Lotensin

LOTENSIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de LOTENSIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com LOTENSIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

novartis

Apresentação LOTENSIN

Lotensin® 5 mg – embalagem contendo 30 comprimidos revestidos. Lotensin® 10 mg – embalagens contendo 14 ou 30 comprimidos revestidos.

LOTENSIN – Indicações

Tratamento da hipertensão arterial;
Insuficiência renal crônica progressiva [clearance (depuração) de creatinina entre 30 e 60 mL/min].

Contra indicações de LOTENSIN

Hipersensibilidade conhecida ao benazepril, às substâncias relacionadas ou a qualquer componente da formulação;
História de angioedema com ou sem tratamentos anteriores com inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA);
Crianças menores que 6 anos;
Gravidez (vide “Advertências e precauções – Mulheres com potencial para engravidar, gravidez, lactação e fertilidade”);
Paciente com histórico de angioedema não induzido por inibidores de ECA;
Uso concomitante de inibidores da ECA, incluindo Lotensin®, ou de bloqueadores do receptor de angiotensina (BRAs) com alisquireno em pacientes com diabetes tipo 2 (vide “Interações medicamentosas – Duplo bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA) com inibidores da ECA, BRAs ou alisquireno”);
Lotensin® é contraindicado para crianças portadoras de lesão de artéria renal unilateral/ bilateral ou lesão estenótica em rim único.

Este medicamento pertence à categoria de risco na gravidez D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Advertências

Reações anafilactoides e relacionadas
Presumivelmente, pelo fato de os inibidores da ECA afetarem o metabolismo dos eicosanóides e polipeptídeos, inclusive a bradicinina endógena, os pacientes tratados com inibidores da ECA, incluindo-se Lotensin®, podem experimentar uma variedade de reações adversas, algumas delas graves.

Angioedema
Angioedema da face, lábios, língua, glote e laringe foi relatado em pacientes tratados com inibidores da ECA, inclusive Lotensin®. Em tais casos, Lotensin® deve ser imediatamente descontinuado e deve-se prover ao paciente a terapia adequada e acompanhamento até a resolução completa e sustentável dos sinais e sintomas. Nos casos em que o inchaço estiver limitado à face e aos lábios, a condição geralmente se resolve tanto sem tratamento como com a administração de anti-histamínicos. O angioedema com edema de laringe pode ser fatal. Nos casos em que a língua, a glote ou a laringe estão envolvidas, a terapia adequada deve ser adotada imediatamente, ex.: injeção subcutânea de adrenalina 1:1.000 (0,3 – 0,5 mL) e/ou medidas para assegurar a desobstrução das vias aéreas do paciente.
A incidência de angioedema durante o tratamento com inibidores da ECA tem sido relatada como sendo maior em pacientes negros com ascendência africana do que em pacientes não-negros.
Pacientes que recebem concomitantemente inibidores da ECA e inibidores do alvo de rapamicina em mamíferos (mTOR) (por exemplo tensirolimo, sirolimo, everolimo), a terapia pode estar em risco aumentado de angioedema (vide “Interações medicamentosas”).

Reações anafilactoides durante dessensibilização
Dois pacientes que passavam por tratamento de dessensibilização com veneno de Hymenoptera (veneno de picada de vespa), enquanto recebiam inibidores da ECA, sofreram reações anafilactoides com risco de vida. Nesses mesmos pacientes, as reações foram evitadas quando a administração do inibidor da ECA foi temporariamente interrompida, mas reapareceram com nova exposição ao fármaco.

Reações anafilactoides durante a exposição a membranas
Têm sido relatadas reações anafiláticas em pacientes dialisados com membrana de diálise de alto fluxo, sob tratamento com um inibidor da ECA. Foram também relatadas reações anafilactoides em pacientes submetidos à aferese de lipoproteínas de baixa densidade com absorção de sulfato de dextrano.
Hipotensão sintomática
Assim como com outros inibidores da ECA, a hipotensão sintomática foi observada em casos raros, tipicamente em pacientes com depleção de sal ou de volume, como resultado de terapia diurética prolongada, dieta com restrição de sal, diálise, diarreia ou vômitos. A depleção de volume e/ou de sal deve ser corrigida antes do início do tratamento com Lotensin®. Se ocorrer hipotensão, o paciente deve ser colocado em posição supina e, se necessário, receber solução salina fisiológica intravenosamente (i.v). O tratamento com Lotensin® pode ser continuado assim que a pressão arterial e o volume tenham retornado ao normal.

Agranulocitose / neutropenia
Outro inibidor da ECA, o captopril, tem demonstrado causar agranulocitose e depressão da medula óssea. Tais efeitos ocorrem com maior frequência em pacientes com insuficiência renal, especialmente se apresentarem também doença vascular de colágeno, tal como lúpus eritematoso sistêmico ou esclerodermia. Não há dados suficientes, a partir dos estudos clínicos com benazepril, para demonstrar se este causa incidência semelhante de agranulocitose. O acompanhamento da contagem das células brancas sanguíneas deve ser considerado em pacientes com doença vascular de colágeno, especialmente se a doença estiver associada com função renal prejudicada.

Hepatite e insuficiência hepática
Há relatos raros de hepatite predominantemente colestática e casos isolados de insuficiência hepática aguda, algumas delas fatais, em pacientes tratados com inibidores da ECA. O mecanismo não está esclarecido. Pacientes em tratamento com inibidores da ECA que desenvolverem icterícia ou elevação acentuada das enzimas hepáticas devem interromper o uso do inibidor da ECA e receber acompanhamento médico apropriado.

Função renal reduzida
Podem ocorrer alterações da função renal em pacientes suscetíveis. Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva grave, em que a função renal depende da atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA), o tratamento com inibidor da ECA pode-se associar a oligúria e/ou azotemia progressiva e, raramente, na insuficiência renal aguda. Em um pequeno estudo de pacientes hipertensos com estenose da artéria renal unilateral ou bilateral, o tratamento com Lotensin® esteve associado com aumento do nitrogênio ureico sanguíneo e creatinina sérica e tais incrementos foram revertidos com a descontinuação de Lotensin®, da terapia diurética ou de ambos. Se tais pacientes são tratados com inibidores da ECA, a função renal deve ser monitorada durante as primeiras semanas da terapia. Alguns pacientes hipertensos, com doença vascular renal pré-existente não-aparente, desenvolveram aumento do nitrogênio ureico sanguíneo e dos níveis de creatinina sérica (usualmente leve ou passageira), especialmente quando Lotensin® foi administrado com um diurético. Essa ocorrência é mais provável em pacientes que tenham insuficiência renal pré- existente. Pode ser necessária a redução da dose de Lotensin® e/ou a descontinuação do diurético. A avaliação do paciente hipertenso deve sempre incluir a verificação da função renal (vide “Posologia e modo de usar”).
O uso de inibidores da ECA, incluindo Lotensin®, ou de BRAs com alisquireno deve ser evitado em pacientes com insuficiência renal grave (TFG < 30 mL/min) (vide “Interações medicamentosas - Duplo bloqueio do Sistema Renina- Angiotensina (SRA) com inibidores da ECA, BRAs ou alisquireno”).

Tosse
A tosse persistente não-produtiva tem sido relacionada à utilização de inibidores da ECA, presumivelmente pela inibição da degradação de bradicinina endógena. Essa tosse sempre desaparece com a interrupção da terapia. A tosse induzida por inibidores da ECA deve ser considerada no diagnóstico diferencial de tosse.

Cirurgia / anestesia
Antes de cirurgias, o anestesista deve ser informado se o paciente está utilizando um inibidor da ECA. Durante a anestesia com agentes que induzam a hipotensão, os inibidores da ECA podem bloquear a formação da angiotensina II secundária à liberação compensatória de renina. A hipotensão decorrente desse mecanismo pode ser corrigida por expansão de volume.

Hiperpotassemia
Durante o tratamento com inibidores da ECA pode-se observar, em raras ocasiões, a elevação do potássio sérico. Não foram relatadas interrupções do uso de Lotensin®, em ensaios clínicos em hipertensão, pela ocorrência de hiperpotassemia. Os fatores de risco para o desenvolvimento de hiperpotassemia podem incluir insuficiência renal, diabetes mellitus e o uso concomitante de agentes para tratamento de hipopotassemia (vide “Interações medicamentosas”). Em um estudo que envolvia pacientes com doença renal crônica progressiva, alguns pacientes descontinuaram o tratamento em função da hiperpotassemia. Em pacientes com doença renal crônica progressiva, o potássio sérico deve ser monitorado.

Estenose mitral ou aórtica
Assim como com todos os outros vasodilatadores, indica-se cuidado especial em pacientes que sofram de estenose mitral ou aórtica.

Duplo bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA)
É necessário cautela durante a coadministração dos inibidores de ECA, incluindo Lotensin®, com outros agentes que bloqueiam o SRA, tais como os BRAs ou alisquireno (vide “Interações medicamentosas – Duplo bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA) com inibidores da ECA, BRAs ou alisquireno”).

Mulheres com potencial para engravidar, gravidez, lactação e fertilidade
Lotensin® é contraindicado durante a gravidez (vide “Contraindicações”).

-Mulheres com potencial para engravidar e gravidez
Os inibidores da ECA podem causar morbidade e mortalidade fetal e neonatal quando administrados a mulheres grávidas. Há vários relatos na literatura mundial.
A utilização de inibidores da ECA durante o segundo e o terceiro trimestres de gravidez tem sido associada com dano fetal e neonatal, incluindo-se hipotensão, hipoplasia neonatal do crânio, anúria, insuficiência renal reversível ou irreversível e morte. Oligo-hidrâmnio, presumivelmente pela insuficiência da função renal fetal, foi também relatado. O oligo-hidrâmnio nesses casos tem sido associado à contratura fetal dos membros, deformação craniofacial e desenvolvimento de pulmão hipoplásico. Prematuridade, retardo no crescimento intrauterino e permeabilidade do canal arterial foram também relatados, entretanto não está clara a correlação com exposição a inibidores da ECA. Além disso, a utilização dos inibidores da ECA durante o primeiro trimestre de gravidez foi associada ao risco potencialmente aumentado de defeitos de nascimento.
Quando for constatada a gravidez, o inibidor da ECA deve ser descontinuado o quanto antes e se deve monitorar regularmente o desenvolvimento fetal. Os inibidores da ECA (incluindo o Lotensin®) não devem ser utilizados em mulheres que planejam engravidar. Mulheres em idade fértil devem ser alertadas quanto ao risco potencial e se deve apenas administrar os inibidores da ECA (incluindo o Lotensin®) após aconselhamento médico e de se considerar os riscos e benefícios individuais.

Amamentação
O benazepril e o benazeprilate são excretados no leite materno, mas as concentrações máximas obtidas corresponderam a apenas 0,3% das concentrações encontradas no plasma. A fração de benazeprilate que atinge a circulação sistêmica da criança pode ser negligenciável. Entretanto, embora qualquer efeito adverso na criança seja pouco provável, não é recomendada a utilização de Lotensin® pelas mães durante o período de amamentação.

Fertilidade
Em estudos em animais, cloridrato de benazepril não teve efeito na fertilidade e concepção ( vide “Características farmacológicas – Dados de segurança pré-clínicos”).

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas.
Assim como com outros medicamentos anti-hipertensivos, recomenda-se cautela ao dirigir veículos e/ou operar máquinas.

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
Pacientes idosos: não há restrições de uso deste medicamento a pacientes idosos. Vide “Posologia e modo de usar” para pacientes idosos.

Crianças: este produto é contraindicado para crianças menores que 6 anos. Vide “Posologia e modo de usar” para crianças

A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente.

Interações medicamentosas de LOTENSIN

Duplo bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA) com inibidores da ECA, BRAs ou alisquireno
O uso concomitante de inibidores da ECA, incluindo Lotensin®, com outros agentes que atuam no SRA está associado a um aumento da incidência de hipotensão, hiperpotassemia e alterações na função renal comparado à monoterapia. É recomendado o monitoramento da pressão arterial, função renal e eletrólitos em pacientes que utilizam Lotensin® e outros agentes que afetam o SRA (vide “Advertências e precauções”).
O uso concomitante de inibidores da ECA, incluindo Lotensin®, ou de BRAs com alisquireno deve ser evitado em pacientes com insuficiência renal grave (TFG menor que 30 mL/min) (vide “Advertências e precauções”).
O uso concomitante de inibidores da ECA, incluindo Lotensin®, ou de BRAs com alisquireno é contraindicado em pacientes com diabetes tipo 2 (vide “Contraindicações”).

Diuréticos
Os pacientes sob tratamento com diuréticos (como espironolactona, por exemplo) ou os que apresentam perdas de líquido podem, ocasionalmente, sentir uma redução excessiva da pressão arterial após o início da terapia com inibidores da ECA. A possibilidade de efeitos hipotensivos em tais pacientes pode ser minimizada ao se descontinuar a terapia com o diurético por 2a 3 dias antes de se iniciar o tratamento com Lotensin® (vide “Posologia e modo de usar” e “Advertências e precauções”).

Medicamentos que causam hiperpotassemia
O uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio (ex.: espironolactona, triantereno e amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio e outros medicamentos (por exemplo: ciclosporina e heparina), não são recomendados para pacientes tratados com inibidores da ECA (incluindo benazepril), uma vez que podem conduzir a aumentos significativos no potássio sérico. Entretanto, se a medicação concomitante for considerada necessária, aconselha-se o acompanhamento frequente do potássio sérico.

Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs)
Foi demonstrado que o efeito hipotensivo dos inibidores da ECA pode ser reduzido quando esses são administrados concomitantemente com a indometacina e outros AINEs. Em um estudo clínico controlado, a indometacina não interferiu com o efeito anti-hipertensivo de Lotensin® e nenhuma interação farmacocinética entre ácido acetilsalicílico e benazepril em voluntários sadios foi verificada. A combinação de AINEs e inibidores da ECA (incluindo benazepril) pode aumentar o risco de comprometimento renal e hiperpotassemia. Por isso, é recomendado o monitoramento da função renal e do nível de potássio.

Lítio
Foram relatados níveis séricos de lítio aumentados e efeitos de toxicidade do lítio em pacientes que utilizavam inibidores da ECA, inclusive o benazepril, durante tratamento com lítio. Esses fármacos devem ser coadministrados com cautela e recomenda-se o monitoramento frequente dos níveis séricos de lítio. Se for também utilizado um diurético, o risco de toxicidade do lítio pode ser aumentado.

Medicamentos que causam angioedema
O risco de angioedema pode estar aumentado em pacientes que recebem concomitantemente inibidores da ECA e medicamentos como inibidores da dipeptidil-peptidase-IV (por exemplo vildagliptina) ou inibidores do mTOR (por exemplo tensirolimo, sirolimo, everolimo) (vide “Advertências e precauções”).

Outros agentes com atividade anti-hipertensiva
Lotensin® pode aumentar o efeito hipotensivo de outros agentes anti-hipertensivos. As doses devem ser ajustadas de acordo.

Agentes antidiabéticos
Pacientes diabéticos recebendo um inibidor da ECA, inclusive o benazepril, concomitantemente com insulina ou antidiabéticos orais, podem, em raros casos, desenvolver hipoglicemia. Portanto, tais pacientes devem ser advertidos sobre a possibilidade de reações hipoglicêmicas, e devem ser monitorados adequadamente.

Eritropoietina
A responsividade do paciente a eritropoietina pode diminuir quando usada concomitantemente com inibidores da ECA (incluindo benazepril).

Ouro
Foram relatadas raramente reações nitritoides (os sintomas incluem vermelhidão facial, náusea, vômito e hipotensão) em pacientes em terapia concomitante com ouro injetável (aurotiomalato de sódio) e inibidores da ECA.

Probenecida
Pré-tratamento com probenecida pode aumentar a resposta farmacodinâmica dos inibidores da ECA. Pode ser necessário um ajuste de dose.

Outros
As propriedades farmacocinéticas do benazepril não são afetadas pelos seguintes fármacos: hidroclorotiazida, furosemida, clortalidona, digoxina, propranolol, atenolol, nifedipino, anlodipino, naproxeno, ácido acetilsalicílico ou cimetidina. Do mesmo modo, a administração do cloridrato de benazepril não afeta substancialmente a farmacocinética dessas medicações (a cinética da cimetidina não foi estudada).

Reações adversas / efeitos colaterais de LOTENSIN

Lotensin® é um produto bem tolerado. As reações adversas associadas ao Lotensin® e a outros inibidores da ECA estão indicadas a seguir.
O perfil de experiências adversas em pacientes pediátricos parece ser similar ao observado em pacientes adultos. Não há informação sobre a administração a longo prazo em pacientes pediátricos e seus efeitos no crescimento, puberdade e desenvolvimento geral.
As reações adversas, obtidas a partir de diversas fontes, estão listadas de acordo com a frequência, sendo que a mais frequente está relacionada primeiro, utilizando-se a seguinte convenção: muito comum (=> 1/10); comum (=> 1/100, < 1/10); incomum (=> 1/1.000, < 1/100); rara (=> 1/10.000, < 1/1.000); muito rara (< 1/10.000), incluindo relatos isolados. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas estão listadas em ordem decrescente de gravidade.

Distúrbios do sangue e do sistema linfático
Muito raras: anemia hemolítica, trombocitopenia (vide “Advertências e precauções – agranulocitose / neutropenia”).

Distúrbios do sistema imunológico
Raras: angioedema, edema dos lábios; edema da face (vide “Advertências e precauções – reações anafilactoides e relacionadas”).

Distúrbios psiquiátricos
Raras: insônia, nervosismo e parestesia.

Distúrbios do sistema nervoso Comuns: cefaleia, vertigem.
Rara: sonolência. Muito rara: disgeusia.

Distúrbios do labirinto e dos ouvidos Muito rara: zumbido.

Distúrbios cardíacos
Comuns: palpitações, sintomas ortostáticos.
Raras: hipotensão ortostática, dores no peito, angina pectoris, arritmia. Muito rara: infarto do miocárdio.

Distúrbios vasculares Comum: rubor.

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinal
Comuns: tosse, sintomas de infecção do trato respiratório superior.

Distúrbios gastrintestinais Comum: distúrbio gastrintestinal.
Raras: diarreia, constipação, náusea, vômito, dores abdominais. Muito rara: pancreatite.

Distúrbios hepatobiliares
Raras: hepatite (predominantemente colestática), icterícia colestática (vide “Advertências e precauções – hepatite e insuficiência hepática”).

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo
Comuns: rash (erupção cutânea), prurido, reação de fotossensibilidade. Rara: pênfigo.
Muito rara: síndrome de Stevens-Johnson.

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo Raras: artralgia, artrite e mialgia.

Distúrbios urinários e renais Comum: polaquiúria.
Raras: aumento do nitrogênio ureico sanguíneo, aumento da creatinina no sangue. Muito rara: comprometimento renal (vide “Advertências e precauções”).

Distúrbios gerais e condições do local de administração Comum: fadiga.

Reações adversas medicamentosas com benazepril de experiências pós-comercialização
As seguintes reações adversas foram identificadas baseadas na experiência pós-comercialização. Devido à estas reações terem sido relatadas voluntariamente por uma população de tamanho incerto, não é sempre possível estimar de forma confiável nestas frequências.

Distúrbios no sangue e sistema linfático: Agranulocitose, neutropenia

Distúrbio no sistema imune
Pequeno angioedema intestinal e reações anafilactoides

Distúrbios no metabolismo e nutrição Hiperpotassemia

Distúrbios visuais
Deficiência visual (vide “Advertência e precauções”)

Achados laboratoriais
Assim como com outros inibidores da ECA, uma pequena elevação do nitrogênio ureico sanguíneo (NUS) e da creatinina sérica, reversível com a descontinuação da terapia, foi observada em menos de 0,1% dos pacientes com hipertensão essencial tratados com Lotensin® em monoterapia. A probabilidade de ocorrência é maior nos pacientes tratados concomitantemente com diuréticos ou naqueles com estenose arterial renal (vide “Advertências e precauções”).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

LOTENSIN – Posologia

Modo de usar
Os comprimidos revestidos de Lotensin® devem ser ingeridos com um pouco de líquido.

Posologia na população em geral
Hipertensão
A dose inicial recomendada para pacientes que não estejam recebendo um diurético tiazídico é de 10 mg, uma vez ao dia. A dose pode ser aumentada para 20 mg diários. A dose deve ser ajustada de acordo com a resposta da pressão arterial, geralmente a intervalos de 1 a 2 semanas. Em alguns pacientes o efeito anti-hipertensivo pode diminuir ao final do intervalo de dose. A dosagem total diária deve, nesses casos, ser dividida em duas doses iguais. A dose diária máxima de Lotensin® recomendada em pacientes hipertensos é de 40 mg, administrados em dose única ou em duas doses.
Se Lotensin® isoladamente não produzir uma redução suficiente da pressão arterial, um outro anti-hipertensivo pode ser
administrado concomitantemente, por ex.: um diurético tiazídico ou um antagonista de cálcio (inicialmente em baixa dose). Para pacientes já em tratamento com diuréticos, a administração do Lotensin®, deve ser cautelosa e/ou a redução de dose deve ser considerada no início do tratamento, particularmente em pacientes severamente depletados de sódio e/ou de volume. Isto pode incluir temporariamente uma redução de dose ou suspensão do diurético (por exemplo, por 2 a 3 dias) antes do início do Lotensin® ou uma redução da dose inicial de Lotensin® para 5 mg (ao invés de 10 mg) de modo a se evitar a hipotensão excessiva. A depleção de volume e/ou sal deve ser corrigida antes de se iniciar a terapia com Lotensin® (vide “Advertências e precauções”).
A dose usual de Lotensin® é recomendada para pacientes com clearance (depuração) de creatinina maior ou igual a 30 mL/min.

Pacientes com clearance (depuração) de creatinina menor que 30 mL/min
A dose inicial é de 5 mg. A dose pode ser aumentada até 10 mg/dia (vide “Características farmacológicas – Farmacodinâmica”). Para alguma redução adicional na pressão arterial pode ser adicionado um diurético não-tiazídico ou outro agente anti-hipertensivo.

Pacientes hipertensos com insuficiência renal
Em pacientes hipertensos com insuficiência renal, a menor dose inicial (5 mg) é recomendada (vide “Advertências e precauções”).

Insuficiência renal crônica progressiva
A dose recomendada para diminuir a progressão da doença renal crônica com ou sem hipertensão é 10 mg, uma vez ao dia. Outros anti-hipertensivos podem ser usados em combinação com Lotensin® se a terapia adicional for necessária para diminuir a pressão sanguínea.

População especial
Pacientes pediátricos
Os efeitos anti-hipertensivos de Lotensin® foram avaliados em um estudo duplo-cego com pacientes pediátricos de 7 a 16 anos. A dose inicial usual foi de 0,2 mg/kg (até uma dose máxima de 10 mg/dia). A dose foi ajustada de acordo com a resposta da pressão sanguínea até a dose máxima de 0,6 mg/kg (ou uma dose diária máxima de 40 mg) (vide “Características farmacológicas: farmacodinâmica”). A farmacocinética de Lotensin® foi avaliada em pacientes pediátricos de 6 a 16 anos (vide “Características farmacológicas – propriedades farmacocinéticas”).
O tratamento com Lotensin® não é recomendado em pacientes menores de 6 anos (peso corpóreo menor que 25 kg), e
em crianças com taxa de filtração glomerular menor que 30 mL/min, uma vez que os dados disponíveis para esse grupo são insuficientes para sustentar uma recomendação de dose.
Crianças que não conseguem engolir os comprimidos, ou para aquelas em que a dose calculada (mg/kg) não corresponde à concentração disponível não devem ser tratadas com Lotensin® comprimidos. A segurança e eficácia não foram estabelecidas em crianças com insuficiência renal crônica progressiva.
Não há informação sobre a administração a longo prazo em pacientes pediátricos (vide “Reações adversas” e “Características farmacológicas – propriedades farmacodinâmicas”).

Pacientes geriátricos (65 anos de idade ou acima)
A dose recomendada e os cuidados especiais para idosos são os mesmos de adultos mais jovens (vide “Características farmacológicas – propriedades farmacocinéticas”).

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

Super dosagem

Sinais e sintomas
Embora haja relatos de superdose com Lotensin® muito limitados, o principal sinal esperado é uma acentuada hipotensão, que pode ser associado com distúrbios eletrolíticos e insuficiência renal.

Tratamento
Se a ingestão for recente, o carvão ativado deve ser considerado. Descontaminação gástrica (por exemplo: vômito, lavagem gástrica) pode ser considerado em casos individuais, no período inicial após a ingestão.
A pressão sanguínea e os sintomas clínicos dos pacientes devem ser monitorados de perto. Tratamento de suporte deve ser empregado para garantir hidratação adequada e a manutenção da pressão sanguínea sistêmica.
No caso de hipotensão acentuada, solução salina fisiológica intravenosa deverá ser administrada dependendo da situação clínica deve-se considerar o uso de vasopressores (por exemplo, catecolaminas intravenosas).
Embora o metabólito ativo, benazeprilate, seja pouco dialisável, a hemodiálise deve ser considerada em pacientes com superdose e insuficiência renal agravada, de modo a manter-se a eliminação normal (vide “Advertências e precauções”).

Caracteristicas farmalogicas

Grupo farmacoterapêutico e código ATC
Grupo farmacoterapêutico: inibidor da enzima conversora de angiotensina (código ATC C09A A07).

Propriedades farmacodinâmicas
Lotensin® (cloridrato de benazepril) é um pró-fármaco que, após hidrólise para o metabólito ativo benazeprilate, inibe a ECA e, consequentemente, bloqueia a conversão de angiotensina I para angiotensina II. Assim sendo, reduz todos os
efeitos mediados pela angiotensina II – por exemplo, vasoconstrição e produção de aldosterona, que promove a reabsorção de sódio e água nos túbulos renais – e eleva o débito cardíaco. Lotensin® diminui a frequência cardíaca aumentada induzida pelo reflexo simpático que ocorre em resposta à vasodilatação (vide “Resultados de eficácia”).

Propriedades farmacocinéticas
Absorção
No mínimo 37% de uma dose oral de cloridrato de benazepril são absorvidos. O pró-fármaco é então rapidamente convertido ao metabólito farmacologicamente ativo, o benazeprilate. Após a administração do cloridrato de benazepril, com estômago vazio, os picos de concentração plasmática do benazepril e do benazeprilate são alcançados, respectivamente, após 30 e 60 a 90 minutos.
A biodisponibilidade absoluta do benazeprilate, após a administração oral do cloridrato de benazepril, é de aproximadamente 28% da biodisponibilidade obtida após a administração i.v. do metabólito isolado. A administração dos comprimidos após as refeições retarda a absorção, mas não afeta a quantidade absorvida e convertida a benazeprilate. O cloridrato de benazepril pode, portanto, ser ingerido com ou sem alimentos.
No intervalo de dose de 5 a 20 mg, a área sob a curva (ASC) e o pico das concentrações plasmáticas de benazepril e benazeprilate são aproximadamente proporcionais à dose. Desvios pequenos, mas estatisticamente significativos, da proporcionalidade da dose são observados no intervalo de dose mais amplo, de 2 a 80 mg. Isso pode ser causado pela ligação saturável do benazeprilate à enzima conversora de angiotensina.
A cinética não se altera durante doses múltiplas (5 a 20 mg uma vez ao dia). O benazepril não se acumula. O benazeprilate se acumula apenas em extensão mínima, sendo o estado de equilíbrio na ASC aproximadamente 20% mais elevado do que a observado no primeiro intervalo de dose de 24 horas. A meia-vida efetiva de acumulação do benazeprilate é de 10 a 11 horas. Os níveis do estado de equilíbrio são alcançados após 2 a 3 dias.

Distribuição
Cerca de 95% do benazepril e do benazeprilate se ligam a proteínas plasmáticas humanas (principalmente a albumina). A ligação não é afetada pela idade. O volume de distribuição do benazeprilate no estado de equilíbrio é de cerca de 9 litros.

Biotransformação
O benazepril é extensivamente metabolizado, sendo seu principal metabólito o benazeprilate. Supõe-se que essa metabolização ocorra principalmente no fígado, por hidrólise enzimática. Os outros dois metabólitos são os acil glicuronídeos conjugados do benazepril e do benazeprilate.

Eliminação
O benazepril é eliminado principalmente por clearance (depuração) metabólico. O benazeprilate é eliminado por via renal e biliar, sendo a excreção renal a principal via em pacientes com função renal normal. O clearance (depuração) metabólico do benazeprilate disponível sistemicamente é de importância secundária. Na urina, o benazepril corresponde a menos de 1% e o benazeprilate a cerca de 20% de uma dose oral. A eliminação plasmática do benazepril é completa após 4 horas. A eliminação do benazeprilate é bifásica, com uma meia-vida inicial de cerca de 3 horas e uma meia-vida terminal de cerca de 22 horas. A fase de eliminação terminal (de 24 horas adiante) sugere uma forte ligação do benazeprilate à enzima conversora de angiotensina.

Populações de pacientes especiais
Pacientes pediátricos
Em pacientes pediátricos (N=45), hipertensos, com idade entre 6 e 16 anos, que receberam doses múltiplas diárias de cloridrato de benazepril (0,1 a 0,5 mg/kg), o clearance (depuração) de benazeprilate em crianças de 6 a 12 anos foi de 0,35 L/hr/kg, mais que o dobro quando comparado com adultos sadios que receberam uma dose única de 10 mg (0,13 L/hr/kg). Em adolescentes de 13 a 16 anos foi de 0,17 L/hr/kg, 27% maior que em adultos sadios. A meia-vida terminal de eliminação de benazeprilate em pacientes pediátricos ficou em torno de 5 horas, um terço daquela observada em adultos.

Pacientes hipertensos
As concentrações plasmáticas de benazeprilate no estado de equilíbrio se correlacionam com a dose diária.

Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva
A absorção do benazepril e sua conversão a benazeprilate não são afetadas. Porque a eliminação é um pouco mais lenta, as concentrações mínimas do benazeprilate no estado de equilíbrio tendem a serem maiores nesse grupo de pacientes, quando comparado a voluntários sadios ou a pacientes hipertensos.

Idade, insuficiência renal leve a moderada, síndrome nefrótica e insuficiência hepática
As cinéticas do benazepril e do benazeprilate não são grandemente afetadas por idade, insuficiência renal leve a moderada [clearance (depuração) de creatinina de 30 mL/ min a 80 mL/min] ou por síndrome nefrótica. A cinética e a biodisponibilidade do benazeprilate não são afetadas em pacientes com disfunção hepática causada por cirrose, não sendo necessário o ajuste de dose em tais pacientes.

Insuficiência renal grave e doença renal em estágio final
As cinéticas do benazeprilate são substancialmente afetadas pela insuficiência renal grave [clearance (depuração) de creatinina menor que 30 mL/min], sendo necessária a redução da dose como resultado da eliminação mais lenta e maior acúmulo. O benazepril e o benazeprilate são eliminados do plasma mesmo em pacientes com doença renal em estágio final, sendo as cinéticas similares àquelas de pacientes com insuficiência renal grave. O clearance (depuração) não-renal (ex.: biliar ou metabólico) compensa parcialmente o clearance (depuração) renal deficiente.

Hemodiálise
A hemodiálise regular, que se inicia ao menos duas horas após a administração do cloridrato de benazepril, não afeta significativamente as concentrações plasmáticas de benazepril e benazeprilate, o que significa não ser necessária a administração de dose adicional após a diálise. Apenas uma pequena quantidade do benazeprilate é removida do organismo pela diálise.

Dados de segurança pré-clínicos
Estudos de toxicidade na reprodução
Não foram observados efeitos adversos no perfil de reprodução em ratos machos e fêmeas tratados com cloridrato de benazepril em doses de até 500 mg/kg/dia (vide “Advertências e precauções – Mulheres com potencial para engravidar, gravidez, lactação e fertilidade”).
Não foram observados efeitos embriotóxicos, fetotóxicos ou teratogênicos diretos em camundongos tratados com até 150 mg/kg/dia, em ratos tratados com até 500 mg/kg/dia e em coelhos tratados com até 5 mg/kg/dia.

Mutagenicidade
Em uma série de estudos in vitro e in vivo, não foi detectado potencial mutagênico.

Carcinogenicidade
Não foi observada evidência de efeito carcinogênico quando o cloridrato de benazepril foi administrado a ratos em doses de até 150 mg/kg/dia [250 vezes a dose máxima recomendada para humanos (DMRH)]. Não foi observada evidência de carcinogenicidade quando o cloridrato de benazepril foi administrado a camundongos por 104 semanas nas mesmas doses.

Toxicidade juvenil
Não se realizaram estudos pré-clínicos com o propósito de se investigar o potencial toxicológico juvenil de cloridrato de benazepril.

Resultados de eficacia

O benazepril em doses orais de 10 a 20 mg, uma ou duas vezes ao dia, tem sido efetivo no tratamento da hipertensão leve a moderada, como evidenciam diversos estudos.
Aumentando-se a dose de benazepril para 40 ou 80 mg uma vez ao dia, não há melhora significativa da hipertensão quando comparado a dose de 20 mg uma vez ao dia, ou seja, os resultados de melhora da condição foram semelhantes aos das doses mais baixas.
Diversos estudos controlados comprovam que a combinação de benazepril com hidroclorotiazida ou atenolol produz efeitos sinérgicos positivos em pacientes com hipertensão de leve a moderada.
Treze pacientes hipertensos, não tratados previamente, participaram de um estudo aberto de 18 meses para controle contínuo da pressão arterial. Nove pacientes foram mantidos em monoterapia de 10 mg de benazepril e dois em 20 mg; dois outros necessitaram de tratamento adicional com 25 mg de clortalidona para controle da pressão arterial. A coleta de dados incluiu medidas ambulatoriais de pressão, no início do tratamento e após 12 meses e ecocardiografia Doopler no início, no 12º e no 18º mês. Após um ano, reduções médias de 9% e 12% nas pressões sistólica/diastólica foram relatadas por monitoração de 24 horas. Sete de 13 pacientes apresentaram hipertrofia ventricular prévia ao início do tratamento, no entanto, após 12 meses de tratamento, apenas um desses pacientes persistiu com a hipertrofia; decréscimos médios de 18% e 10% da espessura da parede septal e posterior, respectivamente, foram observados.
Nenhuma melhora adicional foi verificada na continuação do tratamento até o 18º mês.
O benazepril, 10 mg por dia, retarda o progresso da insuficiência renal em pacientes com diversos tipos de neuropatia. Em uma pesquisa longitudinal de 3 anos, envolvendo 583 pacientes com insuficiência renal causadas por diferentes patologias, 300 pacientes receberam benazepril e 283 receberam placebo. As patologias dos pacientes eram glomerulopatias (n = 192), nefrite intersticial (n = 105), nefrosclerose (n = 97), rim policístico (n = 64), nefropatia diabética (n = 21) e patologias mistas (n = 104). Avaliou-se o clearance (depuração) de creatinina de tais pacientes.
Observou-se maior diminuição do risco de insuficiência renal (71%), quando comparado ao placebo, em pacientes do sexo masculino, com glomerulopatias, nefropatia diabética ou causas mistas de grau leve. O benazepril só não foi eficaz em pacientes com rim policístico.
Outros estudos também enfatizam o retardo na progressão da insuficiência renal crônica, medida pelo clearance de creatinina e diminuição da proteinúria em pacientes com insuficiência renal crônica.
Em um estudo clínico com 107 pacientes pediátricos, de 7 a 16 anos de idade, com a pressão sistólica ou diastólica acima do percentil 95, os pacientes receberam 0,1 ou 0,2 mg/kg, em seguida, titulada até 0,3 ou 0,6 mg/kg, com uma dose máxima de 40 mg por dia.
Os principais critérios de exclusão do estudo foram uma taxa de filtração glomerular (TFG) <30 mL/min/1,73 m2, hipertensão grave ou hipertensão envolvendo órgãos, estenose da artéria renal bilateral ou unilateral, transplante de órgãos sólidos (exceto para transplante renal ≥ 1 ano antes da inscrição e clinicamente estável), síndrome nefrótica exceto as estáveis com terapia de manutenção com prednisona ou ciclosporina, indicativo de anormalidades laboratoriais neurológicas clinicamente significativas, respiratórias, gastrintestinais, hepatobiliares, ou doença hematológica, ou doença cardíaca estrutural ou arritmias clinicamente significativas.
Após quatro semanas de tratamento, 85 pacientes cuja pressão arterial foi reduzida na terapia, foram então randomizados para placebo ou três grupos com doses de benazepril (ou seja, 5 ou 10 mg/d, 10 ou 20 mg/d, 20 ou 40 mg/d, dependendo do peso corporal) foram acompanhados por mais duas semanas. No final de duas semanas, nas crianças retiradas para receber o placebo, a pressão arterial (sistólica e diastólica) subiu de 4 a 6 mmHg a mais do que em crianças com benazepril. Nenhuma dose-resposta foi observada para os três grupos de dose.

Hipertensão
Como outros inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), Lotensin® também inibe a degradação do vasodilatador bradicinina pela quininase. Essa inibição pode contribuir para o efeito anti-hipertensivo.
Lotensin® reduz a pressão arterial em qualquer grau de hipertensão nas posições sentada, supina ou em pé. Na maioria dos pacientes, a atividade anti-hipertensiva se inicia aproximadamente 1 hora após a administração de uma dose oral única e, a redução máxima de pressão arterial é alcançada dentro de 2 a 4 horas. O efeito anti-hipertensivo persiste pelo menos 24 horas após a administração. Durante a administração repetida, a redução máxima da pressão arterial com cada dose é geralmente obtida após 1 semana e persiste durante o tratamento a longo prazo. Os efeitos anti-hipertensivos são mantidos independentemente de raça, idade ou atividade basal da renina plasmática. A dose diária máxima recomendada de Lotensin® em pacientes hipertensos é de 40 mg, em dose única ou duas doses. A dose de 80 mg provê uma resposta aumentada, mas a experiência com esta dose é limitada.
Os efeitos anti-hipertensivos de Lotensin® não diferem muito em pacientes com dietas com baixo ou alto teor de sódio. Não foi observada elevação rápida da pressão arterial após retirada abrupta de Lotensin®. Em estudo conduzido com voluntários sadios, doses únicas de Lotensin® produziram um aumento no fluxo sanguíneo renal e não afetaram a TFG. Os efeitos anti-hipertensivos de Lotensin® e dos diuréticos tiazídicos são sinérgicos. O uso concomitante de Lotensin® e outros fármacos anti-hipertensivos, inclusive betabloqueadores e antagonistas do cálcio, geralmente leva a uma redução adicional na pressão arterial.
Em um estudo clínico com 107 pacientes pediátricos, de 7 a 16 anos, com pressão sistólica ou diastólica superior ao percentil 95, os pacientes foram tratados com 0,1 ou 0,2 mg/kg e a dose foi aumentada até 0,3 ou 0,6 mg/kg, com dose máxima de 40 mg uma vez ao dia. Após quatro semanas de tratamento, os 85 pacientes que tiveram a pressão sanguínea reduzida com a terapia foram então randomizados para o grupo placebo ou grupos de três diferentes doses de benazepril (isto é, 5 ou 10 mg/dia, 10 ou 20 mg/dia, 20 ou 40 mg/dia, dependendo do peso corpóreo) e foram acompanhadas por duas semanas adicionais. Ao final das duas semanas, a pressão sanguínea (sistólica e diastólica) das crianças que receberam placebo aumentou 4 a 6 mmHg mais do que as crianças que continuaram recebendo benazepril. Não se observou dose-resposta para os três grupos tratados com benazepril.

Insuficiência renal crônica progressiva
Em um estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado com placebo e com duração de três anos, 583 pacientes com doença renal de várias etiologias e creatinina sérica variando entre 1,5 a 4 mg/dL [clearance (depuração) de creatinina entre 30 e 60 mL/min], com ou sem hipertensão, foram randomizados para placebo ou Lotensin® 10 mg, uma vez ao dia. Para se atingir o controle da pressão arterial foram administrados agentes anti-hipertensivos adicionais, de acordo com a necessidade dos pacientes, em ambos os grupos. O grupo tratado com Lotensin® teve 53% de redução no risco relativo de atingir o objetivo do estudo, definido como sendo a duplicação da creatinina sérica ou a necessidade de diálise. Esses efeitos benéficos foram acompanhados pela redução da pressão arterial e por uma pronunciada redução na proteinúria. Pacientes com doença renal policística não apresentaram redução na perda da função renal quando tratados com Lotensin®; entretanto, o produto pode ainda ser utilizado no tratamento da hipertensão em tais pacientes.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

30 ºC) e proteger da umidade. O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto:
Lotensin® 5 mg: Comprimido revestido, amarelo claro, oval. Lotensin® 10 mg: Comprimido revestido, amarelo escuro, circular. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Dizeres legais

Dizeres legais
MS – 1.0068.0028
Farm. Resp.: Flavia Regina Pegorer – CRF-SP 18.150

Registrado por: Novartis Biociências S.A. Av. Prof. Vicente Rao, 90 São Paulo – SP
CNPJ: 56.994.502/0001-30
Indústria Brasileira

Fabricado por:
Anovis Industrial Farmacêutica Ltda., Taboão da Serra, SP
® = Marca registrada de Novartis AG, Basileia, Suíça.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
CDS 28.10.14

LOTENSIN – Bula para o paciente

PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Lotensin® H trata a pressão arterial alta. A pressão arterial elevada aumenta a carga de trabalho do coração e artérias. Se isso persistir por muito tempo, podem-se causar danos aos vasos sanguíneos do cérebro, coração e rins, resultando em um infarto, insuficiência cardíaca ou renal. A pressão arterial alta eleva o risco de ataques do coração. Esses problemas são menos comuns de ocorrerem se Lotensin® H controlar a pressão arterial.

COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Lotensin® H é um medicamento que combina dois princípios ativos para reduzir a pressão arterial: benazepril e hidroclorotiazida.
Lotensin® H funciona em duas formas diferentes, mas complementares, para reduzir a pressão arterial.
A pressão arterial elevada aumenta a carga de trabalho do coração e artérias. Se isso continuar por muito tempo, pode danificar os vasos sanguíneos do cérebro, coração e rins, e pode resultar em um acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca ou insuficiência renal. A pressão arterial elevada aumenta o risco de ataques cardíacos. Reduzindo sua pressão arterial para valores normais, o risco de desenvolvimento destes distúrbios é reduzido. Benazepril pode ajudar a relaxar seus vasos sanguíneos de modo que sua pressão arterial seja menor. A hidroclorotiazida é um diurético que reduz a quantidade de sal e água no organismo, aumentando o fluxo de urina. Com o uso prolongado isto ajuda a reduzir e controlar a pressão arterial.
Lotensin® H é um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA) e diurético, utilizado no tratamento da hipertensão arterial (pressão alta).
Lotensin® H é uma associação do cloridrato de benazepril – inibidor da enzima conversora de angiotensina – com a hidroclorotiazida – diurético, cujos efeitos sobre a redução da pressão arterial são sinérgicos.
Na maioria dos pacientes, a atividade anti-hipertensiva se inicia aproximadamente 1 hora após a administração de uma dose oral única e, a redução máxima de pressão arterial é alcançada dentro de 2 a 4 horas.
Em pacientes com função renal normal, a diurese é induzida após a administração de pequenas quantidades de hidroclorotiazida, como 12,5 mg. O aumento resultante na excreção urinária de sódio e cloreto e o aumento menos pronunciado da excreção de potássio são dose-dependentes. Os efeitos diuréticos e natriuréticos iniciam-se em 1 a 2 horas após a administração oral da hidroclorotiazida, atingindo o pico após 4 a 6 horas, podendo se manter por 10 a 12 horas.
Os efeitos anti-hipertensivos são mantidos independentemente de raça, idade ou atividade basal da renina plasmática. O efeito anti-hipertensivo do benazepril não difere muito em pacientes com dietas de baixo ou alto teor de sódio.
Monitoramento durante o tratamento com Lotensin® H
É importante para o seu médico verificar o seu progresso em visitas regulares para ter certeza de que este medicamento está funcionando corretamente.
Poderá ser necessário de tempo em tempo medir a quantidade de potássio em seu sangue e sua função cardíaca, especialmente se você tiver mais de 65 anos, tiver certas doenças do coração, fígado ou rim. O seu médico irá aconselhá-lo sobre isso.
Especialmente em pessoas idosas (65 anos ou mais), em crianças e adolescentes (2 a 17 anos) e em pacientes com problemas renais ou de fígado, o médico irá verificar regularmente a quantidade de Lotensin® H que você deve usar regularmente. Ele pode ajustar a dose de acordo com suas necessidades.
Se você também estiver tomando medicamentos que diminuem a quantidade de potássio (por exemplo, corticosteroides, antibióticos) ou a quantidade de sódio (por exemplo, antidepressivos, antiepilépticos) ou medicamentos que aumentem a quantidade de potássio em seu sangue, sua função cardíaca e a quantidade de diferentes minerais em seu sangue serão cuidadosamente verificados.
Se você também está sendo tratado com medicamentos usados para aliviar a dor ou inflamação (anti-inflamatórios não- esteroidais) sua função renal pode ser verificada.
Se você também está sendo tratado com lítio, a quantidade de lítio em seu sangue será cuidadosamente verificada, pois Lotensin® H também pode afetar a quantidade de lítio do seu sangue.
Se você tem uma doença vascular do colágeno, como lúpus eritematoso sistêmico ou esclerodermia, a sua contagem de glóbulos brancos pode ser monitorada.
Se você tiver alguma dúvida sobre como funciona Lotensin® H ou por que este medicamento foi prescrito para você, pergunte ao seu médico.

QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? Não tome Lotensin® H:
Se você é alérgico (hipersensível) ao Lotensin® H ou a qualquer outro componente de Lotensin® H listado no início
dessa bula;
Se você teve reações não usuais ou alérgicas associadas aos inibidores da ECA, hidroclorotiazida ou sulfonamidas;
Se você teve anteriormente uma situação envolvendo rouquidão, inchaço no rosto, na boca, nas mãos, ou pés, ou problemas respiratórios repentinos;
Se você é impossibilitado de produzir urina;
Se você está ou pretende ficar grávida;
Se você tem alto nível de açúcar no sangue e se você tem diabetes tipo 2 (também conhecido como diabetes mellitus não-insulino dependente) enquanto estiver tomando um medicamento que diminui a pressão arterial chamado alisquireno.
Se algum destes itens se aplicar a você, informe ao seu médico sem tomar Lotensin® H. Se você acha que pode ser alérgico, peça ajuda ao seu médico.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você deve tomar Lotensin® H apenas após orientação médica. Lotensin® H não é adequado para todos os pacientes. Siga todas as instruções do médico cuidadosamente. Elas podem diferir da informação geral contida nesta bula.

Tome cuidados especiais com Lotensin® H:
Se você apresentar um inchaço, sobretudo, da face e garganta ao ingerir outros medicamentos (incluindo os inibidores da ECA);
Se você apresentar qualquer um dos sintomas acima, pare de tomar Lotensin® H e fale com o seu médico imediatamente.
Se você tem um distúrbio de valva do coração;
Se você sofre de distúrbios no rim ou fígado, diabetes (nível elevado de açúcar em seu sangue) ou lúpus eritematoso (ou histórico do mesmo) (vide “Quando não devo usar este medicamento?”);
Se o seu médico lhe disse que você tem baixos níveis de potássio no seu sangue (com ou sem sintomas como fraqueza muscular, espasmos musculares, ritmo cardíaco anormal);
Se o seu médico lhe disse que você tem baixos níveis de sódio no seu sangue (com ou sem sintomas como cansaço, confusão, contrações musculares, convulsões);
Se o seu médico lhe disse que você tem níveis elevados de ácido úrico no sangue;
Se você tem febre, rash (erupções), e dor nas juntas, que podem ser sinais de lúpus eritematoso (ou histórico dessa doença);
Se você tem altos níveis de colesterol no seu sangue;
Se você estiver sendo tratado para hiperpotassemia (alto nível de potássio no seu sangue);
Se você tiver uma doença vascular do colágeno, como lúpus eritematoso sistêmico ou esclerodermia;
Se você está próximo de ser operado (incluindo cirurgia dentária) ou tratamento de emergência;
Se você sofre de vômito e diarreia;
Se você está próximo de receber tratamento com veneno de Hymenoptera (usado para testar ou tratar alergia à picada de insetos);
Se você está prestes a fazer, ou está fazendo, diálise;
Se o seu médico lhe disse que você tem níveis elevados de cálcio no seu sangue (com ou sem sintomas como náuseas, vômitos, constipação, dor de estômago, micção frequente, sede, fraqueza e contrações musculares);
Se você for fazer exercício ou se o tempo estiver quente, tonturas (vertigens) ou desmaios também podem ocorrer. Transpiração intensa pode fazer você perder muita água e baixar a pressão arterial. Tenha muito cuidado durante o exercício ou clima quente;
Se sentir redução da visão ou dor no olho. Esses podem ser sintomas de aumento da pressão no seu olho e pode acontecer dentro de horas ou semanas depois de administrar Lotensin® H. Isso pode levar ao comprometimento permanente da visão se não for tratado;
Se você está sofrendo de alergia ou asma;
Se você está sendo tratado com medicamentos que diminuem a pressão arterial chamados de bloqueadores de receptor de angiotensina (BRAs) ou alisquireno;
Se você estiver tomando qualquer outro medicamento.
Se qualquer uma das condições acima se aplicar a você, fale com o seu médico antes de tomar Lotensin® H. Se tiver algum dos sintomas descritos, informe ao seu médico imediatamente.
Lotensin® H contém lactose (açúcar do leite). Se você tem intolerância à lactose, fale com seu médico antes de tomar Lotensin® H.

Dirigindo e/ou operando máquinas
Assim como outros medicamentos utilizados no tratamento da pressão alta, o Lotensin® H pode causar tontura e afetar sua concentração. Então, antes de dirigir um veículo, operar uma máquina, ou efetuar outras tarefas que exijam concentração, tenha certeza que você sabe como reage aos efeitos do Lotensin® H.

Pessoas idosas (65 anos ou mais)
Lotensin® H pode ser usado por pessoas com 65 anos ou mais na mesma dose para outros adultos. Os pacientes idosos podem apresentar mais efeitos colaterais do que os pacientes mais jovens. Eles devem ser monitorados de perto pelo seu médico pois alguns efeitos colaterais podem exigir um ajuste da dose.

Crianças e adolescentes (idade entre 2 anos e 17 anos)
Não foi estabelecido se Lotensin® H é seguro e eficaz em crianças.

Este medicamento é contraindicado na faixa etária abaixo de 18 anos.

Gravidez e amamentação
Não tome Lotensin® H se estiver grávida. Lotensin® H tomado durante a gravidez pode causar danos graves ao feto. Por isso, é importante consultar o seu médico imediatamente se você acha que pode estar grávida.
Seu médico irá discutir com você o risco potencial de tomar Lotensin® H durante a gravidez. Lotensin® H passa para o leite materno. Se você estiver amamentando, informe ao seu médico.
Pergunte ao seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente. Este medicamento pode causar dopping.

Tomando outros medicamentos
Informe ao seu médico ou farmacêutico se você está tomando ou tomou recentemente qualquer outro medicamento. Lembre-se também daqueles que não foram prescritos por um médico. Pode ser necessário alterar a dose ou, em alguns casos, interromper o uso de um dos medicamentos. Isso se aplica aos medicamentos sob e aos isentos de prescrição, especialmente:
Medicamentos utilizados para diminuir a pressão arterial, BRAs ou alisquireno;
Lítio, antidepressivos e antipsicóticos, medicamento utilizado para tratar algumas condições psicológicas;
Antiepilépticos (medicamento para o tratamento de convulsões);
Diuréticos poupadores de potássio, medicamentos contendo potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio;
Medicamentos utilizados para o alívio da dor ou da inflamação, especialmente agentes anti-inflamatórios não- esteroidais, incluindo agentes seletivos da Cox-2;
Medicamentos do tipo cortisona, esteroides;
Digoxina e glicosídeos digitálicos (medicamento para o coração);
Heparina, medicamento que impede a formação de coágulos em seu sangue;
Eritropoietina, um medicamento utilizado para regular a produção de glóbulos vermelhos;
Insulina ou medicamentos antidiabéticos orais, medicamentos que ajudam pacientes com diabetes a controlar seus níveis de glicose (açúcar) no sangue;
Colestiramina, colestipol ou outras resinas (medicamentos utilizados principalmente para tratar os níveis sanguíneos elevados de lipídios);
Relaxantes musculares (medicamentos utilizados durante cirurgias);
Alopurinol (tratamento antigota);
Amantadina (medicamento para tratamento da doença de Parkinson além de medicamentos utilizados no tratamento ou prevenção de certas doenças causadas por vírus);
Determinados medicamentos para tratar o câncer e medicamentos utilizados no tratamento de alguns crescimentos não cancerosos associados com um distúrbio genético (por exemplo, tensirolimo, sirolimo, everolimo);
Agentes anticolinérgicos (medicamentos utilizados no tratamento de várias doenças como cólicas gastrintestinais, espasmos da bexiga urinária, asma, doença do movimento, espasmos musculares, doença de Parkinson e auxiliar na anestesia);
Ciclosporina (medicamento utilizado em transplantes e em doenças autoimunes);
Vitamina D e sais de cálcio;
carbamazepina (utilizado principalmente no tratamento de epilepsia e distúrbio bipolar);
diazóxido (medicamento para tratar a pressão arterial elevada ou hipoglicemia);
Metildopa (medicamento usado para tratar a pressão arterial elevada);
Barbitúricos, narcóticos (medicamentos com propriedades de indução do sono) e álcool;
Aminas vasopressoras, como noradrenalina (substâncias que aumentam a pressão arterial);
probenecida, um medicamento usado para tratar a gota e hiperuricemia;
Ouro para o tratamento de artrite reumatoide.

Evite a ingestão de álcool até que você tenha discutido esse assunto com o seu médico. O álcool pode diminuir mais a pressão e/ou aumentar a possibilidade de tontura ou desmaios.

Tomando Lotensin® H com alimentos e bebidas
Você pode tomar Lotensin® H com ou sem alimentos.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO? Mantenha o medicamento em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC), protegido da umidade. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico
Lotensin® H 5 + 6,25: comprimidos revestidos na cor branca, com forma ovoide. Lotensin® H 10 + 12,5: comprimidos revestidos na cor rosa claro, com forma ovoide.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Como tomar Lotensin® H
Tome o comprimido com um copo de água.

Siga cuidadosamente as instruções do seu médico. Não exceda a dosagem recomendada.
Tome o seu medicamento exatamente como o seu médico indicar. Não altere a dose ou interrompa o tratamento sem falar com o seu médico.
Pacientes que têm pressão arterial elevada geralmente não percebem sinais desse problema. Muitos podem sentir-se normais.
Lembre-se que este medicamento não irá curar sua pressão alta, entretanto pode ajudar a controlá-la. Você deve, então, continuar a tomá-lo continuamente se você quer diminuir e manter a sua pressão baixa.
Os comprimidos de Lotensin® H não podem ser partidos ou mastigados. Você deve ingeri-los com um pouco de líquido.

Quanto de Lotensin® H tomar
O tratamento é iniciado com a menor dose e a dosagem é, então, aumentada gradualmente. Algumas vezes, se você já está tomando uma ou ambas as substâncias ativas do Lotensin® H, seu médico pode trocar para a dose mais adequada de Lotensin® H. Seu médico prescreverá a menor dose possível para as suas necessidades, para ser tomada uma vez ao dia. Seu médico falará exatamente quantos comprimidos de Lotensin® H tomar.
Dependendo da sua resposta ao tratamento, seu médico pode sugerir uma dose maior ou menor.

Quando tomar Lotensin® H
É aconselhável tomar seu medicamento todos os dias no mesmo horário. Lotensin® H pode ser tomado antes, durante ou depois das refeições.
Por quanto tempo tomar Lotensin® H
Continue tomando Lotensin® H todos os dias, pelo tempo que seu médico achar necessário.
Este é um tratamento a longo prazo, possivelmente, com duração de meses ou anos. O seu médico irá monitorar regularmente a sua condição para verificar se o tratamento está tendo o efeito desejado (vide “Monitoramento durante o tratamento com Lotensin® H”).
Se você tem dúvidas sobre quanto tempo deverá tomar Lotensin® H, converse com seu médico ou farmacêutico.
Se parar de tomar Lotensin® H
Não pare de tomar Lotensin® H, a menos que seu médico lhe indique. Se você parar de tomar, a pressão arterial elevada não será mais controlada (vide “Por quanto tempo tomar Lotensin® H”).

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não pode ser partido ou mastigado.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Se você se esquecer de tomar uma dose desse medicamento, tome a dose esquecida assim que possível no mesmo dia. Se estiver quase no horário da próxima dose, não tome a dose esquecida e tome a próxima dose no horário usual.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Possíveis efeitos adversos
Como todos os medicamentos, os pacientes que tomam Lotensin® H podem ter efeitos adversos, embora nem todos os pacientes os tenham. A maioria dos efeitos adversos é leve a moderada e geralmente desaparece depois de alguns dias até algumas semanas de tratamento. Embora nem todos esses efeitos indesejáveis sejam comuns, se ocorrem, pode ser necessária atenção médica. Não fique alarmado com essa lista de possíveis efeitos adversos. Você pode não apresentar qualquer um deles.

Alguns efeitos adversos podem ser graves
Se você apresentar:
rash (erupções) cutâneo com ou sem dificuldades em respirar (possíveis sinais de reações de hipersensibilidade);
rash facial, dores articulares, distúrbios musculares, febre (possíveis sinais de lúpus eritematoso sistêmico);
rash, vermelhidão na pele, bolhas nos lábios, olhos ou boca, descamação da pele, febre (possíveis sinais de necrólise epidérmica tóxica, eritema multiforme, síndrome de Stevens Johnson);
rash, manchas vermelho-arroxeadas, febre, prurido (possíveis sinais de vasculite necrosante);
Cansaço ou fraqueza anormais, espasmos musculares, ritmo cardíaco anormal (possíveis sinais de hipopotassemia);
Cansaço anormal, confusão, contrações musculares ou convulsões (possíveis sinais de hiponatremia);
Confusão, cansaço, contrações musculares e espasmos, respiração rápida (possíveis sinais de alcalose hipoclorêmica);
Distúrbios gastrintestinais, como náuseas, vômitos, constipação, dor de estômago, micção frequente, sede, fraqueza muscular e contrações (possíveis sinais de hipercalcemia), febre (possível sinal de inflamação do pâncreas);
Dor de estômago superior grave (possíveis sinais de pancreatite);
Vômitos ou diarreia graves e persistentes;
Batimento cardíaco irregular (possíveis sinais de arritmia);
Manchas roxas na pele (possíveis sinais de trombocitopenia, púrpura);
Febre, dor de garganta, infecções mais frequentes (possíveis sinais de agranulocitose);
Febre, dor de garganta ou úlceras na boca devido a infecções (possíveis sinais de leucopenia);
Fraqueza, hematomas e infecções frequentes (possíveis sinais de pancitopenia, depressão da medula óssea);
Pele pálida, cansaço, falta de ar, urina escura (possíveis sinais de anemia hemolítica);
Diminuição severa da produção de urina (possíveis sinais de disfunção ou insuficiência do rim);
Inchaço da face, olhos, lábios ou língua, ou dificuldade em engolir ou respirar (súbita);
Dor torácica súbita e opressiva, batimento cardíaco irregular (possíveis sinais de doença cardíaca);
Pele e olhos amarelos, náuseas, perda de apetite, urina de cor escura (possíveis sinais de doença do fígado);
Sangramento espontâneo ou hematomas (possíveis sinais de baixo nível de plaquetas no sangue);
Diminuição da visão ou dor em seus olhos devido à alta pressão (possíveis sinais de glaucoma de ângulo fechado agudo);
Alguns pacientes apresentaram espasmos musculares, ritmo cardíaco anormal (sinais de alto nível de potássio no sangue);
Dor de garganta ou úlceras na boca devido a infecções, febre ou calafrios, infecções mais frequentes (sinal de uma disfunção sanguínea);
Dor abdominal com ou sem vômito e diarréia;
Reação alérgica grave durante o tratamento com Lotensin® H.

Se você tiver algum destes sintomas, informe ao seu médico imediatamente.

Outros efeitos:
Algumas reações adversas são muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Elevados níveis de lipídios no seu sangue (hiperlipidemia).

Algumas reações adversas são comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Tontura, desmaio quando de pé (hipotensão ortostática);
Tosse (seca, não-produtiva, principalmente à noite, contínua);
Faringite, dor de garganta e irritação da garganta (possíveis sinais de infecções do trato respiratório superior);
Distúrbios no estômago;
Náuseas e vômitos;
Batimento cardíaco rápido;
Rubor;
Dor de cabeça;
Cansaço;
Aumento da frequência urinária;
Prurido;
Aumento da sensibilidade da pele ao sol (fotossensibilidade);
Baixos níveis de magnésio no seu sangue (hipomagnesemia);
Níveis elevados de ácido úrico no seu sangue (hiperuricemia);
Erupção cutânea com comichão ou outras formas de erupção cutânea (urticária);
Diminuição do apetite;
Incapacidade de alcançar ou manter uma ereção (impotência).
Se alguma destas reações adversas afetar você gravemente, informe ao seu médico.

Algumas reações adversas são raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Diarreia;
Nervosismo;
Problemas de sono;
Dor nas articulações e rigidez;
Dor muscular;
Dormência ou formigamento nas mãos, pés ou lábios (parestesia);
Resultados anormais do teste de função renal;
Altos níveis de açúcar no sangue ou na urina (hiperglicemia, glicosúria);
Olhos e pele amarelados (colestase ou icterícia);
Constipação;
Depressão;
Distúrbios visuais (deficiência visual).

Se alguma destas reações adversas afetar você gravemente, informe ao seu médico.

Algumas reações adversas são muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Zumbido nos ouvidos;
Perda do paladar.
Se alguma destas reações adversas afetar você gravemente, informe ao seu médico.

– benazepril – há maior experiência pós-comercialização com benazepril e/ou outros inibidores da ECA em monoterapia, e foram relatadas as seguintes reações adversas adicionais:

Raras: angina de peito, arritmias, hepatite (predominantemente colestática) e icterícia colestática. Há relatos raros de pênfigo em pacientes tratados com inibidores da ECA,

Muito raras: infarto do miocárdio, pancreatite, distúrbio de função renal, trombocitopenia, síndrome de Stevens- Johnson e anemia hemolítica.

Frequência desconhecida: angioedema do intestino delgado, reações anafilactoides, hiperpotassemia, agranulocitose, neutropenia.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.

O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Se você tiver tomado mais Lotensin® H do que deveria, ou se alguém, acidentalmente, tomou seus comprimidos, contate o seu médico ou hospital imediatamente. Leve a embalagem dos comprimidos. O tratamento médico pode ser necessário.

Se você sentir qualquer um dos seguintes sintomas, avise ao seu médico assim que possível:
Tontura e/ou desmaios severos;
Diarreia, vômito ou náusea severa ou persistente;
cãimbras musculares, fraqueza ou cansaço incomum;
batimentos cardíacos irregulares.
Não há antídotos específicos tanto para a hidroclorotiazida como para o benazepril. As medidas de suporte devem ser aplicadas em todos os casos de superdose.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Data da bula

10/05/2017