Daunoblastina

DAUNOBLASTINA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de DAUNOBLASTINA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com DAUNOBLASTINA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

pharmacia

Apresentação DAUNOBLASTINA

Daunoblastina® pó liofilizado injetável 20 mg em embalagem contendo 1 frasco-ampola + 1 ampola de diluente de 10 mL.

DAUNOBLASTINA – Indicações

Daunoblastina® (cloridrato de daunorrubicina) está indicado para terapia de indução de remissão e/ou consolidação de leucemia linfoblástica aguda em combinação com outros agentes antineoplásicos (como vindesina, vincristina, asparaginase, ciclofosfamida, citarabina, mercaptopurina, metotrexato) e, também está indicado para terapia de indução de remissão e/ou consolidação de leucemia mieloide aguda em combinação com outros agentes antineoplásicos (como citarabina, adriamicina, tioguanina).

Contra indicações de DAUNOBLASTINA

-hipersensibilidade à daunorrubicina, a outros componentes da fórmula ou a outras antraciclinas ou antracenedionas;
-mielossupressão persistente;
-presença de infecções graves
-insuficiência hepática (Classificação de Child Pugh Classe C [pontuação total 10-15]) ou renal (GFR < 10 mL/min ou creatinina sérica > 7,9 mg/dL) grave;
-insuficiência miocárdica;
-infarto do miocárdio recente;
-arritmias graves;
-tratamento prévio com doses cumulativas máximas de daunorrubicina, outras antraciclinas e/ou antracenedionas (vide item 5. Advertências e Precauções).

Advertências

Geral
A daunorrubicina deve ser administrada somente sob a supervisão de um médico experiente no uso de terapia citotóxica.
Pacientes devem se recuperar de toxicidades agudas de tratamentos anteriores (tais como estomatites, neutropenia, trombocitopenia e infecções generalizadas) antes de iniciar tratamento com daunorrubicina.

Toxicidade Hematológica
É necessário avaliar a resposta com base no estado da celularidade da medula óssea para orientar o tratamento com daunorrubicina: mielossupressão ocorrerá em todos os pacientes que receberem doses terapêuticas do fármaco. Deve-se avaliar o perfil hematológico antes e durante cada ciclo da terapia com daunorrubicina, incluindo contagem diferencial de células brancas: pode-se esperar citopenia grave, que requer controle cuidadoso.
O nadir da contagem de leucócitos e plaquetas geralmente ocorre de 10 a 14 dias após a administração do fármaco, mas geralmente a contagem de células volta aos níveis pré-tratamento durante a terceira semana. Podem ocorrer também trombocitopenia e anemia. As consequências clínicas da mielossupressão grave incluem febre, infecções, sepse/septicemia, choque séptico, hemorragias, hipóxia tecidual ou morte. Durante o ciclo de tratamento, cuidado especial deve ser dispensado aos pacientes com neutropenia grave e febre (neutropenia febril), uma condição que pode ser, possivelmente, seguida por septicemia e morte.

Leucemia Secundária
Foi relatada leucemia secundária com ou sem fase pré-leucêmica em pacientes tratados com antraciclinas incluindo daunorrubicina. Leucemia secundária é mais comum quando tais fármacos são administrados em combinação com agentes antineoplásicos que causam dano ao DNA, em combinação com radioterapia, quando pacientes são pré-tratados intensivamente com fármacos citotóxicos, ou quando doses de antraciclinas são aumentadas. Essas leucemias podem ter de 1 a 3 anos de períodos de latência.

Função Cardíaca
Cardiotoxicidade é um risco do tratamento com antraciclinas que pode se manifestar por eventos precoces (ou seja, agudo) ou tardios (ou seja, atrasados).
Eventos precoces (ou seja, agudo): a cardiotoxicidade precoce de daunorrubicina consiste principalmente de taquicardia sinusal e/ou anormalidades do eletrocardiograma (ECG), tais como alterações não específicas das ondas ST-T. Foram relatados taquiarritmias, incluindo contrações ventriculares prematuras, assim como bloqueio cardíaco. Esses efeitos geralmente não são preditivos de desenvolvimento posterior de cardiotoxicidade tardia e raramente são de importância clínica e, geralmente, não são considerados para descontinuação do tratamento com daunorrubicina.
Eventos tardios (ou seja, atrasados): a cardiotoxicidade tardia geralmente se desenvolve tardiamente no curso da terapia com daunorrubicina ou dentro de 2 a 3 meses após o término do tratamento, mas eventos mais tardios (vários meses a anos após o término do tratamento) também foram relatados. Cardiomiopatia tardia manifesta-sepela redução da fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) e/ou sinais e sintomas de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) tais como dispneia, edema pulmonar, edema gravitacional, cardiomegalia e hepatomegalia, oligúria, ascite, efusão pleural e ritmo de galope. A insuficiência cardíaca congestiva com risco à vida é a forma mais grave de cardiomiopatia induzida por antraciclina e representa uma toxicidade cumulativa dose-limitante do fármaco.
A função cardíaca deve ser avaliada antes dos pacientes receberem tratamento com daunorrubicina e deve ser monitorada durante a terapia para minimizar os riscos de incorrer em insuficiência cardíaca grave. O risco pode ser reduzido pelo monitoramento regular da FEVE durante o tratamento com descontinuação imediata da daunorrubicina ao primeiro sinal de função prejudicada. O método quantitativo apropriado para avaliação repetida da função cardíaca (avaliação da FEVE) inclui angiografia por radionuclídeos multi-gated (MUGA) ou ecocardiografia (ECO). A avaliação cardíaca basal com um ECG e com um MUGA ou um ECO é recomendado, especialmente em pacientes com fatores de risco para aumento de cardiotoxicidade. Determinações de MUGA ou ECO repetidas de FEVE devem ser executadas, particularmente com doses mais altas e cumulativas de antraciclinas. As técnicas usadas para avaliação devem ser consistentes durante o período de acompanhamento.
O risco de desenvolver insuficiência cardíaca congestiva (ICC) aumenta – na ausência de outros fatores de risco cardíaco – quando a dose cumulativa total de daunorrubicina excede 500-600 mg/m2 em adultos, 300 mg/m2 em crianças com mais de 2 anos de idade, ou 10 mg/kg em crianças com menos de 2 anos de idade; essas doses somente devem ser excedidas com extrema cautela.
Fatores de risco para toxicidade cardíaca incluem doença cardiovascular latente ou ativa, radioterapia anterior ou concomitante na área mediastínica/pericardíaca, terapia prévia com outras antraciclinas ou antracenedionas e uso concomitante de fármacos com a habilidade para prejudicar a contratilidade cardíaca ou fármacos cardiotóxicos (exemplo: trastuzumabe). As antraciclinas, incluindo a daunorrubicina, não devem ser administradas em combinação com outros agentes cardiotóxicos, a menos que a função cardíaca do paciente seja rigorosamente monitorada. Pacientes que recebem antraciclinas após suspensão do tratamento com outros agentes cardiotóxicos, especialmente aqueles que apresentam longas meias-vidas como por exemplo o trastuzumabe, podem também apresentar um risco aumentado de desenvolvimento de toxicidade cardíaca. Sob essas condições, uma dose cumulativa total de 400 mg/m2 em adultos somente pode ser excedida com extrema cautela. A função cardíaca deve ser cuidadosamente monitorada em pacientes recebendo altas doses cumulativas e naqueles com fatores de risco. Contudo, cardiotoxicidade com daunorrubicina pode ocorrer com doses cumulativas mais baixas independente dos fatores de risco cardíacos estarem presentes.
Em lactentes e crianças, parece haver maior susceptibilidade à toxicidade cardíaca antraciclina-induzida, e deve- se realizar avaliação periódica, à longo prazo, da função cardíaca.
É provável que a toxicidade da daunorrubicina e outras antraciclinas ou antracenedionas seja aditiva.

Gastrintestinal
A daunorrubicina pode causar náusea e vômito. Vômitos e náuseas graves podem levar à desidratação. Náuseas e vômitos podem ser prevenidos ou controlados pela administração de terapia antiemética apropriada.
Pode ocorrer mucosite (principalmente estomatite, menos frequentemente esofagite) em pacientes recebendo terapia com daunorrubicina. A mucosite/estomatite geralmente se manifesta logo após a administração do medicamento e, se grave, pode progredir em poucos dias para ulcerações da mucosa. A maioria dos pacientes se recupera desse evento adverso por volta da terceira semana de tratamento.

Função Hepática
A principal via de eliminação da daunorrubicina é o sistema hepatobiliar. A bilirrubina sérica total deve ser avaliada antes e durante o tratamento com daunorrubicina. Pacientes com níveis de bilirrubina elevada podem apresentar clearance mais lento do fármaco com um aumento de toxicidade total. São recomendadas doses mais baixas nesses pacientes (vide item 8. Posologia). Pacientes com insuficiência hepática grave não devem receber daunorrubicina (vide item 4. Contraindicações).

Função Renal
A insuficiência renal também pode aumentar a toxicidade das doses recomendadas de daunorrubicina e a função renal deve ser avaliada antes do início do tratamento com daunorrubicina (vide item 8. Posologia e item 4. Contraindicações).

Síndrome da Lise Tumoral
A daunorrubicina pode induzir a hiperuricemia em consequência do extenso catabolismo de purinas que acompanha a lise rápida de células neoplásicas induzida pelo fármaco (síndrome da lise tumoral). Os níveis séricos de ácido úrico, potássio, fosfato de cálcio e creatinina devem ser avaliados após o início do tratamento. Hidratação, alcalinização da urina e profilaxia com o alopurinol para prevenir a hiperuricemia podem minimizar potenciais complicações decorrentes da síndrome da lise tumoral.

Efeitos no Local da Injeção
Fleboesclerose pode resultar de uma injeção em vasos pequenos ou de injeções repetidas na mesma veia. Seguindo os procedimentos de administração recomendados, pode-se minimizar os riscos de flebite/tromboflebite no local de injeção (vide item 8. Posologia).

Extravasamento
O extravasamento de daunorrubicina durante a injeção intravenosa pode produzir dor local, lesão grave do tecido (vesicação, celulite grave) e necrose. Podem ocorrer sinais ou sintomas de extravasamento durante a administração intravenosa de daunorrubicina, a infusão do fármaco deve ser imediatamente interrompida.

Alopecia
Alopecia completa envolvendo crescimento da barba e do couro cabeludo, pelos da axila e pubianos ocorre quase sempre com doses plenas de daunorrubicina. Este efeito colateral pode causar angústia aos pacientes, mas geralmente é reversível, com crescimento dos pelos, que geralmente ocorre dentro de 2 ou 3 meses após o término da terapia.

Efeitos imunossupressores / Aumento da suscetibilidade a infecções
A administração de vacinas vivas ou vivas-atenuadas em pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo daunorrubicina, pode resultar em infecções graves ou fatais. A vacinação com vacinas vivas deve ser evitada em pacientes que estejam recebendo daunorrubicina. Vacinas mortas ou inativas podem ser administradas, entretanto a resposta a estas vacinas pode ser diminuída.

Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

Fertilidade, Gravidez e Lactação
Vide item 3. Características Farmacológicas – Dados de Segurança Pré-Clínicos.

Diminuição da Fertilidade
A daunorrubicina pode induzir dano cromossômico em espermatozoides humanos. Homens recebendo tratamento com daunorrubicina devem utilizar métodos contraceptivos eficazes.

Gravidez
Assim como outros fármacos antineoplásicos, a daunorrubicina apresentou potencial teratogênico, mutagênico e carcinogênico em animais. De acordo com dados experimentais, o fármaco deve ser considerado como uma causa potencial de malformação fetal quando administrada a mulheres grávidas. Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas, embora as poucas mulheres que receberam daunorrubicina durante o segundo e terceiro trimestre de gravidez tenham gerado crianças aparentemente normais.
Como regra geral, recomenda-se que daunorrubicina não seja administrada a pacientes grávidas. Se o fármaco é usado durante a gravidez, ou se a paciente engravidar durante o tratamento com o fármaco, a mulher deve ser informada do risco potencial para o feto. Mulheres com potencial para engravidar e que vão receber daunorrubicina, devem ser alertadas quanto ao perigo potencial para o feto e devem ser aconselhadas a evitar a gravidez durante o tratamento. A daunorrubicina deve ser administrada durante a gravidez somente se o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto.

Daunoblastina® é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. A paciente deve informar imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Lactação
Não se sabe se a daunorrubicina é excretada no leite humano. Como regra geral, recomenda-se que a daunorrubicina não seja administrada a mães que estejam amamentando.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
Não há relatos relacionando, explicitamente, os efeitos do tratamento com daunorrubicina sobre a habilidade de dirigir ou usar máquinas.

Interações medicamentosas de DAUNOBLASTINA

Como o cloridrato de daunorrubicina é na maioria dos casos, utilizado como parte de uma terapia combinada com outros agentes citostáticos, a toxicidade total pode ser potencializada particularmente no que diz respeito à mielossupressão e de toxicidade gastrintestinal. O uso concomitante de cloridrato de daunorrubicina e outras substâncias cardiotóxicas ou radioterapia do mediastino aumenta a cardiotoxicidade de cloridrato de daunorrubicina. Desta forma, com a administração concomitante de outras substâncias cardioativas (por ex.: bloqueadores dos canais de cálcio como o Verapamil), é necessário um monitoramento especialmente cuidadoso da função cardíaca durante todo tratamento. Se os pacientes foram / são (pré) tratados com medicamentos que afetam a função da medula óssea (por ex.: citostáticos, sulfonamidas, cloranfenicol, difenilhidantoína, derivados da amidopirina, agentes anti-retrovirais) deve-se ter em mente a possibilidade de um distúrbio acentuado da hematopoiese. A dose de cloridrato de daunorrubicina deve ser modificada se necessário. Se combinado com outros agentes citostáticos (por ex.: citarabina, ciclofosfamida), os efeitos tóxicos da terapia de cloridrato de daunorrubicina podem ser potencializados.
O cloridrato de daunorrubicina é metabolizado principalmente no fígado; os medicamentos de acompanhamento que afetam a função hepática também podem afetar o metabolismo ou farmacocinética do cloridrato de daunorrubicina e consequentemente sua eficácia e/ou toxicidade. A combinação do cloridrato de daunorrubicina com medicamentos potencialmente hepatotóxicos (por ex.: metotrexato) pode, em decorrência da insuficiência do metabolismo hepático e/ou excreção biliar de cloridrato de daunorrubicina levar a um aumento na toxicidade da substância. Isto pode resultar em uma potencialização dos efeitos adversos. Com a administração concomitante de outros citostáticos, o risco para a incidência de efeitos adversos gastrintestinais aumenta. Os medicamentos que levam a um atraso na excreção de ácido úrico (por ex.: sulfonamidas, certos diuréticos) podem causar hiperuricemia potencializada mediante ao uso concomitante de cloridrato de daunorrubicina.
Geralmente, deve ser levado em consideração que a administração e a absorção de medicamentos de acompanhamento por via oral pode ser consideravelmente influenciada por uma mucosite oral e gastrointestinal que ocorre frequentemente em associação com quimioterapia intensiva que contenha cloridrato de daunorrubicina.
Em associação com a administração concomitante de substâncias que causem inibição de agregação plaquetaria (por ex.: ácido acetilsalicílico), um aumento adicional na tendência de sangramento deve ser esperado para pacientes com trombocitopenia.
Vacinações com agentes patogênicos viáveis não devem ser realizadas durante o tratamento com cloridrato de daunorrubicina.

Reações adversas / efeitos colaterais de DAUNOBLASTINA

As reações adversas estão relacionadas por classe de sistema de órgãos, categoria de frequência e grau de gravidade. As categorias de frequência são definidas como: muito comuns (=> 1/10), comuns (=> 1/100 a <1/10), incomuns (=> 1/1.000 a <1/100), raras (=> 1/10.000 a <1/1.000), muito raras (<1/10.000), não conhecidas (não podem ser estimadas a partir dos dados disponíveis). (Ver também o item 5. Advertências e Precauções).

Classe de Sistema de Órgãos Frequência Efeitos Indesejáveis
Infecções e Infestações Muito comuns

Sepse/septicemia;
Infecção

Neoplasias Benignas e Malignas e
Inespecíficas (incluindo cistos e
pólipos)

Não conhecida
Incomuns
Não conhecida

Choque séptico
Leucemia mieloide aguda
Síndrome mielodisplásica

Distúrbios do Sangue e do Sistema
Linfático

Muito comuns

Insuficiência da medula óssea;
Leucopenia;
Granulocitopenia;
Neutropenia;
Trombocitopenia;
Anemia

Distúrbios do Sistema Imunológico Não conhecida Reação anafilática/anafilactoide

Distúrbios do Metabolismo e
Nutrição

Não conhecidas Desidratação;
Distúrbios Cardíacos Muito comuns

Cardiomiopatia (clinicamente
manifestada por dispneia, cianose,
edema periférico, hepatomegalia;
ascite; efusão pleural e
insuficiência cardíaca congestiva)

Incomum

Isquemia miocárdica (angina
pectoris);

Não conhecidas

Fibrose endomiocárdica;
Pericardite/miocardite;
Taquiarritmias supraventriculares
(como taquicardia sinusal,
extrasístoles ventriculares,

Distúrbios Vasculares

Muito comum
Não conhecida

bloqueio atrioventricular)
Hemorragia
Rubor;
Choque;
Tromboflebite;
Fleboescleroseb
Hipóxia;

Distúrbios Respiratórios, Torácicos
e Mediastinais

Não conhecida  
Distúrbios Gastrintestinais Muito comuns

Náusea/Vômito;
Diarreia;
Esofagite;
Mucosite/estomatitec
Dor abdominal

Distúrbios da Pele e Tecido Subcutâneo

Comum
Não conhecida
Muito comuns

Colite
Alopecia;
Eritema;
Rash cutâneo
Dermatite de contato

Não conhecidas

Fenômeno de hipersensibilidade;
Prurido;
Hiperpigmentação da pele e
pigmentação da unha;
Urticária

Distúrbios Renais e Urinários Não conhecida Amenorreia;

Distúrbios do Sistema Reprodutivo
e da Mama

Não conhecidas Azoospermia;

Distúrbios Gerais e Condições do
Local da Administração

Muito comuns

Pirexia;
Dor;
Flebite no local da infusão

Comum Morte;
Não conhecidas

Hiperpirexia;
Extravasamento no local da
infusão;e
Calafrios
Aumento da bilirrubina sanguínea;

Investigações Muito comuns

Aumento de aspartato
aminotransferase;
Fosfatase alcalina no sangue
aumentada.

Comuns

Anormalidades no
eletrocardiograma (alteração na
onda ST-T do eletrocardiograma,
anormalidades no complexo QRS
do eletrocardiograma,
anormalidades na onda T do
eletrocardiograma)



a- Com possibilidade de insuficiência renal, especialmente na presença de contagem
b- elevada das células brancas do sangue no pré-tratamento.
c- A esclerose venosa pode resultar da injeção do medicamento em um pequeno vaso ou de repetidas injeções na mesma veia.
d- Dor ou sensação de queimação, eritema, úlcera, hemorragia, infecção.
Urina de cor vermelha por 1 ou 2 dias após administração.
e- E Dor no local da infusão/sensação de queimação, celulite, ulceração de pele e necrose.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

DAUNOBLASTINA – Posologia

A Daunoblastina® deve ser administrada a pacientes com câncer apenas por injeção intravenosa (IV).
Devido ao risco de necrose tecidual local grave no caso de extravasamento do fármaco, recomenda-se injetar Daunoblastina® pelo tubo de borracha do equipo de infusão IV de cloreto de sódio a 0,9% ou solução de glicose a 5%. A duração da infusão pode variar de 2-3 minutos até 30-45 minutos. Não é recomendada a administração por punção direta da veia (push) devido ao risco de extravasamento, que pode ocorrer mesmo na presença de retorno sanguíneo adequado com a aspiração da agulha (vide item 5. Advertências e Precauções).
A dose de Daunoblastina® é normalmente baseada na área de superfície corporal do paciente (m2), mas, em crianças abaixo de 2 anos de idade (ou com uma área de superfície corporal menor que 0,5 m2), sugere-se que a dose seja calculada pelo peso corporal (kg) ao invés da área de superfície corporal.
A dose de Daunoblastina® a ser administrada por ciclo pode variar de acordo com diversos parâmetros, incluindo:
-o objetivo terapêutico (por exemplo, indução de remissão ou manutenção);
-o uso como agente único ou em combinação com outros fármacos citotóxicos ou radioterapia;
-a idade do paciente a ser tratado (crianças, adultos ou idosos);
-a tolerabilidade do paciente.

Uso em Crianças
Daunoblastina® é administrada em tratamentos combinados na faixa de doses de 0,5-1,5 mg/kg/dia (25 a 45 mg/m2/dia), com frequência de administração dependendo do regime empregado.

Uso em Adultos
A dose diária recomendada de Daunoblastina® como agente único para o primeiro esquema da indução de remissão em pacientes adultos é de 60 mg/m2 a ser repetido em 3 dias sucessivos. Para os esquemas subsequentes de indução (a ser administrado a cada 3-4 semanas de acordo com a situação da medula óssea e contagem de células sanguíneas), a Daunoblastina® é recomendada na mesma dose diária, mas por somente 2 dias consecutivos. Em tratamentos combinados padrão, a dose diária recomendada de Daunoblastina® é de 45 mg/m2 a ser administrada de acordo com o esquema descrito acima. Em pacientes idosos (> 65 anos de idade), pode ser necessária reduzir a dose de Daunoblastina® para 45 mg/m2 quando administrada como agente único e para 30 mg/m2 em esquemas combinados.

Modificação da dose Disfunção Hepática
São recomendadas reduções da dose em pacientes com os seguintes valores da bioquímica sérica:
Daunoblastina® não deve ser administrada a pacientes com insuficiência hepática grave (Classificação de Child Pugh Classe C [pontuação total 10-15] – vide item 4. Contraindicações).
Para pacientes com insuficiência hepática leve e moderada (Classificação de Child Pugh Classe A [pontuação total 5-6] e B [pontuação total 7-9]), reduções de dose são recomendadas com base nos seguintes valores de bilirrubina sérica:
Bilirrubina 1,2 a 3 mg/dL: metade da dose inicial recomendada. Bilirrubina > 3 mg/dL: um quarto da dose inicial recomendada.

Disfunção Renal
Para pacientes com insuficiência renal moderada, taxa de filtração glomerular (GFR) entre 10-20 mL/min ou creatinina sérica aproximadamente entre 3,4-7,9 mg/dL, a dose de Daunoblastina® deve ser reduzida pela metade (vide item 4. Contraindicações).

Preparo da solução
Daunoblastina® deve ser reconstituída com o diluente que acompanha a embalagem. A solução obtida após reconstituição contém 2 mg de daunorrubicina por mL. O conteúdo no frasco-ampola está sob pressão negativa a fim de reduzir a formação de aerossol durante a reconstituição. Deve-se exercer especial cautela quando a agulha é inserida: deve-se evitar a inalação de qualquer aerossol produzido durante a reconstituição. O frasco-ampola deve ser agitado suavemente até a dissolução completa do medicamento. A solução reconstituída deve ser protegida da luz e é estável por 24 horas em temperatura ambiente ou por 48 horas entre 4 e 10º C.

Administração intravenosa
A dose necessária da solução reconstituída deve ser retirada para uma seringa contendo 10 a 15 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9% e lentamente injetada no tubo do equipo onde corre uma solução para infusão IV de cloreto de sódio a 0,9% ou dextrose a 5%, a fim de minimizar o risco de extravasamento do fármaco e assegurar que a veia seja lavada após a administração do fármaco.

Cuidados na administração
Recomendam-se as seguintes medidas de proteção, devido à natureza tóxica do composto:
-As pessoas devem ser treinadas nas boas práticas para reconstituição e manipulação;
-Mulheres grávidas não devem trabalhar com este medicamento;
-As pessoas que manipulam a Daunoblastina® devem utilizar roupas protetoras (óculos de proteção, avental, máscaras e luvas descartáveis);
-Deve-se delimitar uma área para reconstituição (de preferência sob um sistema de fluxo laminar). A superfície de trabalho deve ser protegida por papel absorvente descartável, recoberto com plástico na parte posterior;
-Todos os materiais utilizados na reconstituição, administração ou limpeza, incluindo luvas, devem ser descartados em sacos para resíduos de alto risco e destinados à incineração em altas temperaturas;

-Respingos ou vazamentos devem ser tratados com solução diluída de hipoclorito de sódio (1% de cloro disponível), de preferência por adsorção, e depois com água;
-Todos os materiais de limpeza devem ser descartados como indicado previamente;
-O contato acidental com pele ou olhos deve ser tratado imediatamente através de lavagens abundantes com água ou água e sabão ou solução de bicarbonato de sódio. Deve-se buscar atenção médica.
-Sempre lavar as mãos após remoção das luvas;
-O fármaco deve ser usado dentro de 24 horas após a primeira penetração no batoque de borracha. Qualquer solução restante não utilizada deve ser descartada.

Incompatibilidades
Relatou-se incompatibilidade de Daunoblastina® com heparina sódica, que pode causar precipitação do fármaco na solução e com alumínio. Também se relatou incompatibilidade quando uma solução de cloridrato de daunorrubicina foi misturada com uma solução de fosfato sódico de dexametasona, aztreonam, alopurinol sódico, fludarabina, piperacilina/tazobactam e aminofilina. Daunoblastina® pode ser usada em combinação com outros agentes antitumorais, mas não se recomenda que seja misturada com outros fármacos na mesma seringa.

Dose Omitida
Como Daunoblastina® é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar ou ambulatórios especializados, o plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha o caso. Se o paciente não receber uma dose deste medicamento, o médico deve redefinir a programação do tratamento. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

Super dosagem

Superdose aguda com daunorrubicina resultará em mielossupressão grave (principalmente leucopenia e trombocitopenia), efeitos tóxicos gastrintestinais (principalmente mucosite) e complicações cardíacas agudas. Espera-se que doses únicas muito elevadas de daunorrubicina causem degeneração miocárdica aguda (dentro de 24 horas) e mielossupressão grave (dentro de 10-14 dias). Deve-se oferecer tratamento de suporte para o paciente durante esse período. Insuficiência cardíaca tardia foi observada com antraciclinas por até 6 meses após uma superdose. Os pacientes devem ser observados cuidadosamente: se surgirem sinais de insuficiência cardíaca, instituir o tratamento convencional.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Caracteristicas farmalogicas

Propriedades Farmacodinâmicas
O cloridrato de daunorrubicina é um agente antineoplásico que exerce seus efeitos citotóxicos/antiproliferativos através da interferência em um número de funções bioquímicas e biológicas nas células-alvo. Embora o mecanismo de ação preciso não tenha sido completamente elucidado, o fármaco parece inibir principalmente a síntese de DNA e de RNA DNA-dependente através da formação de um complexo com o DNA, via intercalação entre os pares de bases nitrogenadas e desespiralização da hélice de DNA. A daunorrubicina pode interferir também com a atividade da polimerase e da topoisomerase II, com a regulação da expressão de genes e com reações de oxidação/redução (gerando radicais livres altamente reativos/ altamente tóxicos). Supõe-se que também exista uma interação direta entre a daunorrubicina e a membrana celular, levando a alterações na dupla camada da superfície celular. A daunorrubicina tem atividade citotóxica máxima durante a fase S, mas o fármaco não é ciclo ou fase-específica.Propriedades antibacterianas e imunossupressoras também foram atribuídas à daunorrubicina.

Propriedades Farmacocinéticas Absorção
A daunorrubicina não é absorvida pelo trato gastrintestinal. Como o fármaco é extremamente irritante para os tecidos, ele deve ser administrado por via IV: espera-se que por essa via a absorção seja completa (isto é, se não ocorrer extravasamento).

Distribuição
A daunorrubicina é extensamente distribuída pelos tecidos, com níveis mais elevados no baço, rins, pulmões e coração. O fármaco penetra nas células e se liga aos componentes celulares, principalmente aos ácidos nucleicos. Não há evidências de que a daunorrubicina atravesse a barreira hematoencefálica, mas o fármaco aparentemente atravessa a placenta.

Metabolismo
A daunorrubicina sofre rápida e extensa metabolização no fígado e outros tecidos, principalmente por aldo- cetoredutases citoplasmáticas. Uma hora após a administração, a predominância no plasma é do metabólito ativo daunorrubicinol (13-OH daunorrubicina). A metabolização posterior através da quebra da ligação glicosídica (redução) produz agliconas, que tem pequena ou nenhuma atividade antiproliferativa e são desmetiladas e conjugadas via sulfato e glicuronídeo por enzimas microssomais.

Excreção
Após administração IV rápida, as concentrações plasmáticas totais de daunorrubicina e seus metabólitos declinam de forma trifásica, enquanto as concentrações plasmáticas da daunorrubicina inalterada declinam de forma bifásica. A meia-vida média é de 45 minutos na fase inicial e de 18,5 horas na fase terminal. A meia-vida do daunorrubicinol excede as 24 horas. A daunorrubicina e seus metabólitos são excretados na urina e na bile (aproximadamente 40% da dose administrada). Relatou-se que a excreção urinária do fármaco e seus metabólitos é de 14 a 23% da dose administrada, com a maior parte da excreção urinária ocorrendo dentro de 3 dias. Após as primeiras 24 horas, o fármaco é excretado na urina principalmente como daunorrubicinol.

Dados de Segurança Pré-Clínicos
A DL50 da daunorrubicina é de 17,3-20 e de 13-15 em camundongos e ratos, respectivamente, e cerca de 5,0 mg/kg em cães. Os principais órgãos-alvo após dose única são o sistema hemolinfopoiético e, especialmente em cães, o trato gastrintestinal.
Os efeitos tóxicos em coelhos, cães e macacos foram investigados após administrações repetidas. Os principais órgãos-alvos da daunorrubicina nessas espécies animais foram o sistema hemolinfopoiético, trato gastrintestinal, rins, fígado e órgãos reprodutores. Estudos subagudos e de cardiotoxicidade indicam que a daunorrubicina é cardiotóxica em todos os animais de laboratório testados.
A daunorrubicina é genotóxica na maioria dos testes in vitro e in vivo realizados, tóxica para os órgãos reprodutores, embriotóxica para ratos e coelhos e teratogênica em ratos. Não há informações disponíveis sobre a administração de daunorrubicina em animais durante o período peri e pós-natal e não se sabe se a daunorrubicina é excretada no leite materno. A daunorrubicina, assim como as outras antraciclinas e fármacos citotóxicos, é carcinogênica em ratos. Estudos de toxicidade mostram que o extravasamento do fármaco causa necrose tecidual.

Resultados de eficacia

Leucemia Linfoblástica Aguda – Adultos
Taxas de remissão completa favoráveis e com toxicidade tolerável foram alcançadas em 66 pacientes adultos com leucemia linfoblástica aguda recidivante ou refratária que receberam terapia combinada que consistiu em: primeira fase – vindesina 3mg/m2, daunorrubicina 45 mg/m2, asparaginase 10.000 unidades/m2 e prednisona 60 mg/m2; segunda fase – citarabina 3000mg/ m2 e etoposideo 100mg/m2. 64% dos doentes em primeira recidiva teve uma remissão completa. A Sobrevida global mediana neste estudo foi de 6,6 meses. [1]
Um estudo comparou um programa de indução convencional com vincristina, prednisona e asparaginase em adultos não tratados previamente (20 anos ou mais) com diagnóstico de leucemia linfoblástica aguda e tratados com daunorrubicina. 53 pacientes receberam vincristina 2mg nos dias 1, 8 e 15 e prednisona 40mg/m2/dia nos dias 1 a 22. 46 pacientes receberam o esquema acima e daunorrubicina 45mg/m2 nos dias 1, 2, e 3. A adição de daunorrubicina aumentou o número de remissões completas (47% contra 83%).

Leucemia Linfoblástica Aguda – Pediatria
Em um ensaio de fase III realizado com 1606 crianças, todas receberam indução padrão (designados de regimes B e D) com vincristina, prednisona, L-asparaginase e metotrexato e esquema de consolidação com 6- mercaptopurina (6MP) e vincristina iniciados após a indução e administrado por 28 dias; ou indução e consolidação intensivas (designados de regimes A e C) consistindo de vincristina, L-asparaginase, prednisona, metotrexato (intratecal). Os pacientes também receberam daunorrubicina 25mg/m2 a cada semana durante 4 semanas, metotrexato, ciclofosfamida, ara-C, e 6MP. Regimes A, B, C e D demonstraram taxas de sobrevida livre de eventos em 5 anos de 73%, 72%, 67% e 61%, respectivamente. Para as crianças com menos de 10 anos de idade, 5 anos de intervalo livre de eventos nos regimes A, B, C e D foram 73%, 77%, 68% e 61%; naqueles com 10 anos ou mais, as taxas foram de 71% para o regime A e 57-64% para os regimes B e D. [3]
No estudo 86 ALL-BFM foram adotadas as estratégias de indução, consolidação e terapia de reindução intensiva em um ensaio clínico com crianças com leucemia linfoblástica aguda (LLA). Na sequência de prednisona por via oral e metotrexato intratecal, 998 pacientes (com idades até aos 18 anos, mediana de 4,7 anos, 550 do sexo masculino) foram divididos em grupo de risco normal; grupo de risco e grupo experimental. Todos os pacientes foram induzidos com prednisona, vincristina, daunorrubicina 40 mg/m2 a cada semana (durante 4 semanas), L- asparaginase, ciclofosfamida, Ara-C, e 6-mercaptopurina e metotrexato intratecal. Os grupos de risco e de risco normal receberam consolidação com 6- mercaptopurina e metotrexato ev e intratecal e reindução com dexametasona, vincristina, doxorrubicina, L-asparaginase, ciclofosfamida, ara-C, tioguanina e metotrexato intratecal. O grupo experimental recebeu consolidação com prednisona, Ara-C, ifosfamida, mitoxantrona, e metotrexato ev e intratecal, e reindução. Os pacientes nos grupos de risco e experimentais receberam irradiação do SNC e todos os pacientes receberam manutenção com 6-mercaptopurina e metotrexato. Alguns doentes do grupo de risco receberam intensificação tardia com prednisona, vindesina, teniposideo, ifosfamida, e Ara-C. 110 pacientes do grupo de risco normal não recebeu reindução, mas foi administrado ao resto devido ao seu efeito benéfico em pacientes de baixo risco mostrados em um estudo anterior. Em um acompanhamento mediano de 5 anos (3.4 a 6.9 anos) a sobrevida livre de eventos foi de 58% para o grupo de risco normal sem reindução, 87% para o grupo de risco normal com reindução, 75% para o grupo de risco e 48% para o grupo experimental.

Leucemia Mieloide Aguda – Adultos
Em um grande ensaio clínico com 653 pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA) foi avaliada a eficácia e a toxicidade de um protocolo de 7 dias de infusão contínua de citarabina 100mg/m2/dia combinada com daunorrubicina (30 e 45mg/m2/dia) ou doxorrubicina (30mg/m2 /dia) administrado nos 3 primeiros dias da semana. Não houve diferença significativa entre os 3 grupos no que diz respeito à taxa de remissão completa (47%, 31%, e 35%, respectivamente) ou duração, mas daunorrubicina foi o agente preferido por causa da menor toxicidade gastrointestinal (colite necrotizante fatal e mucosite).
Um ensaio clínico de fase III com 489 doentes com idades entre 60 anos ou mais comparou o regime de indução com mitoxantrona e Ara-C vs o regime padrão de daunorrubicina (DNR) e Ara-C; pacientes receberam um ciclo adicional de DNR ou mitoxantrona e, em seguida, foram randomizados para receber uma dose baixa de terapia Ara-C versus nenhum tratamento adicional. Um total de 46,6% dos pacientes tratados com mitoxantrona alcançaram remissão completa em comparação com 38% dos doentes tratados com DNR, uma diferença que não alcançou significância estatística. A sobrevida livre de doença foi maior para aqueles que recebem a terapia pós- remissão em baixa dose em comparação com os que não receberam a terapia, com a sobrevida livre de doença em 5 anos de 13% e 7%, respectivamente. A sobrevida global, no entanto foi semelhante. E as taxas de mortalidade precoce pós-indução e toxicidades foram semelhantes, com a exceção de que os doentes tratados com mitoxantrona tiveram uma taxa significativamente mais elevada de infecções graves.
122 pacientes adultos foram tratados com altas doses de Ara-C (3g/m2) seguido de daunorrubicina (DNR) 60mg/m2por dia durante 2 dias. Remissão completa foi obtida em 80%, enquanto 16% tinham doença refratária e 4% morreram de sepse durante hipoplasia. A taxa de remissão completa para os grupos com citogenética favorável, intermediária e desfavorável foram 87%, 79% e 62%. Neste estudo, altas doses de Ara-C e daunorrubicina resultaram numa alta taxa de remissão completa.

Leucemia Mieloide Aguda – Pediatria
Quimioterapia intensiva, incluindo a daunorrubicina como parte do regime de indução e tratamento, foi semelhante ao transplante autólogo de medula óssea (TMO) na sobrevida livre de eventos em crianças com leucemia mieloide aguda (LMA). Crianças com LMA foram submetidas a 2 sessões de quimioterapia para indução. O regime de indução consistiu no seguinte: daunorrubicina 45mg/m2 nos dias 1, 2 e 3; citarabina 100mg/m2 através de infusão contínua nos dias 1 a 7; tioguanina via oral 100mg/m2 nos dias 1 a 7; dose elevada de citarabina 3g/m2; citarabina intratecal de 40mg/m2 nos dias 1 e 8. O segundo curso foi repetido no dia 15, mas sem citarabina. Os pacientes que estavam em remissão foram, então, randomizados para quimioterapia intensiva ou transplante de medula óssea. Todos os pacientes foram submetidos à terapia de consolidação e etoposídeo e azacitidina. A quimioterapia de consolidação intensiva consistiu de vários agentes, incluindo a daunorrubicina, citarabina, tioguanina, etoposideo e azacitidina. Dos pacientes elegíveis para a randomização (n = 232), a taxa de sobrevivência livre de eventos no terceiro ano foi de 36% para o grupo de quimioterapia intensiva e 38% para o grupo de TMO. No entanto, o grupo que realizou TMO apresentou uma menor taxa de recaída (31% versus 58%, p inferior a 0,05), mas uma taxa mais elevada de mortalidade relacionada ao tratamento (15% versus 2,7%, p inferior a 0,05). [8]
A remissão completa foi alcançada em 11 de 22 crianças com leucemia mieloide aguda, por meio de pelo menos 2 ciclos de infusão de 24 horas Ara-C 10mg/kg, seguido por injeções de daunorrubicina (DNR) 45mg/m2, e adriamicina (ADR) 45mg/m2. A Terapia de consolidação consistiu de três ciclos de Ara-C e 6-tioguanina e um ciclo de ciclofosfamida e ADR. A duração mediana da primeira remissão completa foi 99+ semanas, e a sobrevida média dos pacientes foi de 44 semanas. A sobrevida média foi dos pacientes que entraram em remissão foi de 195+ semanas e dos que não entraram em remissão foi de 28 semanas.
As taxas média (± DP) de sobrevida livre de eventos e de sobrevida global para todo o grupo em três anos foi de 34 ± 2,5 % e 42 ± 2,6 %, respectivamente.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

Daunoblastina® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30° C), protegido da luz e pode ser utilizado por 36 meses a partir da data de fabricação.

A solução reconstituída pode ser conservada protegida da luz durante 24 horas a temperatura ambiente ou durante 48 horas a temperatura entre 4 e 10° C.
Descartar devidamente qualquer solução não utilizada após a reconstituição.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
Características físicas e organolépticas: frasco de vidro incolor contendo uma massa ou bolo liofilizado, poroso, vermelho alaranjado. A solução reconstituída é uma solução vermelha clara e limpa.

Dizeres legais

MS – 1.0216.0214
Farmacêutica Responsável: Carolina C. S. Rizoli – CRF-SP Nº 27071

Registrado por:
Laboratórios Pfizer Ltda.
Rodovia Presidente Castelo Branco, Km 32,5
CEP 06696-000 – Itapevi – SP
CNPJ nº 46.070.868/0036-99

Fabricado e Embalado por:
Actavis Italy S.p.A.
Nerviano, Milão – Itália

Importado por:
Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.
Rodovia Presidente Castelo Branco, Km 32,5
CEP 06696-000 – Itapevi – SP

DAUNOBLASTINA – Bula para o paciente

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Daunoblastina® (cloridrato de daunorrubicina) está indicado para terapia de indução de remissão e/ou consolidação de leucemia linfoblástica aguda (câncer das células brancas do sangue – linhagem linfóide) em combinação com outros agentes antineoplásicos (como vindesina, vincristina, asparaginase, ciclofosfamida, citarabina, mercaptopurina, metotrexato) e, também está indicado para terapia de indução de remissão e/ou consolidação de leucemia mieloide aguda (câncer das células brancas do sangue – linhagem mielóide) em combinação com outros agentes antineoplásicos (como citarabina, adriamicina, tioguanina).

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Daunoblastina® é um agente antineoplásico (medicamento usado no tratamento de neoplasias) que exerce seus efeitos citotóxicos (que causa destruição celular) / antiproliferativos (que inibe o crescimento celular) através da interferência em várias funções bioquímicas e biológicas nas células.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Daunoblastina® não deve ser usada nos seguintes casos:
-hipersensibilidade (alergia) à Daunoblastina®, a outros componentes da fórmula ou a outras antraciclinas ou antracenedionas (classe de medicamentos da Daunoblastina®);
-mielossupressão (diminuição da função da medula óssea) persistente;
-Presença de infecções graves
-insuficiência hepática grave (falência da função do fígado – classificação de Child Pugh classe C [pontuação total 10-15]) e insuficiência renal grave (falência da função dos rins- taxa de filtração glomerular (GFR) < 10 mL/min ou creatinina sérica > 7,9 mg/dL);
-insuficiência miocárdica (incapacidade do coração bombear a quantidade adequada de sangue);
-infarto do miocárdio recente (morte das células do músculo cardíaco devido à diminuição da quantidade de sangue/oxigênio);
-arritmia grave (alteração do ritmo do coração);
-tratamento prévio com doses cumulativas máximas de Daunoblastina®, outras antraciclinas e/ou antracenedionas.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Daunoblastina® deve ser administrado somente sob a supervisão de um médico experiente no uso de terapia citotóxica.
Pacientes devem se recuperar de toxicidades agudas de tratamentos anteriores, tais como estomatites (inflamação da mucosa da boca), neutropenia (diminuição do número de neutrófilos, células de defesa do organismo), trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas, células de coagulação do organismo) e infecções generalizadas, antes de iniciar tratamento com Daunoblastina®.

Toxicidade Hematológica
É necessário avaliar a resposta com base no estado da celularidade da medula óssea para orientar o tratamento com Daunoblastina®: mielossupressão ocorrerá em todos os pacientes que receberem doses terapêuticas do fármaco. Deve-se avaliar o perfil hematológico antes e durante cada ciclo da terapia com Daunoblastina®, incluindo contagem diferencial de células brancas: pode-se esperar citopenia grave, que requer controle cuidadoso.
O nadir da contagem de leucócitos e plaquetas geralmente ocorre de 10 a 14 dias após a administração do fármaco, mas geralmente a contagem de células volta aos níveis pré-tratamento durante a terceira semana. Podem ocorrer também trombocitopenia e anemia. As consequências clínicas da mielossupressão grave incluem febre, infecções, sepse/septicemia, choque séptico, hemorragias, hipóxia tecidual (diminuição do fornecimento de oxigênio aos tecidos) ou morte. Durante o ciclo de tratamento, cuidado especial deve ser dispensado aos pacientes com neutropenia grave e febre (baixo número de neutróflos no sangue associado à febre).

Leucemia Secundária
Foi relatada leucemia secundária com ou sem fase pré-leucêmica (que surge como consequência de tratamento quimioterápico anterior). Leucemia secundária é mais comum quando tais fármacos são administrados em combinação com agentes antineoplásicos que causam dano ao DNA, em combinação com radioterapia, quando pacientes são pré-tratados intensivamente com fármacos citotóxicos, ou quando doses de antraciclinas são aumentadas. Essas leucemias podem levar de 1 a 3 anos para se tornarem clinicamente evidentes.

Função Cardíaca
Cardiotoxicidade (toxicidade cardíaca) é um risco do tratamento com antraciclinas que pode se manifestar por eventos precoces (ou seja, agudo) ou tardios (ou seja, atrasados).
Eventos precoces (ou seja, agudo): alterações no ritmo do coração registradas no exame de eletrocardiograma. Esses efeitos geralmente não preveem o desenvolvimento de cardiotoxicidade tardia e geralmente, não tem importância clinica nem levam a interrupção do tratamento.
Eventos tardios (ou seja, atrasados): a cardiotoxicidade tardia geralmente se desenvolve dentro de 2 a 3 meses após o término do tratamento, mas eventos mais tardios (vários meses a anos após o término do tratamento) também foram relatados. Manifesta-se pela redução da fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE: quantidade de sangue bombeado do coração para as artérias) e/ou sinais e sintomas de insuficiência cardíaca congestiva (ICC: incapacidade de o coração bombear a quantidade adequada de sangue).
A função cardíaca deve ser avaliada antes dos pacientes receberem tratamento com Daunoblastina® e deve ser monitorada durante a terapia.
Fatores de risco para toxicidade cardíaca incluem doença cardiovascular ativa ou inativa, radioterapia anterior ou concomitante na região do tórax que abrange o coração, terapia prévia com outras antraciclinas ou antracenedionas e uso concomitante de fármacos que também podem causar danos ao coração.
Em lactentes e crianças, parece haver maior susceptibilidade à toxicidade cardíaca antraciclina-induzida, e deve- se realizar avaliação periódica, à longo prazo, da função cardíaca.

Gastrintestinal
Daunoblastina® pode causar náusea e vômito, que podem durar de 24 a 48 horas, que podem ser prevenidos ou controlados pela administração de terapia antiemética (que combate náuseas e vômitos) apropriada, a fim de evitar desidratação.
Pode ocorrer mucosite / estomatite (queimadura, úlceras e vermelhidão na mucosa oral), que geralmente aparecem após a administração do medicamento. Os pacientes devem manter uma higiene oral adequada.

Função Hepática
A principal via de eliminação da Daunoblastina® é o sistema hepatobiliar (fígado e vias biliares). A quantidade de bilirrubina (substância produzida pela degradação da hemoglobina) no sangue deve ser avaliada antes e durante o tratamento com a Daunoblastina®. São recomendadas doses mais baixas em pacientes com aumento da bilirrubina no sangue. Pacientes com alteração grave da função do fígado não devem receber Daunoblastina® (vide questão 3. Quando não devo usar este medicamento?).

Função Renal
A insuficiência renal (diminuição da função dos rins) também pode aumentar a toxicidade das doses recomendadas de Daunoblastina®. Portanto, a função renal deve ser avaliada antes do início do tratamento com Daunoblastina®. A dosagem para pacientes com insuficiência renal deve ser reduzida. Pacientes com insuficiência renal grave não devem ser tratados com Daunoblastina® (vide questão 6. Como usar este medicamento? e questão 3. Quando não devo usar este medicamento?).

Síndrome da Lise Tumoral (sintomas provocados pela destruição das células do câncer)
Daunoblastina® pode induzir a hiperuricemia (alta taxa de ácido úrico no sangue) em consequência do extenso catabolismo de purinas que acompanha a lise (destruição) rápida de células neoplásicas induzida pelo fármaco (síndrome da lise tumoral). Os níveis séricos de ácido úrico, potássio, fosfato de cálcio e creatinina devem ser avaliados após o início do tratamento. As complicações decorrentes da síndrome da lise tumoral podem ser minimizadas com hidratação adequada, alcalinização da urina e profilaxia com alopurinol (um medicamento que reduz os níveis de ácido úrico).

Efeitos no Local da Injeção
Fleboesclerose (endurecimento das paredes das veias) pode resultar de uma injeção em vasos pequenos ou de injeções repetidas na mesma veia. Seguindo os procedimentos de administração recomendados, pode-se minimizar os riscos de flebite (inflamação da veia)/tromboflebite (inflamação da veia com formação de coágulo) no local de injeção (vide questão 6. Como usar este medicamento?).

Extravasamento
O extravasamento de Daunoblastina® durante a injeção intravenosa (injeção acidental ou escape da medicação de dentro da veia para os tecidos vizinhos) pode produzir dor no local, lesão grave do tecido com formação de bolhas, celulite (inflamação do tecido abaixo da pele) e até morte tecidual. Se os sintomas de extravasamento ocorrerem durante a administração intravenosa de Daunoblastina®, a infusão deve ser imediatamente interrompida.

Alopecia (perda de cabelo)
Alopecia completa envolvendo crescimento da barba e do couro cabeludo, pelos da axila e pubianos ocorre quase sempre com doses plenas de Daunoblastina®. Geralmente é reversível, com crescimento dos pelos, dentro de 2 ou 3 meses após o término da terapia.

Efeitos imunossupressores / Aumento da suscetibilidade a infecções
A utilização de vacinas em pacientes que estejam recebendo tratamento antitumoral pode resultar em infecções graves ou fatais. A vacinação com vacinas vivas deve ser evitada em pacientes que estejam recebendo daunorrubicina. Vacinas mortas ou inativas podem ser administradas, entretanto a resposta a estas vacinas pode ser diminuída.

Radioterapia concomitante com o tratamento com Daunoblastina®
Foi relatada leucemia secundária (alteração maligna dos glóbulos brancos relacionada ao tratamento) com ou sem fase pré-leucêmica em pacientes tratados com antraciclinas incluindo Daunoblastina® em combinação com radioterapia. Essas leucemias podem ter de 1 a 3 anos de períodos de latência (período até aparecimento da doença) (vide Leucemia Secundária acima).

Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

Fertilidade, Gravidez e Lactação
Fertilidade
A Daunoblastina® pode induzir dano cromossômico (alteração do DNA) em espermatozoides humanos, ou seja, levar a alterações genéticas e a malformação fetal. Homens recebendo tratamento com Daunoblastina® devem utilizar métodos contraceptivos eficazes.

Gravidez
Assim como outros fármacos antineoplásicos (medicamentos usados no tratamento de neoplasias), a Daunoblastina® apresentou potencial teratogênico (que causa malformação no feto), mutagênico (que causa alteração genética) e carcinogênico (que causa neoplasia) em animais. De acordo com dados experimentais, a Daunoblastina® deve ser considerada como uma causa potencial de malformação fetal quando administrada a mulheres grávidas. Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas, embora as poucas mulheres que receberam Daunoblastina® durante o segundo e terceiro trimestre de gravidez tenham gerado crianças aparentemente normais.
Como regra geral, recomenda-se que Daunoblastina® não seja administrada a pacientes grávidas. Caso o fármaco seja usado durante a gravidez, ou se a paciente engravidar durante o tratamento com o medicamento, a mulher deve ser informada do risco potencial para o feto. Mulheres com potencial para engravidar e que vão receber Daunoblastina®, devem ser alertadas quanto ao perigo potencial para o feto e devem ser aconselhadas a evitar a gravidez durante o tratamento. A Daunoblastina® deve ser administrada durante a gravidez somente se o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Lactação
Não se sabe se a daunorrubicina, substância presente na Daunoblastina®, é excretada no leite humano. Como regra geral, recomenda-se que a Daunoblastina® não seja administrada a mães que estejam amamentando.

Interações Medicamentosas: É importante que você mantenha uma lista escrita de todos os medicamentos sob prescrição médica e sem prescrição que você está tomando; bem como quaisquer produtos, tais como vitaminas, minerais ou outros suplementos dietéticos. Você deve trazer esta lista com você cada vez que você visitar o médico ou se você está internado em um hospital. Esta lista também é uma informação importante para levar com você em caso de emergências.
Como a Daunoblastina® é na maioria dos casos, utilizado como parte de uma terapia combinada com outros agentes citostáticos (medicamento usado no tratamento do câncer), a toxicidade total pode ser potencializada (aumentada) particularmente no que diz respeito à mielossupressão (diminuição da produção de células pela medula óssea) e de toxicidade gastrintestinal (toxicidade no estômago e intestino). O uso concomitante de Daunoblastina® e outras substâncias cardiotóxicas (tóxicas ao coração) ou radioterapia do mediastino aumenta a cardiotoxicidade de Daunoblastina®. Desta forma, com a administração concomitante de outras substâncias cardioativas (por ex.: bloqueadores dos canais de cálcio como o verapamil), é necessário um monitoramento especialmente cuidadoso da função cardíaca durante todo tratamento. Se os pacientes foram / são (pré) tratados com medicamentos que afetam a função da medula óssea (por ex.: citostáticos, sulfonamidas, cloranfenicol, difenilhidantoína, derivados da amidopirina, agentes anti-retrovirais) deve-se ter em mente a possibilidade de um distúrbio acentuado da hematopoiese (formação e desenvolvimento das células do sangue). A dose de Daunoblastina® deve ser modificada se necessário. Se combinado com outros agentes citostáticos (por ex.: citarabina, ciclofosfamida), os efeitos tóxicos da terapia de Daunoblastina® podem ser potencializados.
Daunoblastina® é metabolizada (transformação) principalmente no fígado; os medicamentos de acompanhamento que afetam a função hepática também podem afetar o metabolismo ou farmacocinética (atividade do medicamento no corpo humano) de Daunoblastina®e consequêntemente sua eficácia e/ou toxicidade. A combinação de Daunoblastina® com medicamentos potencialmente hepatotóxicos (tóxicos ao fígado por ex.: metotrexato) pode, em decorrência da insuficiência do metabolismo hepático e/ou excreção biliar de Daunoblastina® levar a um aumento na toxicidade da substância. Isto pode resultar em uma potencialização dos efeitos adversos. Com a administração concomitante de outros citostáticos, o risco para a incidência de efeitos adversos gastrintestinais aumenta. Os medicamentos que levam a um atraso na excreção de ácido úrico (por ex.: sulfonamidas, certos diuréticos) podem causar hiperuricemia (aumento do ácido úrico) potencializada mediante ao uso concomitante de Daunoblastina®.
Geralmente, deve ser levado em consideração que a administração e a absorção de medicamentos de acompanhamento por via oral pode ser consideravelmente influenciada por uma mucosite (inflamação da mucosa) oral (boca e língua) e gastrointestinal (estômago e intestino) que ocorre frequentemente em associação com quimioterapia intensiva que contenha Daunoblastina®.
Em associação com a administração concomitante de substâncias que causem inibição de agregação plaquetaria (inibição da coagulação) (por ex.: ácido acetilsalicílico), um aumento adicional na tendência de sangramento deve ser esperado para pacientes com trombocitopenia.
Vacinações com agentes patogênicos viáveis (vírus vivos) não devem ser realizadas durante o tratamento com Daunoblastina®.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
Não há relatos relacionando, explicitamente, os efeitos do tratamento com Daunoblastina® sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas.
Outras informações podem ser fornecidas pelo seu médico.
Para maiores informações consulte seu médico ou a bula com Informações técnicas aos profissionais de saúde.

AVISO: este medicamento pode provocar problemas cardíacos sérios em qualquer momento do seu tratamento, mesmo após meses ou anos após o término do tratamento. Seu médico vai solicitar testes antes e durante o seu tratamento para verificar se o seu coração está funcionando adequadamente para o tratamento seguro com Daunoblastina®. Estes testes podem incluir um eletrocardiograma (ECG, um teste que registra a atividade elétrica do coração) e um ecocardiograma (um teste que utiliza ondas sonoras para avaliar a habilidade do coração para bombear o sangue). Seu médico pode dizer que você não poderá receber o tratamento com Daunoblastina® se os testes mostrarem que a capacidade do seu coração em bombear o sangue diminuiu. Informe o seu médico se você tem ou já teve qualquer doença do coração, ou terapia de radiação (raios-X) na área peitoral. Informe o seu médico se você toma ou já tomou certos medicamentos para o tratamento de câncer, como doxorrubicina, epirrubicina, idarrubicina, mitoxantrona, ciclofosfamida ou trastuzumabe. Se você tiver quaisquer dos seguintes sintomas, informe o seu médico imediatamente: respiração curta, dificuldade para respirar, inchaço das mãos, pés, tornozelos ou pernas; ou batimento cardíaco forte, irregular ou rápido. Daunoblastina® pode provocar uma diminuição acentuada do número de células do sangue em sua medula óssea. Isso aumenta o risco para o desenvolvimento de infecções graves ou sangramentos. Se sentir algum dos seguintes sintomas, entre em contato com seu médico imediatamente: febre, dor de garganta, tosse contínua e congestão, ou outros sinais de infecção; ou sangramento incomum.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Daunoblastina® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30° C), protegido da luz.

A solução reconstituída pode ser conservada protegida da luz durante 24 horas a temperatura ambiente ou durante 48 horas a temperatura entre 4 e 10°C.
Descartar devidamente qualquer solução não utilizada após a reconstituição.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
Características do produto: frasco de vidro incolor contendo uma massa ou bolo liofilizado, poroso, vermelho alaranjado. A solução reconstituída é uma solução vermelha clara e limpa.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
A Daunoblastina® deve ser administrada apenas por injeção intravenosa (IV).
Daunoblastina® é um medicamento de USO RESTRITO A HOSPITAIS OU AMBULATÓRIOS ESPECIALIZADOS, portanto, a preparação e administração devem ser feitas por profissionais treinados em ambiente hospitalar ou ambulatorial.
O seu médico poderá atrasar o seu tratamento ou ajustar a sua dose se você experimentar alguns efeitos colaterais. É importante que você informe o seu médico como você está sentindo durante o seu tratamento com Daunoblastina®.
A ocorrência de ardor ou queimadura durante a administração de Daunoblastina® deve ser imediatamente informada ao profissional de saúde, pois esses sintomas podem indicar extravasamento. Se isto ocorrer, a administração do medicamento deve ser interrompida e reiniciada em outra veia.
Avise ao seu médico imediatamente caso ocorrer febre, dor de garganta, sangramento anormal ou hematomas.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Como a Daunoblastina® é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar ou ambulatórios especializados, o plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha o caso. Se o paciente não receber uma dose deste medicamento, o médico deve redefinir a programação do tratamento. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
As reações adversas estão relacionadas categoria de frequência (vide também o questão 4. O que devo saber antes de usar este medicamento?).

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): infecção, sepse/septicemia (infecção generalizada), insuficiência da medula óssea (alteração na função da medula que produz o sangue), granulocitopenia (diminuição do número de plaquetas, células da coagulação), leucopenia (diminuição do número de leucócitos no sangue), neutropenia (diminuição do número de neutrófilos no sangue), trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas), anemia (diminuição do número de células vermelhas do sangue: hemácias), cardiomiopatia [(prejuízo da função do músculo do coração levando ao seu funcionamento inadequado) clinicamente manifestada por dispneia (falta de ar), cianose (coloração azul-arroxeada da pele por falta de oxigênio), edema periférico (inchaço), hepatomegalia (aumento do fígado), ascite (acúmulo de líquido dentro da cavidade abdominal), efusão pleural (presença de líquido entre as membranas que protegem o coração) e insuficiência cardíaca congestiva (incapacidade do coração bombear a quantidade adequada de sangue)], hemorragia (sangramento), náusea/vômito, diarreia (aumento no número e na quantidade de fezes eliminadas diariamente), esofagite (inflamação do esôfago), mucosite/estomatite [inflamação da mucosa da boca e língua que pode causar dor ou sensação de queimação, eritema (vermelhidão), infecções], alopecia (perda de cabelo), eritema (vermelhidão), rash (erupção cutânea), pirexia (febre), dor, aumento da concentração de bilirrubina (substância resultante da destruição e metabolização da célula sanguínea) no sangue, aumento da aspartato aminotransferase (AST), aumento da fosfatase alcalina do sangue (enzimas do sangue que refletem a função do fígado).

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): dor abdominal, flebite local da infusão (inflamação da veia), anormalidades no eletrocardiograma (alteração na onda ST-T do eletrocardiograma, anormalidades no complexo QRS do eletrocardiograma, anormalidades na onda T do eletrocardiograma).

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): leucemia mieloide aguda (neoplasia das células do sangue), infarto do miocárdio (morte das células do músculo cardíaco devido à diminuição da quantidade de sangue/oxigênio).

Frequência não conhecida (não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis): choque séptico (sepse grave), síndrome mielodisplásica (diminuição da produção das células da medula óssea com potencial para se transformar em leucemia), reações anafiláticas e anafilactoides (reações alérgicas graves), desidratação (perda excessiva de água e sais minerais do organismo), hiperuricemia aguda (aumento do ácido úrico no sangue) com possibilidade de insuficiência renal (diminuição da função dos rins) especialmente na presença de contagem elevada dos leucócitos (células de defesa) no pré-tratamento, isquemia miocárdica (angina pectoris) (diminuição do fornecimento de sangue para o coração), fibrose endomiocárdica (endurecimento do coração), pericardite (inflamação da membrana que reveste o coração) / miocardite (inflamação das fibras do coração), taquiarritmias supraventricular [como taquicardia sinusal, extra-sístoles ventriculares (contraçoes anormais do coração), bloqueio atrioventricular (problemas no ritmo do coração)], rubor (vermelhidão), choque (queda de pressão), tromboflebite (inflamação da veia com formação de coágulos), fleboesclerose (endurecimento da veia)a esclerose venosa pode resultar de injeção do medicamento num vaso (veia) de pequeno calibre (fino) ou de injeções repetidas na mesma veia, hipóxia (falta de oxigênio nas células), colite (inflamação nos intestinos), dermatite de contato (reação alérgica da pele por contato), fenômeno de hipersensibilidade, prurido (coceira), hiperpigmentação (escurecimento) da pele e unha, urticária (alergia da pele), cromatúria (urina de cor vermelha) por 1 ou 2 dias após administração, amenorreia (ausência de menstruação), azoospermia (ausência completa de espermatozoides no esperma), morte, hiperpirexia (febre alta), extravasamento da medicação (injeção acidental ou escape da medicação de dentro da veia para os tecidos vizinhos) [com consequente dor local imediata, sensação de queimação, podendo levar a celulite grave (inflamação e infecção da pele ao redor do extravazamento), ulceração (formação de feridas) e necrose do tecido (morte das células da pele)] e calafrios.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
A superdose aguda com Daunoblastina® resultará em mielossupressão grave (diminuição grave da produção de células na medula principalmente leucopenia e trombocitopenia), efeitos tóxicos gastrintestinais (principalmente mucosite – inflamação das mucosas) e complicações cardíacas agudas.
Em caso de superdose aguda, medidas de suporte sintomático devem ser instituídas, com atenção à prevenção e tratamento de possíveis hemorragias graves ou infecções secundárias à mielossupressão grave.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Data da bula

10/07/2017