Isoniazida

ISONIAZIDA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de ISONIAZIDA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com ISONIAZIDA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

LFM

Apresentação ISONIAZIDA

Cápsula gelatinosa dura
Caixa com 500 cápsulas – embalagem com 10 cápsulas de 100 mg de isoniazida + 150 mg de rifampicina.
Caixa com 500 cápsulas – embalagem com 10 cápsulas de 200 mg de isoniazida + 300 mg de rifampicina.
Uso oral
USO PEDIÁTRICO OU ADULTO

ISONIAZIDA – Indicações

Indica-se em diversas formas de tuberculose causadas por bactérias sensíveis.

Contra indicações de ISONIAZIDA

Hipersensibilidade aos componentes do produto. Hepatopatia grave é contraindicação relativa pelo risco de agravamento das condições do fígado. Uso de medicamentos que induzem disfunção no fígado. Uso concomitante de contraceptivos orais ou fármacos hepatotóxicos. Insuficiência renal, gravidez e lactação.

Advertências

Uso cauteloso em pacientes que têm hepatopatia (monitorizar funções do fígado). Pacientes idosos, alcoólatras, diabéticos e desnutridos podem apresentar polineuropatia periférica que se evita com a utilização preventiva de piridoxina. Evitar uso concomitante de salicilatos e laxantes contendo magnésio. É maior a incidência de hepatite medicamentosa nos pacientes que tomam diariamente bebidas alcoólicas. Deve-se considerar a possibilidade de aumento na freqüência de convulsões em epiléticos. Considerar também insuficiência renal, condições de acetilação lenta (aumenta o risco de efeitos adversos), antecedentes de psicose, e gravidez e lactação. O paciente deve ser advertido da possibilidade de ocorrência de coloração avermelhada da urina, saliva, lágrimas e de lentes de contato gelatinosas que podem se manchar em caráter definitivo. Em alguns pacientes pode ocorrer hiperbilirrubinemia por competição. A elevação das bilirrubinas ou transaminases como dado isolado não impõe a interrupção no emprego do produto. Indica-se avaliação clínica e laboratorial evolutiva para melhor decisão.
O paciente deve ser orientado a evitar o uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento.

Interações medicamentosas de ISONIAZIDA

a) isoniazida Aumento da hepatotoxicidade com a administração de isoniazida com anestésicos como enflurano, halotano ou isoflurano. Aumento da neurotóxicidade com cicloserina. A isoniazida aumenta a ação e o risco de efeitos tóxicos da carmabazepina, etossuximida, fenitoína, diazepam e teofilina. A carbamazepina possivelmente aumenta o efeito tóxico no fígado de isoniazida. Antiácidos (hidróxido de alumínio e magnésio) e adsorventes (carvão ativado) reduzem a absorção da isoniazida, diminuindo, assim, sua ação. A isoniazida pode diminuir a eficácia do cetoconazol. Teofilina: a isoniazida possivelmente aumenta a concentração plasmática de teofilina, aumentando seu efeito e risco de toxicidade. Meperidina: uso concomitante aumenta risco de hipotensão arterial ou depressão do sistema nervoso central Dissulfiram: uso concomitante pode causar alterações comportamentais ou na coordenação motora. Anticoagulantes orais como varfarin podem ter efeito aumentado pela isoniazida.
b) rifampiciina Os antiácidos e o c etoconazol reduzem a absorção intestinal da rifampicina. Vários medicamentos têm sua concentração plasmática diminuída em conseqüência de seu metabolismo acelerado no uso concomitante com rifampicina: Ansiolíticos: diazepam. Antiarrítmicos: quinidina e disopiramida. Antibacterianos: cloranfenicol e dapsona. Anticoagulantes: cumarinas e varfarina (reduz o efeito anticoagulante). Anticoncepcionais orais. Antidepressivos tricíclicos: imipramina, clomipramina. Antidiabéticos: clorpropramida, tolbutamida e possivelmente outras sulfoniluréias (reduz o efeito, dificultando o controle). Antiepiléticos: carbamazepina e fenitoína. Antifúngicos: fluconazol, itraconazol e cetoconazol. Antipsicóticos: haloperidol. Anti-retrovirais: indinavir, nelfinavir e saquinavir (evitar o uso concomitante). Beta-bloqueadores: propranolol. Bloqueadores de canais de cálcio: diltiazem, nifedipino e verapamil e possivelmente o mesmo ocorre com isradipino e nisoldipino. Ciclosporina. Citotóxicos: azatioprina (uso com rifampicina possivelmente leva à rejeição de transplantes). Corticosteróides. Estrogênios e progestogênios em combinação ou progestogênios: o efeito contraceptivo se reduz, exigindo uso de outro método se se quiser evitar a gestação. Levotiroxina: pode aumentar a necessidade no hipotiroidismo. Tacrolimus. Teofilina. Outros medicamentos que tem sua ação diminuída: metadona, digoxina, paracetamol, clofibrato, levotipoxina, amitriptilina e nortriptilina. Álcool: o consumo diário de álcool pode aumentar o risco de efeitos tóxicos e do metabolismo da rifampicina.
INTERAÇÃO COM ALIMENTOS, CHÁS OU ÁLCOOL
Podem surgir sintomas se o paciente comer alimentos ricos em tiramina e histamina (alguns queijos, vinho, salame, soja, suplementos em pó contendo proteínas, carne de sol). O consumo diário de álcool aumenta o risco de hepatoxicidade da isoniazida. A absorção de rifampicina é diminuída quando administrada junto com alimentos. A erva-de-São João pode diminuir a ação da rifampicina.
INTERFERÊNCIA EM EXAMES LABORATORIAIS
A isoniazida interfere na determinação da glicosúria e dos níveis sangüíneos de bilirrubinas e de transaminases. Elevação moderada e transitória dos níveis séricos das transaminases ocorrem em alguns doentes mas geralmente há retorno à normalidade sem interromper o tratamento.

Reações adversas / efeitos colaterais de ISONIAZIDA

a) isoniazida As reações mais graves são neuropatia periférica e hepatite especialmente em pessoas com mais de 35 anos. A neuropatia, em geral reversível, é mais comum em desnutridos, alcoólatras ou hepatopatas e quando se usam doses elevadas. A hepatite, efeito adverso mais importante, é mais freqüente no idoso e nos alcoólatras, e pode ser fatal. Outras manifestações são náuseas, vômitos, dor epigástrica e reações de hipersensibilidade que incluem febre, linfadenopatia, erupção cutânea e vasculite, eritema multiforme, púrpura, agranulocitose. Ademais foram relatados neurite óptica, convulsões, episódios psicóticos, síndrome semelhante ao lupus eritematoso sistêmico, pelagra, hiperglicemia e ginecomastia, além de acidose metabólica, síndrome reumatóide e retenção urinária. b) rifampicina As mais comuns são: anorexia, náuseas, vômitos e diarréia. Pode ocorrer colite associada ao uso do antibiótico. Também pode ocorrer rubor facial, urticária, erupções cutâneas, icterícia, insuficiência hepática, pancreatite, púrpura trombocitopênica, epistaxe, metrorragia, hemorragias gengivais, anemia hemolítica e síndrome pseudogripal com febre, fraqueza, dor de cabeça, tremores e mialgia. Há registros de nefrite intersticial, necrose tubular aguda e choque, distúrbios do SNC (confusão mental, ataxia, alterações visuais transitórias), neurite aguda e trombose venosa.

ISONIAZIDA – Posologia

Deve-se observar o Manual de Normas para o Controle de Tuberculose, 4ª edição modificada e revisada, da Fundação Nacional de Saúde do Ministério da Saúde (1995) ou edição subseqüente. Em todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar exceto meningite, pacientes com mais de 20 kg de peso, devem tomar, por dia, as seguintes doses: Peso do paciente isoniazida rifampicina Cápsulas De 20 a 35 kg 200 mg 300 mg Uma cápsula de FURP-ISONIAZIDA + RIFAMPICINA 200:300 mg De 35 a 45 kg 300 mg 450 mg Uma cápsula de FURP-ISONIAZIDA + RIFAMPICINA 200:300 mg e outra de FURP-ISONIAZIDA + RIFAMPICINA 100:150 mg Mais de 45 kg 400 mg 600 mg Duas cápsulas de FURP-ISONIAZIDA + RIFAMPICINA 200:300 mg A dose diária é administrada em tomada única de manhã, em jejum, ou duas horas após a refeição. Se houver grande desconforto gástrico, pode-se administrar após refeição leve. Este esquema deve permanecer por 6 meses mas, nos dois primeiros meses é preciso associar um terceiro fármaco, geralmente a pirazinamida. Para tuberculose meningoencefálica a primeira etapa do tratamento, de dois meses, é igual à descrita acima (com uso de três fármacos antituberculose) mas a segunda etapa, quando se mantém FURP-Isoniazida+Rifampicina, tem a duração de 7 meses. NB: Crianças com menos de 20 kg de peso devem receber doses individualizadas de cada um dos fármacos, isoniazida e rifampicina.

Super dosagem

As manifestações devidas à isoniazida são vômitos, acidose metabólica, hiperglicemia, convulsões e coma. Superdosagem de rifampicina pode provocar coloração da pele em tom vermelho alaranjado, edema periorbital ou facial, urticária e náuseas, vômitos, diarréia e outras manifestações como as descritas no item anterior. Deve-se promover o esvaziamento gástrico nas ingestões recentes e administrar carvão ativado na dose de 1 g/kg de peso até a dose de 50g. Deve-se aplicar piridoxina, em doses elevadas, por via intravenosa. Também se promove a diurese com agentes osmóticos. Nos casos mais graves, são indicadas medidas para reposição hidro-eletrolítica, correção da acidose com bicarbonato de sódio e medicação sintomática.

Caracteristicas farmalogicas

O produto combina um tuberculostático (isonizida) com um antibiótico macrocíclico (rifampicina) também ativo contra o M. tuberculosis que são usados associados com grande freqüência na prática clínica.
Farmacocinética
a) isoniazida
É bem absorvida no sistema digestivo, mas pode ocorrer significativo metabolismo de primeira passagem. Possui ampla distribuição nos diversos tecidos e fluidos corporais incluindo o líquido cefalorraquidiano, quando apresenta níveis equivalentes a 20% dos níveis no sangue mas que se elevam quando existe inflamação das meninges, podendo se igualarem à concentração sérica. Atravessa a barreira placentária e é excretada no leite. A biotransformação é hepática, por acetilação. Em seres humanos há heterogeneidade genética quanto à velocidade de acetilação da isoniazida, isto é, existem indivíduos que são acetiladores rápidos e outros lentos, sendo estes os que tendem a apresentar manifestações de hepatotoxicidade.
A sua meia-vida fica em torno de uma hora em indivíduos acetiladores rápidos e de três a cinco horas nos lentos, elevando-se ainda mais na presença de hepatopatias. A duração da ação é prolongada e assim os níveis da concentração sangüínea necessários para que ocorra ação contra as micobactérias são muito baixos. Permite o uso de dose única diária ou em dias alternados. A absorção e biodisponibilidade oral são diminuídas com a presença de alimentos. b) rifampicina É bem absorvida pelo trato gastrintestinal mas esta absorção se reduz quando é administrada com alimentos. Tem ampla distribuição orgânica incluindo o sistema nervoso. Atravessa a barreira placentária e é encontrada no leite materno. A metabolização é hepática. A sua meia-vida é de três horas após uma dose única de 600 mg, diminuindo um pouco para as doses repetidas. É longa sua duração de ação porque são mínimos os níveis necessários para a atividade antibacteriana.
Farmacodinâmica
A isoniazida é um derivado sintético do ácido isonicotínico. Age inibindo a síntese do ácido micólico, um componente importante da parede de micobactérias, não atuando contra outros tipos de bactérias. É considerada um fármaco primário, sendo utilizada no tratamento de todas as formas de tuberculose causadas por cepas de Mycobacterium tuberculosis sensíveis à isonizada. Tem ação bactericida extracelular. A rifampicina é um antibiótico derivado semi-sintético da rifamicina B. As rifamicinas são derivadas do Nocardia mediterranei. A rifampicina age contra Mycobacterium leprae, M.tuberculosis, diversas outras micobactérias e bactérias gram-positivas e gram-negativas. M. fortuitum é resistente. O mecanismo de ação é a inibição da biossíntese do ARN bacteriano. Embora tenha ação contra diversas bactérias, sua utilização é quase exclusiva para o tratamento da hanseníase e da tuberculose, sempre em associação com outros antibacterianos adequados, pois é muito rápida a emergência de resistência bacteriana. A causa mais comum de resistência bacteriana é a mutação na subunidade beta da ARN polimerase, onde ocorre a ligação da rifampicina.

Resultados de eficacia

Vários trabalhos da literatura confirmam a eficácia dos fármacos presentes no produto. Vide: – Ministério da Saúde.
Cadernos de Atenção Básica: Manual Técnico para o Cont role da Tuberculose. Normas e Manuais Técnicos, n.148. p.28-30, 2002 ou edições posteriores. – CASTELO FILHO, Adauto; KRITSKI, Afrânio Lineu; BARRETO, Ângela Werneck et al. II Consenso Brasileiro de Tuberculose: Diretrizes Brasileiras para Tuberculose. J. bras. pneumol. 30 suppl.1, p.S57-S86, 2004. – Fundamentos farmacológico-clínicos de medicamentos de uso corrente acessível em http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/livro_eletronico/INDEX.HTM . – Singapore Tuberculosis Service/British Medical Research Council. Clinical trial intermittent regimens of rifampin plus isoniazid for pulmonary tuberculosis in Singapore. Am Rev Resp Dis. n.116:p 807-820, 1977. – Zwarenstein M; Schoeman JH; Vundule C; Lombard CJ; Tatley M. Randomized cont rolled t r ial of self supervised and direct ly observed t reatment of tuberculosis. Lancet, n.352: p.1340-1343,1998.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

USO EM IDOSOS
Pacientes idosos podem apresentar polineuropatia que pode ser evitada com uso de piridoxina.
GRUPOS DE RISCOS
Pacientes diabéticos, alcoólatras e desnutridos podem apresentar polineuropatia periférica pela isoniazida que pode ser evitada com uso preventivo de piridoxina. Os pacientes com disfunção hepática ou renal apresentam grande de efeitos tóxicos da rifampicina. Só se deve empregar em caso de real necessidade e sob supervisão médica, com monitorização de enzimas no sangue.

Armazenagem

Conservar este medicamento em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), proteger da luz e umidade.

Dizeres legais

MS – 1.1039.0062
Farm. Responsável: Dr. Adivar Aparecido Cristina – CRF-SP nº 10.714
FUNDAÇÃO PARA O REMÉDIO POPULAR – FURP
Governo do Estado de São Paulo
Rua Endres, 35 – Guarulhos – São Paulo
C.N.P.J. 43.640.754/0001-19 – Indústria Brasileira
SAC – Serviço ao Cliente 0800 055 1530
DISPENSAÇÃO SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
PROIBIDA A VENDA AO COMÉRCIO

ISONIAZIDA – Bula para o paciente

COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
FURP-ISONIAZIDA + RIFAMPICINA 100:150 mg Cápsula e FURP-ISONIAZIDA + RIFAMPICINA 200:300 mg Cápsula contém isoniazida e rifampicina que são medicamentos que combatem a bactéria causadora da tuberculose (Mycobacterium tuberculosis). Mesmo que possa haver melhora nos primeiros dias de uso, o tratamento deve ser mantido nos intervalos e na duração recomendada pelo médico para não permitir a falha na recuperação.
POR QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO?
A combinação de isoniazida com a rifampicina é utilizada para combater as diversas formas de tuberculose e pode ser associada a outros medicamentos.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
CONTRA-INDICAÇÕES
Não use o produto se você apresenta alergia a isoniazida ou rifampicina ou a medicamentos do grupo da rifamicina ou ainda a qualquer outro componente do produto. Alguns pacientes que apresentam hepatopatia grave (problemas no fígado) ou problemas graves nos rins não podem utilizar rifampicina, cabe ao seu médico avaliar o risco-benefício. Não utilize também se estiver em uso de medicamentos que podem induzir alterações no fígado e contraceptivos orais. Gravidez e lactação.
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS
Pacientes idosos, alcoólatras, diabéticos e desnutridos podem apresentar polineuropatia periférica (doença que afeta os nervos). Nestes casos, o médico pode recomendar a utilização preventiva de piridoxina (vitamina B6) que pode evitá-las. O uso também deve ser cauteloso em pacientes que têm hepatopatia (problemas no fígado), insuficiência renal (problemas nos rins), dificuldade em eliminar a isoniazida do sangue aumentando o risco de efeitos adversos, epiléticos (possibilidade de aumento na freqüência de convulsões) e antecedentes de psicose.
Como os pacientes com problemas no fígado e rins apresentam maior risco de efeitos tóxicos, o tratamento somente deve ser empregado em caso de real necessidade e sob supervisão médica. Em alguns pacientes pode ocorrer aumento da bilirrubina (que é um produto da decomposição de uma substância do sangue) e aumento de algumas enzimas do fígado. Nem sempre o aumento destas impõem o término do tratamento, porém o médico irá avaliar cada caso.
Deve-se evitar o uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento, pois aumenta o risco de efeitos tóxicos. Evitar também o uso de salicilatos, laxantes contendo magnésio, anticoncepcionais orais e medicamentos que podem causar efeitos tóxicos para o fígado. O uso de rifampicina pode provocar uma coloração avermelhada da urina, saliva, lágrimas e de lentes de contato gelatinosas, sendo que estas últimas podem se manchar em caráter definitivo. Informe seu médico se você apresenta fadiga, fraqueza, náusea, vômitos, urina escura ou olhos amarelados, pois estes podem ser sinais de hepatite. Informe imediatamente seu médico a ocorrência de gravidez durante o tratamento ou após o seu término. Informe ao médico se está amamentando.
USO DURANTE A GRAVIDEZ
Como não existem estudos que comprovem a segurança da utilização de isoniazida e rifampicina durante a gravidez e a rifampicina atravessa a placenta, este medicamento não deve ser usado, a menos que, a critério médico, os benefícios esperados para a mãe sejam superiores aos possíveis riscos para o feto.
USO DURANTE A AMAMENTAÇÃO
A isoniazida e a rifampicina passam para o leite materno e, portanto este medicamento não deve ser utilizado, a menos que, a critério médico, os benefícios esperados para a mãe superem os possíveis riscos para o recém-nascido. Caso seja indicado pelo seu médico, deve-se observar o bebê para identificar possíveis efeitos tóxicos, pois existe um risco teórico de neuropatia (inflamação dos nervos) e convulsões. O médico pode recomendar a administração preventiva de piridoxina para a mãe e o bebê. USO EM IDOSOS Pacientes idosos podem apresentar polineuropatia periférica (doença que afeta os nervos), neste caso o médico deve orientar uso preventivo de piridoxina (vitamina B6), que pode evitá-la. USO EM GRUPOS DE RISCOS Pacientes diabéticos, alcoólatras e desnutridos podem apresentar polineuropatia periférica (doença que afeta os nervos), neste caso o médico pode recomendar uso preventivo de piridoxina (vitamina B6), que pode evitá-la. O uso deve ser cauteloso em pacientes com problemas no fígado e rins, pois apresentam maior risco de efeitos tóxicos. Nestes casos, o tratamento somente deve ser empregado em casos de real necessidade e sob supervisão médica.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O produto pode interagir com outros medicamentos. Alguns medicamentos interagem com a isoniazida e outros com a rifampicina. Abaixo estão descritas as interações com cada um dos componentes da fórmula: a) isoniazida Efeitos tóxicos no fígado podem ser aumentados se isoniazida for administrada com anestésicos como enflurano, halotano ou isoflurano. Com cicloserina pode ocorrer aumento dos efeitos tóxicos no sistema nervoso central. A isoniazida aumenta a ação e o risco de efeitos tóxicos da carmabazepina, etossuximida, fenitoína, diazepam e teofilina.
A carbamazepina possivelmente aumenta o efeito tóxico no fígado de isoniazida. Antiácidos (hidróxido de alumínio e magnésio) e adsorventes (carvão ativado) reduzem a absorção da isoniazida, diminuindo, assim, sua ação. A isoniazida pode diminuir a eficácia do cetoconazol.
Teofilina: a isoniazida possivelmente aumenta a concentração plasmática de teofilina, aumentando seu efeito e risco de toxicidade.
Meperidina: uso concomitante aumenta risco de hipotensão arterial ou depressão do sistema nervoso central. Dissulfiram: uso concomitante pode causar sintomas neurológicos. Anticoagulantes orais, como warfarin, podem ter efeito aumentado pela isoniazida. b) rifampicina Os antiácidos e o cetoconazol reduzem a absorção da rifampicina, portanto, devem ser tomados em horários separados, pelo menos, por duas horas. Vários medicamentos têm sua ação diminuída pelo uso concomitante com a rifampicina.
São eles: diazepam, quinidina, disopiramida, cloranfenicol, dapsona, cumarinas, varfarina (reduz o efeito anticoagulante), imipramina, clomipramina, carbamazepina, fenitoína, (dificulta o controle da epilepsia) fluconazol, itraconazol, cetoconazol, haloperidol, (evitar o uso concomitante), propranolol, diltiazem, nifedipino, verapamil, isradipino, nisoldipino, ciclosporina, azatioprina (uso com rifampicina possivelmente leva à rejeição de transplantes), corticosteróides (prednisona), levotiroxina, tacrolimus, teofilina, metadona, digoxina, paracetamol, clofibrato, levotipoxina, amitriptilina e nortriptilina. Estrogênios combinados a progestogênios ou progestogênios: há redução do efeito contraceptivo, exigindo a utilização de outros métodos para evitar a gravidez. O uso de anti-retrovirais, como indinavir, nelfinavir, saquinavir, efavirenz e nevirapina, com rifampicina pode aumentar o risco de reações. O uso associado de rifampicina com ritonavir e saquinavir apresenta elevado risco de causar efeitos tóxicos no fígado. A redução no efeito de clorpropramida, tolbutamida e, possivelmente, outros antidiabéticos orais pode dificultar o controle da doença. Álcool: o consumo diário de álcool pode aumentar o risco de efeitos tóxicos e do metabolismo da rifampicina.
INTERAÇÃO COM ALIMENTOS CHÁS E ÁLCOOL
Evite comer alimentos ricos em tiramina e histamina (alguns queijos, vinho, salame, soja, suplementos em pó contendo proteínas, carne de sol), pois interagem com a isoniazida. A erva-de-São João pode diminuir a ação de rifampicina. Evite tomá-la durante o tratamento. A absorção da rifampicina e da isoniazida é diminuída quando tomada junto com alimentos, este medicamento deve ser ingerido 1 hora antes ou 2 horas após as refeições. O uso diário de bebidas alcoólicas aumenta o risco de efeito tóxico do medicamento no fígado.
INTERFERÊNCIA EM EXAMES DE LABORATÓRIO
A isoniazida interfere na determinação da glicosúria (açúcar na urina) e dos níveis de bilirrubinas e transaminases (enzimas do fígado que aparecem no sangue). Pode haver aumento transitório dos níveis de transaminases no sangue de alguns doentes, mas geralmente voltam ao normal, sem necessidade de interromper o tratamento.
ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS OU AMAMENTANDO SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-DENTISTA. NÃO HÁ CONTRA-INDICAÇÃO RELATIVA A FAIXAS ETÁRIAS. INFORME AO MÉDICO OU CIRURGIÃO-DENTISTA O APARECIMENTO DE REAÇÕES INDESEJÁVEIS. INFORME AO SEU MÉDICO OU CIRURGIÃO-DENTISTA SE VOCÊ ESTÁ FAZENDO USO DE ALGUM OUTRO MEDICAMENTO. NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
FURP-ISONIAZIDA + RIFAMPICINA 100:150 mg Cápsula Aspecto físico Cápsulas vermelho vinho contendo pó vermelho amarronzado. Características organoléticas Cápsulas sem odor ou sabor.
FURP-ISONIAZIDA + RIFAMPICINA 200:300 mg Cápsula Aspecto físico Cápsula vermelho-vinho, contendo pó vermelho amarronzado. Características organolépticas Cápsulas sem odor ou sabor.
CUIDADOS DE ADMINISTRAÇÃO
O produto deve ser ingerido pela manhã, em jejum ou duas horas após a refeição, com algum líquido, sem mastigar. A administração de FURP-Isoniazida + Rifampicina não deve ser interrompida nem se deve alterar a dose e o intervalo da administração sem orientação médica. É muito importante respeitar os horários de tomada deste medicamento. Caso você se esqueça de tomar uma dose, tome-a o quanto antes, a menos que esteja muito próximo da dose seguinte. Nunca tome duas doses ao mesmo tempo. Se houver esquecimento de duas ou mais doses, o médico deve ser avisado. Em caso de grande desconforto digestivo, recomenda-se administrar junto de uma refeição leve.
DOSAGEM
Deve-se observar o Manual de Normas para o Controle de Tuberculose, 4ª edição modificada e revisada, da Fundação Nacional de Saúde do Ministério da Saúde (1995) ou edição subseqüente. Em todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar exceto meningite, pacientes com mais de 20 kg de peso, devem tomar, por dia, as seguintes doses: Peso do paciente isoniazida rifampicina Cápsulas De 20 a 35 kg 200 mg 300 mg Uma cápsula de FURP-ISONIAZIDA + RIFAMPICINA 200:300 mg De 35 a 45 kg 300 mg 450 mg Uma cápsula de FURP-ISONIAZIDA + RIFAMPICINA 200:300 mg e outra de FURP-ISONIAZIDA + RIFAMPICINA 100:150 mg Mais de 45 kg 400 mg 600 mg Duas cápsulas de FURP-ISONIAZIDA + RIFAMPICINA 200:300 mg A dose diária é administrada em tomada única de manhã, em jejum, ou duas horas após a refeição. Se houver grande desconforto gástrico, pode-se administrar após refeição leve. Este esquema deve permanecer por 6 meses mas, nos dois primeiros meses é preciso associar um terceiro fármaco, geralmente a pirazinamida. Para tuberculose meningoencefálica a primeira etapa do tratamento, de dois meses, é igual à descrita acima (com uso de três fármacos antituberculose) mas a segunda etapa, quando se mantém isoniazida e rifampicina, tem a duração de 7 meses. NB: Crianças com menos de 20 kg de peso devem receber doses individualizadas de cada um dos fármacos, isoniazida e rifampicina.
SIGA A ORIENTAÇÃO DE SEU MÉDICO, RESPEITANDO SEMPRE OS HORÁRIOS, AS DOSES E A DURAÇÃO DO TRATAMENTO. NÃO INTERROMPA O TRATAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. NÃO USE O MEDICAMENTO COM O PRAZO DE VALIDADE VENCIDO. ANTES DE USAR OBSERVE O ASPECTO DO MEDICAMENTO.
ESTE MEDICAMENTO NÃO PODE SER PARTIDO OU MASTIGADO.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?
Abaixo encontram-se as reações adversas que podem estar relacionadas com o uso da isoniazida e rifampicina:
a) isoniazida As reações mais graves são neuropatia periférica (perda da sensibilidade das extremidades como pés e mãos) e hepatite (alteração no fígado) especialmente em pessoas com mais de 35 anos. A neuropatia, em geral reversível, é mais comum em desnutridos, alcoólatras ou hepatopatas (pessoas que já possuem problemas no fígado) e quando estão expostas a altas doses de isoniazida. A hepatite, efeito adverso mais importante, é mais freqüente no idoso e nos alcoólatras podendo ser fatal.
Outras manifestações são náuseas, vômitos, dor no estômago e reações alérgicas que incluem febre, linfadenopatia (ínguas ou gânglios), erupção na pele, vasculite (inflamação dos vasos), púrpura (pontos avermelhados que aparecem na pele) e alterações nas células de defesa do sangue (agranulocitose), neurite óptica (alteração na visão), convulsões, episódios psicóticos, síndrome semelhante a doença lúpus eritematoso sistêmico, pelagra (doença que leva a problemas na pele, no trato gastrintestinal e distúrbios psíquicos), hiperglicemia (aumento do açúcar no sangue), ginecomastia (aumento da mama em homens), acidose metabólica (alteração no sangue), síndrome reumatóide e retenção urinária (não consegue urinar).
b) rifampicina
As mais comuns são: perda de apetite, náuseas, vômitos e diarréia. Pode ocorrer colite (inflamação intestinal) associada ao uso do antibiótico. Também pode ocorrer alterações na pele (vermelhidão facial, urticária e erupções), icterícia (amarelamento da pele e/ou olhos), insuficiência do fígado (problema no fígado), presença de pontos ou manchas avermelhadas na pele, sangramento do nariz ou gengiva, sangramento vaginal, anemia por destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, sintomas de gripe (como febre, fraqueza, dor de cabeça, tremores e dor muscular), problemas graves nos rins, com perda do órgão e choque, distúrbios do sistema nervoso central (confusão mental, distúrbios de coordenação motora, alterações visuais transitórias), neurite periférica (inflamação dos nervos periféricos) e trombose venosa (formação de coágulos no interior das veias).
QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA GRANDE QUANTI DADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA SÓ VEZ?
Doses muito elevadas podem causar náuseas, vômitos, acidose metabólica (alteração no sangue), hiperglicemia (aumento do açúcar no sangue), inchaço ao redor dos olhos ou na face, coceira, diarréia, convulsões, coma, coloração da pele em tom vermelho alaranjado e outras manifestações como as descritas no item anterior. Deve-se encaminhar o paciente até um atendimento médico de urgência. Se possível, leve o produto e/ou embalagem ao local de atendimento.
ONDE E COMO DEVO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Conserve este medicamento em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz e umidade. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS



Data da bula

29/11/2011