Kaletra

KALETRA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de KALETRA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com KALETRA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

abbott

Apresentação KALETRA

cáps. Gelatinosa Mole: fr. c/ 180 cáps. fr. c/ 160 ml ou 5 fr. c/ 60 ml. Cada cáps. contém Lopinavir 133,3 mg Ritonavir— 33,3 mg Cada ml de sol. contém: Lopinavir— 80 mg Ritonavir— 20 mg

KALETRA – Indicações

KALETRA® (lopinavir/ritonavir) é indicado em combinação com outros agentes antiretrovirais para o tratamento de infecção por HIV.

Contra indicações de KALETRA

KALETRA (lopinavir/ritonavir) é contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da formulação. KALETRA (lopinavir/ritonavir) não dever ser administrado com outros fármacos cuja depuração é altamente dependente do CYP3A e para os quais, concentrações plasmáticas elevadas estão associadas com eventos sérios e/ou com risco de vida.Os fármacos que não devem ser administrados com KALETRA (lopinavir/ritonavir) são os seguintes: Benzodiazepínicos: midazolam, triazolam. Derivados do Ergot: ergotamina, diidroergotamina. Neurolépticos: pimozida. Agentes que atuam na motilidade gastrintestinal: cisaprida. Anti-histamínico: astemizol, terfenadina.

Advertências

Diabetes mellitus/hiperglicemia: foi relatado aparecimento de diabetes mellitus, exacerbação de diabetes mellitus pré-existente e hiperglicemia durante a farmacovigilância pós-comercialização em pacientes infectados por HIV que receberam tratamento com inibidores da protease. Alguns pacientes necessitaram iniciar ou ajustar as doses de insulina ou de hipoglicemiantes orais para o tratamento destes eventos. Em alguns casos ocorreu cetoacidose diabética. Nos pacientes que descontinuaram a terapia com inibidores da protease, a hiperglicemia persistiu em alguns casos. Como estes eventos são relatados espontaneamente durante a prática clínica, não se pode estimar a sua freqüência e uma relação causal entre a terapia com inibidores da protease e estes eventos não foi estabelecida. Pancreatite: foi observada pancreatite em pacientes recebendo KALETRA® (lopinavir/ritonavir), incluindo aqueles que desenvolveram elevações acentuadas dos triglicérides. Foram observados alguns casos de óbito. Embora uma relação causal com o KALETRA® (lopinavir/ritonavir) não tenha sido estabelecida, a elevação acentuada de triglicérides é um fator de risco para o desenvolvimento de pancreatite (ver Advertências/Elevações de lípideos). Pacientes com doença avançada pelo HIV podem apresentar risco aumentado de elevação de triglicérides e pancreatite, e pacientes com história de pancreatite podem apresentar risco aumentado para recorrência durante o tratamento com KALETRA® (lopinavir/ritonavir).Insuficiência hepática: KALETRA® (lopinavir/ritonavir) é metabolizado principalmente pelo fígado. Portanto, deve haver cuidado quando este produto for administrado a pacientes com insuficiência hepática. KALETRA® (lopinavir/ritonavir) não foi estudado em pacientes com insuficiência hepática grave. Dados de farmacocinética sugerem aumento na concentração plasmática do lopinavir de aproximadamente 30% bem como uma diminuição da ligação de proteínas plasmáticas em pacientes co-infectados por HCV e com insuficiência hepática leve a moderada (ver Características Farmacológicas). Pacientes com hepatite B ou C ou com acentuadas elevações nas transaminases antes do tratamento, podem ter risco aumentado de elevação nas transaminases. Há relatos pós comercialização do produto de disfunção hepática, incluindo algumas mortes. De um modo geral, esses eventos ocorreram em pacientes portadores de HIV com a doença avançada, tomando múltiplos medicamentos concomitantemente e sob tratamento de hepatite crônica ou cirrose. Não foi estabelecida uma ligação causal com a terapia de KALETRA® (lopinavir/ritonavir). Deve ser considerado monitoramento mais freqüente de AST/ALT nestes pacientes, especialmente durante os primeiros meses de tratamento com KALETRA® (lopinavir/ritonavir). Resistência/resistência cruzada: foram observados vários graus de resistência cruzada entre inibidores de protease. O efeito do tratamento com KALETRA® (lopinavir/ritonavir) sobre a eficácia de inibidores de protease administrados subseqüentemente está sendo investigado. Hemofilia: há relatos de sangramentos aumentados, incluindo hematomas cutâneos e hemartrose espontâneos em pacientes com hemofilia tipo A e B tratados com inibidores da protease. Em alguns pacientes foi administrado fator VIII adicional. Em mais da metade dos casos relatados, o tratamento com inibidores da protease foi mantido ou reiniciado. Não foi estabelecido o mecanismo de ação nem a relação causal entre a terapia com inibidores da protease e estes eventos. Redistribuição de gordura: foram observados em pacientes que receberam terapia anti-retroviral, redistribuição ou acúmulo de gordura corpórea incluindo obesidade, aumento da gordura dorso cervical (giba de búfalo), emagrecimento periférico, aumento do peito e aparência cushingóide. O mecanismo e as conseqüências destes eventos a longo prazo são desconhecidos até o presente. Não foi estabelecida uma relação causal. Elevação de lipídeos: o tratamento com KALETRA® (lopinavir/ritonavir) resultou em aumentos da concentração de colesterol total e triglicérides. Devem ser realizados testes de colesterol e triglicérides antes de iniciar a terapia com KALETRA® (lopinavir/ritonavir) e periodicamente durante o tratamento. Alterações lipídicas devem ser tratadas quando clinicamente indicado. Ver Interações Medicamentosas para informações adicionais sobre as potenciais interações entre KALETRA® (lopinavir/ritonavir) e inbidores da HMG CoA redutase. Síndrome da Imuno Reconstituição: tal síndrome foi relatada em pacientes infectados por HIV tratados com terapia antiretroviral combinada, incluindo KALETRA® (lopinavir e ritonavir). Durante a fase inicial da terapia antiretroviral combinada, quando o sistema imunológico reage, pacientes podem desenvolver uma resposta inflamatória a infecções assintomáticas ou a infecções oportunistas latentes (como infecção causada por Mycobacterium avium, citomegalovírus, pneumonia causada por Pneumocystis carinii, ou tuberculose), podendo necessitar de avaliação e tratamentos adicionais.Carcinogênese e mutagênese: estudos sobre carcinogênese de longo prazo com KALETRA® (lopinavir/ritonavir) em animais ainda não foram completados. Entretanto, lopinavir não se mostrou mutagênico ou clastogênico em uma bateria de ensaios in vitro e in vivo, incluindo o teste de Ames de mutação bacteriana reversa usando S. typhimurium e E. coli, o teste de linfoma em camundongos, o teste de micronúcleos em camundongos e testes de aberração cromossômica em linfócitos humanos. Insuficiência renal: a farmacocinética de lopinavir não foi estudada em pacientes com insuficiência renal; entretanto, como a depuração renal de lopinavir é insignificante, não se espera diminuição da depuração total em pacientes com insuficiência renal. Síndrome de Stevens Johnson, eritrema multiforme e bradiarritmia: além de hepatite, foram relatados Síndrome de Stevens Johnson, eritrema multiforme e bradiarritmia no período pós-comercialização do produto. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista. ATENÇÃO: O USO INCORRETO CAUSA RESISTÊNCIA DO VÍRUS DA AIDS E FALHA NO TRATAMENTO.

Interações medicamentosas de KALETRA

KALETRA® (lopinavir/ritonavir) é um inibidor do CYP3A (citocromo P450 3A) tanto in vitro como in vivo. A administração concomitante de KALETRA® (lopinavir/ritonavir) e fármacos metabolizados principalmente pelo CYP3A (ex.: bloqueadores de canal de cálcio derivados da diidropiridina, inibidores da HMG-CoA redutase,imunossupressores e sildenafial) pode resultar em concentrações plasmáticas aumentadas do outro fármaco, o que pode aumentar ou prolongar os seus efeitos terapêuticos e adversos. Agentes que são extensamente metabolizados pelo CYP3A e que apresentam metabolismo de primeira passagem alto, parecem ser os mais suscetíveis a grandes aumentos na AUC (maior que 3 vezes) quando administrados juntamente com KALETRA® (lopinavir/ritonavir). Os fármacos que são especificamente contra-indicados por causa da magnitude da interação e potencial para eventos adversos sérios são listados em Contra-indicações. KALETRA® (lopinavir/ritonavir) é metabolizado pelo CYP3A. A administração concomitante de KALETRA® (lopinavir/ritonavir) e fármacos que induzem a CYP3A pode reduzir a concentração plasmática de lopinavir e reduzir o seu efeito terapêutico. Apesar de não observado com cetoconazol, a co-administração de KALETRA® (lopinavir/ritonavir) e outros fármacos que inibem a CYP3A pode aumentar a concentração plasmática de KALETRA® (lopinavir/ritonavir).. KALETRA® (lopinavir/ritonavir) não inibe a CYP2D6, CYP2C9, CYP2C19, CYP2E1, CYP2B6 ou CYP1A2 em concentrações clinicamente relevantes. Foi mostrado que KALETRA® (lopinavir/ritonavir) in vivo pode induzir o seu próprio metabolismo e aumentar a biotransformação de algumas drogas metabolizadas por enzimas do citocromo P450 e por glicuronidação.

Reações adversas / efeitos colaterais de KALETRA

KALETRA (lopinavir/ritonavir) foi estudado em 612 pacientes como terapia combinada em ensaios clínicos de fase I,II e III. O evento adverso mais comum associado a terapia com KALETRA (lopinavir/ritonavir) foi diarréia, geralmente de natureza leve a moderada. As taxas de descontinuação de terapia randomizada devido a eventos adversos foram de 2,8 % em pacientes tratados com KALETRA ( lopinavir/ritonavir) e 3,1 % em pacientes tratadoscom nelfinavir. Eventos adversos relacionados ao fármaco, de intensidade moderada a grave em m 2 % dos pacientes tratados em terapia de combinação incluindo KALETRA ( lopinavir/ritonavir ) por até 24 semanas e por até 72 semanas são apresentados a seguir na Tabela 2. (vide bula original) Porcentagem de pacientes com eventos adversos manifestados, relacionados ao Tratamento 1, de intensidade moderada a grave (Intensidade relatada em m 2 % dos pacientes adultos) 1. Inclui eventos adversos de relação possível, provável ou desconhecida com fármaco. 2. Inclui dados de eventos adversos do grupo I (200/100 mg e 400 / 100 mg, 2 vezes ao dia )e do grupo II (400/100 mg e 400/200 mg).Dentro dos grupos ocorreu náusea moderada e grave com relação possível/provável ao KALETRA ( lopinavir/ritonavir), com maior freqüência na dose de 400/200 mg em relação a dose de 400/100 mg no grupo II. 3. Inclui dados de eventos adversos do grupo recebendo 400/100 mg e 400/200 mg, 2 vezes ao dia; d4T = Estavudina 3TC=Lamivudina Eventos adversos manifestados, relacionados ao tratamento (relação possível, provável ou desconhecida ) que ocorreram em menos de 2 % dos pacientes adultos recebendo KALETRA (lopinavir/ritonavir ) em todos os estudos clínicos de fase II e III e considerados pelo menos possivelmente relacionados ao tratamento ou de relação desconhecida com o tratamento com KALETRA (lopinavir/ritonavir) e de intensidade pelo menos moderada, são apresentados a seguir: Geral: dor nas costas, dor no tórax, dor subesternal no tórax, calafrios, cisto, interação medicamentosa, aumento do nível do fármaco, edema de face, febre, síndrome de gripe, mal estar e infecção viral. Sistema cardiovascular: tromboflebite profunda, hipertensão, palpitação, tromboflebite e vasculite. Sistema digestivo: anorexia, colecistite, constipação, boca seca, dispepsia, disfagia, enterocolite, eructação, esofagite, incontinência fecal, gastrite, gastroenterite, colite hemorrágica, apetite aumentado, pancreatite, sialadenite, estomatite e estomatite ulcerativa. Sistema endócrino: síndrome de Cushing e hipotireoidismo Sistema linfático e hematopoiético: anemia, leucopenia e linfadenopatia. Alterações nutricionais e metabólicas: avitaminose, desidratação, edema, tolerância à glicose diminuída, acidose láctica, obesidade, edema periférico e perda de peso. Sistema músculo esquelético: artralgia e artrose. Sistema respiratório: bronquite, dispnéia, edema de pulmão e sinusite. Pele e anexos: acne, alopécia, pele seca, dermatite esfoliativa, furunculose, exantema maculopapular, alterações nas unhas, prurido, neoplasma benigno da pele, descoloração da pele e sudorese. Sentidos especiais: alterações na visão, alterações nos olhos, otite média, alteração no paladar e tinido auditivo. Sistema urogenital: ejaculação alterada, ginecomastia, hipogonadismo masculino, cálculo nos rins e alterações na urina. Exantema foi o único evento adverso clínico relacionado ao fármaco de intensidade moderada a grave em m 2 % dos pacientes pediátricos tratados com terapia de combinação incluindo KALETRA (lopinavir/ritonavir) (300/75 mg/m2 ) por até 24 semanas. Isto inclui eventos adversos de relação pelo menos possível, provável ou desconhecida com o fármaco. Alterações laboratoriais: a porcentagem de pacientes adultos tratados com terapia de combinação incluindo KALETRA ( lopinavir/ritonavir ) que apresentaram alterações laboratoriais de grau 3-4 está apresentada na Tabela 3. (vide bula original) A porcentagem de pacientes pediátricos tratados com terapia de combinação incluindo KALETRA (lopinavir/ritonavir) que apresentaram alterações laboratoriais de grau 3-4 está apresentada na Tabela 4. (vide bula original)

KALETRA – Posologia

Adultos: a dose recomendada de KALETRA (lopinavir/ritonavir) é de 400/100 mg (3 cápsulas ou 5,0 ml )duas vezes ao dia juntamente com alimentação. Crianças (6 meses a 12 anos): a dose recomendada de KALETRA (lopinavir/ritonavir) Solução Oral é de 300/75 mg/m2 duas vezes ao dia, juntamente com alimentação, até uma dose máxima de 400/100 mg (5,0 ml ) duas vezes ao dia (ver Guial para dosagem pediátrica). Quando possível, a dose dever ser administrada utilizando uma seringa de dosagem oral calibrada. Guia para dosagem pediátrica Área de superfície corporal (m2) Dose (2 x ao dia ) (300/75 mg/m2 ) 0,25 0,9 ml (75/18,75 mg ) 0,50 1,9 ml (150/37,5 mg ) 0,75 2,8 ml (225/56,25 mg ) 1,00 3,8 ml (300/75 mg ) 1,25 4,7 ml (375/96,75 mg ) 1,25 4,7 ml (375/96,75 mg ) 1,33 5,0 ml (400/100 mg )

Super dosagem

A experiência de superdosagem aguda com KALETRA® (lopinavir/ritonavir) em humanos é limitada. O tratamento da superdosagem com KALETRA® (lopinavir/ritonavir) deve consistir de medidas gerais de suporte, incluindo monitoramento dos sinais vitais e observação do estado clínico do paciente. Não há antídoto específico para a superdosagem com KALETRA® (lopinavir/ritonavir). Se indicada, a eliminação do fármaco não absorvido pode ser obtida por emese ou lavagem gástrica. Administração de carvão ativado também pode ser útil para remoção do fármaco não absorvido. Como KALETRA® (lopinavir/ritonavir) é altamente ligado a proteínas, é pouco provável que a diálise seja benéfica para a remoção significante do fármaco. KALETRA® (lopinavir/ritonavir) solução oral contém 42,4% (v/v) de álcool. A ingestão acidental do produto por crianças pequenas pode resultar em significativa toxicidade relacionada ao álcool.

Caracteristicas farmalogicas

Geral: KALETRA® (lopinavir/ritonavir) é uma formulação combinada de lopinavir e ritonavir. O lopinavir é um inibidor das proteases do HIV-1 e do HIV-2. O ritonavir presente na formulação de KALETRA® (lopinavir/ritonavir) inibe o metabolismo mediado pelo CYP3A do lopinavir, proporcionando, deste modo, níveis plasmáticos maiores de lopinavir. O lopinavir é chamado quimicamente de [S- [1R*,(R*),3R*,4R*]]-N-[4-[[2,6-dimetilfenoxi) acetil]amino]-3-hidroxi-5-fenil-1- (fenilmetil)pentil]tetraidro-alfa-(1-metiletil)-2-oxo-1-(2H)-pirimidinoacetamida. A fórmula molecular é C37H48N4O5 e seu peso molecular é 628,80. O lopinavir é um pó branco a acinzentado, muito solúvel em metanol e etanol, solúvel em isopropanol e praticamente insolúvel em água. O ritonavir é chamado quimicamente de éster 5- tiazolilmetílico, [5S-(5R*,8R*,10R*,11R*)] do ácido 10-hidroxi-2-metil-5-(1-metiletil)-1- [2-(1-metiletil)-4-tiazolil]-3,6-dioxo-8,11-bis(fenilmetil)-2,4,7,12-tetraazatridecan-13- óico. A fórmula molecular é C37H48N6O5S2 e seu peso molecular é 720,95.Farmacodinâmica: mecanismo de ação: lopinavir é um inibidor das proteases do HIV-1 e HIV-2. A inibição da protease previne a clivagem da poliproteína gag-pol levando à formação de um vírus imaturo, não infeccioso. Atividade antiviral in vitro: a atividade antiviral de lopinavir foi avaliada in vitro contra cepas laboratoriais e clínicas do HIV em linhagens de células linfoblásticas e em linfócitos periféricos de sangue, infectados agudamente. Na ausência do soro humano, a CE50 (concentração eficaz 50%) de lopinavir contra cinco cepas laboratoriais diferentes de HIV-1 variou de 10 a 27 nM (0,006 a 0,017 mcg/mL, 1 mcg/mL equivalente a 1,6 µM) e variou de 4 a 11 nM (0,003 a 0,007 mcg/mL) contra vários isolados clínicos de HIV-1 (n=6). Na presença de 50% de soro humano, a CE50 do lopinavir contra essas cinco cepas laboratoriais variou de 65 a 289 nM (0,04 a 0,18 mcg/mL), representando uma atenuação de 7 a 11 vezes. Estudos sobre a atividade da combinação de substâncias com lopinavir e outros inibidores de proteases ou inibidores da transcriptase reversa não foram completados. Resistência: isolados de HIV-1 com sensibilidade reduzida ao lopinavir foram selecionados in vitro. A presença do ritonavir não parece influenciar a seleção de vírus resistentes ao lopinavir in vitro. Ainda não foi caracterizada a seleção de resistência ao KALETRA® (lopinavir/ritonavir) em pacientes sem tratamento anti-retroviral prévio. Em um estudo de fase III envolvendo 653 pacientes sem tratamento anti-retroviral prévio (estudo 863), foram analisadas a carga viral no plasma de cada paciente nas semanas 24, 32, 40. Não foi observada nenhuma evidência genotípica e fenotípica de resistência ao KALETRA® (lopinavir/ritonavir) em 37 pacientes avaliados (0%). Foi observada evidência de resistência genotípica ao nelfinavir, definida pelas seguintes mutações na protease do HIV, D30N e/ou L90M, em 25/76 (33%) dos pacientes. A seleção de resistência ao KALETRA® (lopinavir/ritonavir) em pacientes pediátricos sem tratamento anti-retroviral prévio, tratados com anti-retroviral (estudo 940) é semelhante com aquela vista em pacientes adultos (estudo 863). A resistência ao KALETRA® (lopinavir/ritonavir) em pacientes sem tratamento antiretroviral prévio ainda não foi estabelecida. Em estudos de Fase II, com 227 pacientes sem tratamento anti-retroviral prévio e pacientes multiexperimentados, 4 de 23 pacientes com carga viral maior que 400 cópias/mL após tratamento com KALETRA® (lopinavir/ritonavir) por 12 a 100 semanas, mostraram sensibilidade significativamente reduzida ao lopinavir em comparação com os correspondentes isolados virais basais. Três desses pacientes haviam recebido previamente tratamento com um único inibidor de protease (nelfinavir, indinavir ou saquinavir) e um paciente havia recebido tratamento com múltiplos inibidores de proteases (indinavir, saquinavir e ritonavir). Os quatro pacientes apresentavam pelo menos quatro mutações associadas com resistência ao inibidor de protease imediatamente antes do tratamento com KALETRA® (lopinavir/ritonavir). Depois da replicação viral, os isolados desses pacientes todos continham mutações adicionais, algumas das quais são sabidamente associadas com resistência a inibidores de protease. Entretanto, os dados são insuficientes até o momento para identificar padrões de mutação associada ao lopinavir em isolados de pacientes em tratamento com KALETRA® (lopinavir/ritonavir). A avaliação desses padrões de mutação está em estudo.

Resultados de eficacia

Atividade antiviral de KALETRA® (lopinavir/ritonavir) em pacientes previamente tratados com inibidores da protease: a relevância clínica da sensibilidade reduzida in vitro ao lopinavir foi examinada por avaliação da resposta virológica à terapia com KALETRA® (lopinavir/ritonavir), com relação ao genótipo e fenótipo viral basal, em 56 pacientes “naive” de inibidor não análogo da transcriptase reversa (NNRTI) com RNA do HIV maior que 1000 cópias/ mL, apesar de terapia prévia com pelo menos dois inibidores de protease selecionados entre o nelfinavir, indinavir, saquinavir e ritonavir (estudo M98-957). A CE50 de lopinavir dos 56 isolados basais variou entre 0,5 e 96 vezes maior do que a CE50 contra o tipo selvagem de HIV. 55% (31/56) desses isolados basais apresentaram sensibilidade reduzida mais de 4 vezes ao lopinavir. Esses 31 isolados apresentavam uma redução média da sensibilidade ao lopinavir de 27,9 vezes. Após 48 semanas de tratamento com KALETRA® (lopinavir/ritonavir), efavirenz e inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa (NRTI), foi observado no plasma, RNA do HIV = 400 cópias/ mL em 93% (25/27), 73% (11/15), e 25% (2/8) dos pacientes com menos de 10 vezes, de 10 a 40 vezes e = 40 vezes a sensibilidade reduzida ao lopinavir no início do estudo, respectivamente. Adicionalmente, respostas virológicas foram observadas em 96%, 76% e 33% dos pacientes com, respectivamente, 0-5, 6-7 e 8-10 das mutações mencionadas acima na protease do HIV associada com sensibilidade ao lopinavir reduzida in vitro. RNA do HIV no plasma = 50 cópias/mL, foi observado em 81% (22/27), 60% (9/15) e 25% (2/8) nos grupos de pacientes acima, respectivamente. Além disso, foi observado RNA do HIV no plasma = 400 cópias/mL em 91% (21/23) dos pacientes cujos isolados virais basais continham até cinco mutações reconhecidas como sendo associadas com resistência a inibidores de protease. Treze desses 23 isolados continham mutações nas posições 82, 84 e/ou 90 mais outras mutações múltiplas. Foi observado o RNA do HIV no plasma = 400 cópias/mL em 63% (17/27) dos pacientes cujos isolados virais basais continham seis ou mais mutações, incluindo aquelas nas posições 82, 84 e/ou 90 mais outras mutações múltiplas. Foi observado o RNA do HIV no plasma = 50 cópias/mL em 83% (19/23) e 52% (14/27) nos grupos de pacientes cujos isolados virais basais continham = 5 e = 6 das mutações acima, respectivamente. Não há dados suficientes no momento para identificar padrões de mutação associados ao lopinavir em isolados de pacientes em tratamento com KALETRA® (lopinavir/ritonavir). Estudos adicionais são necessários para estabelecer a associação entre padrões específicos de mutação e os índices de resposta virológica.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Uso em idosos: os estudos clínicos com KALETRA® (lopinavir/ritonavir) não incluíram um número suficiente de indivíduos com mais de 65 anos para determinar se estes respondem diferentemente ao tratamento em relação a indivíduos mais jovens. Em geral, deve-se ter cuidado na administração e monitoramento de KALETRA® (lopinavir/ritonavir) em pacientes idosos devido à maior freqüência de função hepática, renal ou cardíaca diminuídas e de doenças ou outros tratamentos medicamentosos concomitantes. Uso em pacientes com insuficiência renal: a farmacocinética do lopinavir não foi estudada em pacientes com insuficiência renal, entretanto, como a depuração do lopinavir é insignificante não é esperada uma diminuição na depuração destes pacientes. Uso em pacientes com insuficência hepática: o lopinavir é metabolizado e eliminado principalmente pelo fígado. Doses múltiplas de KALETRA® (lopinavir/ritonavir) 400/100 mg duas vezes ao dia para pacientes co-portadores de HIV e HCV com insuficiência hepática leve a moderada, resultou em aumento de 30% de AUC de lopinavir e um aumento de 20% de Cmax comparados com pacientes portadores de HIV com função hepática normal. Adicionalmente, a ligação com proteínas plasmáticas do lopinavir foi menor em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada comparado com os controles (99,0 vs. 99,31%, respectivamente). KALETRA® (lopinavir/ritonavir) não foi estudado em pacientes com insuficiência hepática grave.Sexo, etnia e idade: a farmacocinética de KALETRA® (lopinavir/ritonavir) não foi estudada em pacientes idosos. Não foram observadas diferenças relacionadas à idade ou ao sexo em pacientes adultos. Não foram identificadas diferenças farmacocinéticas clinicamente importantes devidas à etnia. Uso em crianças: a farmacocinética de KALETRA® (lopinavir/ritonavir) 300/75 mg/m2 e 230/57,5 mg/m2 duas vezes ao dia, foi estudada em um total de 53 pacientes pediátricos, com idades de 6 meses a 12 anos. O esquema posológico de 230/57,5 mg/m2 duas vezes ao dia sem nevirapina e o de 300/75 mg/m2 2 vezes ao dia com nevirapina proporcionaram concentrações plasmáticas de lopinavir semelhantes àquelas obtidas em pacientes adultos recebendo 400/100 mg duas vezes ao dia, sem nevirapina. A AUC, a Cmáx e a Cmin de lopinavir no estado de equilíbrio, foram 72,6 ± 31,1 µg•h/mL, 8,2 ± 2,9 e 3,4 ± 2,1 µg/mL, respectivamente, após 230/57,5 mg/m2 de KALETRA® (lopinavir/ritonavir), duas vezes ao dia, sem nevirapina (n=12) e foram 85,8 ± 36,9 µg•h/mL, 10,0 ± 3,3 e 3,6 ± 3,5 µg/mL, respectivamente, após 300/75 mg/m2, duas vezes ao dia, com nevirapina (n=12). O regime posológico de nevirapina foi 7 mg/ kg, duas vezes ao dia (6 meses a 8 anos) ou 4 mg/ kg, duas vezes ao dia ( maior que 8 anos). Os perfis de segurança e farmacocinética não foram estabelecidos para pacientes com menos de 6 meses de idade. Em pacientes infectados pelo HIV com idades entre 6 meses e 12 anos, o perfil de eventos adversos observado durante um ensaio clínico foi semelhante ao observado em pacientes adultos. A avaliação da atividade antiviral de KALETRA® (lopinavir/ritonavir) em pacientes pediátricos em ensaios clínicos está em andamento.

Armazenagem

Se armazenado nas condições recomendadas, o produto é válido por 24 meses. Confira sempre a data de fabricação impressa na embalagem externa do produto.KALETRA® (lopinavir/ritonavir) deve ser armazenado em geladeira (2° a 8°C).

Dizeres legais

MS n° 1.0553.0242 Farm. Responsável: Fabio Bussinger da Silva CRF-RJ 9277 KALETRA® (lopinavir/ritonavir) cápsulas gelatinosas moles: Fabricado por: Cardinal Health St. Petersburg – E.U.A. Embalado por: Abbott Laboratories Abbott Park, Illinois 60064 – EUA KALETRA® (lopinavir/ritonavir) solução oral: Fabricado por: Abbott Laboratories North Chicago, Illinois – E.U.A. Importado por: Abbott Laboratórios do Brasil Ltda. Estrada dos Bandeirantes, 2400 – Rio de Janeiro, RJ CNPJ: 56.998.701/0012-79 INDÚSTRIA BRASILEIRA VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA. Nº de lote, data de fabricação e validade: vide rótulo e cartucho.

KALETRA – Bula para o paciente

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Data da bula

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