Neocitec

NEOCITEC com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de NEOCITEC têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com NEOCITEC devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

novartis

Apresentação NEOCITEC

Solução injetável para infusão intravenosa (10 mg/mL)
Neocitec 10 mg. Frasco-ampola contendo 1,0 mL.
Neocitec 50 mg. Frasco-ampola contendo 5,0 mL.

NEOCITEC – Indicações

Neocitec (ditartarato de vinorelbina) é indicado para o tratamento das seguintes condições:
-Câncer de pulmão de células não pequenas.
-Câncer de mama.

Contra indicações de NEOCITEC

-Neocitec (ditartarato de vinorelbina) é contraindicado em pacientes com histórico de hipersensibilidade severa a vinorelbina.
-Neocitec (ditartarato de vinorelbina) não deve ser usado em pacientes com contagem de neutrófilos menor 1.000 células/mm3.
-Neocitec (ditartarato de vinorelbina) não deve ser administrado em pacientes com insuficiência hepática severa, não relacionada à progressão do tumor.
-Neocitec (ditartarato de vinorelbina) é contraindicado durante a gravidez e/ou amamentação.
MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO
Recomenda-se que Neocitec (ditartarato de vinorelbina) seja administrado a pacientes somente sob a supervisão de um médico experiente em quimioterapia de câncer. É recomendado também que equipamentos e medicamentos necessários para o tratamento de possíveis complicações estejam prontamente disponíveis.

Instruções de Preparo:
Neocitec (ditartarato de vinorelbina) deve ser administrado por via intravenosa. É extremamente importante que a agulha ou o cateter esteja adequadamente posicionado antes que Neocitec (ditartarato de vinorelbina) seja administrado. O extravasamento de Neocitec(ditartarato de vinorelbina) para o tecido periférico durante a administração intravenosa da droga pode causar considerável irritação, necrose do tecido local e/ou tromboflebite. Caso ocorra extravasamento a injeção deve ser descontinuada imediatamente, e qualquer porção resultante da dose deve ser administrada através de outra veia. Como não existem procedimentos estabelecidos para o tratamento de lesões causadas pelo extravasamento de vinorelbina, pode-se utilizar os procedimentos padrões. Como acontece com outros componentes tóxicos, deve se ter cuidado ao manusear ou preparar as soluções de Neocitec (ditartarato de vinorelbina), pois, reações cutâneas podem ocorrer devido à exposição acidental ao produto. O uso de luvas é recomendado durante o manuseio de Neocitec (ditartarato de vinorelbina). Caso a solução de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) entre em contato com a pele ou mucosa, deve-se lavar imediatamente e vigorosamente o local atingido com água corrente e sabão. A ocorrência de irritação ocular grave tem sido relatada após a contaminação acidental com outros alcalóides da vinca.
Caso isso ocorra com Neocitec (ditartarato de vinorelbina), o olho atingido deve ser enxaguado imediatamente e abundantemente com água.

Preparo da solução de Neocitec (ditartarato de vinorelbina)
A injeção de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) pode ser diluída tanto em uma seringa quanto em uma bolsa para administração intravenosa usando uma das soluções recomendadas. A solução diluída de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) deve ser administrada durante seis a dez minutos através do bocal de goma do cateter que administra o líquido de perfusão. Após o término da injeção intravenosa de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) administrar mais 75 mL a 100 mL da solução diluente.
-Seringa: a dose calculada de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) deve ser diluída para uma concentração entre 1,5 mg/mL a 3,0 mg/mL. Pode ser utilizada tanto uma solução injetável de dextrose a 5% quanto uma injeção de cloreto de sódio a 0,9%.
-Diluição em Bolsa IV: a dose calculada de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) deve ser diluída até a obtenção de uma concentração entre 0,5 mg/mL a 2,0 mg/mL. Podem ser empregadas as seguintes soluções: glicose a 5%, cloreto de sódio 0,9%, cloreto de sódico 0,45%, glicose a 5% + cloreto de sódio 0,45%, solução de Ringer e solução de Ringer lactato.
-Estabilidade: Os frascos-ampola de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) lacrados são estáveis por 72 horas à temperatura de até 25°C. O frasco-ampola de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) não deve ser congelado. Após a diluição em bolsa IV, o produto é estável por 24 horas, armazenado à temperatura ambiente.

Advertências

Neocitec (ditartarato de vinorelbina) deve ser administrado somente sob supervisão de um médico com experiência na utilização de agentes quimioterápicos. Recursos de suporte apropriados devem estar disponíveis, devido à possibilidade da ocorrência de reações de hipersensibilidade.
Pacientes tratados com Neocitec (ditartarato de vinorelbina) devem ser monitorados frequentemente para detectar a ocorrência de mielossupressão durante e após o tratamento. A ocorrência de granulocitopenia é dose-limitada e o nadir dos granulócitos ocorre entre o sétimo e o décimo dia após a administração de vinorelbina. A contagem dos granulócitos geralmente volta ao normal em sete a catorze dias.
Durante a terapia com vinorelbina devem ser realizadas contagens de sangue total e diferencial e os seus resultados devem ser revisados antes de cada administração de Neocitec (ditartarato de vinorelbina). Em caso de granulocitopenia (menor que 1000 / mm3), deve-se adiar a administração de um novo ciclo de tratamento até a normalização das contagens e o paciente deve ser acompanhado cuidadosamente para detectar a presença de febre e/ou infecções. O produto não deve ser administrado em pacientes com contagens de granulócitos menores do que 1000 células / mm3.
Neocitec (ditartarato de vinorelbina) deve ser utilizado com extrema cautela em pacientes com possível comprometimento medular devido à realização de sessões prévias de quimioterapia e/ou radioterapia, ou em pacientes que estejam em fase de recuperação medular devido aos efeitos de sessões prévias de quimioterapia. Neocitec (ditartarato de vinorelbina) não deve ser administrado concomitantemente à radioterapia cujos campos incluam o fígado. A ocorrência de broncoespasmo ou de insuficiência respiratória aguda tem sido relatada após a administração de vinorelbina e de outros alcalóides da vinca, principalmente quando é administrado concomitantemente com mitomicina. A ocorrência destes eventos pode necessitar de tratamento suplementar com oxigênio, broncodilatadores e/ou corticosteróides, particularmente na presença de disfunção respiratória pré-existente.
Em caso de insuficiência hepática, é conveniente reduzir a posologia de Neocitec (ditartarato de vinorelbina). Durante o tratamento com vinorelbina tem sido reportada a ocorrência de constipação grave (graus 3 a 4), íleo paralítico, obstrução intestinal, necrose e/ou perfuração intestinal.
A maioria dos efeitos adversos relacionados à administração de vinorelbina são reversíveis.
Caso ocorram efeitos adversos graves, a dose de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) deve ser reduzida ou descontinuada e medidas corretivas apropriadas devem ser tomadas. O reinício do tratamento com Neocitec (ditartarato de vinorelbina) deve ser realizado com cuidado para prevenir a recorrência da toxicidade.
Deve-se evitar qualquer contaminação acidental dos olhos com Neocitec (ditartarato de vinorelbina), pois há risco de irritação severa e ulceração da córnea se o produto for projetado sob pressão. Em caso de contato acidental com os olhos, estes devem ser lavados imediatamente e abundantemente com água.
Neocitec (ditartarato de vinorelbina) deve ser administrado exclusivamente por via intravenosa. É extremamente importante assegurar-se que a agulha foi corretamente introduzida na veia antes de começar a injeção de Neocitec (ditartarato de vinorelbina). Se houver extravasamento de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) no tecido adjacente à veia, ele pode provocar irritação considerável. Neste caso, é conveniente interromper a injeção e administrar o restante da dose em outra veia.
Carcinogenicidade, mutagenicidade e problemas de fertilidade:
O potencial carcinogênico de vinorelbina ainda não foi corretamente avaliado. A vinorelbina demonstrou afetar o número e a estrutura de cromossomos in vivo (foi demonstrada a presença de poliploidia em células de medula óssea de hamsters chineses e de positividade para o teste de micronúcleo em camundongos). A vinorelbina não demonstrou mutagenicidade no teste de Ames e apresentou resultados inclusivos no ensaio para o locus TK em linfomas de ratos. O significado dos resultados destes testes de curta duração para os seres humanos ainda não é completamente conhecido.
A vinorelbina não afetou a fertilidade significativamente, quando foi administrada a ratos, tanto em um regime de uma administração semanal quanto em um regime de administração em dias alternados. Entretanto, a administração de duas doses por semana em ratos, por 13 a 26 semanas, resultou num decréscimo da espermatogênese e da secreção vesicular prostática / seminal.

Interações medicamentosas de NEOCITEC

Medicamentos que causam discrasias sanguíneas: os efeitos leucopênicos da vinorelbina podem ser aumentados pelo uso concomitante ou recente de outras substâncias que causem os mesmos efeitos. Caso seja necessário ajustar a dose de vinorelbina, este ajuste deve ser baseado nas contagens sanguíneas de acompanhamento.

Radioterapia: o uso concomitante pode aumentar o grau de mielosupressão causado pela vinorelbina ou pela radioterapia.

Cisplatina: apesar da farmacocinética da vinorelbina não ser influenciada pelo uso concomitante de cisplatina, a incidência de toxicidade, especialmente granulocitopenia, é significativamente maior com o uso concomitante de vinorelbina e cisplatina, quando comparação com a administração de vinorelbina como agente único.

Mitomicina: reações pulmonares agudas têm sido reportadas quando vinorelbina é usada em conjunto com mitomicina.

Vacinas: administração concomitante da vinorelbina com vacinas de vírus vivos ou mortos deve ser evitada, pois os mecanismos de defesa podem estar suprimidos pela terapia com vinorelbina e a produção de anticorpos do paciente pode estar diminuída. O intervalo entre a descontinuação do medicamento que causa imunossupressão e a restauração da resposta do paciente à vacina depende da intensidade e do tipo de medicação utilizada e da doença de base, além de outros fatores. A interação da vinorelbina com vacinas de vírus vivos, além de apresentar as mesmas características da interação deste medicamento com vacinas de vírus mortos, ainda pode potencializar a replicação dos vírus e promover o aumento dos efeitos adversos da vacina. Pacientes com leucemia em remissão não devem receber vacinas de vírus vivos até, no mínimo, três meses após a última quimioterapia. Além disso, a imunização com a vacina oral contra o vírus da poliomielite deve ser postergada nas pessoas próximas ao paciente, especialmente nos familiares.

Paclitaxel: o uso concomitante e sequencial de vinorelbina e paclitaxel pode resultar em neuropatia; portanto, recomenda-se a monitorização constante dos sintomas de neuropatia.

Reações adversas / efeitos colaterais de NEOCITEC

Hematológicas (ver Advertências)
Granulocitopenia é a maior toxicidade dose dependente de vinorelbina. Em geral ela é reversível e não cumulativa. O tempo médio para o nadir é de 7 a 10 dias após a administração da dose, com a recuperação das contagens dos granulócitos acontecendo nos 7 – 14 dias seguintes. Anemia e trombocitopenia também foram observadas nos pacientes recebendo vinorelbina.

Reações neurológicas
Neuropatia periférica de intensidade leve a moderada, caracterizada por parestesia e hiperestesia, foram as toxicidades neurológicas mais relatadas com a administração de vinorelbina. Perda do reflexo profundo do tendão ocorreu em menos de 5% dos pacientes. O desenvolvimento de neuropatia periférica grave foi pouco frequente (1%) e geralmente foi reversível após a descontinuação do medicamento.

Reações cutâneas
Alopecia foi reportada em 12% dos pacientes e usualmente foi leve. Como outros agentes anti-tumorais derivados da vinca, a vinorelbina é também moderadamente vesicante. Reações nos locais de injeção, incluindo eritema, dor no local da injeção e descoloração venosa ocorreu em aproximadamente 1/3 dos pacientes e foi grave em 5%. A ocorrência de flebite química ao longo da veia próxima ao local da injeção foi reportada em 10% dos pacientes.

Reações gastrintestinais
A ocorrência de náuseas de intensidade leve a moderada foi relatada em 34% dos pacientes tratados com
A ocorrência de náuseas graves foi incomum (menor que 2%). A administração profilática de antieméticos em pacientes tratados unicamente com vinorelbina não foi adotada como rotina. Devido à baixa incidência de náuseas e vômitos graves em pacientes tratados unicamente com vinorelbina, o uso de antagonistas serotoninérgicos geralmente não foi necessário. Constipação foi relatada em 29% dos pacientes, com a ocorrência de íleo paralítico em 1% dos pacientes. A ocorrência de vômitos, diarréia, anorexia e estomatites foi geralmente de intensidade leve à moderada e foi relatada em menos de 20% dos pacientes tratados com vinorelbina.

Reações hepáticas
Foram observadas elevações transitórias nos níveis plasmáticos das enzimas hepáticas sem a manifestação de sintomas clínicos.

Reações cardiovasculares
Dores no peito foram reportadas em 5% dos pacientes. A maioria dos relatos foi realizada em pacientes que apresentavam histórico tanto de tumor com dor quanto de doença cardiovascular prévia. Não foram relatados episódios de infarto do miocárdio.

Outros eventos clínicos
Foi relatada a ocorrência de fadiga de intensidade leve a moderada em 27% dos pacientes. Com o acúmulo das doses de vinorelbina houve tendência de agravamento do quadro. Outros eventos tóxicos que foram relatados em menos de 5% dos pacientes incluíram dor no maxilar, mialgia, artralgia e rash. A ocorrência de cistite hemorrágica e da síndrome da secreção inapropriada de ADH foi reportada em < 1% dos pacientes.

NEOCITEC – Posologia

Neocitec (ditartarato de vinorelbina) deve ser administrado exclusivamente por via intravenosa.
A dose inicial de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) usualmente é de 25 mg/m2 a 30 mg/m2, administrado semanalmente, através de injeção intravenosa lenta (de seis a dez minutos). Esta dose deve ser ajustada de acordo com a tolerabilidade hematológica.
Em regimes de poliquimioterapia, a dose e a frequência de utilização de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) deve ser definida de acordo com o protocolo a ser seguido. Neocitec(ditartarato de vinorelbina) foi utilizado com a mesma dosagem em combinação com 120 mg/m2 de cisplatina, duas vezes por mês (dias 01 e 29), a cada seis semanas.
Não são necessários ajustes de dose para pacientes com insuficiência renal. Em caso de desenvolvimento de toxicidade, de intensidade moderada a grave, Neocitec (ditartarato de vinorelbina) deve ser descontinuado. A dose de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) deve ser ajustada de acordo com o grau de insuficiência e comprometimento hematológico.

Modificações de dose em caso de toxicidade hematológica:
A contagem de granulócitos deve ser maior ou igual a 1.000 células / mm3 antes da administração de Neocitec (ditartarato de vinorelbina). Ajustes na dosagem de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) devem ser baseados nas contagens de granulócitos obtidas no dia do tratamento, de acordo com os seguintes valores:
-1.500 granulócitos / mm3 ou mais: administrar 30 mg/m2 de Neocitec (ditartarato de vinorelbina).
-1.000 a 1.499 granulócitos / mm3: administrar 15 mg/m2 de Neocitec (ditartarato de vinorelbina).
-Menos de 1.000 granulócitos / mm3: não administrar Neocitec(ditartarato de vinorelbina). Repetir o hemograma (contagem de granulócitos) após uma semana. Caso três doses consecutivas de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) não possam ser administradas devido às baixas contagens de granulócitos, recomenda-se a descontinuação do tratamento.
Pacientes que experimentaram episódios de febre e/ou sepsis com granulocitopenia durante a terapia com Neocitec (ditartarato de vinorelbina), ou descontinuaram duas doses semanais consecutivas do medicamento devido à ocorrência de granulocitopenia devem receber doses subsequentes de 22,5 mg/m2 do produto (para contagens de maiores ou iguais a 1.500 células/mm3) ou 11,25 mg/m2 (para contagens de granulócitos de 1.000 a 1.499 células/mm3).

Modificações de dose em caso de insuficiência hepática:
Neocitec (ditartarato de vinorelbina) deve ser administrado cuidadosamente em pacientes com insuficiência hepática. Ajustes na dosagem de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) em pacientes que desenvolverem hiperbilirrubinemia durante o tratamento, devem ser baseados na taxa de bilirrubina total de acordo com os seguintes valores:
-Bilirrubina total de 2 mg/dL ou menos: administrar 30 mg/m2 de Neocitec (ditartarato de vinorelbina).
-Bilirrubina total de 2,1 a 3,0 mg/dL: administrar 15 mg/m2 de Neocitec (ditartarato de vinorelbina).
-Bilirrubina total de 3,0 mg/dL ou mais: administrar 7,5 mg/m2 de Neocitec (ditartarato de vinorelbina).

Super dosagem

Não há nenhum antídoto conhecido para episódios de superdose com Neocitec (ditartarato de vinorelbina). Casos de superdose envolvendo quantidades de até 10 vezes as dosagens recomendadas têm sido reportados. Os efeitos tóxicos descritos foram relacionados com aqueles descritos na sessão de Reações Adversas, incluindo íleo paralítico, estomatite e esofagite. Aplasia de medula, sepsis e parestesia também foram reportadas. Caso ocorram episódios de superdose, medidas de suporte gerais devem ser administradas juntamente com transfusões sanguíneas, G-CSF (fator estimulante das colônias de granulócitos), e antibióticos assim que julgadas necessárias pelo médico responsável. Outras medidas sintomáticas apropriadas deverão ser tomadas, quando necessárias.

Caracteristicas farmalogicas

Descrição
A vinorelbina, substância ativa de Neocitec (ditartarato de vinorelbina), é um antineoplásico citostático, da família dos alcalóides da vinca. O ditartarato de vinorelbina é um pó amorfo com coloração branco-amarelada e fórmula

Farmacodinâmica
O ditartarato de vinorelbina é um alcalóide da vinca que interfere com o equilíbrio dinâmico existente entre a tubulina e o microtúbulo. Os alcalóides da vinca geralmente apresentam pequenas diferenças de mecanismo de ação, causadas em parte pelos diferentes modos de interação com as proteínas associadas aos microtúbulos.
A vinorelbina age através da inibição da polimerização da tubulina. A atividade anti-tumoral da vinorelbina é causada principalmente pela sua interação com a tubulina que leva a uma inibição da mitose na fase da metáfase. Ela age preferencialmente sobre os microtúbulos mitóticos e não afeta os microtúbulos axonais, exceto em altas concentrações. A vinorelbina tem poder espiralizante da tubulina, inferior ao da vincristina.
Estas características conferem à vinorelbina a eficácia desejada, com menor toxicidade neurológica.
A vinorelbina bloqueia a mitose na fase G2 + M e provoca a morte celular durante a intérfase ou no próximo ciclo de mitose. Como acontece com outros alcalóides da vinca, a vinorelbina também pode interferir com os seguintes mecanismos: metabolismo do AMP cíclico, da glutadiona e dos aminoácidos; atividade de transporte da calmodulina Ca++ ATPase dependente; respiração celular e biossíntese de ácidos nucléicos e lipídios.

Farmacocinética
Distribuição: O ditartarato de vinorelbina apresenta captação tissular intensa e prolongada. Após a administração intravenosa, a concentração plasmática de vinorelbina decai de modo trifásico. O declínio inicial rápido é causado pela distribuição da droga para os compartimentos periféricos, seguido da metabolização e da excreção da droga durante as fases subsequentes. A fase terminal prolongada é causada pelo efluxo relativamente lento da vinorelbina, a partir dos compartimentos periféricos. A meia-vida da fase terminal varia de 27,7 a 40 horas e o clearance médio varia de 0,97 a 1,26 L/h/Kg. O volume de distribuição (steady-state) da vinorelbina varia de 25,4 a 40,1L/kg.
A taxa de ligação da vinorelbina às proteínas plasmáticas, em pacientes com câncer, variou de 79,6 a 91,2%. A vinorelbina liga-se fortemente às plaquetas e linfócitos, α1-glicoproteína ácida, albumina e lipoproteínas. A média da fração de vinorelbina livre foi de 0,135 (variação de 0,088 a 0,204). Devido à alta taxa de ligação da vinorelbina às plaquetas a fração de vinorelbina ligada no sangue foi de 98,3%. A ligação da vinorelbina às proteínas plasmáticas não foi alterada pela presença de cisplatina, 5-fluoruracila ou doxorrubicina.
Metabolização: Os alcalóides da vinca são metabolizados principalmente por via hepática, através das isoenzimas do citocromo P450, sub-grupo CYP3A. O metabolismo destas drogas pode ser prejudicado em pacientes com disfunção hepática ou que estejam em tratamento concomitante com inibidores potentes destas enzimas. Os efeitos da presença de disfunção hepática e/ou renal em pacientes recebendo vinorelbina não foram avaliados, mas com base na experiência com outros agentes anti-tumorais derivados dos alcalóides da vinca, recomenda-se a adoção de ajustes na dosagem de pacientes com disfunção hepática. Foram identificados dois metabólitos da vinorelbina em humanos, a N-óxido vinorelbina e deacetilvinorelbina. A de acetilvinorelbina é o principal metabólito da vinorelbina em humanos e possui atividade anti-tumoral similar a da vinorelbina.
Estudos pré-clínicos sobre a distribuição da vinorelbina, realizados em camundongos e macacos, demonstram que a vinorelbina marcada radioativamente distribui-se amplamente pelo corpo após uma injeção intravenosa. Altas quantidades de radioatividade foram detectadas no fígado, baço, rins, pulmões e timo; enquanto quantidades moderadas foram verificadas no coração e nos músculos. A detecção de radioatividade no cérebro e na medula óssea foi mínima.
Eliminação: A vinorelbina sofre uma metabolização hepática substancial em humanos. A excreção fecal é preponderante em razão da intensa eliminação biliar. Estudos realizados em animais revelaram que cerca de 28,5% da dose de vinorelbina é excretada inalterada através da bile, com pequenas quantidades de deacetilvinorelbina (menores que 5%).

Resultados de eficacia

Informação não disponível para esta bula.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Gravidez:
A vinorelbina pode causar dano fetal se administrada a mulheres grávidas. Uma única dose de vinorelbina demonstrou potencial embriotóxico e/ou fetotóxico em camundongos e coelhos. Caso Neocitec (ditartarato de vinorelbina) seja utilizado durante a gravidez, ou se a paciente engravidar enquanto está em tratamento com esta droga, a paciente deve ser alertada sobre o potencial de dano para o feto. Mulheres em período fértil devem ser alertadas a evitar a gravidez durante o tratamento com Neocitec (ditartarato de vinorelbina).

Lactação:
Não se conhece ao certo o grau de excreção de vinorelbina no leite humano. Entretanto, como muitas drogas são excretadas no leite humano e a vinorelbina possui potencial de causar eventos adversos em crianças, recomenda-se que a lactação seja descontinuada em mulheres que estejam em tratamento com Neocitec (ditartarato de vinorelbina).

Pacientes Idosos:
Não foram observadas diferenças significativas entre a eficácia e a segurança de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) em pacientes idosos e em adultos jovens. Contudo, alguns pacientes idosos podem ter uma maior sensibilidade ao serem tratados com Neocitec (ditartarato de vinorelbina). A farmacocinética da vinorelbina é similar em pacientes idosos e em adultos jovens.

Uso em pacientes pediátricos
A segurança e a efetividade da vinorelbina ainda não foi estabelecida em crianças.

Armazenagem

Conservar este medicamento em sua embalagem original até o uso. Neocitec (ditartarato de vinorelbina) deve ser conservado sob refrigeração (temperatura entre 2°C e 8°C) e protegido da luz. A solução de Neocitec (ditartarato de vinorelbina) não deve ser congelada.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
USO RESTRITO A HOSPITAIS.

“Para sua segurança, não descarte a bula e o cartucho até o uso total deste medicamento”.

Dizeres legais

Lote, data de fabricação e data de validade: vide cartucho.
Reg. M.S.: 1.0047.0440
Farm. Resp.: Luciana A. Perez Bonilha CRF-PR nº 16.006

Importado por:
Sandoz S.A. Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua Crámer, 4130 Rod. Celso Garcia Cid (PR-445), Km 87, Cambé-PR
Buenos Aires, Argentina. CNPJ: 61.286.647/0001-16
Indústria Brasileira

NEOCITEC – Bula para o paciente

Informação não disponível para esta bula.

Data da bula

16/03/2018