, abacate, ameixa seca, figo, amora silvestre e uva* |
Preparações: café, ovo cozido, arroz, feijão cozido, massas (com molhos simples), creme de milho, catchup, milho, farinhas, sopas |
Preparações: ovo frito, pipoca, lasanha, molhos prontos, hambúrguer, pizza, petiscos, panqueca, waffles, lanches matinais (croissants), creme de espinafre, tablete de caldo de carne ou de legume, molhos de tomate industrializados |
|
* Esses alimentos devem ser evitados por terem grandes quantidades da vitamina K.
Os pacientes com SAF ainda podem apresentar anemia e osteoporose, devido ao anticoagulante. Nesses casos, é recomendado seguir a orientação acima e acrescentar fontes de ferro (Tabela 2), cálcio e vitamina D (Tabela 6) na dieta.
A síndrome de Sjögren é uma doença sistêmica, inflamatória e autoimune, com acometimentos glandulares. O paciente apresenta principalmente xeroftalmia e xerostomia, que causa a necessidade de ingestão de líquidos em goles frequentes. É necessário estimular a salivação por meio do consumo de líquidos amargos, como limonada, líquidos com temperatura quente, consumo de frutas ácidas na ausência de aftas orais e de gomas de mascar sem açúcar, para tornar mais diluída a saliva já existente. Não são aconselhadas as preparações muito condimentadas ou salgadas (Tabela 4).
O consumo de alimentos secos pode ser ainda mais prejudicial, sendo indicadas preparações ensopadas. Nos casos de dificuldade de deglutição, aconselha-se o consumo de preparações trituradas ou amassadas. A Tabela 7 apresenta algumas preparações pastosas umidificadas e amolecidas para auxiliar na redução da xerostomia. A dieta rica em ômega 3 (salmão, sardinha, atum, linhaça e azeite) também é recomendada pelo efeito anti-inflamatório.
Tabela 1: Alimentos fontes de ômegas 3, 6 e 9
Fontes de ômega 3 |
Fontes de ômega 6 |
Fontes de ômega 9 |
Peixes de água fria (salmão, sardinha, atum, óleo de peixe) |
Óleos de milho, soja, girassol, amendoim, açafrão, algodão e prímula |
Azeite de oliva |
Óleo e semente de linhaça, óleo de noz e de canola |
Leite (menor quantidade) |
Óleos de amendoim, canola e açafrão |
Margarina enriquecida |
Carne (menor quantidade) |
Abacate |
Tabela 2: Alimentos fontes de ferro e ácido fólico
Fontes de ferro |
Fontes de ácido fólico |
Carnes, aves, peixes, miúdos, gema de ovo |
Miúdos |
Verduras verde-escuras, beterraba |
Vegetais folhosos e legumes |
Leguminosas e cereais integrais |
Milho |
Figo, ameixa preta, damasco, tâmara, passas |
Amendoim |
Produtos enriquecidos com ferro |
Levedo |
Tabela 3: Dieta hipocalórica
Alimentos a serem evitados |
Alimentos recomendados |
Açúcar, açúcar mascavo, mel, doces em geral |
Adoçante, frutas, gelatinas |
Bebidas alcoólicas e gaseificadas |
Água, chás, sucos de frutas diluídos |
Frituras |
Alimentos grelhados, cozidos, assados |
Carnes gordas, pele de frango |
Carne sem gordura visível, peito de frango, peixe |
Frios e embutidos |
Peito de peru, blanquet de chéster |
Temperos industrializados |
Temperos naturais |
Molhos para salada, molhos cremosos, catchup |
Molhos à base de iogurtes desnatados, limão, vinagre |
Queijos gordos |
Queijos brancos e magros |
|
Verduras e legumes |
Tabela 4: Dieta hipossódica
Alimentos a serem evitados |
Alimentos recomendados |
Temperos industrializados |
Temperos naturais |
Conservas, enlatados |
Produtos naturais e frescos |
Frios e embutidos |
Carnes magras, aves e peixes |
Queijos gordos |
Queijos brancos e magros (sem sal) |
Sopas em pacote e tempero de macarrão instantâneo |
Sopas caseiras e massas com molho simples |
Pão francês, biscoito de água e sal ou cream cracker |
Pão integral, pão de leite, pão doce, biscoito água, biscoito tipo maisena |
Manteiga ou margarina com sal |
Margarina cremosa sem sal, geleia |
Obs: o bacalhau, a carne seca ou a defumada podem ser consumidos desde que o sal utilizado como conservante seja muito bem retirado no preparo.
Tabela 5: Dieta hipocolesterolêmica
Alimentos a serem evitados |
Alimentos recomendados |
Laticínios integrais, queijos gordos |
Laticínios desnatados, queijos brancos e magros |
Manteiga, margarinas duras |
Margarinas cremosas e/ou light |
Frituras |
Alimentos grelhados, cozidos, assados |
Carnes gordas, pele de frango, miúdos, frutos do mar, frios e embutidos |
Carnes magras, peito de frango, peru e chéster sem pele, peixes (salmão, atum, sardinha) |
Maionese, molhos para salada, molho branco |
Molhos à base de iogurtes desnatados, limão, vinagre |
Doces cremosos e/ou com coco |
Gelatina diet, frutas, doces à base de frutas, sorvetes de frutas, sucos naturais |
Biscoitos recheados e cremosos, amanteigados |
Pães integrais, torradas, biscoitos sem recheio |
Gema de ovo (no máximo, 2 unidades/semana, cozidas) |
Hortaliças, cereais, leguminosas, frutas oleaginosas |
Gordura vegetal hidrogenada |
Clara de ovo |
|
Azeite, óleos de canola, soja, milho, girassol |
Tabela 6: Alimentos fontes de cálcio e vitamina D
Fontes de cálcio |
Fontes de vitamina D |
Leite e derivados |
Leite |
Tofu (queijo de soja) |
Fígado, músculo bovino, sardinha, atum, salmão |
Peixe enlatado (p.ex., sardinha) |
Óleo de fígado de peixe (bacalhau, salmão) |
Feijão e ervilhas secas |
Margarina |
Verduras verde-escuras (exceto o espinafre) |
Gema de ovo |
Algas marinhas |
Cogumelos |
Produtos enriquecidos com cálcio |
Produtos enriquecidos com a vitamina D |
Tabela 7: Preparações de consistência pastosa e branda
Consistência pastosa |
Consistência branda |
Mingaus, papas, purês, suflês e patês |
Mingaus, leite e derivados, papas, purês, suflês e patês |
Vitamina de frutas |
Vitamina de frutas |
Ovo cozido (gema mole) |
Ovo cozido |
Arroz refinado bem cozido |
Arroz refinado cozido |
Leguminosas liquidificadas e passadas na peneira |
Leguminosas cozidas |
Massas bem cozidas |
Massas cozidas |
Legumes bem cozidos, sopas |
Legumes cozidos, sopas |
Frutas cruas (maçã e pera raspadas, banana e morango amassados, creme de abacate) e cozidas |
Frutas cruas (maçã e peras raspadas, banana e morango amassados, creme de abacate) e cozidas |
Carnes (desfiadas ou moídas e bem cozidas) |
Carnes magras e macias, aves, peixes |
Doces pastosos e/ou cremosos, geleias |
Doces cremosos, geleias |
Tabela 8: Dieta para refluxo gastroesofágico
Alimentos a serem evitados |
Alimentos recomendados |
Frituras |
Preparações cozidas, assadas, grelhadas |
Bebidas alcoólicas ou gaseificadas |
Sucos de frutas |
Café, chá preto ou mate (produtos com cafeína) |
Chá de ervas |
Doces concentrados |
Doces pouco concentrados |
Embutidos e frios |
Laticínios desnatados |
Condimentos, corantes e molhos picantes |
Temperos naturais |
Frutas ácidas |
Frutas não ácidas |
Vegetais crucíferos |
Vegetais em geral |
Tabela 9: Alimentos com alto teor de fibras
Cereais integrais e derivados |
Verduras cruas |
Legumes, de preferência com casca |
Frutas |
Frutas secas |
Leguminosas |
Tabela 10: Alimentos sem resíduos
Alimentos recomendados |
Alimentos a serem evitados |
Mingau de farinha de trigo, araruta, maisena |
Doces concentrados |
Ovo quente, cozido ou pochê, queijo fresco, ricota |
Embutidos, frios, frutos do mar |
Sopas caseiras e caldo de feijão |
Sopas industrializadas, sopas creme |
Arroz bem cozido, macarrão cozido em água e sal |
Frituras em geral |
Batata cozida, purês, mandioca, mandioquinha |
Condimentos picantes e molho para salada |
Legumes cozidos, feijão amassado e coado |
Verduras cruas ou refogadas, conservas em lata |
Frutas maduras não ácidas e doces |
Frutas secas e frutas ácidas |
Carnes sem gordura, ave, peixe fresco |
Carne tipo milanesa, apimentada, acebolada e frita |
Torrada, bolacha de água e sal |
Cereais integrais, oleaginosas |
Chás de ervas |
Bebida alcoólica, refrigerante, café, chá preto, mate |
Tabela 11: Dieta para síndrome metabólica
Alimentos a serem evitados |
Alimentos recomendados |
Leite integral e derivados, manteiga |
Leite desnatado e derivados, margarinas cremosas |
Doces concentrados e cremosos |
Frutas, gelatina diet |
Biscoitos recheados, amanteigados |
Pães, torradas e biscoitos integrais, bolacha água |
Açúcar, mel, açúcar mascavo |
Adoçantes artificiais |
Refrigerantes, sucos artificiais adoçados, garapa |
Água, chá, suco natural diluído, suco artificial diet |
Miúdos, carnes gordas, embutidos, frutos do mar |
Carnes magras, peixes em geral, clara de ovo |
Asa, pescoço, pé e pele de frango |
Peito de frango, peru e chéster sem pele |
Sopas prontas, tempero de macarrão instantâneo |
Cereal, leguminosa, verduras e legumes |
Salgados e salgadinhos de pacote |
Preparações ao forno |
Temperos industrializados, conservas, enlatados |
Temperos e produtos naturais |
Gordura vegetal hidrogenada |
Azeite, óleos vegetais |
Tabela 12: Dieta para hiperuricemia
Alimentos a serem evitados |
Alimentos recomendados |
Miúdos em geral, bacon, extrato de carne |
Carne de vaca, coelho, miolo*, presunto* |
Algumas aves (pombo, ganso, peru, galeto) |
Galinha |
Ovas de peixe, arenque, mexilhão, cavala, sardinha, salmonete, anchova, bacalhau haddock, salmão, truta |
Peixes (exceto os proibidos), camarão, lagosta, caranguejo* |
Carnes, peixes defumados ou em conserva, embutidos |
Feijão, lentilha, ervilha, grão de bico* |
Legumes fritos |
Frutas, verduras, frutas oleaginosas (coco), nozes* |
Leite integral e derivados |
Leite desnatado e derivados |
Bebidas alcoólicas, principalmente a cerveja |
Chá de ervas, suco de frutas e gelatinas |
Gordura da carne, banha, óleo de coco, dendê |
Cereais, doces e açúcares* |
Caldo de carne em tabletes, extrato ou molho de carne |
Manteiga, margarina, óleos* |
|
Condimentos, ervas, cogumelos |
*Alimentos que devem ser consumidos com moderação.
Figura 1: Pirâmide nutricional
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