Vumon

VUMON com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de VUMON têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com VUMON devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

bristol

Apresentação VUMON

VUMON (teniposídeo) é apresentado na forma farmacêutica de solução injetável em embalagem com 10 ampolas contendo 50 mg de teniposídeo dissolvidos em 5 mL (10 mg/mL) de uma solução não-aquosa.

VUMON – Indicações

VUMON é indicado para o tratamento das seguintes condições, normalmente associado com outros agentes antineoplásicos:
-Linfomas malignos1;
-Doença de Hodgkin2;
-Leucemia linfoblástica aguda3, de alto risco, em adultos e crianças;
-Tumores intracranianos malignos4 como glioblastoma, ependimoma, astrocitoma;
-Carcinoma de bexiga5;
-Neuroblastoma e outros tumores sólidos6 em crianças.
1CID C85.9 – Linfoma não-Hodgkin de tipo não especificado
2CID C81 – Doença de Hodgkin
3CID C91.0 – Leucemia linfoblástica aguda
4CID C71 – Neoplasia maligna do encéfalo
5CID C67 – Neoplasia maligna da bexiga
6CID C74 – Neoplasia maligna da glândula supra-renal [Glândula adrenal]; CID C69.2 – Neoplasia maligna da retina; CID C49 – Neoplasia maligna do tecido conjuntivo e de outros tecidos moles.

Contra indicações de VUMON

VUMON não deve ser administrado em indivíduos que tenham demonstrado hipersensibilidade prévia ao teniposídeo ou a qualquer componente da formulação.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com leucopenia ou trombocitopenia graves.

Advertências

VUMON deve ser prescrito somente por médicos que tenham experiência com fármacos quimioterápicos para o câncer. A conduta na terapia e em complicações só é possível quando as instalações de tratamento adequadas estão prontamente disponíveis. Pode ocorrer mielodepressão grave, que pode acarretar infecções ou hemorragia. Tanto o hemograma quanto os testes de função renal e hepática devem ser realizados regularmente. O tratamento deve ser interrompido se forem observadas depressão anormal da medula óssea ou alteração das funções renal ou hepática.
Reações anafiláticas com risco de morte têm ocorrido após a administração inicial do teniposídeo ou após exposição repetida. Até o momento, não há evidências que sugiram a sensibilidade cruzada entre VUMON e etoposídeo.
VUMON deve ser administrado com cautela em pacientes com comprometimento da medula por tumor e em pacientes com função renal ou hepática comprometida.
Acompanhamento regular das contagens de leucócitos e plaquetas deve ser feito durante o tratamento com VUMON. Se a contagem de leucócitos estiver abaixo de 2000 células/mm3 ou a de plaquetas abaixo de 75000 células/mm3, o tratamento deve ser postergado até que a recuperação da medula óssea seja completa, a menos que estas sejam causadas pela doença maligna em si.
Deve-se tomar cuidado para assegurar que as infusões de VUMON sejam administradas através de um catéter intravenoso, implantado em posição adequada antes da infusão, uma vez que a administração imprópria pode resultar em extravasamento, necrose e/ou tromboflebite.
Casos de hipotensão têm sido relatados durante a infusão de VUMON. Sendo assim, os sinais vitais devem ser monitorizados cuidadosamente durante os primeiros 30-60 minutos após o início da infusão.

Fertilidade e Uso na gravidez
Categoria de risco na gravidez: D

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Como o teniposídeo pode diminuir a fertilidade masculina, a preservação de esperma deve ser considerada para posterior paternidade.
VUMON pode causar danos fetais quando administrado a mulheres grávidas. Efeitos embriotóxicos e teratogênicos têm sido constatados em ratas prenhes que receberam o teniposídeo. Não foram conduzidos estudos em mulheres grávidas. Se este medicamento for utilizado durante a gravidez ou se a paciente engravidar enquanto estiver sob tratamento, ela deverá ser avisada dos danos potenciais para o feto. Mulheres com potencial de engravidar devem ser aconselhadas a não fazê-lo.

Uso para lactantes
Não se sabe se este fármaco é excretado no leite materno. Como muitos fármacos o são e devido ao potencial de VUMON em causar reações adversas graves em bebês, deve-se tomar a decisão entre interromper a amamentação ou o tratamento, levando-se em consideração a importância do medicamento para a mãe.

Carcinogênese, Mutagênese e Comprometimento da fertilidade
Relatou-se a ocorrência de leucemia aguda não linfocítica em pacientes tratados com VUMON, em associação com outros agentes antineoplásicos. O teniposídeo deve ser considerado um carcinógeno potencial em humanos.
O teniposídeo mostrou ser mutagênico em vários testes de toxicidade genética em bactérias e mamíferos. O teniposídeo provocou mutação de gene em linhagens de células de roedores e danos ao DNA em linhagens de células humanas. Demonstraram-se aberrações cromossômicas em várias culturas histológicas de roedores e humanos.
VUMON tem causado redução da espermatogênese em macacos e cães e diminuição de peso dos testículos e ovários em cães.

Uso na pediatria
VUMON contém álcool benzílico em sua formulação. O álcool benzílico tem sido associado à toxicidade em recém-nascidos. Uma síndrome caracterizada por dificuldade respiratória, “kernicterus”, acidose metabólica, deterioração neurológica, anormalidades hematológicas e morte tem ocorrido após a administração de soluções contendo álcool benzílico a bebês prematuros de baixo peso.
Observou-se depressão aguda do sistema nervoso central (SNC), acidose metabólica e hipotensão em pacientes recebendo doses maiores de VUMON que as recomendadas e naqueles que foram tratados previamente com medicamentos antieméticos.

Interações medicamentosas de VUMON

Interação medicamento – medicamento
Anticonvulsivantes, tais como fenobarbital e fenitoína, aumentam a taxa de depuração do teniposídeo, resultando em exposição sistêmica diminuída para uma determinada dose do produto. Doses maiores podem ser necessárias em pacientes em tratamento com anticonvulsivantes.
A tolbutamida, o salicilato de sódio e o sulfametiazol demonstraram deslocar o teniposídeo da ligação com as proteínas plasmáticas in vitro. Devido à taxa de ligação às proteínas extremamente alta do teniposídeo, pequenos decréscimos na taxa de ligação poderiam resultar em aumentos substanciais dos níveis do fármaco livre acarretando maior efeito e toxicidade.

Reações adversas / efeitos colaterais de VUMON

Toxicidade hematológica
A mielodepressão é frequentemente limitada à dose, com leucopenia e trombocitopenia ocorrendo 7 a 14 dias após o tratamento com VUMON. Sepse, por vezes fatal, pode ser uma consequência da mielossupressão grave. A recuperação da medula óssea é normalmente completa dentro de 2 a 3 semanas. A leucopenia é mais frequente e mais grave do que a trombocitopenia. Relatou-se também anemia e anemia hemolítica imune.
A ocorrência de leucemia não linfocítica aguda foi relatada em pacientes tratados com VUMON em associação com outros agentes antineoplásicos.

Toxicidade Gastrintestinal
As principais toxicidades gastrintestinais são náuseas e vômitos, que podem ser controladas com terapia antiemética. Estomatite/mucosite, anorexia, diarreia, dor abdominal e disfunção hepática também podem ocorrer.

Alopecia
Alta incidência de alopecia tem sido relatada, especialmente em pacientes recebendo múltiplos cursos de terapia.

Hipotensão
Pode ocorrer hipotensão transitória após a administração intravenosa rápida de VUMON (vide 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR – Preparação e Administração). Relatam-se casos de morte súbita devido à provável arritmia e hipotensão.

Hipersensibilidade
Reações do tipo anafiláticas caracterizadas por calafrios, febre, taquicardia, broncoespasmo, dispneia, hipotensão e rash têm ocorrido durante ou imediatamente após a administração de VUMON. Estas reações podem ser devido ao óleo de rícino polioxietilado, componente do veículo, ou ao teniposídeo em si – e – podem ocorrer com a primeira dose ou, mais comumente, em pacientes com tumores cerebrais ou com neuroblastoma. O risco da ocorrência de uma reação de hipersensibilidade pode estar relacionado com a exposição repetida e com doses cumulativas. Estas reações normalmente têm respondido prontamente à interrupção da infusão e a administração de agentes pressóricos, corticosteróides, anti-histamínicos ou expansores de volume, conforme apropriado. Têm sido relatados também rubor, sudorese, hipertensão e edema.

Dermatológicas
Relatam-se casos de urticária com ou sem prurido.

Neurotoxicidade
Tem-se relatado neurotoxicidade, incluindo casos graves de neuropatia devido a uma interação entre o sulfato de vincristina e o VUMON. A depressão do sistema nervoso central foi observada em pacientes tratados com doses maiores que as recomendadas (vide 10. SUPERDOSE).

Outras
As seguintes reações também têm sido relatadas: infecções, disfunção renal, hipertensão, cefaleia, confusão e astenia.
As frequências das reações adversas citadas acima não podem ser estimadas pelos dados disponíveis.
A tabela abaixo é apresentada por sistema de classe de órgãos e frequência, conforme as categorias: muito comum (≥1/10), comum (≥1/100,<1/10), incomum (≥1/1000, <1/100), raro (≥1/10000, <1/1000), muito raro (<1/10000) e, não conhecida (não pode ser definida com base nos dados disponíveis).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

VUMON – Posologia

A literatura atual deve ser consultada para a administração de doses específicas e regimes para indicações particulares.
Para segurança e eficácia desta apresentação, VUMON não deve ser administrado por vias não recomendadas. A administração deve ser somente pela via intravenosa.

Monoterapia
A dose total por ciclo é de 300 mg/m2, administrados num período de 3 a 5 dias. Os ciclos podem ser repetidos a cada 3 semanas ou a partir da recuperação da medula óssea.
A dosagem deve ser ajustada de acordo com a variabilidade individual do paciente e a toxicidade, quando empregado como agente único ou em combinação com outros agentes antineoplásicos.

Terapia combinada
VUMON tem sido usado em associação com vários outros agentes quimioterápicos. Quando utilizado em combinação com outros medicamentos mielodepressivos, a dose deve ser apropriadamente reduzida. O hemograma deve ser monitorizado e, se necessário, avaliações da medula devem ser feitas regularmente.

Populações especiais
Pacientes com síndrome de Down podem ser particularmente sensíveis à quimioterapia mielodepressora, portanto, modificações de dose devem ser consideradas nestes pacientes.

Preparação e Administração
NOTA: Existem relatos de que materiais de plástico duro feitos com ABS (um polímero composto por acronitrila, butadina e estireno) se decompõem quando expostos a N-N-dimetilacetamida, um dos solventes presentes na formulação de VUMON. Este efeito não foi descrito para o VUMON em si ou para soluções diluídas de VUMON.
A fim de se prevenir a extração do plastificante DEHP [di(2-etilexil)ftalato] de recipientes feitos de cloreto de polivinila (PVC), as soluções de VUMON devem ser preparadas e administradas através de recipientes de grande volume e de dispositivos que não contêm DEHP, tais como os de vidro ou poliolefina.
Imediatamente antes da administração, cada ampola de 5 mL de VUMON contendo 50 mg de teniposídeo deve ser diluída para um volume final de 50, 125, 250 ou 500 mL com solução glicosada a 5% ou com soro fisiológico (solução injetável de cloreto de sódio 0,9%). Estas diluições resultam em concentrações finais de teniposídeo correspondentes a 1,0, 0,4, 0,2 e 0,1 mg/mL, respectivamente. A solução diluída deverá ser, então, administrada por infusão intravenosa num período mínimo de 30 minutos. Para se reduzir a possibilidade de uma resposta hipotensora, VUMON não deve ser administrado por injeção em “bolus” ou infusão rápida (vide ADVERTÊNCIAS e PRECAUÇÕES). É importante assegurar que as extremidades do catéter ou da agulha permaneçam dentro da veia durante a administração, para se evitar extravasamento e possível irritação tecidual.
NOTA: Qualquer outro tipo de diluente, modo de diluição ou concentrações diferentes dos descritos acima podem resultar na formação de um precipitado. Na evidência de precipitação, a solução não deve ser administrada.
Da mesma forma, a precipitação pode ocorrer quando infusões prolongadas (24 h) de teniposídeo são administradas através de uma variedade de materiais de infusão. Estas infusões e os sistemas de administração devem ser inspecionados frequentemente durante a administração. Soluções de heparina podem provocar a precipitação do teniposídeo. Sendo assim, os dispositivos/tubos de administração devem ser lavados com soro glicosado a 5% ou solução injetável de cloreto de sódio a 0,9% antes e depois da administração de VUMON.
As soluções diluídas de VUMON devem ser levemente agitadas durante a preparação da solução, conforme necessário; a agitação excessiva pode resultar em precipitação. Nenhum outro medicamento deve ser misturado com a infusão de VUMON.

Procedimentos para a Manipulação e o Descarte de Fármacos Antineoplásicos
É necessário cuidado na manipulação e na preparação de produtos antineoplásicos, como as soluções de VUMON. Sempre tomar medidas para prevenir a exposição. Isto inclui equipamento apropriado, tal como usar luvas e lavar as mãos com água e sabão após a manipulação de tais medicamentos. Se houver contato de VUMON com a pele, lavar imediatamente e completamente com água e sabão. Se houver contato com membranas mucosas, lavar a região com água por completo.
Devem ser considerados os procedimentos quanto à manipulação e descarte dos medicamentos antineoplásicos. Vários guias sobre este assunto já foram publicados.

Super dosagem

Observou-se depressão aguda do sistema nervoso central, acidose metabólica e hipotensão em pacientes que receberam doses do produto maiores que as recomendadas e que também foram pré-tratados com medicamentos antieméticos.
Não foram estabelecidos antídotos comprovados em caso de superdosagem de VUMON. As complicações antecipadas de uma superdosagem são secundárias à depressão da medula óssea.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Caracteristicas farmalogicas

Descrição
VUMON (teniposídeo; também conhecido por VM-26) é um derivado semissintético da podofilotoxina usado no tratamento de certas doenças neoplásicas. É um composto neutro lipofílico praticamente insolúvel em água. Deve ser preparado em solventes orgânicos. VUMON deve ser administrado por infusão intravenosa, após diluição em veículo injetável apropriado.

Farmacodinâmica
VUMON é um medicamento citotóxico fase-específico, que atua no final da fase S ou início da fase G2 do ciclo celular, impedindo as células de entrarem em mitose. VUMON também produz quebras em uma das fitas ou em ambas as fitas de DNA. O mecanismo de ação parece ser devido à inibição de topoisomerases do tipo II.
O teniposídeo possui um amplo espectro de atividade antineoplásica in vivo contra tumores de roedores, incluindo tumores hematológicos e vários tumores sólidos.
Células resistentes ao etoposídeo podem apresentar resistência cruzada completa ao teniposídeo e vice-versa, tanto em estudos in vivo quanto in vitro, muito embora tenham surgido relatos clínicos ocasionais sugerindo uma falta de resistência cruzada completa.

Farmacocinética
A farmacocinética do teniposídeo parece ser linear em uma faixa de doses. O acúmulo de fármaco não ocorre após a administração diária durante 3 dias. Não foram identificadas diferenças maiores na distribuição do fármaco em adultos e crianças.
Após a infusão intravenosa, a depuração inicial do compartimento central é rápida, com uma meia-vida de distribuição de aproximadamente 1 h. O teniposídeo se liga às proteínas em grandes proporções (> 99%), fato que pode limitar sua distribuição no corpo. Os níveis de teniposídeo no líquido cefalorraquidiano são baixos em relação aos níveis plasmáticos, medidos simultaneamente. A meia-vida terminal média varia de 6 a 20 h, com uma depuração renal calculada em somente cerca de 10% da depuração total. Embora as vias metabólicas do teniposídeo não tenham sido caracterizadas, agentes tais como o fenobarbital e a fenitoína, que induzem o metabolismo hepático, parecem aumentar a depuração do teniposídeo (vide 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).

Resultados de eficacia

Linfomas Malignos
Um estudo fase III envolvendo 346 pacientes portadores de linfoma de alto grau comparou tratamento contendo teniposídeo na dose de 60mg/m2 IV a cada quatro semanas, associado à ciclofosfamida, doxorrubincina, prednisona, bleomicina e vincristina (CHVmp/BV) ao esquema ProMACE-MOPP e mostrou resultado de sobrevida global comparável, porém com maior toxicidade aguda para ProMACE- MOPP (Tabela 1).
Estudo de fase III envolvendo 242 pacientes com doença avançada comparou tratamento incluindo teniposídeo na dose de 60mg/m2 associado à ciclofosfamida, doxorrubicina e prednisona (CHVP) seguido ou não de interferon alfa e produziu taxa de resposta de 85% e sobrevida em 3 anos de 86% para CHVP seguido de interferon alfa.
Sebban et al. (2006) num estudo randomizado avaliaram o tratamento com teniposídeo na dose de 60mg/m2 associado à doxorrubicina, ciclofosmfamida e prednisona, seguido de tratamento com interferon (CHVP-I – CHVP seguido de interferon) comparado ao tratamento com CHOP seguido de quimioterapia com altas doses com transplante de medula óssea (CHOP-HDT) em 401 pacientes portadores de linfoma folicular. As taxas de resposta global foram semelhantes entre os grupos (79% e 78%). A análise de intenção de tratar após um seguimento de 7,5 anos não demonstrou diferença entre os dois grupos tanto para a sobrevida global (p=0,53) quanto para a sobrevida livre de evento (p=0,11) (Tabela 1).
Coiffier et al. (1999) realizaram um outro estudo randomizado envolvendo 131 pacientes com idade => 59 anos com o diagnóstico de linfoma não-Hodgkin folicular de mau prognóstico. Os pacientes foram randomizados para receber: o esquema CHVP, com teniposídeo na dose de 60mg/m2 a cada 28 dias seguido de interferon ou fludarabina em monoterapia. Os pacientes tratados com CHVP-Interferon obtiveram uma maior resposta ao tratamento (71% vs 59%), um tempo para progressão maior (sobrevida livre de recidiva, 63% vs 49%) e uma maior sobrevida (77% vs 62%) que aqueles tratados com a fludarabina em monoterapia (p < 0,05 para todas as análises) (Tabela 1).
O estudo fase III foi desenvolvido por Bastion et al. (1997) utilizando o teniposídeo na dose de 75mg/m2 a cada três semanas, associado à ciclofosfamida e prednisona (CVP) comparado ao mesmo esquema CVP associado à pirarrubicina (CTVP), para 453 pacientes idosos com Linfoma Não-Hodgkin. Quarenta por cento dos pacientes obtiveram resposta completa: 47% no CVP e 32% no CTVP (p = 0,0001). A média de tempo para falência do tratamento foi de 7 meses para CVP e 5 meses para CTVP (p < 0,05). A sobrevida média foi de 13 meses para ambos os grupos, entretanto, a taxa de sobrevida em 5 anos foi de 26% para CVP e 19% para CTVP.

Estudo (n) Método Desfecho Tratamento Resultado
Somers 1994
n= 346
Fase III OS CHVmP/BV
vs
Pro-MACE-MOPP
42%
vs
37%
p = 0,64
Sebban 2006
n= 401
Fase III SVLE n =209 CHVP + INF
vs
n =192 CHOP + HDT
28% (95% CI 21-34%
vs
38% (95% CI 31-45%
p = 0,11
Coiffier 1999
n= 131
Fase III TTF

em 2 anos

CHVP + INF
Vs
Fludarabina
63%
vs
49%
(95% CI 43-56%)
p < 0,05

Fludarabina
(n) = amostra do estudo; SVLE = sobrevida livre de eventos; OS= sobrevida global; CI = intervalo de confiança; TTF = tempo para falência de tratamento; CHVP = ciclofosfamida, teniposídeo, doxorrubicina e prednisona; INF = interferon α; HDT = quimioterapia com altas doses (“high dose chemotherapy”); CHOP = ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona; CHVP/BV = CHVP + bleomicina e vincristina; Pro-MACE-MOPP = metotrexato, doxorrubicina, ciclofosfamida, etoposídeo, mecloretamida, vincristina, procarbazina e prednisona.

Doença de Hodgkin
Um estudo fase II incluindo 47 pacientes com doença avançada, avaliou o papel de tratamento com teniposídeo na dose de 60mg/m2 associado à ciclofosfamida, adriamicina, prednisona, mecloretamina e vincristina num esquema conhecido como MOPP e CAVmP e mostrou 68% de taxa de resposta completa com 86% de sobrevida em 3 anos.

Leucemia Linfoblástica Aguda
Um estudo fase III envolvendo 182 crianças com diagnóstico de LLA, desenvolvido por Evans et al. (1998), avaliou o uso de teniposídeo associado ao metotrexato e à citarabina na consolidação, sob dose fixa por superfície corpórea (dose padrão) ou de acordo com a depuração individual de cada fármaco. O teniposídeo foi administrado na dose de 200mg/m2 nas semanas 7, 19, 31, 45 e 55 de 60. O estudo mostrou 97% de taxa de remissão completa com 83% de sobrevida global em 5 anos.
Sadowitz et al. (1993) em outro estudo randomizado avaliaram 105 crianças com recidiva tardia de LLA, comparando dois esquemas distintos de consolidação e intensificação tardia, um deles contendo teniposídeo na dose 150mg/m2 nos dias 1 e 4 repetido por oito vezes, alternadamente a outros fármacos (ciclofosfamida, mercaptopurina, prednisona, vincristina, metotrexato e citarabina). Cento e dois dos 105 pacientes (97%) apresentaram taxa de segunda remissão completa com 37% de sobrevida livre de eventos em 4 anos (Tabela 2).
O papel do teniposídeo para crianças com LLA com recidiva precoce foi avaliado em estudo fase III por Buchanan et al. (2000) que incluiu 297 crianças. A dose de teniposídeo utilizada foi de 150mg/m2 duas vezes por semana por quatro semanas na fase de consolidação e de 150mg/m2 a cada duas semanas até completar 96 semanas da fase de manutenção. A taxa de remissão completa foi de 87%, porém com baixo índice de sobrevida livre de eventos a longo prazo.
Um estudo de coorte prospectivo envolvendo 109 adultos com LLA que incluiu teniposídeo na dose de 165mg/m2 nos dias 1, 4, 8 e 11 dos ciclos 2, 4, 6 e 8 da consolidação, produziu 88% de taxa de remissão completa com sobrevida livre de recaída em 5 anos de 42%.

Estudo (n) Método Desfecho Tratamento Resultado
Wagener 1983
n = 50
Fase II SVLP MOPP/CAVmP→ RT 86%

Tumores Intracranianos Malignos
Um estudo randomizado envolvendo 375 pacientes portadores de glioblastoma multiforme (GBM) e glioma anaplásico, avaliando o papel de dois diferentes esquemas de quimioterapia após radioterapia, mostrou sobrevida média de 17,3 meses e 60 meses para GBM e glioma anaplásico, respectivamente para o grupo tratado com teniposídeo na dose de 60mg/m2 por 3 dias associado a nimustina a cada seis semanas, comparado ao esquema com nimustina e citarabina e favoravelmente comparado à controles históricos (Tabela 3).
Estudo fase II com 56 pacientes com GBM sem tratamento prévio, avaliou a combinação de radioterapia e quimioterapia com teniposídeo na dose de 50mg/m2 nos dias 1, 2, 3, 22, 23, 24, 43,44 e 45 associado à carboplatina e carmustina e mostrou tempo para progressão de 7,5 meses com sobrevida média de 12,5 meses.
Um estudo fase II incluindo 35 pacientes com GBM refratário, avaliou tratamento com teniposídeo nas doses de 45-70mg/m2 por três dias a cada 42 dias associado à nimustina, produzindo sobrevida média de seis meses, com 29% dos pacientes livres de progressão de doença em seis meses.

Estudo (n) Método Desfecho Tratamento Resultado
Sadowitz
1993
n= 105
Fase III Duração da
remissão
Consolidação/intensificação tardia
com:
Doxorrubicina/prednisona
vs
Citarabina/teniposídeo
35%
vs
33,7%
p NS

Carcinoma de Bexiga
Um estudo fase II incluindo 41 pacientes com doença metastática tratados com teniposídeo na dose de 100mg/m2 por dois dias associado à cisplatina a cada 21 dias produziu 51% de taxa de resposta com duração mediana de 6 meses (Tabela 4).

Estudo (n) Método Desfecho Tratamento Resultado
Weller 2003
n = 375
Fase III Sobrevida
média
RT →
ACNU + teniposídeo
vs
ACNU + citarabina
17,3 meses
vs
15,7 meses para glioblastoma
e
60 meses
vs
62,5 meses para glioma
anaplásico
pNS

Neuroblastoma
Um estudo de coorte prospectivo comparou três protocolos para tratamento de 359 crianças com diagnóstico de neuroblastoma estádio IV, sendo que um deles continha teniposídeo na dose de 375mg/m2por 3 dias associado a peptiquimio, ciclofosfamida, vincristina, cisplatina, doxorrubicina e melfalana com regimes de administração distintos. Este estudo mostrou que nos dois protocolos contendo teniposídeo, a taxa de ressecabilidade tumoral após tratamento foi de 50 a 60% aproximadamente, com taxa de resposta de 68% e sobrevida global em 5 anos de aproximadamente 25% para ambos protocolos com teniposídeo (Tabela 5).
Um estudo fase III envolvendo 134 pacientes com neuroblastoma virgens de tratamento, comparou as taxas de resposta e sobrevida em cinco anos entre tratamento com cisplatina/teniposídeo versus ciclofosfamida/doxorrubicina. Este estudo mostrou 22% versus 13% de resposta completa favorecendo o braço com teniposídeo (p=0,17) e sobrevida em 5 anos de 14% para ambos os braços (pNS) (Tabela 5).

Estudo (n) Método Desfecho Tratamento  Resultado
De Bernardi
2003
N = 330
Coorte
prospectivo
Sobrevida em 5 anos ICGNB 85
n = 106
ICGNB 89
n = 65
ICGNB 92
n = 159
28%
23%
28%
MC Williams
1995
n = 134
Fase III Sobrevida em 5 anos Ciclo/Doxo
vs
CDDP/VM 26
14% para
ambos
pNS

ICGNB 85 = peptiquimio, ciclofosfamida, vincristina, cisplatina, doxorrubicina, teniposídeo e melfalana; ICGNB 89 = ICGNB 89 com diferente regime de administração; ICGNB92 = desferroxamina, ciclofosfamida, etoposídeo, tiotepa e carboplatina.

Retinoblastoma
Um estudo de coorte retrospectivo incluindo 83 pacientes com comprometimento orbitário, avaliou dois diferentes esquemas quimioterápicos, ambos contendo teniposídeo na dose de 100mg/m2 por três dias a cada 3 semanas associado a cisplatina, ciclofosmamida, doxorrubicina e vincristina e quimioterapia intratecal em um esquema e o mesmo tratamento acrescido de etoposídeo e ifosfamida em outro período, com sobrevida global em 5 anos variando entre 55 e 60% aproximadamente (Tabela 6).

Estudo (n) Método Desfecho Tratamento Resultado
Antoneli 2003
n = 83
Coorte
retrospectivo
Sobrevida global
em 5 anos
CDDP/VM –
26/doxo/CFM
Ou
CDDP/VM-
26/Ifo/VP-16
55% a 60%

Sarcoma de Partes Moles
Um estudo de coorte prospectivo recrutando 503 crianças, com idade até 18 anos, portadoras de sarcoma de partes moles, avaliou esquemas de poliquimioterapia que incluíam teniposídeo na dose de 150mg/m2 a cada três semanas por dois a seis ciclos, em crianças com baixa resposta a esquema de terapia inicial com ifosfamida, vincristina e actinomicina D. O protocolo era composto, ainda, pelos fármacos ifosfamida, carboplatina, epirrubicina e etoposídeo. Os pacientes com doença estádio III tiveram maior sobrevida na comparação com controle histórico de pacientes tratados com esquema sem o teniposídeo (sobrevida em cinco anos de 60% versus 42%) (Tabela 7).

Estudo (n) Método Desfecho Tratamento Resultado
Stevens
N= 503
Coorte
prospectivo
SV em 5 anos Protocolo SIOP
89
Vs
MMT 84
60%
Vs
42%
p não citado

MMT = ifosfamida, vincristina e actinomicina D; SIOP 89 = ifosfamida, vincristina, actinomicina D, teniposídeo, carboplatina, epirrubicina e etoposídeo.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

Conservar o produto em temperatura ambiente (25oC).
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após preparo, manter as soluções diluídas que contêm 0,1mg, 0,2mg ou 0,4 mg/mL de teniposídeo sob iluminação fluorescente normal, por no máximo 24 horas em recipientes de grande volume de vidro ou de poliolefina para administração parenteral. Não se recomenda a refrigeração. As soluções de 1 mg/mL de VUMON guardadas sob temperatura ambiente e iluminação fluorescente normal são menos estáveis e devem ser administradas em até 4 horas a partir da preparação a fim de minimizar a tendência de precipitação.

Características físicas e organolépticas
VUMON se apresenta como um líquido claro, de coloração fracamente amarela a amarela, essencialmente livre de evidências visíveis de contaminação. É comercializado em ampolas de vidro com anel de ruptura da cor verde.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres legais

Reg. MS – 1.0180.0137

Responsável Técnico:
Dra Elizabeth M. Oliveira
CRF-SP n◦12.529

Fabricado por:
Corden Pharma Latina S.p.A
Via del Murillo, Km 2800
Sermoneta (Latina) Itália
Importado por:
Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.
Rua Verbo Divino, 1711 – Chácara Santo Antônio – São Paulo – SP
CNPJ 56.998.982/0001-07

VUMON – Bula para o paciente

1. PARA QUÊ ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
VUMON é indicado para o tratamento das seguintes condições, normalmente associado com outros agentes antineoplásicos (contra o câncer):
-Linfomas malignos (alterações malignas nas células do sistema linfático);
-Doença de Hodgkin [câncer que se origina nos (linfonodos) gânglios do sistema linfático];
-Leucemia(câncer do sangue) linfoblástica aguda, de alto risco, em adultos e crianças;
-Tumores intracranianos (cerebrais) malignos como glioblastoma, ependimoma, astrocitoma;
-Câncer de bexiga;
-Neuroblastoma (câncer na glândula supra-renal) e outros tumores sólidos em crianças.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
VUMON é um medicamento citotóxico (tóxico para a célula) fase-específico, que atua em uma determinada etapa do ciclo celular, impedindo as células de entrarem em mitose (divisão da célula). O mecanismo de ação parece ser devido à inibição de topoisomerases do tipo II, uma enzima envolvida em uma das etapas do ciclo celular.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você não deve utilizar VUMON se já tiver apresentado alergia a este medicamento ou a qualquer componente da sua formulação.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com leucopenia (diminuição no número de glóbulos brancos no sangue) ou trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas no sangue) graves.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
VUMON deve ser prescrito somente por médicos que tenham experiência com medicamentos quimioterápicos para o câncer. A conduta na terapia e em complicações só é possível quando as instalações de tratamento adequado estão prontamente disponíveis. Pode ocorrer mielodepressão grave (depressão grave da medula óssea), que pode acarretar infecções ou hemorragia. Seu médico deve solicitar a realização do hemograma e de testes que avaliam o funcionamento dos rins e do fígado regularmente. O tratamento deve ser interrompido se forem observadas depressão anormal da medula óssea ou alteração no funcionamento dos rins ou do fígado.
Reações anafiláticas (reação alérgica grave e rápida) com risco de morte têm ocorrido após a administração inicial do teniposídeo ou após exposição repetida. Até o momento, não há evidências que sugiram a sensibilidade cruzada entre VUMON e etoposídeo.
VUMON deve ser administrado com cautela em pacientes com comprometimento da medula por tumor e em pacientes com comprometimento no funcionamento dos rins ou fígado.
Seu médico deve realizar acompanhamento regular das contagens de leucócitos (glóbulos brancos de defesa) e plaquetas (elementos que participam da coagulação) durante o tratamento com VUMON. Se a contagem de leucócitos estiver abaixo de 2000 células/mm3 ou a de plaquetas abaixo de 75000 células/mm3, o tratamento deve ser postergado até que a recuperação da medula óssea seja completa, a menos que estas forem causadas pela doença em si.
O profissional de saúde deve tomar cuidado para assegurar que as infusões de VUMON sejam administradas através de um cateter intravenoso, implantado em posição adequada antes da infusão, uma vez que a administração imprópria pode resultar em extravasamento (escape do medicamento do vaso sanguíneo para os tecidos ao lado da área da punção), necrose (morte de um tecido ou parte dele) e/ou tromboflebite (inflamação de um vaso devido a um coágulo).
Casos de hipotensão (pressão baixa) têm sido relatados durante a infusão de VUMON. Sendo assim, os sinais vitais (pulso, pressão arterial, respiração e temperatura) devem ser monitorizados cuidadosamente durante os primeiros 30-60 minutos após o início da infusão.

Fertilidade e Uso na gravidez
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Como o tenoposídeo pode diminuir a fertilidade masculina, seu médico deve considerar a preservação de esperma para posterior paternidade.
VUMON pode causar danos fetais quando administrado a mulheres grávidas. Se você utilizar este medicamento durante a gravidez ou se você engravidar enquanto estiver sob tratamento, você deverá ser avisada dos danos potenciais para o feto. Se você estiver em idade de engravidar, adote medidas contraceptivas para evitar a gravidez.

Uso durante a amamentação
Não se sabe se este medicamento é excretado no leite materno. Como muitos medicamentos o são e devido ao potencial de VUMON em causar reações adversas graves em bebês, o seu médico deverá decidir entre interromper a amamentação ou o tratamento, levando-se em consideração a importância do medicamento para a mãe.

Carcinogênese, Mutagênese e Comprometimento da fertilidade
Relatou-se a ocorrência de leucemia aguda não linfocítica em pacientes tratados com VUMON, em associação com outros agentes antineoplásicos. O teniposídeo deve ser considerado um carcinógeno (composto causador de câncer) potencial em humanos.

Uso na pediatria
VUMON contém álcool benzílico em sua formulação. O álcool benzílico tem sido associado à toxicidade em recém-nascidos. Uma síndrome caracterizada por dificuldade respiratória, “kernicterus” (icterícia grave), acidose metabólica (excesso de acidez no sangue), deterioração neurológica, anormalidades hematológicas (do sangue) e morte tem ocorrido após a administração de soluções contendo álcool benzílico a bebês prematuros de baixo peso.
Observou-se depressão aguda do sistema nervoso central (SNC), acidose metabólica e hipotensão em pacientes recebendo doses maiores do produto que as recomendadas e naqueles que foram tratados previamente com medicamentos antieméticos (contra o vômito).

Interações Medicamentosas
Interação medicamento – medicamento
Doses maiores do produto podem ser necessárias em pacientes em tratamento com anticonvulsivantes, tais como fenobarbital e fenitoína. Ainda, o uso concomitante de teniposídeo com a tolbutamida, o salicilato de sódio e o sulfametiazol devem ser avaliados pelo seu médico, devido ao maior risco de efeito e toxicidade.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Conservar o produto em temperatura ambiente (25oC).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Aspecto físico e características organolépticas de VUMON
VUMON se apresenta como um líquido claro, de coloração fracamente amarela a amarela, essencialmente livre de evidências visíveis de contaminação. É comercializado em ampolas de vidro com anel de ruptura da cor verde.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Este produto é restrito para uso em hospitais ou ambulatórios especializados, com emprego específico em neoplasias malignas, e deve ser manipulado apenas por profissionais treinados. Portanto, pelo fato deste produto ter indicação específica e ser manipulado apenas por pessoal treinado, o item Como usar não consta nesta bula, uma vez que as informações serão fornecidas pelo médico, conforme necessário.
A literatura atual deve ser consultada para a administração de doses específicas e regimes para indicações particulares.
O tempo de duração de seu tratamento será de acordo com a orientação de seu médico.
Para segurança e eficácia desta apresentação, VUMON não deve ser administrado por vias não recomendadas. A administração deve ser somente pela via intravenosa.

Monoterapia
A dose total por ciclo é de 300 mg/m2, administrados num período de 3 a 5 dias. Os ciclos podem ser repetidos a cada 3 semanas ou a partir da recuperação da medula óssea.
A dosagem deve ser ajustada de acordo com a variabilidade individual do paciente e a toxicidade, quando empregado como agente único ou em combinação com outros agentes antineoplásicos.

Terapia combinada
VUMON tem sido usado em associação com vários outros agentes quimioterápicos. Quando utilizado em combinação com outros medicamentos mielodepressivos, a dose deve ser reduzida apropriadamente. Seu médico deve monitorizar o seu hemograma e, se necessário, realizar avaliações da medula óssea regularmente.

Populações especiais
Pacientes com síndrome de Down podem ser particularmente sensíveis à quimioterapia mielodepressora, portanto, modificações de dose devem ser consideradas nestes pacientes.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Este medicamento precisa ser dado em uma programação regular. Se você esqueceu de tomar VUMON no horário pré-estabelecido, por favor procure seu médico, o seu cuidador de saúde domiciliar, ou com a clínica onde você recebe seu tratamento, para obter as instruções.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Toxicidade hematológica
A mielodepressão é frequentemente limitada à dose, com leucopenia e trombocitopenia ocorrendo 7 a 14 dias após o tratamento com VUMON. A recuperação da medula óssea é normalmente completa dentro de 2 a 3 semanas. A leucopenia é mais frequente e mais grave do que a trombocitopenia.
Relatou-se também anemia (diminuição da quantidade de hemoglobina no sangue) e anemia hemolítica imune.
A ocorrência de leucemia não linfocítica aguda foi relatada em pacientes tratados com VUMON em associação com outros agentes antineoplásicos.

Toxicidade Gastrintestinal
As principais toxicidades gastrintestinais são náuseas (enjoos) e vômitos, que podem ser controladas com tratamento antiemético. Estomatite/mucosite (inflamação na mucosa da boca), anorexia (perda de apetite) , diarreia, dor abdominal e disfunção hepática (mau funcionamento do fígado) também podem ocorrer.

Alopecia
Alta incidência de alopecia (queda de cabelo) tem sido relatada, especialmente em pacientes recebendo múltiplos cursos de terapia.

Hipotensão
Pode ocorrer hipotensão transitória após a administração intravenosa rápida de VUMON (vide 6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? – Preparação e Administração). Relatam-se casos de morte súbita devido à provável arritmia (perda de ritmo dos batimentos do coração) e hipotensão.

Hipersensibilidade
Reações do tipo anafiláticas caracterizadas por calafrios, febre, taquicardia (aumento dos batimentos do coração), broncoespasmo (estreitamento dos brônquios que causa falta de ar), dispneia (falta de ar) e hipotensão têm ocorrido durante ou imediatamente após a administração de VUMON. Estas reações podem ser devido ao óleo de rícino polioxietilado, componente do veículo, ou ao teniposídeo em si; podem ocorrer com a primeira dose ou, mais comumente, em pacientes com tumores cerebrais ou com neuroblastoma. O risco da ocorrência de uma reação de hipersensibilidade pode estar relacionado com a exposição repetida e com doses cumulativas. Estas reações normalmente têm respondido prontamente à interrupção da infusão e a administração de agentes pressóricos, corticosteróides, anti-histamínicos ou expansores de volume, conforme apropriado. Têm sido relatados também rubor (vermelhidão no rosto) , sudorese (suor), hipertensão (pressão alta) e edema (inchaço).

Dermatológicas
Relatam-se casos de urticária (manchas vermelhas pelo corpo) com ou sem prurido (coceira).

Neurotoxicidade
Tem-se relatado neurotoxicidade (toxicidade no sistema nervoso), incluindo casos graves de neuropatia (lesão do nervo) devido a uma interação entre o sulfato de vincristina e o VUMON. A depressão do sistema nervoso central foi observada em pacientes tratados com doses maiores que as recomendadas (vide 9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?).
Outras
As seguintes reações também têm sido relatadas: infecções, disfunção renal (mau funcionamento dos rins), hipertensão, cefaleia (dor de cabeça), confusão e astenia (fraqueza muscular).
As frequências das reações adversas citadas acima não podem ser estimadas pelos dados disponíveis.
A tabela abaixo é apresentada por sistema de classe de órgãos e frequência, conforme as categorias: muito comum (=>1/10), comum (=>1/100,<1/10), incomum (=>1/1000, <1/100), raro (=>1/10000, <1/1000), muito raro (<1/10000) e, não conhecida (não pode ser definida com base nos dados disponíveis).

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Observou-se depressão aguda do sistema nervoso central, acidose metabólica e hipotensão em pacientes que receberam doses do produto maiores que as recomendadas e que também foram pré-tratados com medicamentos antieméticos.
Não foram estabelecidos antídotos comprovados em caso de superdosagem de VUMON. As complicações antecipadas de uma superdosagem são secundárias à depressão da medula óssea.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Data da bula

10/11/2017