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Novas Recomendações para BLS e ACLS – Atualizações

Autores:

Ricardo Casalino Sanches de Moraes

Especialista em Cardiologia pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Médico Colaborador do Grupo de Válvula do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

Leonardo Vieira da Rosa

Médico Cardiologista pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Médico Assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Doutorando em Cardiologia do InCor-HC-FMUSP. Médico Cardiologista da Unidade Coronariana do Hospital Sírio Libanês.

Última revisão: 28/10/2010

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BLS / Adultos

1.    Mudança na sequência de atendimento. C-A-B

2.    Ver, ouvir e sentir foi retirado das recomendações

3.    Compressão torácica no mínimo de 100 por minuto. Melhor sobrevida e prognóstico neurológico.

4.    A compressão torácica com 5 cm profundidade.

5.    Leigos estão autorizados a fazer apenas compressão, se treinados associar ventilação na relação 30:2.

6.    Recomendado treinamento de leigos apenas com compressão exceto nas causas de parada por asfixia (afogamento).

7.    A diferença está no tempo de atendimento; prognóstico similar entre hands only vs. PCR convencional quando realizado por socorristas treinados.

8.    Compressão cricoide está contraindicada. Atrasa o atendimento, a ventilação e, quando realizada, e não é certeza de prevenção de broncoaspiração.

 

ACLS

1.    Uso de capnografia é recomendado para checar via aérea definitiva e monitorar a eficácia das compressões. Com retorno da circulação, o PetCO2 deve estar elevado; em caso de queda devemos suspeitar de reanimação ineficaz ou nova PCR.

2.    Atropina não é mais recomendada para assistolia/AESP.

3.    Adenosina é recomendada para taquicardia de QRS largo monomórfica.

4.    Cuidados intensivos pós-PCR são recomendados com monitoração cardiológica, neurológica e metabólica.

5.    Observar e indicar cineangiocoronariografia nos pacientes indicados.

6.    Fazer hipotermia (32 a 34°C por 24h pós-evento) em pacientes vítimas de PCR intra ou extra-hospitalar e independente do ritmo de parada.

7.    Monitorar com eletroencefalograma.

 

BLS / Pediatria

1.    C-A-B nova sequência de atendimento recomendada. Priorizar compressão para acelerar o atendimento.

2.    1 socorrista fazer 30 compressões para 2 ventilações.

3.    2 socorristas devem fazer 15 compressões (lactentes/crianças) para 2 ventilações.

4.    Sempre fazer ventilação, pois a maioria das PCR é de causa hipóxica.

5.    Compressões devem ter a profundidade de 4 cm em lactentes e 5 cm em crianças.

6.    Em crianças de 1 a 8 anos, deve-se utilizar o DEA com o sistema de atenuação pediátrico, caso não esteja disponível utilizar o próprio DEA.

7.    Para < 1 ano, a preferência é usar um desfibrilador manual (> 4 J/kg); caso contrário, um DEA com sistema de atenuação pediátrico.

 

PCLS

1.    Hipotermia (32 a 34°C) está recomendada em adolescentes vítimas de FV extra-hospitalar.

2.    Para crianças e lactentes vítimas de PCR que persistem comatosos após reanimação cardiopulmonar, pode-se considerar hipotermia

 

RECOMENDAÇÕES GERAIS APÓS EVENTO

1.    Uma história detalhada incluindo a presença de eventos em familiares (convulsão, afogamento, morte súbita e acidentes).

2.    Revisão de eletrocardiogramas prévios.

3.    Em caso de óbito, é recomendado estudo anatomopatológico e genético para pesquisa de canalopatia e proteção dos parentes vivos.

 

CUIDADOS IMEDIATOS APÓS NASCIMENTO COM RECÉM-NASCIDO

1.    Aspiração imediatamente após o nascimento deve ser reservada para os RN com quadro de obstrução de vias aéreas impedindo o início da respiração espontânea ou naqueles que necessitarão de ventilação com pressão positiva.

2.    Não existe evidência para aspiração de rotina mesmo na presença de mecônio, assim como a aspiração endotraqueal.

3.    Relação compressão-ventilação: 3:1.

4.    Se a causa da PCR for de origem cardíaca, a relação ideal é de 15:2 (2 socorristas).

5.    Evidências crescentes sugerem beneficio no atraso do clampeamento do cordão em pelo menos 1 minuto nos RN a termo e pré-termo, que não necessitarão de manobras de reanimação.

 

OUTRAS CONSIDERAÇÕES

1.    Avaliação até 3 dias após PCR.

2.    Neurológica.

3.    Estudo eletrofisiológico.

4.    Imagens.

5.    Biomarcadores.

 

FATORES PROGNÓSTICOS

1.    Ausência bilateral do componente N20 do potencial evocado somatossensitivo.

2.    Ausência de reflexo córneo-palpebral e pupilar.

3.    Crise epiléptica – Status epilepticus.

4.    Parte motora da escala de coma de Glasgow = 2.

 

BIBLIOGRAFIA

1.    American Heart Association. Part 1: Executive Summary: 2010 American Heart Association Guidelines for Cardipulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation.

 

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