Evotaxel

EVOTAXEL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de EVOTAXEL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com EVOTAXEL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

evolabis

Apresentação EVOTAXEL

EVOTAXEL® 30 mg: solução injetável, cartucho com 1frasco-ampola contendo 5ml.
EVOTAXEL® 100 mg: solução injetável, cartucho com 1 frasco-ampola contendo 16,7ml.
EVOTAXEL® 150 mg: solução injetável, cartucho com 1 frasco-ampola contendo 25ml.
EVOTAXEL® 300 mg: solução injetável, cartucho com 1 frasco ampola contendo 50ml.

EVOTAXEL – Indicações

Carcinoma de Ovário
-Terapia de primeira linha em combinação com um composto de platina para o tratamento do carcinoma avançado de ovário.
-Terapia de segunda linha para o tratamento do carcinoma avançado de ovário.

Câncer de Mama 2
-Tratamento adjuvante do câncer de mama linfonodo positivo, administrado em sequência a uma terapia padrão combinada.
-Tratamento de primeira linha após recidiva da doença dentro de 6 meses de terapia adjuvante. A terapia anterior deve incluir uma antraciclina, a menos que clinicamente contraindicada.
-Terapia de primeira linha em câncer avançado ou metastático de mama, em combinação com trastuzumabe, em pacientes com superexpressão do HER-2 em níveis de 2+ e 3+ como determinado por imunohistoquímica.
-Terapia de segunda linha após falha da quimioterapia combinada para doença metastática. A terapia anterior deve incluir uma antraciclina, a menos que clinicamente contraindicada.

Câncer de Não-pequenas Células do Pulmão 3
– Tratamento de primeira linha em combinação com um composto de platina ou como agente único para o tratamento do câncer de não-pequenas células do pulmão em pacientes que não são candidatos à cirurgia e/ou radioterapia com potencial de cura.

Sarcoma de Kaposi
-Tratamento de segunda linha no sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS 4.
1CID C56 – Neoplasia maligna do ovário.
2CID C50 – Neoplasia maligna da mama.
3CID C34 – Neoplasia maligna dos brônquios e dos pulmões.
4CID B21.0 – Doença pelo HIV resultando em sarcoma de Kaposi.

Contra indicações de EVOTAXEL

EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético)é contraindicado em pacientes com histórico de reações graves de hipersensibilidade ao paclitaxel ou a o óleo de rícino polioetoxilado.
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) não deve ser administrado em pacientes com tumores sólidos que apresentem contagem de neutrófilos basal < 1.500 células/mm³ ou pacientes com sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS com contagem de neutrófilos ba sal ou subsequente < 1.000 células/mm³ (vide 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).

Advertências

EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) deve ser administrado sob a supervisão de um médico com experiência na utilização de agentes quimioterápicos. EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) deve ser administrado como infusão após diluição. Os pacientes devem ser t ratados com corticosteroides, anti-histamínicos e antagonistas H2 antes da administração de EVOTAXEL ® (paclitaxel semissintético) (vide 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) deverá ser administrado antes do composto de platina quando este for dado em combinação com um composto de platina.

Anafilaxia e Reações Graves de Hipersensibilidade
Anafilaxia e reações graves de hipersensibilidade o correram comumente em pacientes recebendo paclitaxel. São caracterizadas por dispneia requerendo

broncodilatadores, hipotensão necessitando de trata mento, angioedema ou urticária generalizada. Estas reações são provavelmente mediadas por histamina. Raras reações fatais ocorreram em alguns pacientes, apesar do pré-tratamento. Todos os pacientes devem ser pré-tratados com corticosteroides, difenidramina e antagonistas H2 (vide 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR). Em caso de uma reação de hipersensibilidade grave, a infusão de paclitaxel deve ser descontinuada imediatamente e o paciente não deve receber novo tratamento com paclitaxel (vide 9. REAÇÕES ADVERSAS ).

Toxicidade Hematológica
A depressão da medula óssea (principalmente neutropenia) é dependente da dose e do esquema posológico e é a principal toxicidade dose-limitante dentro de um regime. A monitorização frequente do hemograma deve ser instituída durante o tratamento com EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético). EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) não deve ser administrado a pacientes com contagem basal de neutrófilos < 1.500 células/mm³ (< 1.000 células/mm³ para pacientes com sarcoma de Kaposi). Em caso de neutropenia grave (< 500 células/mm³) durante um ciclo de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético), recomenda-se uma redução de 20% da dose em ciclos subsequentes (vide 9. REAÇÕES ADVERSAS e 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).

Toxicidade Cardiovascular
Foram observados casos de hipotensão, hipertensão e bradicardia durante a administração de paclitaxel. Os pacientes geralmente são assintomáticos e não requerem tratamento. Em casos graves, pode ser necessária a interrupção ou a descontinuação das infusões de paclitaxel a critério médico. Recomenda- se a monitorização frequente dos sinais vitais, particularmente durante a primeira hora de infusão de paclitaxel. A monitorização eletrocardiográfica contínua não é requerida, exceto para os pacientes com anormalidades sérias de condução. Quando paclitaxel for utilizado em combinação com trastuzumabe ou doxorrubicina para tratamento de câncer de mama metastático, é recomendado monitoramento da função cardíaca. (vide 9. REAÇÕES ADVERSAS ).

Sistema Nervoso
A ocorrência de neuropatia periférica é frequente, mas normalmente não é grave. Recomenda-se uma redução da dose de 20% nos ciclos subsequentes de paclitaxel nos casos de neuropatia grave (vide 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR e 9. REAÇÕES ADVERSAS) .
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) contém etanol desidratado. Devem ser considerados os possíveis efeitos do etanol no SNC e seus outros efeitos, em todos os pacientes. Crianças podem ser mais sensíveis aos efeitos do álcool que os adultos (vide5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES – Uso pediátrico).

Reação no local da injeção
Até o momento, um tratamento específico para as reações devidas ao extravasamento é desconhecido. Dada a possibilidade de extravasamento, é aconselhável monitorar rigorosamente o local da infusão quanto a uma possível infiltração durante a ad ministração da droga.

Uso pediátrico
A segurança e a eficácia do paclitaxel em pacientes pediátricos não foram estabelecidas. Relataram-se casos de toxicidade do sistema nervoso central (SNC) (raramente associada à morte) em um estudo clínico em pacientes pediátricos nos quais se administrou paclitaxel por infusão intravenosa durante 3 horas com doses entre 350 mg/m2 e 420 mg/m2. A toxicidade é provavelmente devida à alta dose de etanol, veículo constituinte do paclitaxel, administrado em um curto período de infusão. O uso concomitante de anti-histamínicos pode intensificar este efeito. Embora um efeito direto do paclitaxel não possa ser descartado, as altas doses utilizadas neste estudo (duas vezes acima da dose recomendada para adultos) devem ser consideradas na avaliação da segurança de paclitaxel para uso nesta população.

Uso Geriátrico
Dos 2228 pacientes que receberam paclitaxel em oito estudos clínicos que avaliaram sua segurança e eficácia no tratamento de câncer de ovário avançado, carcinoma de mama ou câncer de não-pequenas células do pulmão, e 1570 pacientes que foram randomizados para receber paclitaxel em um estudo de câncer adjuvante de mama, 649 pacientes (17%) tinha m 65 anos ou mais, incluindo 49 pacientes (1%) com 75 anos ou mais. Na maioria dos estudos, a mielossupressão grave foi mais frequente em pacient es idosos; em alguns estudos, neuropatia grave foi mais comum em pacientes idosos. Em dois estudos clínicos em câncer de não-pequenas células de pulmão, os pacientes idosos tratados com paclitaxel apresentaram uma maior incidência de eventos cardiovasculares. A avaliação de eficácia pareceu similar em pacientes idosos e jovens; entretanto, a eficácia comparativa não pode ser determinada com confiança devido ao pequeno número de pacientes idosos estudados. Em um estudo de tratamento de primeira linha de câncer de ovário, pacientes idosos apresentaram menor sobrevida mediana que pacientes jovens, mas nenhum outro parâmetro de eficácia favoreceu o grupo jovem.

Insuficiência Hepática
Pacientes com insuficiência hepática podem apresentar risco de toxicidade aumentado, particularmente mielossupressão graus III-IV. O ajuste de dose é recomendado. Os pacientes devem ser bem monitorados quanto ao desenvolvimento de mielossupressão profunda.

Carcinogênese, Mutagênese, Comprometimento da Fertilidade
O potencial carcinogênico do produto não foi estudado. Demonstrou-se que paclitaxel é clastogênico in vitro (aberrações cromossômicas em linfócitos humanos) e in vivo (teste de micronúcleo em camundongos). O paclitaxe não foi mutagênico no teste de AMES ou no teste de mutação genética
CHO/HGPRT. Ocorreu redução da fertilidade e do número de implantações e fetos vivos em ratos que receberam paclitaxel. O produto também se mostrou embriotóxico e fetotóxico em coelhos que receberam a droga durante a organogênese.

Gravidez
O paclitaxel poderá causar danos fetais quando administrado a mulheres grávidas. O paclitaxel mostrouser embriotóxico e fetotóxico em coelhos, além de diminuir a fertilidade em ratos. Não existem estudos em mulheres grávidas. Mulheres em idade reprodutiva devem evitar a gravidez durante a terapia com paclitaxel. Se o paclitaxel for utilizado durante a gestação ou se a paciente ficar grávida enquanto em tratamento com a droga, a paciente deverá ser informada sobre os perigos potenciais.
Categoria de risco na gravidez: D

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Lactação
Não se sabe se o paclitaxel é excretado no leite humano. Recomenda-se descontinuar a amamentação enquanto durar a terapia com paclitaxel.

Interações medicamentosas de EVOTAXEL

Cisplatina
Em estudos clínicos combinados, a mielossupressão foi mais acentuada e o clearance do paclitaxel foi reduzido em cerca de 20% quando se administrou paclitaxel após a cisplatina, comparativamente a paclitaxel administrado antes da cisplatina.

Substratos, Indutores, Inibidores do Citocromo P450 2C8 e 3A4
O metabolismo de paclitaxel é catalisado pelo citocromo P450, isoenzimas CYP2C8 e CYP3A4. Deve- se ter cuidado quando da administração de paclitaxel concomitantemente com conhecidos substratos, indutores (exemplo: rifampicina, carbamazepina, fenitoína, enfavirenz, nevirapina) ou inibidores (exemplo: eritromicina, fluxetina, genfibrozil) do citocromo P450, isoenzimas CYP2C8 e CYP3A4.

Doxorrubicina
Efeitos relacionados à administração sequencial, ca racterizados por episódios mais acentuados de neutropenia e estomatite foram observados com o uso combinado de paclitaxel e doxorrubicina quando se administrou paclitaxel antes da doxorrubicina e por períodos de infusão mais longos do que os recomendados. Os níveis plasmáticos de doxorrubicina (e de seu metabólito ativo doxorrubicinol) podem aumentar quando o paclitaxel e doxorrubicina são utilizados em combinação. Entretanto, dados de um estudo utilizando doxorrubicina in bolus e infusão de paclitaxel por 3 horas não mostraram efeitos sequenciais nos padrões de toxicidade.

Reações adversas / efeitos colaterais de EVOTAXEL

A frequência e a gravidade dos eventos adversos são geralmente similares entre os pacientes que receberam EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) para o tratamento de câncer de ovário, mama, carcinoma de não-pequenas células de pulmão ou sarcoma de Kaposi. Entretanto, pacientes com sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS podem sofrer com maior frequência e gravidade toxicidade hematológica, infecções (incluindo infecções oportunistas) e neutropenia febril. Estes pacientes necessitam de menor intensidade de dose e de cuidados de suporte.

Análise Agrupada dos Eventos Adversos Ocorridos em
Estudos com o Agente Único
Toxicidades Hematológicas
Supressão da medula óssea foi a principal toxicidade dose-limitante de paclitaxel. Neutropenia, a mais importante toxicidade hematológica, foi dependente da dose e do esquema posológico e, em geral, rapidamente reversível. Entre as pacientes tratadas em um estudo FASE III no câncer de ovário como terapia de segunda linha, com infusão de três horas, a contagem de neutrófilos reduziu-se abaixo de 500 células/mm³ em 14% dos pacientes tratados com uma dose de 135 mg/m2, comparado a 27% com uma dose de 175 mg/m2 (p= 0,05). Neutropenia grave (< 500 células/ mm³) foi mais frequente com infusão de 24 horas do que com infusão de 3 horas; a duração da infusão teve um maior impacto na mielo depressão do que a dose. A neutropenia não pareceu aumentar com a exposição cumulativa e não pareceu ser mais frequente ou mais grave em pacientes que haviam se submetido à radioterapia anterior.
Ocorreu febre com frequência (12% de todos os ciclos de tratamento). Episódios infecciosos ocorreram frequentemente e foram fatais em 1% de todos os pacientes e incluíram sepse, pneumonia e peritonite. Infecções no trato urinário e no trato respiratório superior foram as complicações infecciosas relatadas com maior frequência. Na população de pacientes imunodeprimidos com estágio avançado de doença causada por HIV e sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS em estágio avançado, 61% dos pacientes relataram pelo menos uma infecção oportunista. O uso de terapia de suporte, incluindo o G- CSF, é recomendado para pacientes que sofrem de neutropenia grave.
20% dos pacientes apresentaram queda na contagem de plaquetas abaixo de 100.000 células/mm³ pelo menos uma vez durante o tratamento; 7% tiveram uma contagem de plaquetas < 50.000 células/mm³ no momento do seu pior nadir. Episódios de sangramento foram relatados em 4% de todos os ciclos e por 14% de todos os pacientes, mas a maioria dos episódios hemorrágicos era localizada e a frequência desses eventos não foi relacionada à dose ou ao esquema posológico de paclitaxel. Observou-se anemia (Hb <11 g/dL) em 78% dos pacientes, considerada grave (Hb <8 g/dL) em 16% dos casos. Não se observou nenhuma relação consistente entre a dose ou o esquema posológico e a frequência de anemia.

Reações de Hipersensibilidade
Todos os pacientes receberam pré-medicação antes da terapia com paclitaxel (vide ADVERTÊNCIAS). A dose ou o esquema posológico de paclitaxel não interferem na frequência e gravidade das reações de hipersensibilidade. No estudo FASE III para o tratamento de segunda linha do câncer de ovário, a infusão em 3 horas não foi associada a maior incidência de reações de hipersensibilidade, quando comparada a infusão de 24 horas. Reações de hipersensibilidade foram observadas em 20% dos ciclos e em 41% dos pacientes. Essas reações foram graves em menos de 2% dos pacientes e 1% dos ciclos. Os sintomas mais frequentes observados durante essas reações graves foram dispneia, rubor, dor no peito e taquicardia. Dor abdominal, dor nas extremidades, diaforese e hipertensão também são notadas. Reações de hipersensibilidade menores, principalmente rubor e reações cutâneas, não necessitaram de tratamento e não impediram a continuação da terapia com paclitaxel.
Calafrios e dores nas costas em associação com reações de hipersensibilidade foram reportados.

Cardiovasculares
Ocorreu hipotensão, durante as 3 primeiras horas de infusão, em 12% de todos os pacientes e em 3 % de todos os ciclos administrados. Ocorreu bradicardia, durante as três primeiras horas de infusão, em 3% de todos os pacientes e 1% de todos os ciclos.
Anormalidades de condução cardíaca graves foram reportadas em <1% dos pacientes durante o tratamento com paclitaxel. Estes eventos incluíram síncope, anormalidades do ritmo cardíaco, hipotensão e trombose venosa.
Se os pacientes desenvolverem anormalidades significativas de condução durante a administração de paclitaxel, terapia apropriada deve ser instituída e monitoramento eletrocardiográfico contínuo deve ser realizado durante a terapia subsequente com paclitaxel.
Fibrilação atrial e taquicardia supraventricular foram reportadas.

Respiratórias
Pneumonia intersticial, fibrose pulmonar e embolismo pulmonar foram reportadas.

Neurológicas
A frequência e gravidade de manifestações neurológicas foram influenciadas por terapias prévias e concomitantes com agentes neurológicos. Em geral, a frequência e a gravidade das manifestações neurológicas foram dose-dependentes em pacientes recebendo paclitaxel como agente único. A frequência da neuropatia periférica aumenta com a dose cumulativa. Parestesia ocorre comumente na forma de hiperestesia. A neuropatia periférica foi a causa da descontinuação de paclitaxel em 1% de todos os pacientes. Sintomas sensoriais normalmente melhoraram ou desapareceram em alguns meses após a descontinuação de paclitaxel. Neuropatias pré-existentes resultando de terapias anteriores não são uma contraindicação para a terapia com paclitaxel.
Outros eventos neurológicos graves relatados após a administração de paclitaxel, além da neuropatia periférica foram raros (<1%) e incluíram epilepsia do tipo grande mal, síncope, ataxia e encefalopatia.
Neuropatia autonômica resultando em íleo paralítico foi reportada. Foram relatados também distúrbios do nervo óptico e/ou visuais (escotomas cintilantes), em particular nos pacientes que receberam doses mais altas que as recomendadas. Estes efeitos foram, em geral, reversíveis. Raros relatos na literatura sobre a anormalidade visual potencial em pacientes tem sugerido lesão persistente do nervo óptico. Ocorreram relatos pós-comercialização de ototoxicidade (perda de audição e tinitus).

Artralgia/ Mialgia
Não há relação consistente entre dose ou esquema de tratamento com paclitaxel e a frequência ou gravidade de artralgia/mialgia. Sessenta por cento dos pacientes tratados apresentaram artralgia/mialgia; 8% apresentaram sintomas graves. Geralmente os sintomas foram transitórios e ocorreram dois ou três dias após administração de paclitaxel e cessaram dentro de poucos dias. A frequência e gravidade de sintomas musculoesqueléticos permaneceram inalteradas durante o período de tratamento.

Hepáticas
Necrose hepática e encefalopatia hepática foram relatadas.

Gastrintestinais
Náuseas/vômitos, diarreia e mucosite de leves a moderadas foram relatados muito comumente por todos os pacientes. Mucosite foi dependente do n=esquema posológico e ocorreu com maior frequência com infusões de 24 horas do que com infusões de 3 horas.
Obstrução gastrintestinal, perfuração intestinal, p ancreatite, colite isquêmica, desidratação, esofagite, constipação e ascites foram reportadas. Relatos raros de enterocolite neutropênica (tiflite), apesar da co-administração do G-CSF, foram observados em pacientes tratados com paclitaxel isolado e em combinação com outros agentes quimioterápicos.

Reações no Local da Injeção
Durante a administração intravenosa, as reações no local da injeção foram normalmente leves e consistiram de edema, dor, eritema, flacidez, e endurecimento localizados; ocasionalmente extravasamento pode resultar em celulite. Descamação da pele e/ou peeling foram relatados, algumas vezes relacionados a extravasamento. Descoloração da pele também pode ocorrer. Estas reações foram observadas com maior frequência com infusões de 24 horas do que com infusões de 3 horas. A recorrência de reações cutâneas no local de um extravasamento anterior após a administração de paclitaxel em outro acesso venoso foi relatada.
Eventos mais graves, como flebite, celulite, endurecimento, esfoliação da pele, necrose e fibrose fora m reportados.
Em alguns casos a ocorrência de reação no local da injeção deu-se durante uma infusão prolongada ou após um período de 1 semana a 10 dias.

Outros Eventos Clínicos
A alopecia foi observada em quase todos os pacientes (87%).
Foram observadas alterações transitórias na pele resultante da reação de hipersensibilidade relacionada ao paclitaxel, porém nenhuma outra toxicidade cutânea foi significativamente associada à administração de paclitaxel. Alterações nas unhas (mudanças de pigmentação ou descoloração do leito ungueal) foram incomuns (2%). Edema foi relatado em 21% dos pacientes (17% deles sem edema basal); somente 1% apresentou edema grave e nenhum paciente necessitou de descontinuação do tratamento. O edema era usualmente focal e relacionado à doença. Observou-se edema em 5% dos ciclos nos pacientes normais e não se registrou aumento com o tempo no estudo.
Anormalidades cutâneas relacionadas à radiação assim como relatos de erupção maculopapulosa, prurido, síndrome de Stevens-Johnson, e necrose epidérmica tóxica foram reportados.
Relatos de astenia e mal-estar também foram recebidos como parte da contínua vigilância da segurança de paclitaxel.


Terapia combinada
– Paclitaxel + trastuzumabe
Quando paclitaxel foi administrado com uma infusão de 3 horas em combinação com trastuzumabe para tratamento de primeira linha de pacientes com câncer de mama metastático, os seguintes eventos (sem levar em consideração a relação com paclitaxel o u trastuzumabe) foram relatados mais frequentemente do que em relação ao paclitaxel admi nistrado como agente único: insuficiência cardíaca, infecção, calafrios, febre, tosse, rash, artralgia, taquicardia, diarreia, hipertonia, epostase, acne, herpes simplex, ferimento acidental, insônia, rinite, sinusite, e reação no local da injeção. Algumas destas diferenças na frequência podem ser devido ao númeroe duração aumentados de tratamentos com a combinação paclitaxel / trastuzumabe vs. paclitaxel como agente único. Eventos graves foram relatados ataxas similares para paclitaxel / trastuzumabe e paclitaxel como agente único.
A administração de trastuzumabe em combinação com paclitaxel em pacientes previamente tratados com antraciclinas resultou em frequência e gravidade aumentadas de disfunção cardíaca em comparação com pacientes tratados com paclitaxel como agente único e raramente foi associada com morte. Em tudo com exceção destes casos raros, pacientes responderam ao tratamento médico apropriado.

– Paclitaxel + cisplatina
Quando administrado por uma infusão de 3 horas para quimioterapia de primeira linha para o câncer de o vário, neurotoxicidade, artralgia/mialgia, e hipersensibilidade foram relatados como mais frequentes e graves por pacientes tratados com paclitaxel seguido de cisplatina do que por pacientes tratados com ciclofosfamida seguida de cisplatina. Mielodepressão pareceu ser menos frequente e grave com paclitaxel sendo administrado por infusão de 3 horas seguido de cisplatina quando comparado com a terapia com ciclofosfamida seguida de cisplatina.
Comparação de neurotoxicidade nos estudos cruzados CA139-209 e CA139-022 sugere que, quando paclitaxel é administrado em combinação com cisplatina 75 mg/m2, a incidência de neurotoxicidade grave é mais comum quando a dose de paclitaxel for 175 mg/m2 em infusão de 3 horas (21%) do que com a dose de 135 mg/m2 realizada em infusão de 24 horas (3%).

– Paclitaxel + doxorrubicina
Insuficiência cardíaca congestiva foi relatada na terapia combinada de paclitaxel e doxorrubicina em pacientes com câncer de mama metastático sem tratamento prévio e sem quimioterapia anterior. Casos de infarto do miocárdio foram raramente relatados. Disfunção cardíaca e redução da fração de ejeção ventricular esquerda ou falha ventricular sã o relatadas tipicamente em pacientes em tratamento com paclitaxel que receberam outras quimioterapias, principalmente com antraciclinas.

– Paclitaxel + radioterapia
Pneumonite por radiação foi relatada em pacientes recebendo radioterapia concomitante.

Eventos adversos por frequência
A frequência dos eventos adversos listada abaixo é definida usando o seguinte: muito comum (=> 10%); comum (=> 1%, < 10%); incomum (=> 0,1%, < 1%); raro (=> 0,01%, < 0,1%); muito raro (< 0,01%); não conhecido (não pode ser estimado com base nos dados disponíveis).
Infecções e infestações:
-Muito comum: infecção;
-Incomum: choque séptico;
-Raro: pneumonia, sepse.
Desordens do sangue e do sistema linfático:
-Muito comum: mielossupressão, neutropenia, anemia , trombocitopenia, leucopenia, febre, sangramento;
-Raro: neutropenia febril;
-Muito raro: leucemia mieloide aguda, síndrome mielodisplásica.
Desordens do sistema imunológico:
-Muito comum: reações menores de hipersensibilidade (principalmente vermelhidão e erupção cutânea);
-Incomum: reações significantes de hipersensibilidade requerendo tratamento (exemplo: hipotensão, edema angioneurótico, desconforto respiratório, urticária generalizada, edema, dor nas costas, calafrios);
-Raro: reações anafiláticas (seguida de morte);
-Muito raro: choque anafilático.
Desordens no metabolismo e nutrição:
-Muito raro: anorexia;
-Não conhecido: síndrome de lise tumoral.
Desordens psiquiátricas:
– Muito raro: estado de confusão.
Desordens do sistema nervoso:
-Muito comum: neurotoxicidade (principalmente: neuropatia periférica);
-Raro: neuropatia motora (com fraqueza menor distal resultante);
-Muito raro: neuropatia autonômica (resultando em íleo paralítico e hipotensão ortostática), epilepsia do tipo grande mal, convulsões, encefalopatia, tontura, cefaleia, ataxia.
Desordens nos olhos:
-Muito raro: distúrbios reversíveis do nervo óptico e/ou visuais (escotomas cintilantes), particularmente em pacientes que tenham recebido doses maiores que as recomendadas, fotopsia, embaçamento visual;
-Não conhecido: edema macular.
Desordens no ouvido e labirinto:
– Muito raro: perda da audição, tinitus, vertigem, ototoxicidade.
Desordens cardíacas:
-Muito comum: ECG anormal;
-Comum: bradicardia;
-Incomum: cardiomiopatia, taquicardia ventricular assintomática, taquicardia com bigeminismo, bloquei AV e síncope, infarto do miocárdio;
-Muito raro: fibrilação atrial, taquicardia supraventricular.
Desordens vasculares:
-Muito comum: hipotensão;
-Incomum: hipertensão, trombose, tromboflebite;
-Muito raro: choque.
Desordens respiratórias, torácicas e do mediastino:
-Raro: dispneia, derrame pleural, insuficiência respiratória, pneumonia intersticial, fibrose pulmonar, embolia pulmonar;
-Muito raro: tosse.
Desordens gastrointestinais:
– Muito comum: náusea, vômito, diarreia, mucosite;
– Raro: obstrução intestinal, perfuração intestinal, colite isquêmica, pancreatite;
– Muito raro: trombose mesentérica, colite pseudomembranosa, esofagite, constipação, ascite.
Desordens hepato-biliares:
– Muito raro: necrose hepática (seguida de morte), encefalopatia hepática (seguida de morte).
Desordens do tecido subcutâneo e da pele:
-Muito comum: alopecia;
-Comum: alterações transientes e leves na pele e unhas;
– Raro: prurido, erupção cutânea, eritema, flebite, celulite, esfoliação da pele, necrose e fibrose, radiation recall;
-Muito raro: Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica, eritema multiforme, dermatite esfoliativa, urticária, onicólise (pacientes em tratamento devem usar protetor solar nas mãos e nos pés);
-Não conhecido: esclerodermia, lupus eritematoso cutâneo.
Desordens musculo-esqueléticas, nos ossos e tecidos de conexão:
-Muito comum: artralgia, mialgia;
-Não conhecido: lupus eritematoso sistêmico.
Desordens gerais e condições do local da administração:
– Comum: reações no local da injeção (incluindo edema, dor, eritema, endurecimento localizados, o extravasamento pode resultar em celulite); – Raro: astenia, mal estar, pirexia, desidratação, edema.
Investigações:
– Comum: elevação grave no AST (SGOT), elevação grave na fosfatase alcalina;
-Incomum: elevação grave na bilirrubina;
-Raro: aumento da creatinina no sangue.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações da Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

EVOTAXEL – Posologia

Todos os pacientes devem ser pré-medicados antes da administração de EVOTAXEL ® (paclitaxel semissintético) para reduzir o risco da ocorrência de reações graves de hipersensibilidade. Esta pré-medicação pode corresponder a 20 mg por via oral de dexametasona (ou equivalente), utilizados aproximadamente 12 e 6 horas antes da administração do paclitaxel ou 20 mg por via intravenosa aproximadamente 30 a 60 minutos antes de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético); 50 mg de difenidramina(ou seu equivalente) por via intravenosa 30 a 60 minutos antes de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) e cimetidina (300 mg) ou ranitidina (50 mg) por via intravenosa 30 a 60 minutos antes de EVOTAXEL (paclitaxel semissintético) .
Ciclos repetidos de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) não devem ser administrados a pacientes com tumores sólidos até que a contagem de neutrófilos seja de, pelo menos, 1500 células/mm³ e a de plaquetas, 100.000 células/mm³ (<1000 células/mm3 para pacientes com Sarcoma de Kaposi). Pacientes que tiveram neutropenia grave (menor que 500 células/mm³) ou neuropatia periférica grave devem ser submetidos a doses reduzidas em 20% nos ciclos subsequentes. A incidência de neurotoxicidade e a gravidade da neutropenia aumentam com a dose dentro de um regime.
Nota: Não se recomenda o contato do concentrado não-diluído com materiais ou dispositivos de plástico PVC cloreto (de polivinila) usados no preparo das soluções para infusão. Para minimizar a exposição do paciente ao plastificante DEHP (di-(2-etilexi l)ftalato), que pode se desprender das paredes das bolsas de infusão ou dos materiais de PVC utilizado s, as soluções diluídas de paclitaxel devem ser mantidas em frascos (de vidro ou polipropileno) ou em bolsas plásticas (de polipropileno ou poliolefina) e administradas através de materiais de polietileno (vide 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR – Preparação para Administração Intravenosa ).

Posologia
– Carcinoma de Ovário
Terapia combinada: Para pacientes que não receberam tratamento anterior, o regime posológico recomenda do a cada 3 semanas é a administração intravenosa de 175 mg/m2 de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) por 3 horas, seguida pela administração de um composto de platina. Alternativamente, um regime mais mielo depressivo de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) pode também ser a administração intravenosa de uma dose de 135 mg/m2 por 24 horas, seguida por um composto de platina, a cada 3 semanas.
Monoterapia: Em pacientes anteriormente tratadas com quimioterapia, o esquema recomendado corresponde a 175 mg/m2 de paclitaxel administrados intravenosamente por 3 horas, a cada 3 semanas.

– Câncer de Mama
Terapia adjuvante: 175 mg/m2 de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) administrados intravenosamente por 3 horas, a cada 3 semanas por 4 ciclos em sequência à terapia-padrão combinada.
Monoterapia, terapia de primeira linha após recidiva dentro de um período de 6 meses da terapia adjuvante: 175 mg/m2 de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) administrados intravenosamente por3 horas, a cada 3 semanas. Terapia de primeira linha em câncer avançado ou metastático de mama: em combinação com trastuzumabe, a dose recomendada de EVOTAXEL (paclitaxel semissintético) é 175 mg/m administrados intravenosamente por um período de 3 horas, com um intervalo de três semanas entre os ciclos. A infusão de EVOTAXEL ® (paclitaxel semissintético) deve ser iniciada no dia seguinte da primeira dose de trastuzumabe ou imediatamente após as doses subsequentes de trastuzumabe, caso a dose precedente de trastuzumabe tenha sido bem tolerada. Monoterapia, terapia de segunda linha após falha da quimioterapia combinada para doença metastática: 175 mg/m de EVOTAXEL (paclitaxel semissintético) administrados intravenosamente por 3 horas, a cada 3 semanas.

– Câncer de Não-Pequenas Células de Pulmão
Terapia combinada: Para pacientes não tratados anteriormente, a dose recomendada com 3 semanas de intervalo entre os ciclos é de 175 mg/m de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) administrados intravenosamente por 3 horas, seguida por um composto de platina.
Alternativamente, um regime mais mielodepressivo de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) pode ser a administração intravenosa de 135 mg/m2por 24 horas, seguida por um composto de platina, com intervalo de 3 semanas entre os ciclos.
Monoterapia: EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) 175 – 225 mg/m2 administrado intravenosamente por 3 horas, a cada 3semanas.

– Sarcoma de Kaposi Relacionado à AIDS
Terapia de segunda linha: A dose de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) recomendada é de 135 mg/m2 administrados intravenosamente por 3 horas, com intervalos de 3 semanas entre os ciclos, ou 100 mg/m2 administrados intravenosamente por 3 horas, com intervalos de 2 semanas entre os ciclos (intensidade da dose 45 – 50 mg/m 2/semana).
Com base na imunodepressão observada em pacientes c om doença avançada pelo HIV, as seguintes modificações são recomendadas nestes pacientes:
1.A dose de dexametasona, uma das três drogas da pré-medicação, deve ser reduzida para 10 mg por via oral.
2.O tratamento com EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) só poderá ser iniciado ou repetido se a contagem de neutrófilos for de, no mínimo, 1.000 células/mm³.
3.A dose de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) nos ciclos subsequentes deve ser reduzida em 20% para os pacientes com neutropenia grave (< 500células/mm³ durante 1 semana ou mais).
4.Concomitantemente, o fator de crescimento hematopoiético (G-CSF) deve ser iniciado conforme indicado clinicamente.
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) também pode ser administrado em uma dose de 80 mg/m2 semanalmente para tratamento de câncer de ovário, câncer de mama e sarcoma de Kaposi, como terapia de segunda linha, levando-se sempre em conta que todos os pacientes devem ser pré-medicados antes da administração de EVOTAXEL ® (paclitaxel semissintético). Esta posologia parece estar associada a uma menor mielotoxicidade com eficácia terapêutica similar à administração a cada 21 dias.

Insuficiência Hepática
Pacientes com insuficiência hepática podem apresentar risco de toxicidade aumentado, particularmente mielossupressão graus III-IV. O ajuste de dose é recomendado. Os pacientes devem ser bem monitorados quanto ao desenvolvimento de mielossupressão profunda.

Precauções Quanto à Preparação e à Administração
O paclitaxel é uma droga citotóxica antineoplásicae, portanto deve ser manuseado com cuidado. O uso de luvas é recomendado. Se a solução de EVOTAXEL®(paclitaxel semissintético) entrar em contato com a pele, lavá-la com água e sabão imediata e completamente. Se houver contato de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) com membranas mucosas, deve-se enxaguá-las bem com água. Após exposição tópica, os eventos incluíram formigamento, queimação e rubor. Em casos de inalação, foram relatadas dispneia, dor torácica, irritação nos olhos, dor de garganta e náuseas. Dada a possibilidade de extravasamento, é aconselhável monitorar cautelosamente o local da infusão quanto a possível infiltração durante a administração da droga (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES – Reação no Local da Injeção ).
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) deve ser administrado através de um filtro com membrana microporosa de não mais que 0,22 mícron. O uso de filtros que incorporem tubos curtos revestidos de PVC por dentro e por fora não resulta em liberação significativa de DEHP.

Condições de manuseio e dispensação
Procedimentos para manuseio e descarte adequado de drogas antineoplásicas devem ser considerados.
Para minimizar o risco de exposição dérmica, sempre use luvas impermeáveis quando estiver manuseando frascos contendo EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético). Isto inclui todas as atividades de manuseio em situações clínicas, farmácias, depósitos e serviço domiciliar, incluindo durante a abertura da embalagem e inspeção, transporte dentro de uma instalação e preparação e administração da dose.

Risco de uso por via não recomendada
Para segurança e eficácia desta apresentação, o paclitaxel não deve ser administrado por vias não recomendadas. A administração deve ser somente pela via intravenosa.

Preparação para Administração Intravenosa
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) deve ser diluído antes da infusão até o volume final de 100 a 25 mL (frasco-ampola de 5mL), 333 a 83,3 mL (frasco-ampola de 16,7 mL), 500 a 125 mL (frasco-ampola de 25 mL) e 1000 a 250 mL (frasco-ampola de 50 mL), atingindo uma concentração final de 0,3 a 1,2 mg/mL.
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) deve ser diluído em uma das seguintes soluções: solução injetável de cloreto de sódio a 0,9%, solução glicosada a 5%, solução meio glicosada a 5% meio fisiológica, ou em solução glicosada a 5% em solução de Ringer.
Na preparação, as soluções podem mostrar turbidez, atribuída ao veículo da formulação. Não foram observadas perdas significativas de potência após liberação da solução através de dispositivos de administração intravenosa contendo um filtro de 0,22 mícron. As soluções de EVOTAXEL ® (paclitaxel semissintético) devem ser preparadas e mantidas em frascos de vidro, polipropileno ou poliolefina. Devem ser utilizados dispositivos de administração que não contenham PVC, como os feitos de polietilen o (vide NOTA). As soluções para infusão, se prepara das como recomendado, são estáveis físico e quimicamente por até 48 horas em temperatura ambiente (aproximadamente 25°C) a uma concentração de 0,3 mg/ml, sem proteção da luz. As soluções diluídas não devem ser refrigeradas. Foram raros os relatos de precipitação com períodos de infusão mais longos do que as 3 horas recomendadas.
Agitação excessiva, vibração ou sacudidas podem induzir à precipitação e devem ser evitadas. O equipamento de infusão deve ser completamente lavado com o diluente compatível antes do uso.
Dispositivos com pontas afiadas não devem ser utilizados com os frascos de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético), pois podem causar o rompimento da tampa, resultando na perda da integridade estéril da solução.

Super dosagem

Não existe antídoto conhecido que possa ser utilizado em caso de superdose de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético). As complicações principais de uma superdose consistem em depressão da medula óssea, neurotoxicidade periférica e mucosite. A superdosagem em pacientes pediátricos pode estar associada com a toxicidade aguda ao etanol (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES – Uso Pediátrico ).

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Caracteristicas farmalogicas

EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) contém paclitaxel, substância que possui atividade antitumoral. EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) é obtido mediante processo semissintético a partir deTaxus baccata. EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) concentrado para injeção é uma solução não- aquosa pronta que deve ser diluída em fluido parenteral adequado antes de ser infundida por via intravenosa.

Mecanismo de ação
O paclitaxel é um novo agente antimicrotúbulo que promove a agregação dos microtúbulos a partir microtúbulos prevenindo a despolimerização, resultando na inibição da dinâmica normal de reorganização dos dímeros de tubulina. Ele estabiliza os da rede de microtúbulos essencial para as funções celulares. O paclitaxel também induz a formação anormal ou feixe de microtúbulos durante o ciclo celular e múltiplos ásteres de microtúbulos durante a mitose.

Farmacocinética
A farmacocinética do paclitaxel foi avaliada em uma série de doses, até 300 mg/m, e esquemas de infusão, variando de 3 a 24 horas e demonstrou ser não-linear e saturável com um aumento desproporcionalmente grande dos valores de concentração máxima (C ) e área sob a curva (AUC) com o Máx aumento da dose, acompanhado por uma diminuição aparente, relacionada à dose, do clearance corpóreo total.
Após a administração intravenosa, o paclitaxel mostra um declínio bifásico das concentrações plasmáticas. O declínio rápido inicial representa a distribuição para os compartimentos periféricos e a eliminação da droga. A última fase deve-se, em par te, a um efluxo relativamente lento do paclitaxel do compartimento periférico. Em pacientes tratados com doses de 135 e 175 mg/m2 administrados por infusões de 3 e 24 horas, a meia–vida final média variou de 13,1 a 52,7 horas e o clearance corpóreo total variou de 12,2 a 23,8 L/h/m². O volume médio de distribuição no estado de equilíbrio v ariou de 198 a 688 L/m², indicando uma distribuição extravascular extensa e/ou ligação do paclitaxel aos tecidos.
A variabilidade na exposição sistêmica do paclitaxel, avaliada pela AUC(o-oo) para ciclos de tratamento sucessivos é mínima; não há evidências de acúmulo do paclitaxel quando administrado em múltiplos ciclos de tratamento.

Distribuição
Em média, 89% da droga encontra-se ligada às proteínas séricas; a presença de cimetidina, ranitidina, dexametasona ou difenidramina não altera a taxa de ligação protéica do paclitaxel.

Metabolismo
Estudos in vitro com microssomos hepáticos humanos e pedaços de tecidos demonstraram que o paclitaxel é metabolizado fundamentalmente ao 6α- hidroxipaclitaxel pelo citocromo P450 isoenzima CYP2C8; e a dois metabólitos menores, o 3- p-hidroxipaclitaxel e o 6α,3′-p-diidroxipaclitaxel pelo CYP3A4. In vitro, o metabolismo do paclitaxel a 6α-hidroxipaclitaxel foi inibido por vários agentes vide( 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ). O efeito da disfunção renal sobre a disposição do paclitaxel não foi estudado.
Excreção
Após administração intravenosa de doses de 15 a 275 mg/m2 de paclitaxel por 1, 6 ou 24 horas de infusão, os valores médios de recuperação urinária cumulativa da droga inalterada variaram de 1,3% a 12,6% da dose. Isto indica um clearance não-renal extenso de paclitaxel. Em 5 pacientes qu e receberam doses radiomarcadas de 225 ou 250 mg/m2 de paclitaxel por infusão de 3 horas, 14% da radio atividade foi recuperada na urina e 71% foi excretada nas fezes em 120 horas. A recuperação total da radioatividade variou de 56% a 101% da dose. O paclitaxel representou uma média de 5% da radioatividade administrada recuperada nas fezes, enquanto que os metabólitos, principalmente o 6 α- hidroxipaclitaxel, responderam pelo restante.

Insuficiência Hepática
A disposição e toxicidade da infusão de 3 horas de paclitaxel foram avaliadas em 35 pacientes com variados graus de função hepática. Em comparação com os pacientes com bilirrubina normal, a exposição plasmática ao paclitaxel em pacientes com nível de bilirrubina sérica anormal menor ou igual a 2 vezes o limite superior da normalidade (LSN), que receberam 175 mg/m2, foi aumentada, mas não com aumento aparente na frequência ou severidade da toxicidade. Em cinco pacientes com nível de bilirrubina sérica total maior que 2 vezes LSN, houve uma incidência maior estatisticamente não significativa de mielossupressão grave, mesmo com dose reduzida (110 mg/m2), mas não foi observado aumento na exposição plasmática. (vide5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES – Insuficiência Hepática).

Resultados de eficacia

Carcinoma de ovário
-Terapia de primeira linha: A segurança e eficácia do paclitaxel acompanhado por cisplatina em pacientes com carcinoma de ovário avançado e sem quimioterapia prévia foram avaliadas em 2 estudos FASE III multicêntricos, randomizados e controlados. Em um estudo do INTERGRUPO conduzido pela Organização Europeia de Pesquisa e Tratamento de Câncer que envolve o Grupo Escandinavo NOCOVA, o Instituto Nacional de Câncer do Canadá e o Grupo Escocês, 680 pacientes com estágio da doença II B–C , III, ou IV (ressecção ampla ótima ou não ótima) receberam infusão de paclitaxel 175 mg/m2 em um período de 3 horas seguida por cisplatina 75 mg/m2 (Tc) ou ciclofosfamida 750 mg/m2 seguidos por cisplatina 75 mg/m2 (Cc) por uma mediana de seis ciclos. Embora o protocolo permitisse uma terapia adicional, somente 15% dos pacientes receberam ambas as drogas por nove ou mais ciclos. Em um estudo conduzido pelo Grupo de Oncologia Ginecológica (GOG), 410 pacientes com Estágio III ou IV da doença (> 1 cm de doença residual após laparotomia para estadiamento ou metástase à distância) receberam infusão de paclitaxel 135 mg/m2 num período de 24 horas seguido por cisplatina 75 mg/m2 ou, senão ciclofosfamida 750 mg/m 2 seguido por cisplatina 75 mg/m2 por 6 ciclos.

– Terapia de segunda linha: Dados de cinco estudos clínicos fase I e II (189 pacientes), um estudo de FASE III multicêntrico, randomizado (407 pacientes), assim como a análise dos dados de mais de 300 pacientes envolvidos em um programa de tratamento de um centro de referência foram usados para sustentar o uso de paclitaxel nos pacientes que tiveram falha inicial ou subsequente da quimioterapia para carcinoma de ovário metastático. Dois dos estudos FASE II (92 pacientes) utilizaram uma dose inicial de 135 a 170 mg/m2 na maioria dos pacientes (> 90%), que receberam infusão contínua num período de 24 horas. As taxas de resposta destes dois estudos foram 22% (lC de 95%: 11 a 37%) e 30% (lC de 95%: 18 a 46%) com um total de 6 respostas completas e 18 parciais em 92 pacientes. A duração mediana da resposta global nestes dois estudos medidos no primeiro dia do tratamento foi de 7,2 meses (faixa: 3,5-15,8 meses) e 7,5 meses (faixa: 5,3-17,4 meses), respectivamente. A sobrevida mediana foi de 8,1 meses (faixa: 0,2-36,7 meses)
e 15,9 meses (faixa: 1,8-34,5+ meses).

Câncer de mama
– Terapia Adjuvante
Um estudo Intergrupo de FASE III (Cancer and Leukemia Group B [CALGB], Eastern Cooperative Oncology Group [ECOG], North Central Cancer Treatment Group [NCCTG] e o Southwest Oncology Group [SWOG]) randomizou 3170 pacientes com carcinoma de mama linfonodo positivo para terapia adjuvante com paclitaxel ou sem quimioterapia adicional após quatro ciclos de doxorrubicina e ciclofosfamida (AC). Este estudo multicêntrico foi conduzido em mulheres com linfonodos histologicamente positivos após mastectomia ou mastectomia segmentada e dissecação linfonodal. O estudo fatorial 3 x 2 foi projetado para avaliar a eficácia e segurança de três níveis diferentes de doses dedoxorrubicina (A) e para avaliar o efeito da adição de paclitaxel administrado após o término da terapia (AC).
Após estratificação do número de linfonodos positivos (1-3, 4-9, ou 10+), os pacientes foram randomizados para receber 600 mg/m2 de ciclofosfamida e doxorrubicina na dose de 60 mg/m2 (no dia 1), 75 mg/m2 (em duas doses divididas nos dias 1 e 2) ou 90 mg/m2 (em duas doses divididas nos dias 1 e 2 com suporte profilático de G-CSF e ciprofloxacina)a cada 3 semanas por quatro ciclos e paclitaxel 175 mg/m2 com infusão de 3 horas a cada 3 semanas por quatro ciclos adicionais ou sem quimioterapia adicional. Os pacientes com tumores positivos para receptores hormonais receberam tratamento subsequente com tamoxifeno (20 mg por dia por 5 anos); pacientes que passaram por mastectomia segmentada antes do início do estudo, receberam tratamento radioterápico na mama após a recuperação das toxicidades relacionadas ao tratamento.
Por ocasião desta análise, o acompanhamento mediano foi de 30,1 meses. Dos 2.066 pacientes com receptor hormonal positivo, 93% receberam tamoxifeno. As análises primárias de sobrevida livre de doença e sobrevida global empregaram modelos C ox multivariados, nos quais incluíram os seguintes fatores: administração de paclitaxel, dos e de doxorrubicina, número de linfonodos positivos, tamanho do tumor, menopausa e presença de receptores de estrogênio. Baseado no modelo de sobrevida livre de doença, os pacientes que receberam tratamento AC seguido por paclitaxel e tiveram uma redução de 22% no risco de recorrência da doença comparado aos pacientes randomizados com apenas o tratamento AC (Razão de risco [HR] = 0,78, 95% IC 0,67-0,91, p=0,0022). Os pacientes também tiveram uma redução de 26% no risco de morte (HR = 0,74, 95% IC 0,60-0,92, p=0,0065). Para sobrevida livre de doença e sobrevida global, os valores de p não foram ajustados para análises intermediárias. O aumento da dose de doxorrubicina acima de 60 mg/m2 não alterou o efeito na sobrevida livre de doença ou na sobrevida global.

– Análise dos subgrupos: Os subgrupos foram definidos através de variáveis de importância prognóstica conhecida no carcinoma d e mama, incluindo número de linfonodos positivos, tamanho do tumor, status dos receptores hormonais e status da menopausa. Estas análises devem ser interpretadas com cuidado, uma vez que o achado mais seguro é o resultado do estudo global.

– Após falha da quimioterapia inicial
Dados de 83 pacientes avaliados em 3 estudos abertos FASE II e de 471 pacientes incluídos em um estudo randomizado FASE III foram utilizadas para sustentar o uso de paclitaxel em pacientes com carcinoma de mama metastático.
Estudos FASE II abertos: Dois estudos foram conduzidos com 53 pacientes previamente tratados com no máximo um regime quimioterápico anterior. O paclitaxel foi administrado nestes dois estudos com infusão de 24 horas com doses iniciais de 250 mg/m 2 (com suporte G-CSF) ou 200 mg/m2. As taxas de respostas foram 57% (95% IC: 37 a 75%) e 52% (95% IC: 32 a 72%), respectivamente. O terceiro estudo FASE II foi conduzido em pacientes pré-tratados extensivamente que apresentaram falha na terapia com medicamentos da classe das antraciclinas que tinham recebido um mínimo de dois regimes de quimioterapia para o tratamento de doença metastática. A dose de paclitaxel foi de 200 mg/m com infusão de 24 horas de suporte G-CSF. Nove dos 30 pacientes apresentaram uma resposta parcial, para uma taxa de resposta de 30% (95% IC: 15 a 50%).
Estudo FASE III randomizado: Este estudo multicêntrico foi conduzido em pacientes previamente tratados com um ou dois regimes quimioterápicos. Os pacientes foram randomizados para receber paclitaxel na dose de 175 mg/m2 ou 135 mg/m2 administrados num período de infusão de 3 horas. E m 471 pacientes envolvidos na pesquisa, 60% apresentaram doenças sintomáticas com estado de desempenho insuficiente por ocasião do início do estudo (performance status) e 73% pacientes apresentavam metástase visceral. Estes pacientes apresentavam falha na quimioterapia anterior tanto no tratamento adjuvante (30%), como para a doença metastática (39%) ou a ambos (31%). Sessenta e sete por cento dos pacientes apresentavam exposição prévia a medicamentos da classe das antraciclinas e 23% deles apresentavam resistência considerável da doença esta classe de agentes.
A taxa de resposta global para os 454 pacientes avaliáveis foi de 26% (95% IC: 22 a 30%), com 17 respostas completas e 99 respostas parciais. A duração mediana da resposta avaliada desde o primeiro dia de tratamento foi de 8,1 meses (faixa: 3,4–18,1meses ). No total de 471 pacientes, o tempo mediano de progressão foi de 3,5 meses (faixa: 0,03–17,1 meses ). A sobrevida mediana foi de 11,7 meses (faixa: 0-18, 9 meses).
O perfil dos eventos adversos dos pacientes que receberam apenas paclitaxel no estudo FASE III foi consistente com o perfil observado na análise de dados dos 812 pacientes tratados em 10 estudos clínicos.

– Terapia de primeira linha em câncer avançado ou metastático de mama, em combinação com trastuzumabe, em pacientes com superexpressão do HER-2 em níveis de 2+ e 3+ como determinado por imuno histoquímica
Há evidências suficientes de que a eficácia observada com a combinação de Trastuzumabe e paclitaxel na terapia de primeira linha da doença metastática resulta de uma contribuição significativa tanto do trastuzumabe quanto do paclitaxel. Os benefícios superam os riscos desta terapia em pacientes com câncer de mama metastático com superexpressão de HER2. Isso é demonstrado através de uma melhora signifcativa na eficácia em comparação ao paclitaxel isolado e aos dados históricos sobre o a gente isolado Trastuzumabe. Todos os subgrupos clinicamente estudados pareceram se beneficiar do tratamento com a associação do Trastuzumabe em termos de taxa de resposta tumoral e tempo para a progressão da doença. Entretanto, os pacientes que têm um escore de 3+ de superexpressão de HER-2 apresentaram maior benefício que aqueles que têm um escore de 2+.

Câncer de Não-pequenas Células do Pulmão (CNPCP)
Em estudo Fase III, aberto, randomizado e conduzido pelo ECOG, 599 pacientes foram randomizados com paclitaxel (T) na dosagem de 135 mg/m2com infusão de 24 horas em combinação com cisplatina (c ) 75 mg/m2, com paclitaxel (T) na dosagem de 250 mg/m2 com infusão de 24 horas em combinação com cisplatina (c) 75 mg/m2 com suporte G-CSF, ou cisplatina (c) 75 mg/m2 no dia 1, seguido por etoposídeo (VP) 100 mg/m2 nos dias 1, 2, e 3 (controle).

Sarcoma de Kaposi Relacionado à AIDS
Dados de dois estudos abertos FASE II suportam o uso de paclitaxel como segunda linha de tratamento em pacientes com sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS. Cinquenta e nove dos 85 pacientes envolvido s nestes estudos receberam previamente terapia sistêmica, incluindo Interferon alfa (32%), DaunoXome® (31%), DOXIL® (2%) e quimioterapia com doxorrubicina (42%), sendo que 64 % haviam recebido medicamentos da classe das antraciclinas. Oitenta e cinco por cento dos pacientes pré tratados progrediram ou não toleraram a terapia sistêmica prévia.
No estudo CA 139-174, os pacientes receberam paclitaxel 135 mg/m2 com infusão de 3 horas a cada 3 semanas (intensidade da dose pretendida 45 mg/ de crescimento hematopoiético não foram utilizados inicialmente. No estudo CA 139-281 os pacientes receberam paclitaxel 100 mg/m2 com infusão de 3 horas a cada 2 semanas (intensidade da dose pretendida 50 mg/ m²/semana). Neste estudo os pacientes poderiam receber fatores de crescimento hematopoiético antes de iniciar a terapia com paclitaxel, ou este suporte poderia ser iniciado como indicado; a dose de paclitaxel não foi aumentada. A intensidade da dose de paclitaxel utilizada nesta população foi menor do que a intensidade da dose recomendada para outros tumores sólidos.
Todos os pacientes apresentavam doenças disseminadas e de baixo risco. Aplicando os critérios da escala (ACTG) para os pacientes submetidos à terapia sistêmica prévia, 93% eram de baixo risco em relação à extensão da doença (T1), 88% com a contagem de CD4 <200 células/mm (I1) e considerando respectivas doenças sistêmicas 97% apresentavam baixo risco (S1).
Todos os pacientes no estudo CA 139-174 apresentavam um status do desempenho Karnofsky de 80 ou 90 no valor basal; no estudo CA 139-281,haviam 26 (46%) pacientes com um status do desempenho Karnofsky de 70 ou pior no valor basal.

-Resposta tumoral cutânea: O objetivo da taxa de resposta era de 59% (95% IC: 46% a 72%) (35 de 59 pacientes) em pacientes com terapia sistêmica prévia. As respostas cutâneas foram primariamente definidas como rebaixamento de mais de 50% das lesões previamente levantadas.
O tempo mediano de resposta foi de 8,1 semanas e a duração mediana da resposta medida no primeiro dia de tratamento foi de 10,4 meses (95% IC: 7,0 a 11,0 meses) para os pacientes que previamente receberam terapia sistêmica. O tempo mediano de progressão foi de 6,2 meses (95% IC: 4,6 a 8,7 meses). Benefícios Clínicos Adicionais: A maioria dos dados dos pacientes beneficiados foi avaliada retrospectivamente (planos para esta análise não foram incluídos nos protocolos dos estudos). No entanto, as descrições clínicas e fotográficas indicaram benefícios claros em alguns pacientes, incluindo melhora da função pulmonar em pacientes com comprometimento pulmonar, melhora na deambulação, resolução de úlceras e diminuição de necessidade de analgésicos em pacientes com Sarcoma de Kaposi nos pés e melhora de lesões faciais e edema em pacientes com SK na face, extremidades e genitália. Segurança: O perfil dos eventos adversos apresentad os pelos pacientes com AIDS avançada ou de baixo risco de Sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS que receberam paclitaxel foi, em geral, semelhante ao observado na análise de dados dos 812 pacientes com tumores sólidos.
Nos pacientes imunossuprimidos, entretanto, é recomendada uma menor intensidade de dose de paclitaxel e terapia de apoio, incluindo fatores de crescimento hematopoiético em pacientes com neutropenia grave. Pacientes com Sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS podem apresentar toxicidade hematológica mais severa do que em pacientes com tu mores sólidos.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

Os frascos-ampola de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) são estáveis até a data de validade indicada na embalagem se mantidos sob refrigeração (de 2 a 8ºC) em sua embalagem original para protegê-los da luz. Os frascos-ampola de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) quando utilizados como multidose se mantêm estáveis por 28 dias (após a sua primeira utilização) se mantidos em temperatura d e 2 a 8°C. Mediante refrigeração, os componentes presentes na formulação de EVOTAXEL ® (paclitaxel semissintético) podem precipitar, mas estes se redissolvem quando o produto atinge a temperatura ambiente, com ou sem agitação. A qualidade do produto não é afetada nessas circunstâncias. Se a solução permanecer turva ou se um precipitado insolúvel se formar, o frasco-ampola deverá ser descartado. As soluções para infusão, se preparadas como recomendado, são estáveis físico e quimicamente por até 48 horas em temperatura ambiente (aproximadamente 25°C) a uma concentração de 0,3 mg/ml, sem proteção da luz. As soluções diluídas não devem ser refrigeradas. Do ponto de vista microbiológico, a preparação da infusão deve se r utilizada imediatamente.
Caso esta preparação não seja utilizada imediatamente, o tempo de armazenagem e as condições anteriores ao uso são de responsabilidade do usuário e, normalmente, não seria maior que 48 horas à temperatura ambiente a contar da reconstituição, ocorrida nas condições assépticas validadas e controladas. O prazo de validade do EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) é de 24 meses.

Após preparo, manter em temperatura ambiente (aproximadamente 25°C) por até 48 horas.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vi de embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) concentrado para injeção é uma solução viscosa, límpida, incolor a levemente amarelada, essencialmente livre de material particulado por inspeção visual.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres legais

MS no 1.5980.0008
Resp. Tec. Farm.: Dra. Liz Helena G. Afonso
CRF-SP nº 8182

Fabricado por:
Fármaco Uruguayo S.A.
Avenida Dámaso Antonio Larrañaga, 4479.
Montevidéu, Uruguai.

Registrado, importado e distribuído por:
Evolabis Produtos Farmacêuticos Ltda.
R. Urussuí, 92 – 10º andar, cj. 101/104
São Paulo – SP.
CNPJ n° 05.042.410/0001-19

EVOTAXEL – Bula para o paciente

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) possui as seguintes indicações:

Carcinoma (tumor maligno) de Ovário
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) é indicado como primeira e segunda linha de tratamento do carcinoma avançado de ovário, quando indicado como primeira linha de tratamento, o paclitaxel é utilizado em combinação com outro medicamento com composto de platina.

Câncer de Mama
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) é utilizado como tratamento adjuvante do câncer de mama, ou seja, é utilizado posteriormente ao tratamento principal. Como tratamento de primeira linha é utilizado após recidiva da doença dentro de 6 meses de terapia adjuvante e como tratamento de segunda linha é utilizado após falha da quimioterapia combinada para doença metastática, onde ocorre a disseminação da doença de um órgão para outro. Também é utilizado na terapia de primeira linha em câncer avançado ou metastático de mama, em combinação com trastuzumab, em pacientes com superexpressão do HER-2 em níveis de 2+ e 3+ como determinado por imunohistoquímica.

Câncer de Não-pequenas Células de Pulmão
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) é indicado para o tratamento do câncer de não-pequenas células do pulmão em pacientes que não são candidatos a cirurgia e/ou radioterapia com potencial de cura, como tratamento de primeira linha em combinação com um composto de platina ou como agente único.

Sarcoma de Kaposi
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) é indicado como tratamento de segunda linha no sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS.


2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) contém paclitaxel, substância que possui atividade antitumoral.
O paclitaxel é um agente que promove as reorganizações de funções que são essenciais para formação cel ular e também induz a formação anormal de estruturas durante o ciclo celular exercendo assim a atividade antitumoral.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso você apresente histórico de reações graves de hipersensibilidade ao paclitaxel ou ao óleo de rícino polietoxilado você não deve utilizar EVOTAXEL (paclitaxel semissintético).
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) não deve ser administrado em pacientes com tumores sólidos que apresentem as seguintes alterações nos exames laboratoriais: cont agem de neutrófilos basal < 1.500 células/mm³ ou pacientes com sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS com contagem d e neutrófilos basal ou subsequente < 1.000 células/mm³.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) deve ser administrado sob a supervisão de um médico com experiência na utilização de agentes quimioterápicos.

Anafilaxia (reações alérgicas) e Reações Graves de Hipersensibilidade
Você poderá apresentar anafilaxia e reações graves de hipersensibilidade que são caracterizadas por falta de ar, hipotensão (diminuição da pressão arterial), angioedema ou urticária generalizada.
Raras reações fatais ocorreram em alguns pacientes, apesar do pré-tratamento.
Como pré-tratamento, o seu médico poderá indicar fenidramina, medicamentos corticosteroides e da classe dos antagonistas H2. Em caso de reação de hipersensibilidade grave, a infusão de EVOTAXEL ® (paclitaxel semissintético) deve ser descontinuada imediatamente e o paciente não deve receber novo tratamento com EVOTAXEL ® (paclitaxel semissintético).

Mielodepressão (diminuição da atividade da medula óssea)
A principal toxicidade dependente da dose e do esquema posológico durante tratamento com EVOTAXEL ® (paclitaxel semissintético) é a diminuição da atividade da medula óssea, principalmente a neutropenia, que é diminuição das células brancas do sangue.
Seu médico poderá solicitar a monitorização frequente do hemograma (exame sanguíneo) durante o tratamento com EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético).

Cardiovasculares
Você poderá apresentar diminuição da pressão arterial, aumento da pressão arterial e diminuição dos batimentos cardíacos durante a administração de EVOTAXEL ® (paclitaxel semissintético).
Os pacientes geralmente permanecem sem sintomas e não requerem tratamento.
Já em casos graves, poderá ser necessária a interrupção ou a descontinuação das infusões de EVOTAXEL ® (paclitaxel semissintético) de acordo com a avaliação do seu médico.

Sistema Nervoso
Você poderá apresentar neuropatia periférica, que uma é doença do sistema nervoso, e normalmente não é grave. Seu médico poderá recomendar redução da dose de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) nos ciclos subsequentes.
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético)contém álcool etílico. Devem ser considerados os possíveis efeitos do álcool no sistema nervoso central e seus outros efeitos, em todos os pacientes. Crianças podem ser mais sensíveis aos efeitos do álcool que os adultos.

Reação no Local da Injeção
Seu médico deverá monitorar de perto o local da infusão quanto a uma possível infiltração durante a ad ministração da droga.

Uso em crianças
A segurança e a eficácia do paclitaxel em pacientes pediátricos não foram estabelecidas. Em um estudoclínico conduzido com crianças, ocorreram casos de toxicidade do sistema nervoso central (SNC).

Uso em idosos
Pacientes idosos podem apresentar com maior frequência eventos cardíacos, neuropatia e diminuição da f unção da medula óssea.

Insuficiência Hepática
Pacientes com insuficiência no fígado podem apresentar maior risco de toxicidade. O ajuste de dose poderá ser recomendado e seu médico poderá recomendar monitoração quanto ao desenvolvimento de supressão profunda da medula óssea.

Gravidez
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) poderá causar danos ao feto quando administrado durante a gestação. Mulheres em idade reprodutiva devem evitar a gravidez durante a terapia com o paclitaxel.
Se EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) for utilizado durante a gestação ou se a paciente ficar grávida enquanto em tratamento com a droga, a paciente deverá ser informada sobre os perigos potenciais.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Lactação – mulheres que estejam amamentando
Recomenda-se a interrupção da amamentação enquanto durar a terapia com EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético).

Interações medicamentosas
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) possui interações com cisplatina, medicamentos indutores e inibidores hepáticos e com doxorrubicina.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de alguma outro medicamento.
Não use o medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Os frascos-ampola de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) são estáveis até a data de validade indicada na embalagem se mantidos sob refrigeração (de 2 a 8ºC) em sua embalagem original para protegê-los da luz. Os frasco-ampola de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) quando utilizados como multidose se mantêm estáveis por 28 dias (após a sua primeira utilização) se mantidos em temperatura de 2 a 8°C. Mediante refrigeração, os componentes presentes na formulação de EVOTAXEL ® (paclitaxel semissintético) podem precipitar, mas estes se redissolvem quando o produto atinge a temperatura ambiente, com ou sem agitação. A qualidade do produto não é afetada nessas circunstâncias. Se a solução permanecer turva ou se um precipitado insolúvel se formar, o frasco-ampola deverá ser descartado. As soluções para infusão, se preparadas como recomendado, são estáveis físico e quimicamente por até 48 horas em temperatura ambiente (aproximadamente 25°C) a uma concentração de 0,3 mg/ml, sem proteção da luz. As soluções diluídas não devem ser refrigeradas. Do ponto de vista microbiológico, a preparação da infusão deve ser utilizada i mediatamente.
Caso esta preparação não seja utilizada imediatamente, o tempo de armazenagem e as condições anteriores ao uso são de responsabilidade do usuário e, normalmente, não seria maior que 48 horas à temperatura ambiente a contar da reconstituição, ocorrida nas condições assépticas validadas e controladas.
O prazo de validade do EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) é de 24 meses.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vi de embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após preparo, manter em temperatura ambiente (aproximadamente 25°C) por 48 horas.

Características físicas e organolépticas
EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) concentrado para injeção é uma solução viscosa, límpida, incolor a levemente amarelada, essencialmente livre de material particulado por inspeção visual.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Pelo fato deste produto ser de uso restrito em ambiente hospitalar ou em ambulatório especializado, com indicação específica e manipulação apenas por pessoal treinado, o item Como usar não consta nesta bula, uma vez que as informações serão fornecidas pelo médico, conforme necessário.

Posologia
Antes da administração de EVOTAXEL ® (paclitaxel semissintético)você será pré-medicado para diminuir o risco da ocorrência de reações graves de hipersensibilidade.

Carcinoma de Ovário
Na terapia combinada, para pacientes que não receberam tratamento anterior, o regime posológico recomendado a cada 3 semanas é a administração intravenosa de 175 mg/m2 de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) por 3 horas, seguida pela administração de um composto de platina. Alternativamente, EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) pode também ser administrado intravenosamente com uma dose de 135 mg/m2 por 24 horas, seguida por um composto de platina, a cada 3 semanas.
Na monoterapia, em pacientes anteriormente tratados com quimioterapia, o esquema recomendado corresponde a 175 mg/m2 de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) administrados intravenosamente por 3 horas, a cada 3 semanas.

Câncer de Mama
Na terapia adjuvante: 175 mg/m2 de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) administrados intravenosamente por 3 horas, a cada 3 semanas por 4 ciclos em sequência à terapia-padrão combinada.
Monoterapia, terapia de primeira linha após recidiva dentro de um período de 6 meses da terapia adjuvante: 175 mg/m2 de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) administrados intravenosamente por 3 horas, a cada 3 semanas.
Terapia de primeira linha em câncer avançado ou metastático de mama: em combinação com trastuzumab, a dose recomendada de EVOTAXEL (paclitaxel semissintético) é 175 mg/m administrados intravenosamente por 3 horas, com um intervalo de três semanas entre os ciclos. A infusão de EVOTAXEL ® (paclitaxel semissintético) deve ser iniciada no dia seguinte da primeira dose de trastuzumab ou imediatamente após as doses subsequentes de trastuzuma b, caso a dose precedente de trastuzumab tenha sido bem tolerada.
Monoterapia, terapia de segunda linha após falha da quimioterapia combinada para doença metastática: 175mg/m2 de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) administrados intravenosamente por 3 horas, a cada 3 semanas.

Câncer de Não-Pequenas Células do Pulmão
Terapia combinada: Para pacientes não tratados anteriormente, a dose de EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) recomendada com 3 semanas de intervalo entre os ciclos é de 175 mg/m administrados intravenosamente por 3 horas, seguida por um composto de platina.
Alternativamente, EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético)pode ser administrado intravenosamente com uma dose de 135 mg/m2 por 24 horas, seguido por um composto de platina, com intervalo de 3 semanas entre os ciclos.
Monoterapia: EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético)175 – 225 mg/m 2 administrado intravenosamente por 3 horas, a cada 3 semanas.

Sarcoma de Kaposi Relacionado à AIDS
Terapia de segunda linha: A dose de EVOTAXEL (paclitaxel semissintético) recomendada é de 135 mg/m administrados intravenosamente por 3 horas, com intervalos de 3 semanas entre os ciclos, ou 100 mg/m2 administrados intravenosamente por 3 horas, com intervalos de 2 semanas entre os ciclos (intensidade da dose 45 – 50 mg/m 2/semana). EVOTAXEL (paclitaxel semissintético) também pode ser administrado em uma dose de 80 mg/m semanalmente para tratamento de câncer de ovário, câncer de mama e sarcoma de Kaposi, como terapia de segunda linha, levando-se sempre em conta que todos os pacientes devem ser pré-medicados antes da administração de EVOTAXEL ® (paclitaxel semissintético) . Esta posologia parece estar associada a uma menor mielotoxicidade com eficácia terapêutica similar à administração a cada 21 dias.

Insuficiência do fígado
Pacientes com insuficiência do fígado podem apresentar risco de toxicidade aumentado. O ajuste de dose é recomendado. Os pacientes devem ser bem monitorados quanto ao desenvolvimento de depressão profunda da medula óssea.

Condições de manuseio e dispensação
Procedimentos para manuseio, dispensação e descarte adequado de drogas antineoplásicas devem ser considerados.

Risco de uso por via não recomendada
Para segurança e eficácia desta apresentação, EVOTAXEL® (paclitaxel semissintético) não deve ser administrado por vias não recomendadas. A administração deve ser somente pela via intravenosa.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Em caso de dúvidas, procure orientação do seu médico.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
A frequência e a gravidade dos eventos adversos são geralmente similares entre os pacientes que receberam paclitaxel para o tratamento do câncer de ovário, mama, carcinoma de não-pequenas células de pulmão ou sarcoma de Kaposi. Entretanto, pacientes com sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS podem sofrer com maior frequência e gravidade toxicidade hematológica, infecções (incluindo infecções oportunistas) e neutropenia febril. Estes pacientes necessitam de menor intensidade de dose e de cuidados de suporte.
Nos estudos clínicos, pacientes tratados com paclitaxel apresentaram reações de hipersensibilidade, alterações cardiovasculares (como, diminuição da frequência cardíaca, diminuição da pressão arterial e alterações no eletrocardiograma), neuropatia (doença do sistema n ervoso), sintomas gastrointestinais (como náuseas, vômitos, diarreia e mucosite), dores musculares, dores articulares, queda de cabelo, alterações no fígado, reações no local da injeção e reações adversas relacionadas à medula óssea, como alterações das células brancas do sangue, trombocitopenia, anemia, infecções e hemorragia.
Como resultado da reação de hipersensibilidade, você poderá apresentar alterações transitórias na pele e ou edema, e em uma menor frequência poderá apresentar alterações nas unhas.
Raramente, você poderá apresentar reações pulmonares e anormalidades cutâneas, como erupção, prurido e síndrome de Stevens-Johnson.
A frequência dos eventos adversos listada abaixo é definida usando o seguinte: muito comum (=> 10%); comum (=> 1%, < 10%); incomum (=> 0,1%, < 1%); raro (=> 0,01%, < 0,1%); muito raro (< 0,01%); não conhecido (não pode ser estimado com base nos dados disponíveis).
Infecções e infestações:
-Muito comum: infecção;
-Incomum: choque séptico;
-Raro: pneumonia, sepse.
Desordens do sangue e do sistema linfático:
-Muito comum: mielossupressão, neutropenia, anemia, trombocitopenia, leucopenia, febre, sangramento;
-Raro: neutropenia febril;
-Muito raro: leucemia mieloide aguda, síndrome mielodisplásica.
Desordens do sistema imunológico:
-Muito comum: reações menores de hipersensibilidade (principalmente vermelhidão e erupção cutânea);
-Incomum: reações significantes de hipersensibilidade requerendo tratamento (exemplo: hipotensão, edema angioneurótico, desconforto respiratório, urticária generalizada, edema, dor nas costas, calafrios);
-Raro: reações anafiláticas (seguida de morte);
-Muito raro: choque anafilático.
Desordens no metabolismo e nutrição:
-Muito raro: anorexia;
-Não conhecido: síndrome de lise tumoral.
Desordens psiquiátricas:
– Muito raro: estado de confusão.
Desordens do sistema nervoso:
-Muito comum: neurotoxicidade (principalmente: neuropatia periférica);
-Raro: neuropatia motora (com fraqueza menor distal resultante);
-Muito raro: neuropatia autonômica (resultando em íleo paralítico e hipotensão ortostática), epilepsia do tipo grande mal, convulsões, encefalopatia, tontura, dor de cabeça, ataxia.
Desordens nos olhos:
-Muito raro: distúrbios reversíveis do nervo óptico e/ou visuais (escotomas cintilantes) particularmente em pacientes que tenham recebido doses maiores que as recomendadas, fotopsia, embaçamento visual;
-Não conhecido: edema macular.
Desordens no ouvido e labirinto:
– Muito raro: perda da audição, tinitus, vertigem, ototoxicidade.
Desordens cardíacas:
-Muito comum: ECG anormal;
-Comum: bradicardia;
-Incomum: cardiomiopatia, taquicardia ventricular assintomática, taquicardia com bigeminismo, bloquei AV e síncope, infarto do miocárdio;
-Muito raro: fibrilação atrial, taquicardia supraventricular.
Desordens vasculares:
-Muito comum: hipotensão;
-Incomum: hipertensão, trombose, tromboflebite;
-Muito raro: choque.
Desordens respiratórias, torácicas e do mediastino:
-Raro: dispneia, efusão pleural, insuficiência respiratória, pneumonia intersticial, fibrose pulmonar, embolia pulmonar;
-Muito raro: tosse.
Desordens gastrointestinais:
-Muito comum: náusea, vômito, diarreia, inflamação mucosal (mucosite);
– Raro: obstrução intestinal, perfuração intestinal, colite isquêmica, pancreatite;
-Muito raro: trombose mesentérica, colite pseudomembranosa, esofagite, constipação, ascite (barriga d ’água).
Desordens hepato-biliares:
-Muito raro: necrose hepática (seguida de morte),encefalopatia hepática (seguida de morte).
Desordens do tecido subcutâneo e da pele:
-Muito comum: alopecia;
-Comum: alterações transientes e leves na pele e unhas;
– Raro: prurido, erupção cutânea, eritema, flebite, celulite, esfoliação da pele, necrose e fibrose, radiation recall;
– Muito raro: Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica, eritema multiforme, dermatite esfoliativa, urticária, onicólise (pacientes em tratamento devem usar protetor solar nas mãos e nos pés);
-Não conhecido: esclerodermia, lupus eritematoso cutâneo.
Desordens musculoesqueléticas, nos ossos e tecidos de conexão:
-Muito comum: artralgia, mialgia;
-Não conhecido: lupus eritematoso sistêmico.
Desordens gerais e condições do local da administração:
– Comum: reações no local da injeção (incluindo edema, dor, eritema, endurecimento localizados, o extravasamento pode resultar em celulite);
-Raro: astenia, mal estar, pirexia, desidratação, edema.
Investigações:
– Comum: elevação grave no AST (SGOT), elevação grave na fosfatase alcalina;
-Incomum: elevação grave na bilirrubina;
-Raro: aumento da creatinina no sangue.

Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Não existe antídoto conhecido que possa ser utilizado em caso de superdose. As complicações principais de uma superdose consistem em depressão da medula óssea, toxicidade neurológica e inflamação da mucosa. A superdosagem em pacientes pediátricos pode estar associada com a toxicidade aguda ao etanol.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Data da bula

16/03/2018