Primacor

PRIMACOR com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de PRIMACOR têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com PRIMACOR devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

sanofi

Apresentação PRIMACOR

Cartucho com 1 frasco-ampola de 20 ml
USO ADULTO
USO INTRAVENOSO
USO RESTRITO A HOSPITAIS

PRIMACOR – Indicações

PRIMACOR® IV está indicado no tratamento intravenoso a curto prazo da insuficiência cardíaca congestiva, inclusive nos estados de baixo débito subseqüentes a cirurgia cardíaca.

Contra indicações de PRIMACOR

PRIMACOR® IV está contra-indicado nos pacientes com hipersensibilidade à milrinona e aos demais componentes da formulação

Advertências

PRIMACOR® IV não deve ser empregado, em substituição à correção cirúrgica, em pacientes com valvulopatias obstrutivas aórtica ou pulmonar graves, ou na estenose subaórtica hipertrófica. Assim como outros agentes inotrópicos ou vasodilatadores, PRIMACOR® IV pode agravar a obstrução do fluxo nestas condições. Não foram conduzidos estudos clínicos em pacientes na fase aguda do pós-infarto miocárdio.
O emprego de PRIMACOR® IV neste contexto não é recomendado, pois pode levar a um aumento indesejável no consumo de oxigênio pelo miocárdio (MV O2). PRIMACOR® IV não demonstrou aumentar o consumo de oxigênio pelo miocárdio em pacientes com insuficiência cardíaca crônica. PRIMACOR® IV pode induzir a hipotensão como conseqüência de sua ação vasodilatadora. Portanto, precaução se faz necessária em pacientes com quadro hipotensivo antes do tratamento ser iniciado, ou nos pacientes demonstrando queda expressiva da pressão arterial durante o tratamento. Nestes casos a infusão deve ser descontinuada até que o efeito hipotensivo tenha sido resolvido e então reiniciar com baixo fluxo de infusão e monitoramento. Caso uma terapia diurética prévia possa ter causado decréscimos significativos da pressão do enchimento cardíaco, PRIMACOR® IV deverá ser administrado com cautela, monitorizando-se a pressão sangüínea, o ritmo cardíaco e a sintomatologia clínica. Controlar cuidadosamente o equilíbrio eletrolítico e a função renal em pacientes sob uso de milrinona. A melhora do débito cardíaco e o aumento da diurese podem exigir redução da dose de diuréticos. A perda de potássio por diurese excessiva pode provocar arritmias em pacientes digitalizados. Deve-se, portanto, corrigir a hipopotassemia antes ou durante o tratamento com PRIMACOR® IV.
O potencial para arritmia, presente na insuficiência cardíaca congestiva, pode ser aumentado por muitas substâncias ou associações. Os pacientes deverão ser atentamente monitorizados durante a infusão de milrinona (ritmo cardíaco, estado clínico, eletro-cardiograma, balanço de fluídos, eletrólitos e função renal – por exemplo, creatinina sérica).
Arritmias supraventriculares e ventriculares foram observadas na população de alto risco tratada com PRIMACOR® IV. Em alguns pacientes, PRIMACOR® IV pareceu ter aumentado a ectopia ventricular, incluindo a taquicardia ventricular não-sustentada. PRIMACOR® IV produz uma discreta diminuição do tempo de condução do nódulo AV, indicando um potencial para aumento da taxa de resposta ventricular nos pacientes com “flutter” ou fibrilação atrial não controlados. Nesses pacientes, deve-se considerar tratamento com digitálicos ou com outros medicamentos que prolongam o tempo de condução do nódulo AV. Não há experiência em estudos controlados com infusões de milrinona por períodos superiores a 48 horas. Casos de reação no local da infusão têm sido relatados com o tratamento com milrinona (vide item REAÇÕES ADVERSAS).
Consequentemente, deve-se manter uma monitoração cuidadosa no local da infusão para evitar possível extravasamento.

Interações medicamentosas de PRIMACOR

Quando a furosemida é injetada na mesma linha de infusão do lactato de milrinona um precipitado se forma, por este motivo, furosemida ou bumetanida não devem ser administrados na mesma via de infusão.
O lactato de milrinona não deve ser diluído em infusões intravenosas de bicarbonato de sódio. Não devem ser misturados outros medicamentos com PRIMACOR® IV até que dados de compatibilidade estejam disponíveis.

Reações adversas / efeitos colaterais de PRIMACOR

As reações adversas foram posicionadas de acordo com a classificação de sistema órgãoclasse e freqüência, utilizando a seguinte convenção: muito comuns (≥ 1/10); comuns (≥ 1/100, < 1/10); pouco comuns (≥ 1/1000, < 1/100); raros (≥ 1/10000, < 1/1000); muito raros (< 1/10000). Alterações hematológicas e linfáticas: trombocitopenia (pouco comum)
Alterações metabólicas e nutritivas: hipocalemia (pouco comum)
Alterações do sistema nervoso: cefaléias (comum), tremor (pouco comum).
Alterações cardiovasculares:
• Comuns: atividade ectópica ventricular; taquicardia ventricular sustentada ou não
sustentada; arritmias supraventriculares; hipotensão.
• Pouco comuns: fibrilação ventricular; angina/ dor no peito.
• Muito raros: Torsades de pointes
A incidência de arritmia supraventricular e ventricular, não está relacionada com a dose nem com o nível plasmático de milrinona. As arritmias que representam perigo para a vida estão muitas vezes associadas a certos fatores subjacentes, tais como arritmias pré-existentes, alterações metabólicas (ex: hipocalemia), níveis de digoxina
anormais e cateterizações.
Alterações respiratórias: broncoespasmo (muito raro)
Alterações hepato-biliares: alteração dos testes de função hepática (pouco comum)
Alterações dermatológicas: reações cutâneas, ex: rash (muito raro)
Alterações no local de administração: Reações no local da infusão
Alterações gerais: choque anafilático (muito raro)

PRIMACOR – Posologia

PRIMACOR® IV deve ser administrado com uma dose de ataque em bolus seguida de infusão contínua (dose de manutenção) de acordo com a seguinte orientação: Dose de ataque: 50 mcg/kg administrados lentamente durante 10 minutos (injeção direta, gota a gota ou bomba de infusão). Dose de manutenção: pode variar de 0,375 a 0,750 mcg/kg/min, em infusão intravenosa contínua. A dose total diária máxima é 1,13 mg/kg. A velocidade de infusão deve ser ajustada de acordo com a resposta clínica e hemodinâmica. Os pacientes devem ser atentamente monitorizados. Soluções de diferentes concentrações podem ser usadas, dependendo das necessidades dos pacientes. As soluções compatíveis para diluição são cloreto de sódio 0,45% e 0,9% e soro glicosado 5%. PRIMACOR® IV não deve ser diluído em infusão intravenosa de bicarbonato de sódio. A solução diluída deve ser utilizada dentro de 24 horas. A duração do tratamento dependerá da resposta do paciente. Pacientes foram mantidos em infusão de PRIMACOR® IV por até 5 dias, embora o período usual seja de 48 a 72 horas.

Super dosagem

PRIMACOR® IV em altas doses pode produzir hipotensão e arritmia cardíaca. Caso ocorra, a administração de PRIMACOR® IV deverá ser descontinuada até que as condições do paciente se estabilizem. Não é conhecido antídoto específico, mas como regra padrão, poderão ser adotadas medidas de suporte circulatório.

Caracteristicas farmalogicas

A milrinona é um agente inotrópico positivo e vasodilatador, possuindo pouca atividade cronotrópica. A milrinona também melhora o relaxamento diastólico do ventrículo esquerdo. Ela difere dos glicosídeos digitálicos, das catecolaminas ou dos inibidores da enzima conversora de angiotensina tanto pela estrutura como pelo modo de ação. Em concentrações adequadas para produzir efeito inotrópico e vasodilatador, a milrinona é um inibidor seletivo da isoenzima fosfodiesterase III do AMP cíclico, na musculatura cardíaca e vascular. Essa ação inibidora é consistente com os aumentos do cálcio intracelular ionizado e da força contrátil do miocárdio, mediados pelo AMP cíclico, assim como com a fosforilação da proteína contrátil e o relaxamento da musculatura vascular, também dependentes do AMP cíclico. Evidências experimentais adicionais indicam ainda que a milrinona não age como agonista beta-adrenérgicos, nem é inibidora da atividade da sódio-potássio-adenosina trifosfatase, como os glicosídeos digitálicos.
A milrinona produz leve aumento da condução do nódulo AV, porém sem outros efeitos eletrofisiológicos significantes. Estudos clínicos realizados em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva demonstraram que PRIMACOR® IV, produz pronta melhora nos índices hemodinâmicos de insuficiência cardíaca congestiva (classificação da New York Heart Association), incluindo débito cardíaco, pressão capilar pulmonar em cunha e resistência vascular, sem efeito clinicamente significativo no ritmo cardíaco ou consumo de oxigênio pelo miocárdio, de acordo com a dose e os níveis plasmáticos. Tanto o efeito inotrópico como o vasodilatador são observados com concentrações plasmáticas de milrinona na faixa de 100 a 300 nanogramas/ml. Em pacientes com a função miocárdica deprimida, uma dose de ataque de lactato de milrinona produz imediata e significativa melhoria do débito cardíaco, da pressão capilar pulmonar e da resistência vascular sistêmica e apenas discreto aumento da freqüência cardíaca e leve redução da pressão arterial sistêmica. A posologia utilizada situou-se entre 12,5 e 125 microgramas/kg, administrados a uma velocidade de 100 mcg/seg. A melhora hemodinâmica ocorre sem aumento significativo do consumo de oxigênio pelo miocárdio.

Resultados de eficacia

O lactato de milrinona é um derivado bipiridínico com ação inibidora da fosfodiesterase e efeitos
inotrópico e vasodilatador. Sob o ponto de vista químico, é o lactato de 1,6-dihidro-2-metil-6-
oxo(3,4-bipiridina)-5-carbonitrila.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Não existem recomendações posológicas especiais para pacientes idosos. Estudos farmacocinéticos controlados não identificaram efeitos relacionados à idade quer no aspecto de distribuição, quer no de eliminação do PRIMACOR® IV. Uso Pediátrico Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia do PRIMACOR® IV em crianças e adolescentes (abaixo de 18 anos de idade). PRIMACOR® IV deve ser utilizado somente se os benefícios potenciais suplantarem os potenciais riscos.

Armazenagem

Informação não disponível para esta bula.

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
M.S. 1.1300.1015
Farm. Resp.: Antonia A. Oliveira
CRF-SP 5.854
Fabricado por:
Glaxo Wellcome Production
Notre Dame de Bondeville – França
Importado por:
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papais, 413
CEP 08613-010 – Suzano – SP
CNPJ 02.685.377/0008-23
Indústria Brasileira – ® Marca Registrada
IB020306D
Serviço de atendimento ao consumidor 0800-703-0014
www.sanofi-aventis.com.br
Lote, fabricação e validade: VIDE RÓTULO E/OU CARTUCHO

PRIMACOR – Bula para o paciente

Composição
Cada ml de solução injetável contém:
lactato de milrinona 1mg
veículo q.s.p. 1 ml
contém: ácido lático, glicose anidra, hidróxido de sódio e água para injeção.
Cuidados de conservação
PRIMACOR® IV deve ser guardado em sua embalagem original. Evitar local quente (temp. entre 30 e 40°C) e proteger da luz. Não congelar. A solução diluída deve ser utilizada dentro de 24 horas.
Prazo de validade
Impresso na embalagem. Ao comprar qualquer medicamento verifique o prazo de validade. Não use remédio com prazo de validade vencido. Além de não obter o efeito desejado, você poderá prejudicar sua saúde.
O USO DE PRIMACOR® IV DEVE SER FEITO SOB ESTRITA SUPERVISÃO MÉDICA, EM AMBIENTE HOSPITALAR. NÃO USE REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS. ATENÇÃO: ESTE MEDICAMENTO CONTÉM AÇÚCAR (glicose anidra 47 mg/mL), PORTANTO, DEVE SER USADO COM CAUTELA EM PORTADORES DE DIABETES.

Data da bula

30/11/2011