Proleukin

PROLEUKIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de PROLEUKIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com PROLEUKIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

zodiac

Apresentação PROLEUKIN

Pó liófilo injetável
1 frasco-ampola com 18 x 106 U.I. (em 1 mL da solução após reconstituição com água para injeção)

PROLEUKIN – Indicações

PROLEUKIN® é indicado no tratamento do carcinoma renal metastático e do melanoma metastático.

Contra indicações de PROLEUKIN

PROLEUKIN® está contraindicado em pacientes com conhecida hipersensibilidade à IL-2r ou a algum componente da fórmula e em pacientes com teste de estresse cardíaco com o tálio ou função pulmonar alterados. Pacientes transplantados, aqueles com doença auto-imune prévia e que necessitem uso contínuo de corticosteroides, sem possibilidade de substituição dessa classe de drogas, também devem ser excluídos. Constituem ainda situações clínicas de contraindicação ao uso de PROLEUKIN® os pacientes com:
-Performance Status por ECOG=>2,
-Infecção ativa em uso de antibioticoterapia,
-PaO2 <60mmHg no repouso,
-Contagem de leucócitos < 4000/mm³, contagem de plaquetas <100.000/mm³ e/ou nível de hematócrito <30%
O reinício do tratamento com IL-2r também está contraindicado em pacientes que apresentaram os seguintes efeitos adversos no primeiro curso de terapia:
-Taquicardia ventricular sustentada;
-Distúrbios do ritmo cardíaco não controlados ou não responsivos à terapia;
-Dor torácica recorrente com alterações no eletrocardiograma sugestivas de angina ou infarto do miocárdio; -Intubação requerida por mais de 72 horas;
-Tamponamento pericárdico;
-Insuficiência renal requerendo diálise por mais de 72 horas; -Coma ou psicose tóxica presente por mais de 48 horas; -Convulsões repetidas ou de difícil controle;
-Perfuração ou isquemia intestinal;
-Hemorragia gastrointestinal requerendo cirurgia.

Este medicamento é contra indicado para uso por crianças.
Este medicamento pode afetar a função do SNC, provocando alucinações, sonolência, síncope e convulsões. Sendo assim, o paciente deve evitar dirigir automóveis ou operar máquinas após seu uso.
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Advertências

A interleucina-2r, quando administrada via intravenosa, deve ser utilizada sob supervisão médica especializada no uso de agentes quimioterápicos para tratamento de câncer. A administração do medicamento deve ser realizada em ambiente hospitalar, preferencialmente em uma unidade de tratamento intensivo para controle dos parâmetros clínicos e laboratoriais do paciente.
São necessários precaução extrema e controle cuidadoso nos pacientes portadores de enfermidade cardiovascular ou respiratória grave pré- existentes, alterações do estado mental ou com comprometimento da função renal ou hepática. A administração de IL-2r provoca febre e efeitos colaterais gastrointestinais na maioria dos pacientes tratados nas doses recomendadas. Pode-se utilizar medicação antipirética e/ou antiulcerosa para tratar ou evitar parcialmente estes efeitos colaterais. A administração de IL-2r determina um aumento reversível das transaminases hepáticas, das bilirrubinas, da ureia e da creatinina.
Os pacientes com disfunção renal ou hepática pré-existentes devem ser observados atentamente. A administração de IL-2r pode alterar o metabolismo renal ou hepático ou a excreção de medicamentos administrados concomitantemente. Outros medicamentos que têm um potencial nefrotóxico ou hepatotóxico conhecidos devem ser utilizados com precaução.
Hipotensão arterial pode ocorrer prontamente e pode ser mais acentuada com a administração intravenosa em “bolus” do que sob infusão intravenosa contínua. A hipotensão pode ocorrer de 2 a 12 horas após a administração de IL-2r. A maioria dos pacientes necessita tratamento com agentes vasopressores, tais como dopamina ou fluidos administrados por via intravenosa. A função pulmonar deve ser controlada atentamente nos pacientes que desenvolvam estertores ou aumento da velocidade respiratória ou que se queixam de dispneia. Os pacientes podem sofrer alterações do estado mental, incluindo irritabilidade, confusão ou depressão enquanto recebem IL-2r. Estas alterações são normalmente reversíveis quando se interrompe o tratamento com o fármaco. Ainda assim, as alterações do estado mental podem progredir durante vários dias antes que se inicie a recuperação. A IL-2r pode alterar a resposta do paciente a medicamentos psicotrópicos.
A administração de IL-2r provoca extravasamento capilar na maioria dos pacientes, o que pode aumentar as efusões das serosas, portanto é necessário cautela em pacientes que já apresentam sinais e sintomas de efusões, antes do início da terapia com IL-2r. Caso sejam administrados fluidos por via intravenosa, deve-se estar atento para os benefícios potenciais da expansão do volume intravascular contra os riscos de edema pulmonar, em consequência do extravasamento vascular.
Aconselha-se extrema cautela em pacientes que tenham história de doença cardíaca ou pulmonar. Foram descritos casos de insuficiência da tireóide ao se administrar PROLEUKIN®.
Recomenda-se cautela quando tratar pacientes com doença auto-imune conhecida. PROLEUKIN® pode aumentar a função imune celular. Alguns pacientes poderão necessitar entubação oro-traqueal para tratar a insuficiência respiratória transitória. A administração de IL-2rdeverá ser suspensa em pacientes que desenvolvam letargia ou sonolência; caso contrário poderá provocar coma.
A IL-2r poderá piorar os sintomas da doença em pacientes com metástase do SNC clinicamente não reconhecida ou não tratada. Todos os pacientes deverão ser submetidos a uma avaliação e tratamento adequado das metástases do SNC antes de iniciar a terapia com a interleucina- 2r.
A administração de IL-2r pode estar associada com um aumento da incidência e agravamento das infecções bacterianas, principalmente, com Staphylococcus aureus. As infecções bacterianas pré-existentes deverão ser tratadas adequadamente, antes do inicio do tratamento com a IL-2r. A toxicidade associada com a administração do fármaco poderá ser agravada por uma infecção bacteriana concomitante.
Se ocorrer efeitos adversos (severos) graves deve-se descontinuar o tratamento ou reduzir-se a dose.
Durante o tratamento com IL-2r podem ocorrer alterações do metabolismo da glicose, devendo-se monitorar os níveis de glicose capilar, principalmente nos pacientes diabéticos e pré-diabéticos.

Análises laboratoriais: recomendam-se as seguintes análises de laboratório para todos os pacientes submetidos à terapia com IL-2r,periodicamente (antes, durante e depois do tratamento): hemograma completo, incluindo plaquetometria, eletrólitos, dosagem de glicose sérica, exames da função renal e hepática e radiografias do tórax.
Na avaliação dos pacientes, como complemento da história clínica e do exame físico, deve-se considerar a realização de ECG, provas da função pulmonar com gasometria arterial e avaliação objetiva para doença coronariana, antes do início do tratamento.

Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Não deve ser utilizado durante a amamentação, exceto sob orientação médica.

A excreção de PROLEUKIN® no leite materno é desconhecida, portanto a amamentação deve ser interrompida durante o seu uso.
IL-2r tem demonstrado ter efeitos letais em embriões de ratos quando administrado em doses de 27 a 36 vezes a dose humana (baseado no peso corporal). Toxicidade materna significativa foi observada em ratas grávidas que receberam PROLEUKIN® por via intravenosa em doses 2,1 a 36 vezes maiores do que a dose humana durante o período crítico de organogênese. Nenhuma evidência de teratogenia foi observada além daquela atribuída à toxicidade materna. Não há estudos adequados e bem controlados de IL-2r em mulheres grávidas. PROLEUKIN® deve ser usado durante a gravidez somente se o potencial de benefício justificar o potencial de risco.

Uso pediátrico: a segurança e eficácia em crianças não estão estabelecidas.

Interações medicamentosas de PROLEUKIN

A IL-2r pode afetar as funções do SNC. Portanto, podem ocorrer interações quando utilizados com psicofármacos (ex.: narcóticos, analgésicos, antieméticos, sedativos, ansiolíticos).
A administração concomitante de medicamentos com efeitos nefrotóxicos (ex.: aminoglicosídeos, indometacina), mielotóxicos (ex.: quimioterapia citotóxica), cardiotóxicos (ex.: doxorrubicina) ou hepatotóxicos (ex.: metotrexato, asparaginase) com IL-2r pode aumentar a toxicidade nestes órgãos.
A segurança e eficácia de PROLEUKIN® em combinação com quimioterápicos não foram estabelecidas. No entanto, foi reportado episódio fatal de Síndrome de Lise tumoral após uso combinado com cisplatina, vinblastina e dacarbazina, sendo recomendada cautela no uso dessas drogas em associação. Reações de hipersensibilidade caracterizadas por eritema, prurido e hipotensão foram reportadas na associação de alta dose de PROLEUKIN® e dacarbazina, cisplatina, tamoxifeno e alfa-interferon. Essas reações foram descritas em até algumas horas após a quimioterapia e, em alguns casos, houve necessidade de interveção médica. O uso de meio de contraste após a infusão de PROLEUKIN® pode reativar toxicidades observadas durante a infusão da droga. Há relatos de reações que ocorreram durante exames com uso de meio de contraste, dentro de 2 semanas ou até alguns meses após o uso de PROLEUKIN®.
Embora os glicocorticoides tenham apresentado atividade em reduzir os efeitos colaterais induzidos pela IL-2r incluindo febre, insuficiência renal, hiperbilirrubinemia, confusão e dispneia, a administração concomitante destes medicamentos com a IL-2r pode reduzir a eficácia antitumoral deste medicamento e, portanto, deve ser evitada esta associação.
Os betabloqueadores e outros anti-hipertensivos podem potencializar a hipotensão observada, por vezes, com o uso da IL-2r.

Reações adversas / efeitos colaterais de PROLEUKIN

Em um estudo com 255 pacientes com câncer renal metastático recebendo Proleukin® isoladamente, constatou-se uma incidência de morte de 4% relacionados ao uso do medicamento. Na avaliação de um grupo de 270 pacientes com melanoma metastático, foi observada uma incidência de morte de 2% relacionados ao uso do medicamento. Demonstrou-se que a frequência e gravidade das reações adversas estão relacionadas à dose e esquema posológico empregados.
A maioria das reações adversas são auto-limitadas e são usualmente, mas não invariavelmente, reversíveis em 2 a 3 dias após descontinuação da droga.
Exemplos de reações adversas com sequelas permanentes incluem: infarto do miocárdio, perfuração/infarto intestinal e gangrena.
As reações adversas graves mais frequentemente relatadas incluem hipotensão, disfunção renal com oligúria/anúria, dispneia ou congestão pulmonar e alterações no estado mental (ex.: letargia, sonolência, confusão e agitação).
Outros eventos adversos graves incluem isquemia do miocárdio, miocardite, gangrena, insuficiência respiratória necessitando de entubação, hemorragia gastrointestinal requerendo cirurgia, perfuração intestinal/íleo, coma, convulsões, septicemia e comprometimento renal requerendo diálise.
Os dados de reações adversas listados abaixo estão baseados em 525 pacientes (255 com câncer renal e 270 com melanoma metastático) tratados com o esquema posológico recomendado.
Dados envolvendo órgão ou sistema nos quais as reações ocorreram em número significativo estão enumerados na Tabela 1.

Tabela 1 – Ocorrência de reações adversas em >10% dos pacientes* (n=525)

SISTEMA/ÓRGÃO % DE PACIENTES SISTEMA/ÓRGÃO % DE PACIENTES
Gerais   Distúrbios Metabólico e Nutricional  
Calafrio 52 Bilirrubinemia 40
Febre 29 Elevação da creatinina 33
Mal-estar 27 Edema periférico 28
Astenia 23 Elevação do AST 23
Infecção13 13 Ganho de peso 16
Dor 12 Edema 15
Dor Abdominal 11 Acidose 12
distensão abdominal 10 Hipomagnesemia 12
Cardiovascular   Hipocalemia 11
Hipotensão 71 Aumento da fosfatase alcalina 10
Taquicardia 23 Nervoso  
Vasodilatação 13 Confusão 34
Taquicardia supraventricular 12 Sonolência 22
Distúrbio cardiovascular (a) 11 Ansiedade 12
Arritmia 10 Vertigem 11
Digestivo   Respiratório  
Diarreia 67 Dispneia 43
Vômito 50 Distúrbio pulmonar (b) 24
Náusea 35 Distúrbio respiratório (c) 11
Estomatite 22
Aumento da tosse
11
Anorexia 20 Rinite 10
    Pele e anexos  
Náusea e Vômito 19 Erupção 42
Hematológico   Prurido 4
Trombocitopenia 37 Dermatite esfoliativa 18
Anemia 29 Urogenital  
Leucopenia 16 Oligúria 63



(a) Distúrbio Cardiovascular: flutuações na pressão sanguínea, alterações assintomáticas do ECG e insuficiência cardíaca.
(b) Distúrbio Pulmonar: achados físicos associados com congestão pulmonar, estertores e roncos.
© Distúrbio Respiratório: SARA, infiltrados pulmonares (achados pulmonares) e alterações inespecíficas pulmonares.

Tabela 2 – Reações adversas com risco de morte (grau 4) (n= 525)

SISTEMA/ÓRGÃO Nº e (%) de PACIENTES SISTEMA/ÓRGÃO Nº e (%) de PACIENTES
Gerais   Distúrbio Metabólico e Nutricional  
Febre 5 (1%) Bilirrubinemia 13 (2%)
Infecção 7 (1%) Elevação da creatinina 5 (1%)
Sepse 6 (1%) Elevação do AST 3 (1%)
Cardiovascular   Acidose 4 (1%)
Hipotensão 15 (3%) Nervoso  
Taquicardia supraventricular 3 (1%) Confusão 5 (1%)

Distúrbio cardiovascular (a)

7 (1%) Estupor 3 (1%)
Infarto do miocárdio 7 (1%) Coma 8 (2%)
Taquicardia ventricular 5 (1%) Psicose 7 (1%)
Parada cardíaca 4 (1%) Respiratório  
Digestivo   Dispneia 5 (1%)
Diarreia 10 (2%) Distúrbio respiratório (c) 14 (3%)
Vômito 7 (1%) Apneia 5 (1%)
Hematológico e linfático   Urogenital  
Trombocitopenia 5 (1%) Oligúria 33 (6%)
Distúrbios da coagulação (b) 4 (1%) Anúria 25 (5%)
    Insuficiência Renal Aguda 3 (1%)



(a)Distúrbio cardiovascular: flutuações na pressão sanguínea
(b)Distúrbio da coagulação: coagulopatia intravascular.
© Distúrbio Respiratório: SARA, insuficiência respiratória, intubação.
De acordo com a gravidade das reações adversas, as doses de Proleukin® devem ser suspensas e reiniciadas conforme parâmetros contidos na Tabela 3.

Tabela 3 – Suspender e reiniciar as doses de Proleukin® (aldesleucina/interleucina-2r) conforme esquema

Órgão/sistema Suspender dose devido à Doses subsequentes podem ser dadas se
Cardiovascular

Fibrilação atrial, taquicardia, supraventricular, ou bradicardia que requeira tratamento ou é recorrente ou persistente

P.A. sistólica < 90 mm Hg com aumento da necessidade de vasopressores

Qualquer alteração no ECG consistente com infarto do miocárdio ou isquemia com ou sem dor torácica; suspeita de isquemia cardíaca.

 

Paciente está assintomático com recuperação plena para ritmo sinusal normal

P.A. sistólica ≥ 90 mm Hg estável ou diminuindo a necessidade de vasopressores.

Paciente está assintomático, I.A.M e miocardite foram descartadas, suspeita clínica de angina é baixa; não há evidência de hipocinesia ventricular

Pulmonar Saturação de O2 < 94% respirando ar ambiente ou <90% com 2 litros O2, através de catéter nasal Saturação O2 ≥ 94% respirando ar ambiente ou ≥ 90% com 2 litros de O2, através de catéter nasal.
Sistema Nervoso Central Alteração no estado mental, incluindo moderada confusão ou agitação Alterações no estado mental completamente resolvidas
Sistêmico Sepse, paciente está clinicamente instável Sepse foi resolvida, paciente está clinicamente estável, infecção em tratamento
Urogenital

Creatinina sérica ≥ 4,5 mg/dL ou creatinina sérica de 4 mg/dL na presença de gravesobrecarga de volume, acidose ou hiperpotassemia

Persistente oligúria, diurese ≤ 10 mL/h por 16 a 24 horas com aumento da creatinina sérica

Creatinina sérica < 4 mg/dL e o estado hidro-eletrolítico está estável.

Diurese > 10 mL/h com diminuição da creatinina sérica > 1,5 mg/dL ou normalização da creatinina sérica

Digestivo Sinais de insuficiência hepática incluindo encefalopatia, ascite, dor hepática e hipoglicemia. Todos os sinais de insuficiência hepática estiverem normalizados (*)
Sangue oculto nas fezes > 3-4+ repetidamente Sangue oculto nas fezes negativo.
Pele Dermatite bolhosa ou piora notável das condições pré-existentes da pele (evitar terapia com corticoide tópico) Resolução de todos os sinais de dermatite bolhosa



(*) Descontinuar todo tratamento posterior para aquele curso. Considerar o início de novo curso de tratamento, ao menos 7 semanas, após cessar as reações adversas e a alta hospitalar.
Outros eventos adversos sérios foram derivados de estudos clínicos envolvendo mais de 1.800 pacientes tratados com IL-2r usando uma variedade de doses e esquemas. Cada um destes eventos ocorreu com uma frequência < 1% e incluem: insuficiência renal e hepática resultando em morte, úlcera duodenal, perfuração intestinal fatal, necrose intestinal, parada cardíaca, miocardite, taquicardia supraventricular, cegueira transitória ou permanente secundária à neurite ótica, hipertermia maligna, AVC, ataque isquêmico transitório, meningite, edema cerebral, pericardite, nefrite intersticial alérgica, fístula traqueo-esofágica, embolia pulmonar fatal, quadro depressivo grave conduzindo ao suicídio.
Exacerbação da doença auto-imune pré-existente (doença de Crohn e doença tireoideana) e reações adversas tardias ao contraste iodado. Em investigações clínicas tem sido observado vitiligo persistente, mas não progressivo, em pacientes com melanoma maligno tratados com IL-2r.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

PROLEUKIN – Posologia

Proleukin ® pode ser administrado tanto por via intravenosa como por via subcutânea.

CUIDADOS PARA ADMINISTRAÇÃO:
Proleukin® deve ser reconstituído com 1,2 mL de água para injeção. Injetar assepticamente a água para injeção no frasco-ampola. Homogeneizar levemente para evitar a formação de espuma. Não agitar. Quando reconstituído, conforme descrito cada mL contém 18 x 106 U.I. (1,1 mg) de Proleukin ®. A solução resultante deve ser um líquido transparente e incolor.
Quando utilizada por via intravenosa, a dose total de interleucina-2 a ser administrada deve ser diluída, conforme seja necessário, até 500 mL de soro glicosado a 5% contendo 0,1% de albumina humana (até um máximo de 2% de albumina humana) e administrada sob infusão intravenosa contínua durante 24 horas. A albumina humana deve ser misturada ao soro glicosado, antes que se acrescente a interleucina-2.A albumina humana deve ser acrescentada para evitar a perda de bioatividade.
Proleukin ® não contém conservantes. É essencial que a solução para a infusão seja preparada utilizando-se técnica asséptica.
Antes e após a reconstituição e diluição de Proleukin ®, conservar o produto em refrigerador (2º – 8ºC). A solução deve alcançar a temperatura ambiente antes de ser administrada ao paciente. Administrar Proleukin (aldesleucina/interleucina-2r) em até 48 horas após a reconstituição. A solução deve alcançar a temperatura ambiente antes de ser administrada ao paciente.
Proleukin ® não deve ser reconstituído ou diluído em água bacteriostática para injeção ou soro fisiológico 0,9%. Não misturar Proleukin ®com outros medicamentos.
Medicamentos de uso parenteral devem ser inspecionados visualmente quanto a partículas ou coloração estranha, antes da administração.

POSOLOGIA:
Carcinoma Renal Metastático
Proleukin ® é utilizado em monoterapia por via intravenosa ou associada com outras substâncias ativas, especialmente a interferona-alfa ou outras drogas quimioterápicas como, por exemplo, a 5-fluoruracila, tem apresentado resultados favoráveis no tratamento do carcinoma renal metastático.
Diferentes protocolos para o tratamento do carcinoma renal têm sido adotados por inúmeros investigadores.
Dois desses protocolos são sugeridos abaixo, um em que Proleukin® (aldesleucina/interleucina-2r) foi utilizado por via introvenosa (protocolo I) e o outro em que o medicamento foi utilizado por via subcutânea (protocolo II) e ambos apresentaram importantes taxas de respostas favoráveis, 30% e 49%, respectivamente.

Protocolo I (R. Figlin – J. Clin. Onc. 10(3):414-421, 1992 – Uso intravenoso)
-Interleucina-2 recombinante (aldesleucina): 6 milhões U.I./m2/dia, sob infusão intravenosa contínua, nos dias 1 a 4 de cada semana de tratamento.
-Interferona alfa: 6 milhões U.I./m2/dia, via subcutânea ou intramuscular, nos dias 1 a 4 de cada semana de tratamento. Quatro semanas de tratamento completam um ciclo de terapia tratamento.
Deve-se observar um intervalo de duas semanas de descanso entre os ciclos. Os ciclos de tratamento devem prosseguir, exceto se houver progressão da doença ou presença de toxicidade, até um máximo de 6 (seis) ciclos.

Protocolo II (J. Atzpodien. Eur J. Cancer 29A (Suppl 5):S6-S8, 1993 – Uso subcutâneo)
-Interleucina-2 recombinante (aldesleucina): 20 milhões U.I./m2, via subcutânea, três vezes por semana, nas semanas 1 e 4; 5 milhões U.I./m2, via subcutânea, três vezes por semana, nas semanas 2 e 3.
-Interferon alfa recombinante: 6 milhões U.I./m2, via subcutânea, uma vez por semana, nas semanas 1 e 4; depois três vezes por semana, nas semanas 2 e 3. Nove (9) milhões U.I./m2, via subcutânea, três vezes por semana, nas semanas 5 a 8.
-5-fluoruracila: 750 mg/m2, por via intravenosa em “bolus” uma vez por semana, semanas 5 a 8. Esses ciclos de tratamento devem ser repetidos a cada 2 meses, exceto se houver progressão da doença.

Melanoma Metastático
Proleukin ®, associado com outras substâncias ativas, especialmente a interferona-alfa ou outros medicamentos quimioterápicos como, por exemplo, a cisplatina, tem apresentado resultados favoráveis no tratamento do melanoma metastático.
É necessária adequada avaliação do paciente antes de cada prescrição. Doses diferentes podem ser utilizadas em função do quadro clínico do paciente e/ou evolução da doença, a critério do médico.
Diferentes protocolos para o tratamento do melanoma têm sido adotados por muitos pesquisadores. Um desses protocolos é sugerido abaixo, onde Proleukin® (aldesleucina/interleucina-2r) foi usado via intravenosa na fase inicial e por via subcutânea nos ciclos de manutenção. Este protocolo (Khayat D. et al. – J. Clin. Oncol., 11:2173-2180, 1993) alcançou cerca de 54% de repostas objetivas.

Pacientes idosos: Os pacientes idosos podem ser mais sensíveis aos efeitos colaterais da IL-2r, motivo pelo qual se recomenda cautela no tratamento destes pacientes.

Crianças: a segurança e a eficácia da IL-2r em crianças ainda não foram estabelecidas.

Super dosagem

Os efeitos adversos seguidos ao uso de IL-2r foram relacionados à dose. Administração de doses maiores que as recomendadas tem sido associadas com o surgimento mais rápido de reações tóxicas.
As reações adversas geralmente revertem quando o medicamento é suspenso, particularmente devido à meia-vida sérica ser curta.
Algum sintoma persistente deve ser tratado com medidas de suporte. Toxicidades com risco de óbito têm sido atenuadas com administração endovenosa de dexametasona que pode resultar na perda do efeito terapêutico de Proleukin® (aldesleucina/interleucina-2r).
OBS.: Recomenda-se a leitura da bula do produto, antes da administração de dexametasona.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Caracteristicas farmalogicas

Propriedades Farmacodinâmicas
Foi demonstrado que o PROLEUKIN® possui uma atividade biológica semelhante à interleucina-2 humana natural. Os estudos demonstraram que o produto atua como regulador da resposta imunológica. Entre as suas propriedades encontram-se:
-Aumento da proliferação dos linfócitos T-helper;
-Aumento da mitogênese de linfócitos e estimulação do crescimento a longo prazo de linhagens de células humanas dependentes de interleucina-2;
-Indução da atividade de células “T-killer”; (ativadas por linfocina – LAK e naturais – NK);
-Indução da produção de interferona-gama.

Propriedades Farmacocinéticas
Após uma infusão intravenosa curta, o perfil farmacocinético de PROLEUKIN® (aldesleucina/interleucina-2r) é caracterizado por altas concentrações plasmáticas, rápida distribuição para o espaço extracelular e eliminação do organismo por metabolismo renal, com pequena ou nenhuma quantidade de proteína bioativa excretada na urina.
As curvas de concentração plasmática versus tempo da aldesleucina foram obtidas através de estudos realizados em 52 pacientes com câncer, após a infusão intravenosa do PROLEUKIN® em 5 minutos.
A meia-vida de distribuição foi de 13 minutos enquanto que a de eliminação foi de 85 minutos. A taxa de depuração relativamente rápida da IL-2r levou ao emprego de esquemas posológicos caracterizados por infusões curtas e frequentes. Os níveis séricos de IL-2r foram proporcionais à dose empregada.
Estudos mais recentes têm demonstrado perfis farmacocinéticos similares para a via intravenosa (através de infusão intravenosa contínua do produto) e para a via subcutânea, porém, distintos daquele encontrado com o emprego da infusão endovenosa curta.
O emprego mais recente dessas vias evidenciou uma boa performance terapêutica com vantagens para a via subcutânea com relação à incidência de efeitos adversos em pacientes com carcinoma renal (Palmer P.A., 1993).
O rim é a principal via de eliminação da aldesleucina em animais e humanos, através de filtração glomerular e extração peritubular.

Resultados de eficacia

Carcinoma Renal Metastático
A terapia de citocinas tem demonstrado poder induzir respostas objetivas e têm um impacto modesto na sobrevida em subgrupos de pacientes selecionados.
Pacientes que receberam a interleucina-2 (IL-2), com ou sem linfócitos “T-killer” ativados por linfocinas parecem ter uma taxa de resposta global semelhante àquelas que receberam interferon-alfa, mas cerca de 5% dos pacientes adequadamente selecionados tiveram remissão completa duradouras . [Rosenberg SA, 1987; Fisher RI, 1988; Weiss GR, 1992; Rosenberg SA, 1994; Fyfe G, 1995.]
Associações de IL-2 e interferon têm sido estudados, mas os resultados não mostraram ser melhores do que altas doses de IL-2isoladamente. [Atkins MB, 1993]
A dose ótima de IL-2 é desconhecida. A terapia com doses elevadas parece estar associada com maiores taxas de resposta, embora com mais efeitos tóxicos.
Regimes de administração em baixa dose podem manter a eficácia com menos efeitos tóxicos, especialmente hipotensão [Yang JC, 1994]. A administração ambulatorial subcutânea também demonstrou respostas com aceitáveis efeitos tóxicos aceitáveis [Sleijfer DT, 1992].
Deve-se considerar como primeira opção IL-2 em doses altas para os pacientes que têm acesso a esse tipo de tratamento e que apresentam em particular histologia de células claras com características alveolares e/ou forte expressão de anidrase carbônica por imuno-histoquímica.

Protocolo de altas doses
– Interleucina-2 recombinante: 600.000 U/kg a 720.000 U/kg [National Cancer Institute (NCI)] original, diluída em 100 mL de solução glicosada 5%, acrescida de 10 mL de albumina 20%, EV, durante 15 minutos, de 8/8 h por (até) no máximo 14 doses seguidas; 9 a 14 dias depois, administrar novo ciclo com as mesmas doses (1 ciclo com duas partes).
A experiência de fase II do NCI, com 227 pacientes tratados com IL-2 EV em doses altas, mostrou resposta completa (RC) de 9,3%, resposta parcial (RP) de 9,7% e resposta global (RG) de 19%. É importante ressaltar que, dos pacientes que tiveram resposta objetiva, 50% mantiveram- na. Ademais, dos 21 pacientes que atingiram RC, 17 (81%) permaneceram com a resposta mantida [Rosemberg SA, 1998].
A maioria dos pacientes que responde, o faz após o primeiro ciclo de IL-2 [Lindsey KR, 2000]; portanto, só devem receber mais de 1 ciclo de IL-2 EV em doses altas aqueles que obtiverem, pelo menos, RP.
Dois estudos randomizados demonstraram maiores taxas e duração de resposta da IL-2 EV em doses altas em relação a IL-2 EV ou IL-2SC em doses baixas [Yang JC, 2003] ou a IL-2 e IFN, ambos SC [McDermott DF, 2005].
Análise retrospectiva sugeriu que tumores do tipo não-células claras, ou células claras com presença de variante papilífera, ou sem características histológicas alveolares, ou com mais de 50% de característica histológica granular respondem pobremente à IL-2 em doses altas (1 em 33 pacientes). Por outro lado, pacientes com mais de 50% de padrão alveolar e ausência de componentes papilíferos e granulares apresentaram 39% de resposta [Upton MP, 2005]. Embora esses dados decorram de avaliação retrospectiva, eles podem servir de parâmetro na indicação de um tratamento tóxico e de alta complexidade, como é o caso de IL-2 em doses altas.
Outro parâmetro que se mostrou útil como preditor de resposta a IL-2 em doses altas foi a expressão da anidrase carbônica IX. Em uma análise retrospectiva, com 66 pacientes dos quais 41 (62%) tinham hiperexpressão da enzima (definida como > 85% de marcação por imuno- histoquímica, usando o anticorpo MN-75), observou-se que 21 de 27 (78%) respondedores à IL-2 apresentavam alta expressão da enzima em comparação com 20 de 39 (51%) não respondedores (p=0,04) [Atkins M, 2005].

Melanoma Metastático
As duas terapias biológicas que parecem ser mais ativas contra o melanoma metastático são o interferon alfa e a interleucina-2 (IL-2). As taxas de resposta nos regimens contendo IL-2 variam de 10% a 20%. (Atkins MB, 1999; Atkins MB, 2000; Rosenberg SA, 1994).

Bioquimioterapia
Em pacientes com envolvimento predominantemente cutâneo (e/ou linfonodal), é indicado como tratamento de primeira linha a IL-2 em dose alta, 600.000 U/kg, mais albumina 20% 10 mL EV durante 15 minutos de 8/8 horas por, no máximo até 14 doses, seguida de nova série com a mesma dose 9 a 14 dias depois (1 ciclo com duas partes). Reavaliar resposta após 6 semanas. Se houver resposta, repetir por mais duas vezes o mesmo tratamento. Pacientes que progrediram com bioquimioterapia sem envolvimento do sistema nervoso central podem ser considerados para tratamento com IL-2 em dose alta.
Pacientes que não respondem à QT e não têm envolvimento de sistema nervoso central podem ser considerados para tratamento com agentes biológicos como IL-2 em altas doses.
Estudos selecionados de fase II com bioquimioterapia mostram resposta global de 40 a 60% e resposta completa de 10 a 30%. Aproximadamente 5 a 10% dos pacientes têm obtido respostas por mais de 3 anos, sugerindo cura. Estudos randomizados, entretanto, têm mostrado resultados negativos, com exceção do estudo conduzido no MDACC [Buzaid AC, 2004].
O maior estudo randomizado realizado até hoje foi conduzido pelo intergrupo americano e comparou bioquimioterapia concomitante (regime modificado do MDACC) versus QT com CVD [Atkins MB, 2008]. Esse estudo, com um total de 415 pacientes, foi negativo para SG (HR=0,95, IC de 95%: 0,78-1,17, p=0,639) e mostrou uma taxa de resposta global de 19,5 versus 13,8% em favor da bioquimioterapia, mas a diferença não foi significativa (p=0,140).
O único estudo positivo de bioquimioterapia foi o estudo de fase III conduzido pelo MDACC com aproximadamente 90 pacientes por braço. Esse estudo mostrou aumento significativo de resposta (48 versus 25%, p=0,001), tempo livre de progressão (4,9 versus 2,4 meses, p=0,008) e SG (11,9 versus 9,2 meses, p=0,06 por log rank e 0,03 pelo teste de Wilcoxon) em favor dos pacientes tratados com bioquimioterapia versus CVD somente [Eton O, 2002].

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

Proleukin® deve ser conservado sob refrigeração (2º a 8ºC). Não congelar.
Proleukin® tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Após preparo, manter sob refrigeração (2º a 8ºC) por até 48 horas.
O pó liófilo de Proleukin® apresenta-se como um pó branco, contido em frasco-ampola incolor.
A solução resultante da reconstituição de Proleukin ® é um líquido transparente e incolor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres legais

MS – 1.2214.0006
Resp. Téc.: Marcia da Costa Pereira
CRF-SP nº 32.700

Importado e Embalado por:
ZODIAC PRODUTOS FARMACÊUTICOS S/A.
Rodovia Vereador Abel Fabrício Dias, 3.400
Pindamonhangaba – SP
C.N.P.J. 55.980.684/0001-27

Fabricado por:
Boehringer Ingelheim Pharma GmbH & Co. KG
Biberach na der Riss- Germany

Licenciado por:
Novartis Pharmaceuticlas UK Ltd.
Camberley, Surrey – Reino Unido

PROLEUKIN – Bula para o paciente

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
PROLEUKIN® é indicado no tratamento do carcinoma renal metastático (tumor maligno secundário nos rins) e do melanoma metastático (tumor benigno ou maligno secundário na pele).

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Foi demonstrado que PROLEUKIN® (aldesleucina) possui uma atividade biológica semelhante à interleucina-2humana natural. Os estudos demonstraram que o produto atua como regulador da resposta imunológica do nosso organismo. Entre as suas propriedades encontram-se:
−Aumento da proliferação dos linfócitos “T-helper” (célula do sistema imune);
−Aumento da formação de linfócitos e estimulação do crescimento de células humanas dependentes deinterleucina-2;
−Indução da atividade de linfócitos “T-killer” (ativadas por linfocina – LAK e naturais – NK), que são capazes de eliminar do nosso corpo alguns microrganismos ou células cancerosas;
−Indução da produção de interferon-gama (substância que estimula os linfócitos “T-killer”).

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você não deve usar PROLEUKIN® se apresentar uma das situações abaixo:
-Alergia à aldesleucina (interleucina-2 recombinante) ou a qualquer componente da formulação;
-Alteração no teste de estresse miocárdico com o tálio (elemento químico);
-Alteração da função pulmonar;
-Pacientes que passaram por algum transplante;
-Pacientes com doença auto-imune prévia e que necessitem uso contínuo de corticosteroides, sem possibilidade de substituição dessa classe de drogas;
-Infecção ativa em uso de antibioticoterapia;
-Alterações do exame de sangue que incluem: contagem de leucócitos < 4000/mm³, contagem de plaquetas <100.000/mm³ e/ou nível de hematócrito <30%
-Ocorrência, em tratamento anterior com PROLEUKIN®, de algum dos seguintes eventos adversos: taquicardia ventricular sustentada (aumento dos batimentos do coração); distúrbios do ritmo cardíaco não-controlados ou que não responderam ao tratamento; dor torácica (no peito) recorrente com alterações no exame de eletrocardiograma sugestivas de angina (sensação de pressão no peito) ou infarto do miocárdio (ausência de circulação de sangue em uma região do coração); assistência respiratória artificial por mais de 72 horas; tamponamento pericárdico (acúmulo de líquido no pericárdio levando a alteração de função do coração); insuficiência renal com diálise por mais de 72 horas; coma ou psicose tóxica (problemas mentais) durante mais de 48 horas; convulsões repetidas ou de difícil controle; perfuração ou isquemia intestinal (diminuição ou interrupção da circulação de sangue no intestino); hemorragia gastrointestinal (perda de sangue no estômago e intestino) que necessita de cirurgia.

Este medicamento é contraindicado para uso por crianças. A eficácia e segurança em crianças ainda não foram estabelecidas.

Este medicamento pode afetar a função do Sistema Nervoso Central (SNC), provocando alucinações, sonolência, síncope (desmaio) e convulsões. Sendo assim, o paciente deve evitar dirigir automóveis ou operar máquinas após seu uso.
Categoria de risco na gravidez: C

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
A interleucina-2r, quando administrada por via intravenosa, deve ser utilizada sob supervisão médica especializada no uso de agentes quimioterápicos para tratamento de câncer. A administração do medicamento deve ser realizada em ambiente hospitalar, preferencialmente em uma unidade de tratamento intensivo para controle dos seus parâmetros clínicos e laboratoriais.
São necessárias precauções extremas e controle cuidadoso nos pacientes portadores de enfermidade cardiovascular ou respiratória grave preexistentes, alterações do estado mental ou com comprometimento da função renal ou hepática. A administração de IL-2r provoca febre e efeitos colaterais gastrintestinais na maioria dos pacientes tratados nas doses recomendadas. Seu médico poderá utilizar medicação antipirética (contra a febre) e/ou antiulcerosa para tratar ou evitar parcialmente estes efeitos colaterais. A administração de IL-2r causa um aumento reversível das transaminases hepáticas, da bilirrubina, da ureia e da creatinina.
A administração de IL-2r pode alterar o metabolismo renal ou hepático ou a excreção de medicamentos administrados concomitantemente.
Hipotensão arterial (queda de pressão) pode ocorrer prontamente, ou entre 2 e 12 horas após administração, e pode ser mais acentuada com a administração intravenosa rápida do que sob infusão intravenosa contínua.
Você poderá sentir irritabilidade, confusão ou depressão enquanto recebe IL-2r. Estas alterações são normalmente reversíveis quando se interrompe o tratamento.
Se você tem história de doença cardíaca, pulmonar ou autoimune, avise seu médico. Você poderá ter insuficiência da tireoide no tratamento com PROLEUKIN®.
Em determinados casos, alguns pacientes poderão necessitar de entubação oro-traqueal para tratar a insuficiência respiratória transitória.
Caso você sinta letargia (sono profundo) ou sonolência, avise imediatamente o seu médico pois poderá ser necessário suspender o tratamento para evitar o coma.
A administração de IL-2r pode aumentar ou piorar infecções por Staphylococcus aureus.
Caso você tenha alguma infecção bacteriana, seu médico tratará primeiro esta infecção antes de iniciar o tratamento com IL-2r.
Durante o tratamento com IL-2r podem ocorrer alterações do metabolismo da glicose, devendo-se monitorar os níveis de glicose capilar, principalmente nos pacientes diabéticos e pré-diabéticos.

Análises laboratoriais: seu médico solicitará exames médicos a você, periodicamente (antes, durante e depois do tratamento): hemograma completo, incluindo plaquetometria, eletrólitos, exames da função renal e hepática dosagem de glicose no sangue, radiografias do tórax, realização de ECG, provas da função pulmonar com gasometria arterial e avaliação objetiva para doença coronariana, antes do início do tratamento.

Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe ao seu médico se ocorrer gravidez ou iniciar a amamentação durante o uso deste medicamento.

A excreção de PROLEUKIN® no leite materno é desconhecida, portanto a amamentação deve ser interrompida durante o seu uso.
IL-2r tem demonstrado ter efeitos letais em embriões de ratos quando administrado em doses de 27 a 36 vezes a dose humana (baseado no peso corporal). Toxicidade materna significativa foi observada em ratas grávidas que receberam PROLEUKIN® por via intravenosa em doses 27 a 36 vezes maiores do que a dose humana durante o período crítico de organogênese. Nenhuma evidência de teratogenia foi observada além daquela atribuída à toxicidade materna. Não há estudos adequados e bem controlados de IL-2r em mulheres grávidas. PROLEUKIN® deve ser usado durante a gravidez somente se o potencial de benefício justificar o potencial de risco.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Você deve avisar seu médico se estiver tomando os seguintes medicamentos:
Psicofármacos (ex.: narcóticos, analgésicos, antieméticos, sedativos, ansiolíticos), nefrotóxicos (ex.: aminoglicosídeos, indometacina), mielotóxicos (ex.: quimioterapia citotóxica), cardiotóxicos (ex.: doxorrubicina), hepatotóxicos (ex.: metotrexato, asparaginase), betabloqueadores (como, por exemplo, metoprolol, propranolol) e outros anti-hipertensivos (como, por exemplo, atenolol, captopril).
A segurança e eficácia de PROLEUKIN® em combinação com quimioterápicos não foram estabelecidas. No entanto, algumas reações descritas durante os estudos clínicos do produto levaram a orientação de cautela no uso de PROLEUKIN®em associação com cisplatina, vinblastina, e dacarbazina. A associação com tamoxifeno e alfa- interferon pode reativar reaçãoes prévias do PROLEUKIN®
Não é recomendável o uso de glicocorticoides (como, por exemplo, hidrocortisona) em conjunto com PROLEUKIN®.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
PROLEUKIN® deve ser conservado sob refrigeração (2º a 8ºC). Não congelar.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Após o preparo, manter sob refrigeração (2º a 8ºC) por até 48 horas.
O pó liófilo de PROLEUKIN® apresenta-se como um pó branco, contido em frasco-ampola incolor. A solução resultante da reconstituição de PROLEUKIN® é um líquido transparente e incolor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
PROLEUKIN® pode ser administrado tanto por via intravenosa como por via subcutânea.
PROLEUKIN® é um medicamento de uso restrito a hospitais. O esquema posológico e o plano de tratamento deverão ser determinados pelo seu médico, de acordo com a sua necessidade.
PROLEUKIN® deve ser reconstituído com 1,2 mL de água para injeção. O responsável pelo preparo deve injetar a água para injeção no frasco-ampola. Homogeneizar levemente para evitar a formação de espuma. Não agitar. A solução resultante deve ser um líquido transparente e incolor.
Quando utilizada por via intravenosa, a dose total de PROLEUKIN® a ser administrada deve ser diluída, conforme seja necessário, até 500 mL de soro glicosado a 5% contendo 0,1% de albumina humana (até um máximo de 2% de albumina humana) e administrada sob infusão intravenosa contínua durante 24 horas. A albumina humana deve ser misturada ao soro glicosado, antes que se acrescente o PROLEUKIN®.
PROLEUKIN® não contém conservantes. É essencial que a solução para a infusão seja preparada utilizando-se técnica asséptica (técnica que evita a contaminação).
A solução deve alcançar a temperatura ambiente antes de ser administrada.
PROLEUKIN® não deve ser reconstituído ou diluído em água bacteriostática para injeção ou soro fisiológico 0,9%. Não misturar PROLEUKIN® com outros medicamentos.
Antes da administração deve-se verificar se há presença de partículas ou coloração estranha na solução reconstituída.

Posologia:
Carcinoma Renal Metastático
PROLEUKIN® é utilizado isoladamente ou associado com outros medicamentos (especialmente o interferon-alfa ou outros medicamentos quimioterápicos como, por exemplo, a 5-fluoruracila).

– Uso intravenoso:
PROLEUKIN®: dose de 6 milhões U.I./m2/dia, sob infusão intravenosa contínua, nos dias 1 a 4 de cada semana de tratamento.
Interferon-alfa: dose de 6 milhões U.I./m2/dia, via subcutânea ou intramuscular, nos dias 1 a 4 de cada semana de tratamento.
Quatro semanas de tratamento completam um ciclo de tratamento.
É necessário um intervalo de duas semanas de descanso entre os ciclos. Os ciclos de tratamento devem prosseguir até um máximo de 6 ciclos, exceto se houver progressão da doença ou presença de toxicidade.

– Uso subcutâneo:
PROLEUKIN®: dose de 20 milhões U.I./m2, via subcutânea, três vezes por semana, nas semanas 1 e 4. Dose de 5 milhões U.I./m2, via subcutânea, três vezes por semana, nas semanas 2 e 3.
Interferon-alfa: dose de 6 milhões U.I./m2, via subcutânea, uma vez por semana, nas semanas 1 e 4; três vezes por semana, nas semanas 2 e 3. Dose de 9 milhões U.I./m2, via subcutânea, três vezes por semana, nas semanas 5 a 8. 5-fluoruracila: Dose de 750 mg/m2, por via endovenosa em “bolus” uma vez por semana, semanas 5 a 8.
Esses ciclos de tratamento devem ser repetidos a cada 2 meses, exceto se houver piora da doença ou efeito tóxico grave.

Melanoma Metastático
PROLEUKIN® é usado em associação com outros medicamentos (especialmente a interferon-alfa ou outros medicamentos quimioterápicos como, por exemplo, a cisplatina).
– Fase inicial:
Cisplatina: dose de 100 mg/m2, via intravenosa, no dia 0.
PROLEUKIN®: dose de 18 milhões U.I./m2/dia, sob infusão intravenosa contínua, nos dias 3 ao 6 e nos dias 17 a 21.
Interferon-alfa: dose de 9 milhões U.I./m2, via subcutânea, 3 vezes por semana, durante o período de tratamento (28 dias).
Um ou dois ciclos adicionais foram administrados de acordo com a resposta clínica e tolerância do paciente.
– Fase de manutenção:
Início: 66º dia ou 94º dia (de acordo com o nº de ciclos na fase inicial, 2 ou 3 ciclos, respectivamente). Cisplatina: dose de 100 mg/m2, via intravenosa, no dia 1.
PROLEUKIN®: dose de 5 milhões U.I./m2/dia, via subcutânea, nos dias 15 ao 19 e nos dias 22 ao 26. Interferon-alfa:dose de 9 milhões U.I./m2, via subcutânea, 3 vezes por semana, durante o período de tratamento (28 dias).
Os ciclos de manutenção foram repetidos a cada 5 semanas, até um máximo de quatro ciclos.
Seu médico pode usar posologias diferentes de acordo com o seu quadro clínico e/ou evolução da doença.

Nota: 1,1 mg de interleucina = 18 x 106 U.I. = 3 x 106 Unidades Cetus.

Idosos: idosos podem ser mais sensíveis aos efeitos colaterais de PROLEUKIN®, motivo pelo qual se recomenda cautela no tratamento destes pacientes.

Crianças: a segurança e a eficácia da IL-2r em crianças ainda não foram estabelecidas.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas sobre este medicamento, procure orientação do farmacêutico. Não desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO? Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
As reações adversas encontradas com PROLEUKIN® tiveram sua frequência e gravidade dependentes da dose utilizada no tratamento. A maioria das reações adversas geralmente desaparecem após 2 a 3 dias da interrupção do tratamento.

Reação muito comum (ocorre em 10% ou mais dos pacientes que utilizam este medicamento): calafrio, febre*, mal-estar, astenia (diminuição da força muscular), infecção*, dor abdominal (dor na barriga), dor, distensão do abdômen, hipotensão* (pressão baixa), taquicardia (aumento dos batimentos do coração), vasodilatação (dilatação dos vasos sanguíneos), taquicardia supraventricular (tipo de arritmia grave)*, distúrbio cardiovascular* (como flutuações na pressão sanguínea, alterações do eletrocardiograma e insuficiência cardíaca), arritmia (alteração do ritmo dos batimentos do coração), diarreia*, vômito*, náusea, estomatite (inflamação do estômago), anorexia (diminuição ou perda do apetite), trombocitopenia* (diminuição do número de plaquetas no sangue), anemia (diminuição do número de eritrócitos e/ou hemoglobina no sangue), leucopenia (diminuição de leucócitos no sangue), bilirrubinemia* (aumento de bilirrubina no sangue), elevação da creatinina*, edema (inchaço) periférico, elevação do AST (enzima do fígado)*, ganho de peso, edema (inchaço), acidose* (distúrbio do equilíbrio ácido- base do organismo) , hipomagnesemia (diminuição de magnésio no sangue), hipocalemia (diminuição de potássio no sangue), aumento da fosfatase alcalina (enzima do fígado), confusão*, sonolência, ansiedade, vertigem (tontura), dispneia* (dificuldade de respirar), distúrbio pulmonar*, aumento da tosse, rinite, erupção (lesão visível na pele), prurido (coceira), dermatite esfoliativa (irritação na pele com placas escamosas), oligúria* (diminuição da quantidade de urina).
*Reações adversas graves com risco de morte (risco grau 4).
Outras reações adversas, com risco de vida (grau 4):

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): sepse (infecção generalizada), infarto do miocárdio (falta de circulação de sangue no músculo cardíaco), taquicardia ventricular, parada cardíaca, distúrbios da coagulação (alterações na coagulação), estupor (inconsciência parcial com ausência de movimentos), coma, psicose (alteração mental grave), apneia (parada temporária da respiração), anúria (ausência de urina na bexiga), insuficiência renal aguda (problemas renais).
Exemplos de reações adversas com sequelas permanentes incluem: infarto do miocárdio, perfuração/infarto intestinal e gangrena (necrose).
As reações adversas graves mais frequentemente relatadas incluem hipotensão, disfunção renal com oligúria/anúria, dispneia ou congestão pulmonar (acúmulo anormal de sangue no pulmão) e alterações no estado mental (ex.: letargia, sonolência, confusão e agitação).
Outras sérias reações tóxicas incluem isquemia do miocárdio (diminuição ou interrupção da circulação do sangue no coração), miocardite (inflamação do coração), insuficiência respiratória necessitando de intubação, hemorragia gastrointestinal (hemorragia em estômago e intestino) requerendo cirurgia, coma, convulsões, septicemia e comprometimento renal requerendo diálise.
Outros efeitos adversos sérios:

Reação incomum (ocorre em menos de 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): insuficiência renal e hepática (problemas nos rins e fígado) resultando em morte; úlcera duodenal (parte inicial do intestino delgado); perfuração intestinal fatal; necrose intestinal; parada cardíaca; miocardite; taquicardia supraventricular; cegueira passageira ou permanente que ocorre após a neurite ótica (lesão inflamatória do nervo dos olhos); hipertermia (aumento da temperatura do corpo) maligna; edema pulmonar resultante em morte; parada respiratória; insuficiência respiratória fatal; AVC (acidente vascular cerebral); ataque isquêmico transitório (diminuição ou interrupção da circulação do sangue passageira); meningite (inflamação das meninges); edema cerebral (inchaço no cérebro); pericardite (inflamação do pericárdio – membrana que envolve o coração); nefrite (inflamação dos rins) intersticial alérgica; fístula traqueo-esofágica (pequena abertura entre a traqueia e o esôfago); embolia pulmonar (obstrução da circulação dos pulmões); depressão grave conduzindo ao suicídio.
Pode ocorrer piora dos sintomas de doença auto-imune pré-existente (doença de Crohn – inflamação do intestino) e doença tireoidiana (problemas na tireoide)) e reações adversas após uso de contraste iodado. Em pacientes com melanoma maligno pode ocorrer vitiligo (lesões na pele sem coloração).

Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Os efeitos adversos seguidos ao uso de IL-2r foram relacionados à dose. A administração de doses maiores que as recomendadas tem sido associada com o surgimento mais rápido de reações tóxicas. As reações adversas geralmente desaparecem após a interrupção do uso de PROLEUKIN®.
Algum sintoma persistente deve ser tratado com medidas de suporte. Toxicidade com risco de morte tem sido atenuada com administração intravenosa de dexametasona que pode resultar na perda do efeito terapêutico de PROLEUKIN®.
OBS: Recomenda-se a leitura da bula do produto, antes da administração de dexametasona.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Data da bula

09/11/2017