Eulexin

EULEXIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de EULEXIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com EULEXIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

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Apresentação EULEXIN

EULEXIN é indicado para uso oral.
EULEXIN é apresentado em embalagem com 20 comprimidos.
USO ADULTO
Cada comprimido de EULEXIN contém 250 mg de flutamida.
Componentes Inativos: lactose, lauril sulfato de sódio, celulose microcristalina, amido de milho pré-gelatinizado, dióxido de silício e estearato de magnésio.

EULEXIN – Indicações

EULEXIN é indicado como monoterapia (com ou sem orquiectomia), ou em combinação com um agonista LHRH (“luteinizing hormone-releasing hormone”), no tratamento do câncer avançado de próstata em pacientes não-tratados previamente ou em pacientes que não responderam ou se tornaram refratários à manipulação hormonal.DF1
Como componente de esquema terapêutico usado no tratamento do câncer de próstata localizado em estágio B2 a C2 (T2b-T4), EULEXIN comprimidos é também indicado na redução do volume do tumor, para o melhor controle do tumor e prolongamento do tempo de sobrevida livre da doença.

Contra indicações de EULEXIN

EULEXIN é contra-indicado em pacientes que demonstrem reações de hipersensibilidade à flutamida ou a qualquer componente de sua fórmula.

Advertências

Alteração hepática
O tratamento com EULEXIN não deve ser iniciado em pacientes com níveis de transaminase, excedendo duas a três vezes o limite superior de normalidade. Testes periódicos de função hepática devem ser realizados em todos os pacientes. Testes laboratoriais apropriados devem ser realizados mensalmente nos primeiros quatro meses, periodicamente após esse período e aos primeiros sinais e sintomas de disfunção hepática (prurido, urina escura, náuseas, vômitos, anorexia persistente, icterícia, dor abdominal no quadrante superior direito ou sintomas “gripais inexplicáveis”). Se o paciente apresentar evidências de lesão hepática ou icterícia, com ausência de metástases hepáticas (confirmada por biópsia) ou níveis de transaminase, excedendo duas a três vezes o limite superior de normalidade, mesmo em casos clinicamente assintomáticos, o tratamento com EULEXIN deverá ser suspenso.DF1
A flutamida não apresentou potencial mutagênico na prova de AMES, na prova de reparação do DNA, no ensaio de intercâmbio de cromátides-irmãs in vivo ou no ensaio letal dominante em ratas.DF1
A flutamida causou adenomas testiculares de células intersticiais em ratos com sua administração em longo prazo. Desconhece-se a relevância de tal descoberta para o ser humano.DF1
Sendo EULEXIN administrado concomitantemente com um agonista LHRH, deve-se considerar a possibilidade de surgimento de efeitos colaterais inerentes a cada fármaco. O paciente não deve interromper ou alterar a dose sem consultar o seu médico.DF1
EULEXIN é indicado somente para pacientes do sexo masculino.

Interações medicamentosas de EULEXIN

No tratamento concomitante com medicamentos anticoagulantes orais, observou-se aumento do tempo da protrombina, sendo indicado, nestes casos, o ajuste da dose dos anticoagulantes no início do tratamento ou na sua manutenção. Foram relatados casos de aumento das concentrações plasmáticas de teofilina, em pacientes recebendo teofilina concomitantemente com flutamida. A teofilina é primariamente metabolizada pelo CYP 1A2, que é a enzima primária responsável pela conversão da flutamida ao seu agente ativo 2-hidroxiflutamida.
Interação fármaco/teste laboratorial
Alterações laboratoriais incluem modificações da função hepática, elevação da uréia sérica e, raramente, elevação da creatinina sérica.

Reações adversas / efeitos colaterais de EULEXIN

Monoterapia
As reações adversas mais freqüentes observadas com o uso da flutamida são ginecomastia e/ou sensibilidade mamária aumentada, às vezes acompanhadas de galactorréia. Essas reações desaparecem com a interrupção do tratamento ou a redução das doses.DF1
A flutamida demonstra baixo potencial de interferência no sistema cardiovascular, que é significativamente menor quando comparado ao dietilestilbestrol.DF1
Reações adversas menos freqüentes são: diarréia, náuseas, vômitos, aumento do apetite, insônia, cansaço, disfunção hepática passageira e hepatite (veja Precauções e Advertências).DF1
Reações adversas que aparecem raramente: diminuição da libido, indisposição estomacal, anorexia, dor epigástrica, pirose, constipação, edema, equimose, herpes-zoster, prurido, síndrome similar do lúpus, cefaléia, tontura, fraqueza, mal-estar, visão turva, sede, dor torácica, ansiedade, depressão e linfoedema.DF1
Raramente se observou diminuição da contagem de espermatozóides.DF1
Terapia Combinada
Os efeitos colaterais mais comumente observados na combinação com um agonista LHRH foram: ondas de calor, diminuição da libido, impotência, diarréia, náuseas e vômitos. Com exceção da diarréia, esses efeitos colaterais ocorrem na mesma freqüência com o uso do agonista LHRH isoladamente.DF1
A alta incidência de ginecomastia observada com a flutamida como monoterapia é consideravelmente reduzida com a terapia combinada. Em estudos clínicos, não foi relatada diferença significativa quanto à incidência de ginecomastia entre o uso de placebo e da terapia combinada.DF1
Raramente se registraram casos de anemia, leucopenia, distúrbios gastrintestinais inespecíficos, irritação e erupção no local da injeção, edema, sintomas neuromusculares, icterícia, sintomas geniturinários, hipertensão arterial, efeitos adversos ligados ao sistema nervoso central (sonolência, depressão, confusão, ansiedade, nervosismo) e trombocitopenia.
Outras reações adversas
Também foram associadas ao uso do produto as seguintes reações adversas: reações de fotossensibilidade, incluindo eritema, ulcerações, erupções vesiculares e necrólise epidérmica, além de mudança na cor da urina para âmbar ou aparência verde-amarelada, que pode ser atribuída à flutamida e/ou aos seus metabólitos. Foram ainda observadas icterícia colestática, encefalopatia hepática e necrose hepática. As alterações hepáticas foram, habitualmente, reversíveis após a interrupção da terapia; entretanto, houve casos fatais posteriores à injúria hepática grave associada ao uso da flutamida.DF1
Foram relatados dois casos de neoplasia maligna de mama em pacientes que faziam uso de EULEXIN. Um deles consistiu na piora de um nódulo preexistente que foi detectado três a quatro meses antes do início da monoterapia com EULEXIN, em um paciente com hiperplasia prostática benigna. Após a extirpação, foi diagnosticado como carcinoma ductal pobremente diferenciado. O outro caso apresentou ginecomastia e um nódulo detectado dois e seis meses, respectivamente, após o início de monoterapia com EULEXIN para o tratamento do câncer avançado de próstata. Nove meses após o início da terapia, o nódulo foi extirpado e diagnosticado como tumor ductal invasivo moderadamente diferenciado, estágio T4NOMO, G3, sem metástases.DF1
Alterações laboratoriais incluem modificações da função hepática, elevação da uréia sérica e, raramente, elevação da creatinina sérica.

EULEXIN – Posologia

Tanto para o câncer avançado de próstata, quanto para o localizado, a dose recomendada como monoterapia ou em combinação com um agonista LHRH é de um comprimido de 250 mg, três vezes por dia, em intervalos de 8 horas. Quando combinado com um agonista LHRH, o tratamento com EULEXIN pode ser iniciado simultaneamente ou 24 horas antes do agonista LHRH. No câncer localizado de próstata, a administração de EULEXIN deve se iniciar oito semanas antes da radioterapia e continuar durante a mesma.DF1
No caso de esquecimento de alguma dose, oriente seu paciente a tomar a medicação assim que possível e a manter este mesmo horário da ingestão do medicamento até o término do tratamento.

Super dosagem

Em animais que receberam flutamida como monoterapia, os sinais de superdose incluíram: hipoatividade, piloereção, bradipnéia, ataxia e/ou lacrimejamento, anorexia, tranqüilidade, emese e metaemoglobinemia.
A dose de flutamida, que provoca fenômenos de intoxicação, ainda não está estabelecida, assim como não se conhece também a dose letal do medicamento.
Como a flutamida é altamente ligada a proteínas, a diálise pode não ser de utilidade para o tratamento de superdose.
Tratamento
Tal como no tratamento de dose excessiva com qualquer fármaco, a possibilidade de que múltiplos agentes tenham sido ingeridos deve ser levada em consideração. Se não ocorrer emese espontânea, esta deverá ser induzida, se o paciente estiver consciente. São indicados cuidados de suporte em geral, inclusive verificação freqüente dos sinais vitais e observação minuciosa do paciente.

Caracteristicas farmalogicas

EULEXIN é utilizado no tratamento do câncer de próstata.
A flutamida é um antiandrogênio acetanilídico não-esteróide de uso oral que demonstra potente ação antiandrogênica mediante inibição da captação e/ou inibição da ligação nuclear do androgênio nos tecidos-alvos em nível celular.
Pacientes que receberam flutamida (250 mg 3 vezes ao dia), para tratamento de câncer de próstata avançado, tiveram alívio sintomático relatado dentro de 2 a 4 semanas. Redução objetiva tumoral foi relatada dentro de 12 semanas.
Farmacocinética:
A flutamida é bem absorvida em seres humanos, sendo observadas concentrações plasmáticas máximas de 2 a 4 horas, após a administração oral única de 200 mg de flutamida radiomarcada com trício.Kat1
A flutamida é rapidamente metabolizada; uma hora após a administração da dose, somente 2,5% estão sob a forma de flutamida não metabolizada. O seu maior metabólito é um derivado alfa-hidroxilado, biologicamente ativo.Kat1
A flutamida e seus metabólitos são excretados principalmente na urina, tendo somente 4,2% da dose excretada nas fezes após 72 horas. O metabólito encontrado em maior quantidade na urina é o 2-amino-5-nitro-4-(trifluormetil)-fenol.Kat1
Foram administradas, em voluntários geriátricos normais, doses orais múltiplas de 250 mg de flutamida, observando-se que, após a quarta dose, os níveis de flutamida e do seu metabólito ativo aproximaram-se dos níveis plasmáticos considerados estáveis, a meia-vida foi de cerca de 9,6 horas.DF1
No homem, tanto a flutamida quanto seu metabólito ativo ligam-se às proteínas plasmáticas em graus que variam de moderado a alto.

Resultados de eficacia

Monoterapia: Nos estudos clínicos comparativos, tanto em regime aberto quanto duplo-cegos, os pacientes com câncer de próstata avançado histologicamente comprovado receberam a terapia com flutamida. A população desse estudo incluiu pacientes não-tratados, bem como aqueles que não tinham respondido ou que tinham se tornado refratários ao tratamento convencional (orquiectomia e/ou estrógeno). Nesses estudos clínicos, os pacientes tratados com a flutamida demonstraram uma resposta clínica favorável.DF1
Os pacientes com câncer de próstata histologicamente comprovado e refratário ao tratamento convencional (orquiectomia e/ou estrógeno) foram incluídos em um estudo multicêntrico e duplo-cego de quatro semanas. Esses pacientes, tanto os castrados quanto os não-castrados, foram randomicamente designados à administração oral de flutamida 750 mg (250 mg 3x/dia), dietilestilbestrol (DES) 15 mg (5 mg 3x/dia) ou placebo. Embora não tenham ocorrido diferenças significativas entre os pacientes, a flutamida foi ligeiramente mais eficaz que o DES, durante a administração de quatro semanas.DF1
Um estudo multicêntrico, em regime aberto, foi conduzido em pacientes tratados e não-tratados anteriormente que apresentavam câncer de próstata avançado histologicamente comprovado. A população do estudo incluiu pacientes castrados e não-castrados. A dosagem diária de flutamida para cada paciente foi de 750 mg (250 mg 3x/dia). O tratamento foi mantido enquanto estava evidente uma resposta clínica favorável. O tempo médio de resposta ao tratamento foi de aproximadamente 15 semanas. Ocorreu remissão parcial ou melhora em pacientes não-tratados anteriormente, bem como em pacientes que foram refratários à terapia anterior. A terapia com flutamida demonstrou um baixo potencial para risco cardiovascular. Com base nos achados desse estudo, a flutamida foi considerada eficaz e segura no tratamento do câncer de próstata, nessa população de pacientes.
Em um estudo multicêntrico e duplo-cego de doze semanas, pacientes não-tratados anteriormente com câncer de próstata do Estádio D foram randomicamente designados a um de três grupos de tratamento. Dois grupos receberam 1.500 mg/dia ou 750 mg/dia de flutamida e o terceiro grupo recebeu 1 mg de DES diariamente. Ao final da terapia, o número de pacientes em remissão parcial ou com melhora foi comparável em todos os grupos de tratamento. Adicionalmente, os três grupos apresentaram tempos semelhantes para a resposta. O alívio da dor foi relatado por 77% dos pacientes tratados com 750 mg/dia de flutamida e por 63% daqueles tratados com DES. As análises de sobrevida dos três grupos de tratamento não revelaram quaisquer diferenças estatisticamente significativas. Ocorreram ginecomastia e sensibilidade mamária em 35% dos pacientes tratados com a flutamida e em 43% dos pacientes tratados com DES. As complicações tromboembólicas/cardiovasculares ocorreram mais freqüentemente no grupo de tratamento com o DES que no grupo de tratamento com a flutamida. Nenhuma complicação ocorreu nos pacientes que receberam flutamida 750 mg/dia.DF1
Terapia Combinada: Embora a neutralização de andrógenos de origem testicular seja indicada como tratamento paliativo de câncer de próstata avançado, também podem ser considerados o bloqueio androgênico total e a neutralização de andrógenos, tanto de origem testicular como adrenal. Essa última abordagem pode ser realizada com a associação de EULEXIN Comprimidos com um agonista do hormônio liberador do hormônio luteinizante (LHRH). Além do benefício terapêutico do bloqueio androgênico completo, o risco de exacerbação da doença associado ao aumento nos andrógenos séricos, que é observado durante os primeiros dias da terapia com o agonista do LHRH, pode ser evitado com a administração do antiandrogênico puro, EULEXIN Comprimidos.DF1
Para avaliar essa possibilidade, pacientes com adenocarcinoma de próstata de estágio D2 histologicamente comprovado foram tratados com EULEXIN Comprimidos em associação com um agonista do LHRH.Lab1 A população do estudo incluiu pacientes que não tinham recebido manipulação hormonal clínica ou cirúrgica anterior. A terapia com EULEXIN Comprimidos foi iniciada em um prazo de um dia da administração do LHRH (a maioria dos pacientes) ou orquiectomia (um pequeno número de pacientes), em uma dose de 125 mg ou 250 mg 3x/dia.DF1
Uma resposta completa ou parcial foi atingida em 54% dos pacientes; 44% experimentaram uma estabilização da doença e 2%, progressão da doença. Os níveis séricos de fosfatase ácida prostática (PAP, prostatic acid phosfatase) retornaram ao normal na maioria dos pacientes com níveis basais elevados. Na maioria dos pacientes com níveis basais normais, os níveis de PAP permaneceram normais na sua última avaliação.DF1
As respostas objetivas apresentaram uma correlação com a melhora documentada na qualidade de vida, conforme medido pela melhora dos escores de dor e pelo status de desempenho estabilizado ou melhorado. O acesso da doença, freqüentemente associado à terapia com o LHRH, não foi observado. Não ocorreram efeitos colaterais potencialmente fatais e a terapia foi bem tolerada. Não ocorreram óbitos por câncer de próstata, durante o período de estudo de dois anos. Com base nesse estudo, EULEXIN Comprimidos em associação com um agonista do LHRH é considerado eficaz e seguro no tratamento do câncer de próstata.DF1
Em um estudo clínico multicêntrico e controlado de grande porte para avaliar a terapia de associação, pacientes com câncer de próstata avançado não-tratados anteriormente foram tratados com leuprolida + flutamida (n igual a 303) ou com leuprolida + placebo (n igual a 300).DF1
Três anos e meio após o início do estudo, a sobrevida mediana havia sido atingida. O tempo mediano de sobrevida atual foi de: 35,6 meses para os pacientes tratados com a leuprolida e a flutamida; versus 28,3 meses para pacientes tratados somente com a leuprolida. Esse incremento de sete meses representa uma melhora de 25% na sobrevida global com a terapia com flutamida. A análise da sobrevida livre de progressão revelou uma melhora de 2,6 meses nos pacientes que receberam leuprolida mais flutamida, um incremento de 19% sobre a leuprolida e o placebo.Craw1
Câncer de Próstata Localmente Avançado: Um estudo clínico prospectivo e multicêntrico fase 3 avaliou a eficácia e a segurança do esquema terapêutico da flutamida e do acetato de goserrelina administrados antes e durante a radioterapia em pacientes com câncer de próstata volumoso, localmente avançado, de estágio clínico B2 ou C. Os pacientes randomizados para o grupo de tratamento receberam flutamida numa dose de 750 mg/dia (250 mg 3x/dia) iniciada oito semanas antes do início da radioterapia e mantida durante um total de 16 semanas ou até o último dia da radioterapia, aquele que tivesse ocorrido antes. O tratamento com flutamida foi mantido durante as interrupções na radioterapia. Esses pacientes também receberam uma injeção de depósito de 3,6 mg de acetato de goserrelina, aplicada por via subcutânea na parede abdominal anterior a cada quatro semanas, durante 16 semanas (total de 4 injeções), começando oito semanas antes do início da radioterapia. Os pacientes no grupo controle foram tratados somente com radiação.DF1
Os resultados demonstraram que a erradicação do câncer de próstata volumoso de estagio clínico B2 ou C por irradiação é ampliada por cito-redução prévia, obtida com terapia hormonal. A associação de flutamida e acetato de goserrelina, administrados antes e durante a radioterapia, aumentou a sobrevida livre da doença e o controle loco-regional, sem um aumento clinicamente significativo na toxicidade. Aproximadamente 75% dos pacientes em ambos os grupos estavam vivos quatro anos após a randomização inicial; ocorreu fracasso local em 33% dos controles, mas em apenas 16% dos pacientes tratados (p menor que 0,001). Ao longo de quatro anos, 36% dos controles versus 27% dos pacientes tratados desenvolveram metástase à distância.DF1
Quando os níveis do antígeno prostático específico (PSA) não foram usados como um critério da presença da doença, a duração da sobrevida livre da doença foi significativamente maior nos pacientes tratados que nos controles (p menor que 0,001). Os pacientes tratados exibiram um tempo mediano estimado de sobrevida livre da doença de 4,4 anos, em comparação com 2,6 anos para os pacientes do grupo controle. Da mesma forma, quando os níveis normais de PSA foram considerados parte dos critérios de sobrevida, os pacientes tratados tiveram um tempo mediano de sobrevida livre da doença significativamente maior que os controles (p menor que 0,001). Os pacientes no grupo tratado apresentaram um período mediano estimado de sobrevida livre da doença de 2,7 anos, enquanto os pacientes do grupo controle atingiram um tempo mediano estimado de sobrevida livre da doença de 1,5 ano. É digno de nota que o aumento no tempo de sobrevida livre da doença observado entre os pacientes tratados foi atingido com 16 semanas de bloqueio androgênico reversível.DF1
A morbidade por radioterapia não foi aumentada pela associação adicional da flutamida e do acetato de goserrelina. Rubores e diarréia foram os eventos adversos mais freqüentemente relatados entre os pacientes tratados (46% e 40%, respectivamente). A diarréia também foi relatada em 40% dos pacientes do grupo controle como um efeito tardio da radioterapia.DF1
Ginecomastia foi relatada em 3% dos pacientes tratados; níveis elevados de SGOT (AST) foram observados em 1% dos pacientes no grupo tratado. Embora mais pacientes tratados que os do grupo controle tenham apresentado níveis anormais de SGOT (AST) e/ou SGPT (ALT), durante o período de acompanhamento, mais pacientes tratados que os do grupo controle também apresentaram valores basais anormais. Durante o período de acompanhamento, os níveis de fosfatase ácida foram maiores nos controles que nos pacientes tratados.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Uso durante a gravidez e lactação
Não foram realizados estudos em mulheres grávidas ou lactantes. Assim, deve ser considerada a possibilidade de EULEXIN causar dano fetal, se administrado a mulheres grávidas, bem como estar presente no leite de mulheres em fase de lactação.
Uso em pacientes geriátricos
Foram administradas em voluntários geriátricos normais doses orais múltiplas de 250 mg de flutamida, observando-se que, após a quarta dose, os níveis de flutamida e do seu metabólito ativo aproximaram-se dos níveis plasmáticos considerados estáveis, a meia-vida foi de cerca de 9,6 horas.

Armazenagem

EULEXIN deve ser guardado em temperatura entre 15ºC e 30ºC, protegido da luz e umidade.

Dizeres legais

DIZERES LEGAIS
MS 1.0093.0154
Farm. Resp.: Lucia Lago Hammes – CRF-RJ 2.804
MANTECORP INDÚSTRIA QUÍMICA E FARMACÊUTICA LTDA
Estrrada dos Bandeirantes, 3091 – Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 33.060.740/0001-72 – Indústria Brasileira
Distribuído por: SCHERING-PLOUGH PRODUTOS FARMACÊUTICOS LTDA
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
® Marca Registrada
Fabricado sob autorização da Schering Corporation, EUA, proprietária da marca.

EULEXIN – Bula para o paciente

COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
EULEXIN é utilizado no tratamento do câncer de próstata e tem como componente ativo a flutamida, uma substância não-hormonal de uso oral, que inibe a ação dos hormônios masculinos (androgênio) mediante inibição da captação e/ou inibição da ligação do androgênio, no núcleo das células dos tecidos-alvos.
Pacientes que receberam flutamida (3 vezes ao dia), para tratamento de câncer de próstata avançado, tiveram alívio dos sintomas relatados dentro de 2 a 4 semanas. Redução do tamanho do tumor dentro de 12 semanas.
POR QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO?
EULEXIN foi indicado como monoterapia ou em combinação com um agonista LHRH, no tratamento do câncer avançado de próstata, em pacientes não-tratados anteriormente ou em pacientes que não responderam ou se tornaram resistentes a tratamentos com hormônios.
Como parte de um esquema de tratamento do câncer de próstata, EULEXIN é também indicado na redução do volume do tumor, para melhor controle do tumor e prolongamento do tempo sem doença.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Contra-indicações
Você não deve usar EULEXIN se tiver algum tipo de alergia à flutamida ou a qualquer componente de sua fórmula.
Advertências
Antes de iniciar o tratamento com EULEXIN, você deve estar ciente de que é possível ocorrerem problemas no fígado. Você deve procurar seu médico imediatamente se sintomas de problemas no fígado começarem a ocorrer. Estes sintomas incluem: coceira na pele, urina escura (não é motivo de preocupação
B-eulexin15A.doc Versão bulário eletrônico ANVISA: eulexin_v1 Página 1 de 12EULEXIN se a urina estiver âmbar ou amarelo-esverdeada), náusea, vômitos, falta de apetite persistente, olhos e pele amarela, dor abdominal no quadrante superior direito e sintomas de gripe.
EULEXIN é indicado somente para pacientes do sexo masculino.
Uso durante a gravidez e amamentação
Não foram realizados estudos em mulheres grávidas ou que estão amamentando. Assim, deve ser considerada a possibilidade de EULEXIN causar dano fetal, se administrado a mulheres grávidas, bem como estar presente no leite de mulheres em fase de amamentação.
Precauções
Ver advertências.
Interações medicamentosas
No tratamento em combinação com medicamentos anticoagulantes orais, observou-se aumento do tempo de protrombina, sendo recomendável nestes casos o ajuste da dose dos anticoagulantes, no início do tratamento ou na sua manutenção.
Foram relatados casos de aumento das concentrações plasmáticas de teofilina, em pacientes recebendo teofilina juntamente com flutamida.
Alteração em exames laboratoriais
Alterações laboratoriais incluem modificações da função do fígado, elevação da uréia no sangue e, raramente, elevação da creatinina no sangue.
Este medicamento é contra-indicado para crianças.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use o medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Aspecto físico
Verifique se o medicamento que você adquiriu possui as seguintes características:
Os comprimidos de EULEXIN são biconvexos, redondos, amarelos pálidos e lisos em ambos os lados.
Características organolépticas
EULEXIN não apresenta características organolépticas específicas.
Dosagem
Tanto para o câncer avançado de próstata quanto para o localizado, a dose recomendada como monoterapia ou em combinação com um agonista LHRH é de um comprimido de 250 mg, três vezes por dia, em intervalos de 8 horas. Quando combinado com um medicamento agonista LHRH, o tratamento com EULEXIN pode ser iniciado juntamente ou 24 horas antes do agonista LHRH. No câncer localizado de próstata, a administração de EULEXIN deve se iniciar oito semanas antes da radioterapia e continuar durante a mesma.
No caso de esquecimento de alguma dose, tome a medicação assim que possível e mantenha este mesmo horário de ingestão até o término do tratamento.
Como usar
EULEXIN é indicado para uso oral e deve ser utilizado de acordo com as instruções do item dosagem.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Este medicamento não pode ser partido ou mastigado.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?
Junto com os efeitos necessários para seu tratamento, os medicamentos podem causar efeitos não desejados. Apesar de nem todos esses efeitos colaterais ocorrerem, você deve procurar atendimento médico caso algum deles ocorra.
Monoterapia
As reações adversas mais freqüentes observadas com o uso da flutamida são: ginecomastia (aumento do tecido mamário) e/ou sensibilidade mamária aumentada, às vezes acompanhada de galactorréia (saída de leite das mamas). Essas reações desaparecem com a interrupção do tratamento ou a redução das doses.
A flutamida demonstra baixa capacidade de atuar no coração e nos vasos sanguíneos, que é significativamente menor quando comparado ao dietilestilbestrol (hormônio).
Reações adversas menos freqüentes são: diarréia, náuseas, vômitos, aumento do apetite, insônia, cansaço, disfunção do fígado passageira e hepatite.
Reações adversas que aparecem raramente: diminuição do desejo sexual, indisposição estomacal, anorexia (perda do apetite), dor epigástrica (dor na região do estômago), pirose (queimação), constipação (dificuldade para evacuar), edema (inchaço), equimose (manchas roxas na pele), herpes-zoster (infecção pelo vírus da catapora), prurido (coceira), síndrome semelhante ao lúpus, cefaléia (dor de cabeça), tontura, fraqueza, mal-estar, visão borrada, sede, dor torácica, ansiedade, depressão e linfoedema (inchaço por problemas nos vasos linfáticos).
Raramente se observou diminuição da contagem de espermatozóides.
Terapia Combinada
Os efeitos colaterais mais comumente observados na combinação com um medicamento agonista LHRH foram: ondas de calor, diminuição do desejo sexual, impotência, diarréia, náuseas e vômitos. Com exceção da diarréia, esses efeitos colaterais ocorrem na mesma freqüência com o uso do agonista LHRH isoladamente.
A alta incidência de ginecomastia (aumento do tecido mamário) observada com a flutamida como monoterapia é consideravelmente menor com a terapia combinada. Em estudos clínicos, não foi relatada diferença significativa quanto à incidência de ginecomastia (aumento do tecido mamário) entre o uso de placebo (produto sem a substância ativa usado em estudos) e da terapia combinada.
Raramente se registraram casos de anemia (diminuição dos glóbulos vermelhos), leucopenia (redução do número de glóbulos brancos circulantes), distúrbios gastrintestinais (distúrbios do estômago e intestino) inespecíficos, irritação e erupção no local da injeção, edema (inchaço), sintomas neuromusculares, icterícia (olhos e pele amarelada), sintomas geniturinários (sintomas do sistema genital e urinário), hipertensão arterial (pressão alta), efeitos adversos ligados ao sistema nervoso central (sonolência, depressão, confusão, ansiedade, nervosismo) e trombocitopenia (redução do número de plaquetas circulantes).
Outras reações adversas
Também foram associadas ao uso do produto as seguintes reações adversas: reações de fotossensibilidade (sensibilidade à luz), incluindo eritema (vermelhidão), ulcerações, erupções vesiculares (pequenas bolhas) e necrólise epidérmica, além de mudança na cor da urina para âmbar ou aparência verde-amarelada, que pode ser atribuída à flutamida e/ou aos seus metabólitos. Foram ainda observadas alterações no fígado, habitualmente reversíveis após a interrupção da terapia; entretanto, houve casos fatais posteriores a lesões graves do fígado associados ao uso da flutamida.
Foram relatados dois casos de neoplasia maligna de mama em pacientes que faziam uso de EULEXIN.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA GRANDE QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA SÓ VEZ?
Em animais que receberam flutamida como monoterapia, os sinais de superdose incluíram hipoatividade, piloereção (arrepio), bradipnéia (diminuição da frequência respiratória), ataxia (falta de coordenação motora) e/ou lacrimejamento, anorexia (perda de apetite), tranqüilidade, êmese (vômitos) e metaemoglobinemia.
A dose de flutamida, que provoca fenômenos de intoxicação, ainda não está estabelecida, assim como não se conhece também a dose letal do medicamento.
Como a flutamida é altamente ligada a proteínas, a diálise pode não ser de utilidade para o tratamento de superdose.
Quando ocorrer a superdose, a possibilidade de que vários medicamentos tenham sido ingeridos deve ser levada em consideração. Caso não ocorra vômito espontâneo, este deverá ser induzido, se o paciente estiver consciente. São indicados cuidados de suporte em geral, inclusive verificação freqüente dos sinais vitais e observação minuciosa do paciente.
ONDE E COMO DEVO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
EULEXIN deve ser guardado em temperatura entre 15ºC e 30ºC, protegido da luz e umidade.
O prazo de validade de EULEXIN é de 36 meses e se encontra gravado na embalagem externa do produto . Em caso de vencimento, inutilize o produto.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Data da bula

25/11/2011