Fresofol

FRESOFOL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de FRESOFOL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com FRESOFOL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

Fresenius

Apresentação FRESOFOL

Informação não disponível para esta bula.

FRESOFOL – Indicações

Fresofol é um agente anestésico intravenoso de curta ação, adequado para indução e manutenção de anestesia geral em procedimentos cirúrgicos.
Fresofol pode também ser usado para a sedação de pacientes adultos ventilados que estejam recebendo cuidados de terapia intensiva.
Fresofol pode também ser usado para sedação consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico.

Contra indicações de FRESOFOL

Fresofol é contraindicado:
-em pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente de sua fórmula;
-para sedação em crianças com menos de 3 anos de idade com infecção grave do trato respiratório, recebendo tratamento intensivo;
-para sedação de crianças de todas as idades com difteria ou epiglotite recebendo tratamento intensivo (ver item Advertências).

Advertências

Fresofol deve ser administrado por pessoal treinado em técnicas de anestesia (ou quando apropriado, por médicos treinados em cuidados de pacientes em terapia intensiva). Os pacientes devem ser constantemente monitorados e devem estar disponíveis facilidades para manter as vias aéreas abertas, ventilação artificial, enriquecimento de oxigênio e outras facilidades ressuscitatórias. Fresofol não deve ser administrado pela pessoa que conduziu o procedimento diagnóstico ou o procedimento cirúrgico.
Quando Fresofol é administrado para sedação consciente, procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico, os pacientes devem ser continuamente monitorados para sinais precoces de hipotensão, obstrução das vias aéreas e dessaturação de oxigênio.
Assim como outros agentes sedativos, quando Fresofol é usado para sedação durante procedimentos cirúrgicos, podem ocorrer movimentos involuntários dos pacientes. Durante procedimentos que requerem imobilidade, esses movimentos podem ser perigosos para o local cirúrgico.
A liberação do paciente da sala de recuperação requer atenção especial de modo a assegurar a completa recuperação da anestesia geral. Muito raramente o uso de Fresofol pode estar associado ao desenvolvimento de um período de inconsciência pós-operatória, o qual pode ser acompanhado por um aumento no tônus muscular. Isto pode ou não ser precedido por um período de vigília. Apesar da recuperação ser espontânea, deve-se administrar um cuidado apropriado ao paciente inconsciente.
Assim como com outros agentes anestésicos intravenosos, deve-se tomar cuidado em pacientes com insuficiência cardíaca, respiratória, renal ou hepática, pacientes hipovolêmicos ou debilitados.
Fresofol não possui atividade vagolítica e tem sido associado com relatos de bradicardia (ocasionalmente profunda) e também assístole. Deve-se considerar a administração intravenosa de um agente anticolinérgico antes da indução ou durante a manutenção da anestesia, especialmente em situações em que haja probabilidade de predominância do tônus vagal ou quando Fresofol for associado a outros agentes com potencial para causar bradicardia. Quando Fresofol for administrado a um paciente epiléptico, pode haver risco de convulsão.
Deve-se dispensar cuidado especial aos pacientes com disfunções no metabolismo de gordura e em outras condições que requeiram cautela na utilização de emulsões lipídicas.
Caso se administre Fresofol a pacientes que estejam sob risco de acumular gordura, recomenda-se que os níveis sanguíneos de lipídios sejam controlados. A administração de Fresofol deve ser ajustada adequadamente se o controle indicar que a gordura não está sendo bem eliminada. Se o paciente estiver recebendo concomitantemente outro lipídio por via intravenosa, sua quantidade deve ser reduzida, levando-se em consideração que a fórmula de Fresofol contém lipídios (1,0 ml de Fresofol contém aproximadamente 0,1 g de lipídio).
A necessidade de zinco suplementar deve ser considerada durante a administração prolongada de Fresofol, particularmente em pacientes que tenham predisposição à deficiência em zinco, tais como aqueles com queimaduras, diarreia e/ou sepses.
Foram recebidos relatos muito raros de acidose metabólica, de rabdomiólise, de hipercalemia, e/ou de falha cardíaca, em alguns casos com um resultado fatal, a respeito dos pacientes seriamente doentes recebendo Fresofol para sedação na UTI. Tais relatos demonstraram que a falha de liberação de oxigênio para os tecidos foi provavelmente o que ocorreu. A relação causal entre estes eventos relatados e Fresofol não foi estabelecido. Todos sedativos e agentes terapêuticos usados na UTI (incluindo Fresofol) devem ser titulados para manter uma liberação de oxigênio ótima e parâmetros hemodinâmicos. O uso de Fresofol utilizando-se o sistema TCI de infusão é restrito à indução e manutenção de anestesia geral, sedação consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico e sedação de pacientes adultos ventilados que estejam recebendo cuidados de terapia intensiva. O sistema TCI de infusão não é recomendado para uso em crianças.
Fresofol não é recomendado para uso em neonatos para a indução e manutenção da anestesia. Não há dados que dão suporte ao uso de Fresofol em sedação para neonatos prematuros, recebendo tratamento intensivo.
Não há dados de estudos clínicos que dão suporte ao uso de Fresofol em sedação de crianças com difteria ou epiglotite, recebendo tratamento intensivo.
Para informações referentes a ajuste de dose para pacientes idosos e crianças, ver item Posologia.
A administração de Fresofol 2% por injeção em bolus não é recomendada.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: os pacientes devem ser alertados de que o desempenho para tarefas que exijam atenção tais como, dirigir veículos e operar máquinas pode estar comprometido durante algum tempo após anestesia geral.

Uso durante a gravidez e a lactação: Categoria de risco na gravidez: B
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Fresofol não deve ser usado durante a gravidez. Todavia, este produto foi usado durante interrupção da gestação no primeiro trimestre, quando indicada.
A segurança para o neonato, quando do uso de Fresofol em mulheres que estejam amamentando, não foi estabelecida.

Obstetrícia
Fresofol atravessa a placenta e pode estar associado à depressão neonatal. O produto não deve ser utilizado em anestesia obstétrica.

Interações medicamentosas de FRESOFOL

Fresofol foi usado em associação com anestesia espinhal e epidural, com pré-medicação normalmente usada, bloqueadores neuromusculares, agentes inalatórios e agentes analgésicos. Nenhuma incompatibilidade farmacológica foi encontrada. Entretanto, recomenda- se que os bloqueadores neuromusculares atracúrio e mivacúrio, não devem ser administrados na mesma via IV antes de se eliminar os indícios de Fresofol.
Doses menores de Fresofol podem ser necessárias em situações em que a anestesia geral é utilizada como um adjunto às técnicas anestésicas regionais.

Reações adversas / efeitos colaterais de FRESOFOL

A indução da anestesia com Fresofol é geralmente suave, com evidência mínima de excitação. As reações adversas mais comumente informadas são efeitos colaterais farmacologicamente previsíveis de um agente anestésico, como a hipotensão. Dada a natureza anestésica e pacientes que recebem cuidado intensivo, eventos relatados em associação com anestesia e cuidado intensivo também podem estar relacionados aos procedimentos utilizados ou as condições do paciente.

 

 

 

 

FREQUÊNCIA SISTEMAS REAÇÕES ADVERSAS

Muito Comum
(>1/10)

Transtornos gerais e
no local de aplicação:

Dor local em indução (1)

Comum
(>1/100, <1/10)

Transtorno Vascular:
Transtorno Cardíaco:
Transtornos
Respiratório,
Torácico e
Mediastinal:
Transtornos
Gastrointestinais:
Transtornos no
Sistema Nervoso:
Transtornos gerais e
no local de aplicação:
Transtorno Vascular:

Hipotensão (2)
Bradicardia (3)
Apnéia transitória
durante a indução
Náusea e vômito
durante a fase de
recuperação
Dor de cabeça
durante a fase de
recuperação
Sintomas de
abstinência em
crianças (4)
Ruborização em
crianças (4)

Incomum
(>1/1.000, <1/100)

Transtorno Vascular: Trombose e flebite

Rara
(>1/10.000,
<1/1.000)

Transtornos no
Sistema Nervoso:

Movimentos
epileptiformes,
incluindo convulsões
e opistotonus durante
a indução,
manutenção e
recuperação

Muito Rara
(<1/10.000

Transtornos
Músculoesquelético
e
Tecido Conjuntivo:
Transtorno
Gastrointestinal:
Lesões,
envenenamento e
complicações de
procedimento:
Transtornos Renais
e Urinários:
Transtornos no
Sistema Imune:
Transtornos no
Sistema
Reprodutivo e
Mamário:
Transtorno
Cardíaco:
Transtorno do
Sistema Nervoso

Rabdomiólise (5)
Pancreatite
Febre pósoperatória
Descoloração da
urina após
administração
prolongada
Anafilaxia – pode
incluir angioedema,
broncoespasmo,
eritema e
hipotensão
Desinibição sexual
Edema pulmonar
Edema pulmonar
Inconsciência pósoperatória

 

 

 

 

 



(1)Pode ser minimizada usando veias maiores do antebraço e da fossa antecubital. Com Fresofol 1% a dor local também pode ser minimizada pela coadministração de lidocaína (ver item Modo de Usar).
(2)Ocasionalmente, hipotensão pode requerer o uso de fluidos intravenosos e redução da velocidade de administração de Fresofol.
(3)Bradicardias sérias são raras. Houve relatos isolados de progressão a assístole.
(4)Após interrupção abrupta de Fresofol durante cuidado intensivo.
(5)Raros relatos de rabdomiólise foram recebidos onde Fresofol foi administrado em doses superiores a 4 mg/kg/h para sedação em UTI.

FRESOFOL – Posologia

Sistema de Classificação do Estado Físico de acordo com a Sociedade Americana de Anestesiologistas (ASA):

 

 

 

 

GRAU CLASSIFICAÇÃO
P1 Paciente normal.
P2

Paciente com doença
sistêmica de leve a
moderada.

P3

Paciente com doença
sistêmica grave.

P4

Paciente com doença
sistêmica grave que limita
atividades diárias.

P5

Paciente moribundo que
não é esperada a
sobrevivência sem
cirurgia.

P6

Paciente com morte
cerebral declarada cujos
órgãos serão removidos
para propósitos de
doação.

 

 

 

 

 



A) Adultos
Indução de anestesia geral
Fresofol 1% pode ser usado para induzir anestesia através de infusão ou injeção lenta em bolus.
Fresofol 2% deve ser usado para induzir anestesia através de infusão e somente naqueles pacientes que receberão Fresofol 2% para manutenção de anestesia.
Em pacientes com ou sem pré-medicação, recomenda-se que Fresofol seja titulado de acordo com a resposta do paciente. Administrar aproximadamente 40 mg a cada 10 segundos em adulto razoavelmente saudável por injeção em bolus ou por infusão, até que os sinais clínicos demonstrem o início da anestesia. A maioria dos pacientes adultos com menos de 55 anos possivelmente requeira de 1,5 a 2,5 mg/kg de Fresofol. A dose total necessária pode ser reduzida pela diminuição da velocidade de administração (20-50 mg/min). Acima desta idade, as necessidades serão geralmente menores. Em pacientes de Graus P 3 e 4 deve-se usar velocidade de administração menor (aproximadamente 20 mg a cada 10 segundos).

Manutenção de anestesia geral
A profundidade requerida da anestesia pode ser mantida pela administração de Fresofol por infusão contínua ou por injeções repetidas em bolus.
-Infusão contínua – Fresofol 1% ou Fresofol 2% podem ser usados. A velocidade adequada de administração varia consideravelmente entre pacientes, mas velocidades na faixa de 4 a 12 mg/kg/h, normalmente mantêm a anestesia satisfatoriamente.
-Injeções repetidas em bolus – recomenda-se que apenas Fresofol 1% seja utilizado. Se for utilizada a técnica que envolve injeções repetidas em bolus, podem ser administrados aumentos de 25 mg (2,5 ml) a 50 mg (5 ml), de acordo com a necessidade clínica.

Sedação na UTI
Quando utilizado para promover sedação em pacientes adultos ventilados na UTI, recomenda- se que Fresofol seja administrado por infusão contínua. A velocidade de infusão deve ser ajustada de acordo com a profundidade necessária de sedação, sendo que velocidades em torno de 0,3 a 4,0 mg/kg/h devem produzir sedação satisfatória.

Sedação consciente para cirurgia e procedimentos de diagnóstico
Para promover a sedação em procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico, as velocidades de administração devem ser individualizadas e tituladas de acordo com a resposta clínica.
A maioria dos pacientes necessitará de 0,5 a 1 mg/kg por aproximadamente 1 a 5 minutos para iniciar a sedação.
A manutenção da sedação pode ser atingida pela titulação da infusão de Fresofol até o nível desejado de sedação – a maioria dos pacientes irá necessitar de 1,5 a 4,5 mg/kg/h. Adicional à infusão, a administração em bolus de 10 a 20 mg pode ser usada se for necessário um rápido aumento na profundidade da sedação. Em pacientes Graus P 3 e 4, a velocidade de administração e a dosagem podem necessitar de redução.

B) Crianças
Não se recomenda o uso de Fresofol em crianças com menos de 3 anos de idade. Administração de Fresofol por sistema TCI de infusão não é recomendado para uso em crianças.

Indução de anestesia geral
Quando usado para induzir anestesia em crianças, recomenda-se que Fresofol seja administrado lentamente, até que os sinais clínicos demonstrem o início da anestesia. A dose deve ser ajustada em relação à idade e/ou ao peso. A maioria dos pacientes com mais de 8 anos provavelmente irá necessitar aproximadamente 2,5 mg/kg de Fresofol para a indução da anestesia. Entre 3 e 8 anos de idade, a necessidade pode ser ainda maior. Doses mais baixas são recomendadas para crianças com Graus P 3 e 4.

Manutenção da anestesia geral
A profundidade necessária de anestesia pode ser mantida pela administração de Fresofol por infusão ou por injeções repetidas em bolus. É recomendado que somente Fresofol 1% seja usado se forem usadas injeções repetidas em bolus. A velocidade necessária de administração varia consideravelmente entre os pacientes, no entanto, a faixa de 9 a 15 mg/kg/h normalmente produz anestesia satisfatória.

Sedação consciente para procedimentos de diagnóstico e cirúrgicos
Fresofol não é recomendado para sedação consciente em crianças uma vez que a segurança e eficácia não foram demonstradas.

Sedação na UTI
Fresofol não é recomendado para sedação em crianças, uma vez que a segurança e a eficácia não foram demonstradas. Apesar de não ter sido estabelecida nenhuma relação causal, reações adversas sérias (incluindo fatalidades) foram observadas através de relatos espontâneos sobre o uso não aprovado em UTI. Esses eventos foram mais frequentes em crianças com infecções do trato respiratório e que receberam doses maiores que aquelas recomendadas para adultos.

C) Idosos
Em pacientes idosos, a dose de Fresofol necessária para a indução de anestesia é reduzida. Esta redução deve levar em conta a condição física e a idade do paciente. A dose reduzida deve ser administrada mais lentamente e titulada conforme a resposta. Quando Fresofol é usado para manutenção da anestesia ou sedação, a taxa de infusão ou “concentração alvo” também deve ser diminuída. Pacientes com Graus P 3 e 4 necessitarão de reduções adicionais na dose e na velocidade de administração. A administração rápida em bolus (único ou repetido) não deve ser utilizada no idoso, pois pode levar à depressão cardiorrespiratória.

Sistema TCI de infusão
Indução e manutenção da anestesia geral
Em pacientes adultos com idade abaixo de 55 anos a anestesia pode normalmente ser induzida com concentrações alvo de propofol em torno de 4 a 8 mcg/ml. Uma concentração alvo inicial de 4 mcg/ml é recomendada em pacientes pré-medicados e em pacientes sem pré- medicação a concentração alvo inicial recomendada é de 6 mcg/ml. O tempo de indução com estas concentrações alvo é geralmente de 60-120 segundos. Concentrações alvo mais altas permitirão uma indução mais rápida da anestesia, mas podem estar associadas com depressão hemodinâmica e respiratória mais pronunciadas.
Uma concentração alvo inicial menor deve ser usada em pacientes com mais de 55 anos e em pacientes com Graus P 3 e 4. As concentrações alvo podem então ser aumentadas na proporção de 0,5 a 1,0 mcg/ml em intervalos de 1 minuto a fim de se atingir uma indução gradual de anestesia.
Analgesia suplementar geralmente será necessária e a extensão para as quais as concentrações alvo para manutenção da anestesia pode ser reduzida, será influenciada pela quantidade de analgesia administrada concomitantemente. Concentrações alvo de propofol na faixa de 3 a 6 mcg/ml normalmente mantêm anestesia satisfatória.
A concentração predita de propofol no despertar é, geralmente, na faixa de 1,0 a 2,0 mcg/ml e será influenciada pela quantidade de analgesia administrada durante a manutenção.

Sedação consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico
Em geral, serão necessárias concentrações sanguíneas de propofol no intervalo de 0,5 a 2,5 mcg/ml. O ajuste da concentração alvo deve ser titulado conforme a resposta do paciente para obter a profundidade de sedação consciente desejada.
Uma concentração alvo inicial no limite superior deste intervalo permitirá uma indução mais rápida da sedação consciente.
Uma concentração alvo inicial no limite inferior deste intervalo deve ser usada em pacientes idosos e em pacientes com Graus P 3 e 4.

Sedação na UTI
Em geral, serão necessárias concentrações sanguíneas de propofol no intervalo de 0,2 a 2,0 mcg/ml. A administração deve ser iniciada em baixa concentração, que deve ser titulada conforme a resposta do paciente para se obter a profundidade de sedação desejada.
Se o sistema TCI de infusão for utilizado para anestesia, o mesmo poderá ser utilizado no período pós-operatório para sedação na UTI, com apropriada concentração alvo.
O sistema TCI de infusão assume que a concentração sanguínea inicial de propofol no paciente é zero. Portanto, em pacientes que receberam propofol anteriormente, a administração de uma concentração inicial menor pode ser necessária. Similarmente, o recomeço imediato da administração com o TCI de infusão não é recomendado caso a bomba tenha sido desligada e/ou trocada.

Super dosagem

É possível que a superdosagem acidental acarrete depressão cardiorrespiratória. A depressão respiratória deve ser tratada através de ventilação artificial com oxigênio. A depressão cardiovascular requer a inclinação da cabeça do paciente e, se for grave, o uso de expansores plasmáticos e agentes vasopressores.

Caracteristicas farmalogicas

Propriedades Farmacodinâmicas
O propofol (2,6-diisopropilfenol) é um agente de anestesia geral de curta duração com rápido início de ação de aproximadamente 30 segundos. A recuperação da anestesia geralmente é rápida. O mecanismo de ação, assim como com todos os anestésicos gerais, é pouco conhecido.
Em geral, queda na pressão sanguínea arterial e leves mudanças na frequência cardíaca são observadas quando Fresofol é administrado para indução e manutenção da anestesia. Entretanto, os parâmetros hemodinâmicos normalmente permanecem relativamente estáveis durante a manutenção e a incidência de alterações hemodinâmicas adversas é baixa.
Apesar da possibilidade de ocorrência de depressão ventilatória após administração de Fresofol, quaisquer efeitos são qualitativamente similares àqueles causados por outros agentes anestésicos intravenosos e são prontamente gerenciados na prática clínica.
Fresofol reduz o fluxo sanguíneo cerebral, a pressão intracranial e o metabolismo cerebral. A redução na pressão intracranial é maior em pacientes com uma linha de base elevada para pressão intracranial.
A recuperação da anestesia geralmente é rápida e sem efeitos residuais, com baixa incidência de dor de cabeça, náusea e vômitos pós-operatórios.
Em geral, há menos náusea e vômitos pós-operatórios após anestesia com Fresofol do que com agentes anestésicos inalatórios. Há evidência de que isso possa estar relacionado ao efeito antiemético do propofol.
Nas concentrações atingidas clinicamente, Fresofol não inibe a síntese de hormônios adrenocorticais.

Propriedades Farmacocinéticas
O declínio das concentrações de propofol após uma dose em bolus ou após o final de uma infusão pode ser descrito por um modelo tricompartimental aberto. A primeira fase é caracterizada por uma distribuição muito rápida (meia-vida de 2-4 minutos), seguido por rápida eliminação (meia-vida de 30-60 minutos) e uma fase final mais lenta, representativa da redistribuição do propofol por tecidos pouco perfundidos.
O propofol é amplamente distribuído e rapidamente eliminado do corpo (depuração total: 1,5-2litros/minuto). A depuração ocorre através de processos metabólicos, principalmente no fígado, para formar conjugados inativos de propofol e seu quinol correspondente, os quais são excretados na urina.
Quando Fresofol é usado para manter a anestesia, as concentrações sanguíneas de propofol aproximam-se assintoticamente do valor do estado de equilíbrio para a dada velocidade de administração. A farmacocinética de Fresofol é linear ao longo da faixa recomendada de velocidades de infusão.

Dados de segurança pré-clínica
O propofol é um fármaco com extensa experiência clínica.

Resultados de eficacia

Agente anestésico de curta duração: indução e manutenção
Em estudos comparativos de óxido nitroso-sevoflurano com óxido nitroso-propofol para indução e manutenção da anestesia, foi determinada a taxa de recuperação para cada anestésico. 50 pacientes, P 1 ou 2 na faixa etária de 18 a 70 anos, submetidos a procedimentos cirúrgicos eletivos com duração de 1 a 3 horas, foram distribuídos de maneira randomizada e receberam sevoflurano (grupo A) ou propofol (grupo B). Para a indução da anestesia: no grupo A o sevoflurano foi administrado em concentrações crescentes (até 3,5%) com o paciente em respiração espontânea, no grupo B o propofol foi administrado na dose de 2-2,5 mg/kg em 60 segundos com o paciente em respiração espontânea com oxigênio a 100%. A manutenção da anestesia no grupo A foi realizada com sevoflurano 0,3% a 1,8% e no grupo B com infusão de 50 a 200 mcg/kg/min de propofol. O óxido nitroso 60-70% foi administrado em todos os pacientes e fentanila na dose de 1-3 mcg/kg foi administrado em bolus como suplemento anestésico nos dois grupos. Ao final da cirurgia foi interrompida a administração dos agentes anestésicos e instaurado um fluxo de oxigênio a 100% (6 l/min). Os resultados demonstraram que indução no grupo B foi mais rápida quando comparada com o grupo A (0,8 vs. 2,0 minutos respectivamente). A facilidade de indução e o tempo necessário para o despertar foram similares nos dois grupos. Dentre os efeitos indesejáveis, no grupo A, 13 pacientes apresentaram náuseas e 5 vômitos, enquanto que no grupo B a incidência de náuseas foi de 3 pacientes. A incidência de tremores e dor foram similares nos dois grupos (Lien CA et al. Journal of Clinical Anesthesia 1996; 8(8): 639-643).
Reves et al., descreve o uso do propofol como agente anestésico para indução-manutenção da anestesia, assim como o seu uso em sedação para procedimentos cirúrgicos e em pacientes sob ventilação mecânica em UTI devido a sua eficácia e segurança (Reves JG et al. Anesthesia Fouth Edition 1994, 1(11): 272-273).
Estudos comparativos do uso do propofol em infusão manual com o uso pela bomba de infusão alvo controlada (IAC) foram realizados em 160 pacientes (P 1-3 com idade > a 18 anos), submetidos a procedimentos cirúrgicos. Os dados analisados foram: aceitabilidade da técnica, eficácia e segurança. O grupo IAC apresentou doses de indução menores e taxa de infusão de manutenção maiores. Na avaliação dos anestesistas envolvidos, a facilidade de controle e o uso da bomba de IAC foi considerado melhor. Foi concluído que o sistema de IAC é efetivo e
seguro, tendo melhor aceitabilidade do que a técnica de infusão manual (Mazzarella B et al. Minerva Anestesiologica 1999; 65(10): 701-709).

Sedação para procedimentos cirúrgicos/diagnósticos:
Charles J Coté estabelece o uso de propofol em pediatria para sedação intermitente ou em infusão constante nos procedimentos radiológicos devido a sua eficácia na prática clínica (Coté CJ. Anesthesia Fouth Edition 1994, 2(63): 2104-2105).
Foi reportado um estudo prospectivo e randomizado, comparando propofol e midazolam para sedação em colangiopancreatografia retrógrada via endoscópica. Foram selecionados 200 pacientes P 3 e 4 com idade entre 28-88 anos. Estes pacientes receberam de forma randomizada midazolam 2,5 mg para indução seguido de doses repetidas de acordo com a necessidade ou propofol 40-60 mg de dose inicial conforme o peso corporal seguido de 20 mg em doses repetidas. Do total dos pacientes 3 foram excluídos devido a presença de carcinoma (2 no grupo midazolam e 1 no grupo propofol). Os resultados demonstraram um tempo de início médio de ação da sedação menor no grupo propofol do que no grupo midazolam (3 min vs. 6 min), assim como um tempo médio de recuperação menor no grupo tratado com propofol em relação ao grupo tratado com midazolam (19 min vs. 29 min). Foi concluído que a sedação endovenosa com propofol para colangiopancreatografia retrógrada via endoscópica é mais efetiva do que com midazolam, associada com recuperação rápida e segura desde que haja monitorização adequada (Wehrmann T et al. Gastrointestinal Endoscopy 1999; 49(6): 677-683).

Sedação UTI
Barrientos et al., realizaram um estudo comparativo entre propofol 2% e midazolam, onde analisaram a eficácia, tempo para extubação e custo. Neste estudo foram selecionados 78 pacientes submetidos a cirurgia que necessitaram de ventilação controlada mecânica e sedação prolongada na unidade de terapia intensiva. Após distribuição randomizada 40 pacientes receberam propofol 2% e 38 midazolam. A dose média de propofol 2% foi de 1-6 mg/kg/h e de midazolam 0,05-0,4 mg/kg/h. Nenhum bloqueador neuromuscular foi utilizado e a duração média da sedação foi de 141,2 h para o grupo propofol 2% e 140,5 h para o grupo midazolam.
Os resultados demonstraram que a eficácia foi similar nos dois grupos, sendo que, no grupo propofol 2%, 2,5% dos pacientes apresentaram hipertrigliceridemia. O tempo necessário para extubação foi significativamente menor no grupo propofol 2% quando comparado com o grupo midazolam o que levou os autores a acreditarem que o custo benefício do propofol 2% é melhor (Barrientos-Vega R et al. Intensive Care Medicine 1997; 23 (suppl): S176, Abs149).

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Ver item Posologia.

Armazenagem

Conservar em temperatura não superior a 25ºC. Não congelar.

Dizeres legais

MS 1.0041.9932
Farm. Resp. Cíntia M. P. Garcia
CRF-SP 34.871

Fresofol 1%:
Embalagem com: 1 frasco-ampola contendo 50 ou 100 mL
Embalagem com 10 frascos-ampola contendo 50 ou 100 mL

Fresofol 2%:
Embalagem com 10 frascos-ampola contendo 50 mL

Fabricado por:
Fresenius Kabi Áustria GmbH
Graz
Áustria

Fresofol 1%:
Embalagem com 5 ampolas contendo 20 mL

Fabricado por:
Fresenius Kabi AB
Uppsala
Suécia

Importado por:
Fresenius Kabi Brasil Ltda
Av. Marginal Projetada, 1652
Barueri – SP
CNPJ: 49.324.221/0001-04
SAC: 0800 707 3855

USO RESTRITO A HOSPITAIS

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DE RECEITA

Lote, data de fabricação e data de validade: Vide rótulo do produto.

FRESOFOL – Bula para o paciente

COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Fresofol pertence a um grupo de medicamentos chamado anestésicos gerais. Isto significa que Fresofol faz com que o paciente fique inconsciente (adormecido) ou sedado durante operações cirúrgicas ou outros procedimentos.
Fresofol é um agente de anestesia geral de curta duração com rápido início de ação de, aproximadamente, 30 segundos.

POR QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO?
Fresofol é indicado por se tratar de um agente anestésico intravenoso de curta ação, sendo adequado para indução e manutenção de anestesia geral em procedimentos cirúrgicos. Fresofol pode também ser usado para a sedação de pacientes adultos ventilados que estejam recebendo cuidados de terapia intensiva.
Fresofol pode também ser usado para sedação consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico.

QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Contraindicações
Você não deve utilizar Fresofol nas seguintes situações:
-Hipersensibilidade conhecida a qualquer componente de sua fórmula;
-Sedação em crianças com menos de 3 anos de idade com infecção grave do trato respiratório, recebendo tratamento intensivo;
-Sedação de crianças de todas as idades com difteria ou epiglotite recebendo tratamento intensivo.

Advertências
Fresofol deve ser utilizado com cuidado nas seguintes situações:
-Em pacientes com insuficiência cardíaca, respiratória, renal ou hepática, pacientes hipovolêmicos ou debilitados;
-Em paciente epiléptico, pode haver risco de convulsão;
-Em pacientes com disfunções no metabolismo de gordura e em outras condições que requeiram cautela na utilização de emulsões lipídicas.
-Particularmente em pacientes que tenham predisposição à deficiência em zinco, tais como aqueles com queimaduras, diarreia e/ou sepses, deve ser considerada a necessidade de zinco suplementar durante a administração prolongada de Fresofol.
ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-DENTISTA.
ESTE MEDICAMENTO NÃO É RECOMENDADO EM CRIANÇAS MENORES DE 3 ANOS DE IDADE.
INFORME AO MÉDICO O APARECIMENTO DE REAÇÕES INDESEJÁVEIS.
INFORME AO SEU MÉDICO OU CIRURGIÃO-DENTISTA SE VOCÊ ESTÁ FAZENDO USO DE ALGUM OUTRO MEDICAMENTO.
NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.
O paciente pode se movimentar quando sedado com Fresofol ou qualquer outra droga para sedação. Durante cirurgias em que não é aconselhável que o paciente se mexa, isto pode machucar o paciente.
Nos pacientes graves em uso de Fresofol para sedação em unidade de terapia intensiva (UTI) pode raramente ocorrer acidose metabólica, lesão muscular e acúmulo de cálcio e/ou falha cardíaca. Entretanto, não foi estabelecido uma relação causal com o Fresofol.
O sistema TCI de infusão (Terapia Alvo Controlada) não é recomendado para uso em crianças. Fresofol não é recomendado para uso em neonatos para a indução e manutenção da anestesia. Não há dados que dão suporte ao uso de Fresofol em sedação para neonatos prematuros, recebendo tratamento intensivo.
Não há dados de estudos clínicos que dão suporte ao uso de Fresofol em sedação de crianças com difteria ou epiglotite, recebendo tratamento intensivo.

Precauções
Os pacientes devem ser alertados de que o desempenho para tarefas que exijam atenção tais como, dirigir veículos e operar máquinas pode estar comprometido durante algum tempo após anestesia geral.

Interações medicamentosas
Fresofol deve ser utilizado com cuidado nas seguintes situações:
•Em pacientes em uso dos medicamentos bloqueadores neuromusculares, atracúrio e mivacúrio, recomenda-se que não devem ser administrados na mesma via intravenosa (IV) antes de se eliminar os indícios de Fresofol.

COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Aspecto físico
Fresofol é apresentado na forma de emulsão homogênea, branca a quase branca.

Características organolépticas
Ver aspecto físico.

Dosagem
Seu médico controlará a dose de Fresofol que será administrada a você. A dose será ajustada de acordo com a profundidade da anestesia ou sedação esperada pelo seu médico, para que você fique sedado ou anestesiado. Ele também levará em consideração a sua idade e condição física e, ajustará a dose adequadamente.
Vários medicamentos diferentes podem ser necessários para manter você adormecido ou sedado, livre de dor, respirando de modo saudável e manter sua pressão sanguínea estável. Seu médico decidirá quais medicamentos você usará, quando for necessário.
ESTA MEDICAÇÃO SOMENTE PODERÁ SER UTILIZADA/ADMINISTRADA, INTERROMPIDA E TER A SUA POSOLOGIA ALTERADA PELO MÉDICO RESPONSÁVEL.

Como usar
Fresofol deve ser administrado diretamente em um vaso sanguíneo (intravenosamente). Fresofol deve ser administrado por pessoal treinado em técnicas de anestesia (ou quando apropriado, por médicos treinados em cuidados de pacientes em terapia intensiva).
Fresofol será administrado como uma injeção em uma veia, normalmente na parte de trás da mão ou no antebraço. Seu médico pode usar uma agulha, ou um tubo de plástico fino, chamado cânula. Para operações longas e para uso em situações de cuidado intensivo, uma bomba elétrica pode ser usada para controlar a taxa à qual a injeção é administrada.
Você pode sentir um pouco de dor no braço onde Fresofol é administrado; isto é inofensivo. Às vezes a lidocaína (um anestésico local) pode ser adicionada ao Fresofol para reduzir a ocorrência ou extensão da dor.
SIGA A ORIENTAÇÃO DE SEU MÉDICO, RESPEITANDO SEMPRE OS HORÁRIOS, AS DOSES E A DURAÇÃO DO TRATAMENTO.
NÃO INTERROMPA O TRATAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO.
NÃO USE O MEDICAMENTO COM O PRAZO DE VALIDADE VENCIDO. ANTES DE USAR OBSERVE O ASPECTO DO MEDICAMENTO.

QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?
Podem ocorrer as seguintes reações adversas:
-Muito comum: dor local em injeção intravenosa.
-Comum: queda da pressão, queda da frequência cardíaca, parada respiratória transitória durante a indução, enjoo e vômito durante a fase de recuperação, dor de cabeça durante a fase de recuperação, sintomas de abstinência em crianças e vermelhidão em crianças.
-Incomum: trombose e inflamação das veias.
-Rara: movimentos epileptiformes, incluindo convulsões e contração dos músculos das costas com extensão da cabeça e membros inferiores para trás, durante a indução, manutenção e recuperação.
– Muito rara: lesão muscular, inflamação do pâncreas, febre pós-operatória, descoloração da urina após administração prolongada, reação alérgica (pode incluir angioedema, broncoespasmo, vermelhidão e queda da pressão), desinibição sexual, edema pulmonar, inconsciência pós-operatória.

O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA GRANDE QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA SÓ VEZ?
Em caso de administração de uma quantidade de medicamento maior do que a prescrita, você deve contatar imediatamente o médico.
É possível que a superdosagem acidental acarrete depressão cardiorrespiratória. A depressão respiratória deve ser tratada através de ventilação artificial com oxigênio. A depressão cardiovascular requer a inclinação da cabeça do paciente e, se for grave, o uso de expansores plasmáticos e agentes vasopressores.

ONDE E COMO DEVO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Fresofol deve ser mantido em temperatura não superior a 25ºC. Não congelar.
Todo medicamento deve ser mantido em sua embalagem original até o momento do uso.
Fresofol 1% deve ser usado em até 6 horas após diluição. Não diluído, usar em até 12 horas.
Fresofol 2% não pode ser diluído e pode ser utilizado em até 12 horas.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

Data da bula

20/01/2016