Wellbutrin sr

WELLBUTRIN SR com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de WELLBUTRIN SR têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com WELLBUTRIN SR devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

GSK

Apresentação WELLBUTRIN SR

Wellbutrin® SR é apresentado na forma de comprimidos de ação prolongada que contêm 150 mg de cloridrato de bupropiona, embalados em cartuchos com 30 comprimidos.

Composição
Cada comprimido de Wellbutrin® SR contém:
cloridrato de bupropiona…………………………………………… 150 mg
Excipientes: q.s.p. ……………………………………………………. 1 comprimido

Excipientes: celulose microcristalina, hidroxipropilmetilcelulose, cloridrato de cisteína, estearato de magnésio, dióxido de titânio, polietilenoglicol, polissorbato 80, corantes azul FD&C nº 2 e vermelho FD&C nº 40 e cera de carnaúba.

Uso adulto

WELLBUTRIN SR – Indicações

Wellbutrin® SR é indicado no tratamento da depressão aguda ou na prevenção de recidivas e rebotes de episódios depressivos após resposta inicial satisfatória.
A bupropiona também é usada para ajudar a parar de fumar. Entretanto, as informações desta bula são especificamente para pacientes em tratamento de depressão, pois as dosagens e outras instruções são diferentes para os que estão em tratamento para parar de fumar.

Contra indicações de WELLBUTRIN SR

Wellbutrin® SR é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida a bupropiona ou a qualquer componente da fórmula. A bupropiona é contraindicada a pacientes com diagnóstico de epilepsia ou outros distúrbios convulsivos e diagnóstico atual ou prévio de bulimia ou anorexia nervosa, uma vez que foi observada alta incidência de convulsões nesses pacientes quando a bupropiona foi administrada. Wellbutrin® SR não deve ser administrado em pacientes tratados com qualquer outro medicamento que contenha bupropiona, uma vez que a incidência de convulsões é dependente da dose. É contraindicada a administração concomitante de inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) ou o uso associado de bupropiona dentro de até 14 dias após a interrupção do tratamento com IMAOs.
Wellbutrin® SR é contraindicado a pacientes em processo de descontinuação abrupta do uso de sedativos ou álcool.

Advertências

Wellbutrin® SR não deve ser utilizado concomitantemente a outros medicamentos que contenham bupropiona.

Convulsões
A dose recomendada de Wellbutrin® SR não deve ser excedida, uma vez que a bupropiona está associada a risco de convulsão dependente da dose. A incidência de convulsões com Wellbutrin® SR em doses maiores que 300 mg/dia é aproximadamente de 0,1%.

O risco de convulsão decorrente do uso de bupropiona parece estar fortemente associado à presença de fatores predisponentes. Portanto, Wellbutrin® SR deve ser administrado com extrema precaução em pacientes com uma ou mais condições predisponentes que possam baixar o limiar da convulsão. Tais condições incluem:
−histórico de traumatismo craniano;
−tumor do sistema nervoso central;
−histórico de convulsões;
−administração concomitante de medicamentos que baixem o limiar da convulsão.

Além disso, os cuidados devem ser redobrados em circunstâncias clínicas associadas a aumento do risco de convulsões. Tais circunstâncias incluem abuso de álcool ou sedativos (ver Contraindicações), diabetes tratado com hipoglicemiantes ou insulina e uso de estimulantes ou produtos anorexígenos.
Wellbutrin® SR deve ser descontinuado e não deve ser reiniciado em pacientes que apresentem convulsão durante o tratamento.

Reações de hipersensibilidade
Wellbutrin® SR deve ser suspenso imediatamente em pacientes que apresentem reações de hipersensibilidade durante o tratamento (ver Reações adversas). Os médicos devem estar cientes de que os sintomas podem permanecer, mesmo após a suspensão do medicamento e monitoramento clínico adequado deve ser providenciado.

Insuficiência hepática
No fígado, a bupropiona é extensamente metabolizada em metabólitos ativos que serão posteriormente metabolizados. Não existe diferença estatisticamente significativa na farmacocinética da bupropiona entre pacientes com cirrose hepática moderada e voluntários sadios. Entretanto, os níveis plasmáticos de bupropiona apresentaram maior variabilidade entre pacientes individuais. Portanto, Wellbutrin® SR deve ser usado com precaução em pacientes com insuficiência hepática, e a redução na frequência das doses deve ser considerada em indivíduos com cirrose hepática de leve a moderada (ver Posologia e Propriedades farmacocinéticas).
Wellbutrin® SR deve ser utilizado com extremo cuidado em pacientes com cirrose hepática grave. Nesses indivíduos, a frequência das doses deverá ser reduzida, uma vez que níveis sanguíneos de bupropiona podem mostrar-se substancialmente aumentados, podendo ocorrer acúmulo dessa substância numa extensão maior do que a usual (ver Posologia e Propriedades farmacocinéticas).
Todos os pacientes com insuficiência hepática devem ser monitorados devido à possibilidade de efeitos adversos, que podem indicar altos níveis da droga ou de seus metabólitos, como insônia, “boca seca” e convulsões.

Insuficiência renal
Após a passagem pelo fígado, a bupropiona é metabolizada e os metabólitos ativos são excretados pelos rins. Portanto, os pacientes com insuficiência renal devem iniciar o tratamento com doses e/ou frequência reduzidas, já que a bupropiona e seus metabólitos tendem a se acumular numa extensão maior do que a usual nesses indivíduos (ver Propriedades farmacocinéticas). O paciente deve ser cuidadosamente monitorado em relação às possíveis reações adversas (por exemplo: insônia, “boca seca” e convulsões), que podem indicar altos níveis da droga ou de seus metabólitos.

Pacientes idosos
A experiência clínica com bupropiona não demonstrou qualquer diferença na tolerabilidade entre pacientes idosos e outros indivíduos. Entretanto, a maior sensibilidade de alguns pacientes idosos a bupropiona não pode ser ignorada, por isso podem necessitar de redução da dosagem e/ou da frequência das doses (ver Propriedades farmacocinéticas).

Crianças e adolescentes menores de 18 anos
O tratamento com antidepressivos está associado com aumento do risco de pensamentos e comportamentos suicidas em crianças e adolescentes com depressão maior e outras desordens psiquiátricas.

Agravamento clínico e risco de suicídio em adultos com transtornos psiquiátricos
Os pacientes com depressão podem experimentar agravamento dos sintomas depressivos e/ou do aparecimento de ideação e comportamentos suicidas (suicidalidade), estejam ou não tomando medicações antidepressivas. Esse risco persiste até que ocorra remissão significativa. Como há a possibilidade de que não ocorra melhora durante as primeiras semanas ou mais de tratamento, os pacientes devem ser rigorosamente monitorados para detecção de agravamento clínico (incluindo desenvolvimento de novos sintomas) e suicidalidade, principalmente no início de um ciclo de tratamento ou nas ocasiões de mudanças da dose, sejam elas aumentos, sejam diminuições. Segundo a experiência clínica geral com todos os tratamentos antidepressivos, o risco de suicídio pode se elevar nos estágios iniciais de recuperação.
Os pacientes com histórico de comportamento e pensamentos suicidas, adultos jovens e aqueles indivíduos que exibem grau significativo de ideação suicida antes do início da terapia correm maior risco de pensamentos suicidas ou tentativas de suicídio e devem ser cuidadosamente monitorados durante o tratamento.
Adicionalmente, foi feita uma metanálise de um estudo clínico controlado com placebo que utilizou drogas antidepressivas em adultos com transtorno depressivo maior. Essa análise com pacientes abaixo de 25 anos de idade demonstrou aumento no risco de pensamentos e comportamentos suicidas associados ao uso de antidepressivos em comparação com placebo.
Os pacientes (e as pessoas que cuidam deles) devem ser alertados sobre a necessidade de estar atentos para qualquer agravamento de sua doença (incluindo desenvolvimento de novos sintomas) e/ou aparecimento de ideação/comportamento suicida ou pensamentos sobre ferir a si mesmos e necessitam buscar assistência médica imediatamente se esses sintomas surgirem.
Deve-se reconhecer que o início de alguns sintomas neuropsiquiátricos poderia estar relacionado à doença subjacente ou à terapia medicamentosa (ver Sintomas neuropsiquiátricos incluindo mania e transtorno bipolar; Reações adversas).
É preciso considerar a alteração do regime terapêutico, assim como a possível descontinuação da medicação em pacientes que apresentaram agravamento clínico (incluindo desenvolvimento de novos sintomas) e/ou aparecimento de ideias e comportamentos suicidas, especialmente se esses sintomas forem graves, abruptos no início ou não faziam parte dos sintomas apresentados pelo paciente.

Sintomas neuropsiquiátricos incluindo mania e transtorno bipolar
Sintomas neuropsiquiátricos foram relatados (ver Reações adversas). Em particular, sintomas psicóticos e maníacos têm sido observados principalmente em pacientes com histórico de doenças psiquiátricas. Além disso, um episódio depressivo maior pode ser a manifestação inicial do transtorno bipolar. Em geral, considera-se (embora isso não tenha sido estabelecido em estudos controlados) que tratar esse episódio com um antidepressivo como monoterapia pode aumentar a probabilidade de precipitação de um episódio misto/maníaco em pacientes que correm risco de apresentar transtorno bipolar. Dados clínicos limitados sobre o uso de bupropiona em combinação com estabilizadores do humor em indivíduos com histórico de transtorno bipolar sugerem baixo índice de mudança para mania. Antes de iniciar o tratamento com antidepressivo, os pacientes devem ser adequadamente avaliados para determinar se correm risco de apresentar transtorno bipolar. Essa avaliação deve englobar um histórico psiquiátrico detalhado, incluindo o histórico familiar de suicídio, transtorno bipolar e depressão.

Doença cardiovascular
É limitada a experiência clínica com o uso de bupropiona para tratar a depressão em pacientes com doença cardiovascular. Deve-se ter cautela no uso de Wellbutrin® SR nesses pacientes. No entanto, a bupropiona foi geralmente bem tolerada em estudos sobre interrupção do tabagismo em pacientes com doença cardiovascular isquêmica (ver Estudos clínicos).

Pressão arterial
Em um estudo que incluiu indivíduos não deprimidos (incluindo fumantes e não fumantes) com hipertensão de estágio I não tratada, bupropiona não produziu efeito estatisticamente significativo sobre a pressão arterial. No entanto, relatos espontâneos de aumento da pressão arterial (algumas vezes grave) foram recebidos (ver Reações adversas), e o uso concomitante de bupropiona e de um Sistema Transdérmico de Nicotina podem resultar em elevações da pressão arterial (ver Interações medicamentosas).

Gravidez e lactação
A segurança do uso de bupropiona na gravidez humana não foi estabelecida.
A administração de bupropiona durante a gravidez somente deve ser considerada se os efeitos benéficos esperados forem maiores que os riscos em potencial.
Em um estudo retrospectivo em que se avaliaram dados secundários de um programa de gerenciamento em saúde (n = 7.005 bebês) foram verificados, a freqüência de malformações congênitas (2,3%) ou malformações cardiovasculares (1,1%) em bebês de gestantes no primeiro trimestre de gravidez que fizeram uso de bupropiona (n = 1.213 bebês) comparado com pacientes que fizeram uso de antidepressivos durante o primeiro trimestre (n=4743 bebês; 2,3% de malformações congênitas e 1,1% de malformações cardiovasculares) ou bupropiona usada após o 1º trimestre (n=1049 bebês; 2,2% e 1%, respectivamente).
A avaliação de estudos em animais não indica efeitos prejudiciais diretos ou indiretos em relação ao desenvolvimento embriofetal no curso da gestação ou no desenvolvimento peri e pós-natal. Um estudo de fertilidade em ratas não demonstrou evidências de alterações na fertilidade. Foi demonstrado que a bupropiona e seus metabólitos são excretados pelo leite materno; portanto, devido às potenciais reações adversas, recomenda-se que mães que estejam recebendo tratamento com Wellbutrin® SR não amamentem no seio.

Categoria “B” de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas
Como ocorre com outras substâncias que atuam no sistema nervoso central, a bupropiona pode afetar a capacidade de desenvolver tarefas que requeiram raciocínio, orientação ou outras habilidades cognitivas. Dessa forma, os pacientes devem ter cuidado ao dirigir ou operar máquinas até que estejam certos de que Wellbutrin® SR não afetou adversamente seu desempenho.

Interações medicamentosas de WELLBUTRIN SR

A bupropiona é metabolizada em seu principal metabólito ativo, a hidroxibupropiona, principalmente através do citocromo P450 IIB6 (CYP2B6) (ver Propriedades farmacocinéticas). Deve-se ter cuidado ao administrar Wellbutrin® SR concomitantemente a drogas que afetam a isoenzima CYP2B6, tais como orfenadrina, ciclofosfamida, isofosfamida, ticlopidina e clopidogrel.
Embora a bupropiona não seja metabolizada pela isoenzima CYP2D6, estudos in vitro com P450 humanos têm demonstrado que a bupropiona e a hidroxibupropiona são inibidoras da via CYP2D6. Em um estudo de farmacocinética em humanos, a administração de bupropiona aumentou os níveis plasmáticos da desipramina. Esse efeito foi mantido por pelo menos 7 dias após a última dose de bupropiona. Por esse motivo, o início de terapia concomitante com drogas predominantemente metabolizadas por essa isoenzima (tais como betabloqueadores, antiarrítmicos, ISRSs, TCAs e antipsicóticos) deve começar pela dose inferior, segundo a faixa terapêutica dessa medicação. Se Wellbutrin® SR for adicionado ao tratamento de pacientes que já estejam recebendo drogas metabolizadas pela isoenzima CYP2D6, deve ser considerada a redução da dose da medicação original, particularmente no caso daquelas medicações com estreito índice terapêutico (ver Propriedades farmacocinéticas).
Apesar de o citalopram não ser primariamente metabolizado pelo CYP2D6, em um estudo a bupropiona elevou a Cmáx e a ASC do citalopram em 30% e 40%, respectivamente.
Em virtude do extenso metabolismo da bupropiona, a coadministração de agentes reconhecidamente “indutores do metabolismo” (tais como carbamazepina, fenobarbital ou fenitoína) pode afetar sua atividade clínica.
Uma série de estudos clínicos com pacientes sadios, verificou-se que ritonavir (100 mg 2 vezes ao dia ou 600 mg 2 vezes ao dia) ou ritonavir 100 mg associado a liponavir 400 mg (2 vezes ao dia) reduziu a exposição da bupropiona e de seus principais metabólitos de maneira dose-dependente em aproximadamente 20%-80%. Acredita-se que isso ocorra devido à indução do metabolismo da bupropiona. Pacientes que recebem ritonavir podem precisar de doses maiores de bupropiona, mas a dose máxima recomendada não deve ser excedida.
Mesmo não havendo estudos clínicos que identifiquem interações farmacocinéticas entre bupropiona e álcool, existem raros relatos de eventos adversos neuropsiquiátricos ou redução da tolerância alcoólica em pacientes que usam bebidas alcoólicas durante a terapia. O consumo de álcool durante o tratamento deve ser minimizado ou evitado.
Dados clínicos limitados sugerem maior incidência de reações adversas neuropsiquiátricas em indivíduos que recebem bupropiona concomitantemente a levodopa ou amantadina. Recomenda-se cautela na administração de Wellbutrin® SR a pacientes que recebem levodopa ou amantadina.
Doses orais múltiplas de bupropiona não tiveram efeitos estatisticamente significativos sobre a farmacocinética de dose única de lamotrigina em 12 indivíduos e mostraram apenas ligeiro aumento na ASC de lamotrigina glicuronídeo.
O uso concomitante de Wellbutrin® SR e Sistemas Transdérmicos de Nicotina (STNs) podem resultar na elevação da pressão sanguínea.
Ensaios sugerem que a exposição a bupropiona pode ser aumentada quando os comprimidos de ação prolongada são tomados junto com alimentos.

Reações adversas / efeitos colaterais de WELLBUTRIN SR

Os dados abaixo fornecem informações sobre as reações adversas, identificadas em estudos clínicos, listados por sistema orgânico.
As reações adversas estão organizadas por frequência, usando-se a seguinte convenção: muito comum (≥1/10), comum (≥1/100 e <1/10), incomum (≥1/1.000 e <1/100), rara (≥1/10.000 a <1/1.000) e muito rara (<1/10.000). Eventos muito comuns, comuns e incomuns foram determinados a partir de estudos clínicos. Reações adversas identificadas por meio da farmacovigilância pós-comercialização são consideradas muito raras.

Distúrbios do Sistema imune
Comum: reações de hipersensibilidade, como urticária.
Muito raros: reações de hipersensibilidade mais graves, incluindo angioedema, dispneia, broncoespasmo e choque anafilático.
Artralgia, mialgia e febre também foram relatadas em associação com rash e outros sintomas sugestivos de hipersensibilidade tardia. Esses sintomas podem lembrar a doença do soro (veja “Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo”).

Distúrbios do metabolismo e da nutrição
Comum: anorexia.
Incomum: perda de peso.
Muito raro: transtornos na glicose sanguínea.

Distúrbios psiquiátricos
Muito comum: insônia.
Comuns: agitação, ansiedade.
Incomuns: depressão, confusão mental.
Muito comuns: agressão, hostilidade, irritabilidade, inquietação, alucinações, sonhos estranhos, despersonalização, delírio, paranoia.

Distúrbios do sistema nervoso
Muito comum: dor de cabeça.
Comuns: tremor, vertigem, transtornos no paladar.
Incomuns: distúrbios de concentração.
Raros: convulsões (ver Advertências).
Muito raros: distonia, ataxia, parkinsonismo, alterações na coordenação motora, alterações de memória, parestesias, síncopes.

Distúrbios oculares
Comuns: transtornos na visão.
Distúrbios no ouvido/labirinto
Comum: tinido.

Distúrbios cardíacos
Incomum: taquicardia.
Muito raros: palpitações.

Distúrbios vasculares
Comum: aumento da pressão sanguínea (em alguns casos grave), calor e rubor.
Muito raros: vasodilatação, hipotensão postural.

Distúrbios gastrintestinais
Muito comuns: boca seca, transtornos gastrintestinais como náusea e vômito.
Comuns: dor abdominal, constipação.

Distúrbios hepatobiliares
Muito raros: elevação no nível de enzimas hepáticas, icterícia, hepatite.

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo
Comum: rash, prurido, sudorese.
Muito raros: eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson (veja “Distúrbios do Sistema imune”).

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo
Muito raros: movimentos involuntários.

Distúrbios do sistema urinário
Muito raros: aumento da frequência de micção ou retenção urinária.

Distúrbios gerais
Comuns: febre, dor no peito, astenia.

WELLBUTRIN SR – Posologia

Estudos sugerem que a exposição a bupropiona pode ser aumentada quando os comprimidos de ação prolongada são tomados junto com alimentos.

Adultos
A dose única máxima de Wellbutrin® SR é de 150 mg.
Wellbutrin® SR comprimidos deve ser administrado 2 vezes ao dia, com intervalo mínimo de 8 horas entre as doses.
Insônia é um efeito adverso comum, frequentemente transitório, e pode ser reduzido evitando-se a administração do medicamento próximo do horário de dormir (contanto que haja o intervalo de, no mínimo, 8 horas entre as doses) ou, se clinicamente indicado, uma redução da dose.

Tratamento inicial
A dose inicial é de 150 mg, administrada como dose única diária. Pacientes que não respondem adequadamente à dose de 150 mg/dia podem se beneficiar com o aumento para a dose adulta usual de 300 mg/dia, administrada como 150 mg 2 vezes ao dia. A dose diária máxima é de 300 mg.
O início da ação da bupropiona foi observado no período de 14 dias após o começo do tratamento.
O efeito antidepressivo completo de Wellbutrin® SR pode não ser evidente até depois de algumas semanas de tratamento, assim como acontece com quase todos os antidepressivos.

Terapêutica de manutenção
Considera-se que episódios agudos de depressão necessitam de 6 meses ou mais de terapia com drogas antidepressivas. Wellbutrin® SR (300 mg/dia) tem demonstrado eficácia durante tratamentos prolongados (estudos com até 1 ano de duração).

Crianças e adolescentes menores de 18 anos
Não é indicado o uso de Wellbutrin® SR em crianças ou adolescentes com menos de 18 anos de idade (ver Advertências).
A segurança e a eficácia de Wellbutrin® SR comprimidos em pacientes com menos de 18 anos não foram estabelecidas.

Uso em idosos
A maior sensibilidade de alguns pacientes idosos a bupropiona não pode ser ignorada; dessa forma, a redução na frequência e/ou na dosagem pode ser requerida (ver Advertências).

Uso em pacientes com insuficiência hepática
Wellbutrin® SR deve ser utilizado com cautela em pacientes com insuficiência hepática.
Devido à maior variação da farmacocinética em pacientes com cirrose hepática de leve a moderada, deve ser considerada a redução na frequência da dosagem (ver Advertências). Nos pacientes com cirrose hepática grave, Wellbutrin® SR deve ser utilizado com extrema cautela e a dose não deve exceder 150 mg em dias alternados (ver Advertências).

Uso em pacientes com insuficiência renal
O tratamento de pacientes com insuficiência renal deve ser iniciado com doses e/ou frequência reduzidas, já que a bupropiona e seus metabólitos tendem a se acumular numa extensão maior que a usual nesses pacientes (ver Advertências).

Super dosagem

Foram descritos casos de ingestão aguda de doses até 10 vezes maiores que as doses terapêuticas máximas. Além dos eventos descritos no item Reações adversas, a superdosagem tem ocasionado sintomas que incluem sonolência, redução do nível de consciência e alterações ECGs, tais como distúrbios de condução (incluindo prolongamento do intervalo QRS) e arritmias.
Tratamento: na ocorrência de superdosagem, o paciente deve ser hospitalizado. ECG e sinais vitais devem ser monitorados.
É necessário assegurar oxigenação e ventilação adequadas. O uso de carvão ativado também é recomendado. Não se conhece nenhum antídoto específico para a bupropiona. O gerenciamento futuro deve ser feito de acordo com as indicações clínicas e as recomendações do centro de toxicologia de referência, quando disponível.

Caracteristicas farmalogicas

Em um estudo com voluntários sadios, não foi observado nenhum efeito clinicamente significativo dos comprimidos de ação prolongada de bupropiona (450 mg/dia) no intervalo de QTcF após 14 dias de tratamento.

Propriedades farmacodinâmicas
A bupropiona é um inibidor seletivo da recaptação neuronal de catecolaminas (noradrenalina e dopamina) com efeito mínimo na recaptação de indolaminas (serotonina) e que não inibe a monoaminoxidase (MAO). O mecanismo exato de ação da bupropiona, assim como o de muitos antidepressivos, é desconhecido. Presume-se que o mecanismo de ação da bupropiona seja mediado por mecanismos noradrenérgicos e/ou dopaminérgicos.

Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após administração oral de bupropiona a voluntários sadios, os picos de concentração plasmática são alcançados após aproximadamente 3 horas. A bupropiona e seus metabólitos apresentam cinética linear após administração crônica de 150 a 300 mg diariamente.
Três estudos sugerem que a exposição a bupropiona pode ser aumentada quando os comprimidos de ação prolongada são ingeridos com alimentos. Quando tomados após a alimentação, a Cmáx da bupropiona aumentou 11%, 16% e 35% nos 3 ensaios. A exposição geral (ASC) a bupropiona elevou-se 17%, 17% e 19% nos 3 estudos.

Distribuição
A bupropiona é largamente distribuída, com volume aparente de distribuição de aproximadamente 2.000 L. A bupropiona e a hidroxibupropiona se ligam moderadamente às proteínas plasmáticas (84% e 77%, respectivamente). A extensão da ligação do metabólito treoidrobupropiona às proteínas é mais ou menos a metade da que é observada com a bupropiona.

Metabolismo
A bupropiona é extensivamente metabolizada em humanos. Três metabólitos farmacologicamente ativos da bupropiona foram identificados no plasma: a hidroxibupropiona e os isômeros aminoálcool, treoidrobupropiona e eritroidrobupropiona. Esses metabólitos podem ter importância clínica quando suas concentrações plasmáticas são altas ou maiores que as da bupropiona. Os picos das concentrações plasmáticas da hidroxibupropiona e da treoidrobupropiona são alcançados, aproximadamente, 6 horas após a administração de uma única dose de Wellbutrin® SR. A eritroidrobupropiona não pode ser medida no plasma após uma dose única de Wellbutrin® SR. Os metabólitos ativos são posteriormente metabolizados em metabólitos inativos e excretados na urina. Estudos in vitro demonstram que a bupropiona é metabolizada em seus principais metabólitos ativos primariamente pelo CYP2B6 e que o sistema enzimático citocromo P450 não está envolvido na formação da treoidroxibupropiona (ver Interações medicamentosas).
A bupropiona e a hidroxibupropiona são inibidores competitivos, relativamente fracos, da isoenzima CYP2D6 com valores de Ki de 21 e 13,3 µM, respectivamente. Em voluntários que metabolizam largamente pela isoenzina CYP2D6, a administração concomitante de bupropiona e desipramina resultou em aumento da Cmáx e da ASC da desipramina de 2 e 5 vezes, respectivamente. Esse efeito tende a permanecer por pelo menos 7 dias após a última dose de bupropiona. Uma vez que a bupropiona não é metabolizada pela via CYP2D6, a desipramina não afeta a farmacocinética da bupropiona. Recomenda-se cuidado quando Wellbutrin® SR é administrado com substratos da via CYP2D6 (ver Interações medicamentosas).
Em animais, a bupropiona demonstrou induzir seu próprio metabolismo após administração “subcrônica”. Em humanos, não existem evidências de indução enzimática da bupropiona e hidroxibupropiona em voluntários ou pacientes que recebem as doses recomendadas de bupropiona por 10 a 45 dias.
Em um estudo clínico com pacientes sadios, o ritonavir (100 mg 2 vezes ao dia) diminuiu a ASC e a Cmáx da bupropiona em 22% e 21%, respectivamente. A ASC e a Cmáx dos metabólitos da bupropiona foram reduzidos a 0% e 44%. Em um segundo estudo clínico com voluntários sadios, ritonavir (600 mg 2 vezes ao dia) diminuiu a ASC e a Cmáx da bupropiona em 66% e 62%, respectivamente. A ASC e a Cmáx dos metabólitos da bupropiona foram reduzidas a 42% e 78%, respectivamente.
Em outro estudo com pacientes sadios, lopinavir 400 mg/ritonavir 100 mg (2 vezes ao dia) diminuiu a ASC e a Cmáx da bupropiona em 57%. A ASC e a Cmáx da hidroxibupropiona foram reduzidas a 50% e 31%, respectivamente.

Eliminação
Após administração oral de 200 mg de bupropiona marcada com C14 em humanos, 87% e 10% da dose radiomarcada foi eliminada na urina e nas fezes, respectivamente. A fração da dose oral de bupropiona excretada inalterada foi de apenas 0,5%, dado que está de acordo com o extenso metabolismo da bupropiona. Menos de 10% dessa dose radiomarcada foi encontrada na urina como metabólito ativo. Após administração oral, o clearance médio aparente da bupropiona é, aproximadamente, de 200 L/h e a meia-vida de eliminação média da bupropiona é de cerca de 20 horas. A meia-vida de eliminação da hidroxibupropiona é de, aproximadamente, 20 horas e a área sob a curva da concentração plasmática da droga versus tempo (ASC), no estado de equilíbrio, é de cerca de 17 vezes a da bupropiona. As meias-vidas de eliminação da treoidrobupropiona e da eritroidrobupropiona são mais longas (37 e 33 horas, respectivamente) e os valores da área sob a curva, no estado de equilíbrio, são 8 e 1,6 vezes maiores do que os valores da bupropiona, respectivamente. O estado de equilíbrio para a bupropiona e seus metabólitos é alcançado dentro de 8 dias.

Pacientes com insuficiência renal
A eliminação da bupropoiona e de seus principais metabólitos pode ser reduzida pela função renal debilitada (ver Advertências). Em indivíduos com insuficiência renal em fase terminal ou insuficiência renal de moderada a grave, a exposição a bupropiona e seus metabólitos pode ser aumentada.

Pacientes com insuficiência hepática
A farmacocinética da bupropiona e de seus metabólitos ativos não foi estatisticamente diferente em pacientes com cirrose de leve a moderada, em comparação a voluntários sadios. Entretanto, nesses pacientes observou-se uma variabilidade maior na farmacocinética em relação a indivíduos sadios. Em pacientes com cirrose hepática grave, a Cmáx e a ASC da bupropiona foram significativamente aumentadas (diferença média de, aproximadamente, 70% e 3 vezes, respectivamente) e mais variáveis, quando comparadas aos valores de voluntários sadios. O tempo de meia-vida também foi aumentado em, aproximadamente, 40%. Para os metabólitos, a Cmáx média foi menor (em aproximadamente 30% a 70%), a ASC média tendeu a ser maior (em aproximadamente 30% a 50%), o Tmáx médio foi retardado (em aproximadamente 20 horas) e as meias-vidas aumentadas (aproximadamente de 2 a 4 vezes), quando comparados aos valores encontrados em pacientes sadios (ver Advertências).

Pacientes idosos
Estudos farmacocinéticos em idosos têm demonstrado resultados variáveis. Um estudo com dose única revelou parâmetros similares entre idosos e adultos jovens. Outro estudo farmacocinético, de dose única e múltipla, sugeriu maior acúmulo da bupropiona e de seus metabólitos nesses pacientes. A experiência clínica não identificou diferenças na tolerabilidade a bupropiona entre idosos e pacientes mais jovens. Entretanto, a maior sensibilidade a esse agente por acúmulo ou por outras patologias sistêmicas associadas não pode ser descartada nesse grupo de pacientes.

Resultados de eficacia

A eficácia de Wellbutrin® SR no tratamento da depressão em adultos foi demonstrada em 2 estudos controlados com placebo, de 8 semanas de duração. No primeiro estudo que utilizou dose fixa, Wellbutrin® SR 150 mg/dia e 300 mg/dia foi superior ao placebo na Escala Total de HAM-D (Escala de Hamilton para Depressão), na Escala de Impressão Clínica Geral de Gravidade (CGI-S) e na Escala de Impressão Clínica Geral de Melhora (CGI-I). No segundo estudo com dosagem variável, Wellbutrin® SR 50 mg-150 mg administrado 1 vez ao dia foi superior ao placebo na Escala Total de HAM-D, nos itens da Gravidade Aparente e Relatada de Insanidade da MADRS, CGI-S e CGI-I, enquanto Wellbutrin® SR 50 mg-150 mg administrado 2 vezes ao dia foi superior em todas as 4 escalas de depressão1, 2.
Wellbutrin® SR também demonstrou eficácia antidepressiva comparável aos ISRSs sertralina, fluoxetina e paroxetina em estudos controlados com pacientes, com até 16 semanas de duração. O primeiro deles foi um ensaio em indivíduos adultos que comparou Wellbutrin® SR 150 mg-300 mg/dia com sertralina 50 mg-200 mg/dia. Em seguida, estudos controlados com placebo de 8 semanas de duração, em pacientes adultos, comparou Wellbutrin® SR (150 mg-400 mg/dia) com sertralina (50mg-200 mg/dia) e Wellbutrin® SR (150 mg-400 mg/dia) com fluoxetina (50 mg-200 mg/dia). Em idosos, um estudo controlado de 6 semanas comparou Wellbutrin® SR (150 mg-400 mg/dia) com paroxetina (10 mg-40 mg/dia). Em todos os estudos, Wellbutrin® SR e os ISRSs tiveram eficácia semelhante no tratamento de depressão pelas escalas HAM-D, CGI-I e CGI-S. A incidência de disfunção sexual (baseada no critério DSM-IV e medida por entrevistas) foi significativamente maior com os ISRSs fluoxetina e sertralina do que com bupropiona. Adicionalmente, a bupropiona foi associada a menor incidência de sedação quando comparada a todos os ISRSs3, 4, 5, 6, 7, 8.
A eficácia de Wellbutrin® SR em prevenir a recaída da depressão foi estabelecida em um estudo de longa duração (52 semanas) em adultos. Pacientes que responderam ao tratamento de 8 semanas com Wellbutrin® SR 300 mg/dia foram randomizados para continuar tomando a mesma dosagem de Wellbutrin® SR ou placebo. Os pacientes que continuaram recebendo Wellbutrin® SR experimentaram índices de recaída significativamente menores nas 44 semanas subsequentes, quando comparados àqueles submetidos a placebo. A bupropiona foi bem tolerada durante uma terapia em longo prazo, sem alterações clinicamente significativas nos sinais vitais e com perdas de peso modestas que aumentavam quanto maior o peso corporal no início do tratamento9.

1.GlaxoSmithKline internal document. A multicenter evaluation of the safety and efficacy of 150 mg/day and 300 mg/day of bupropion HCl sustained-release versus placebo in depressed outpatients. THRS/93/0024/00 (protocol 203).

2.GlaxoSmithKline internal document. A multicenter evaluation of the safety and efficacy of two flexible doses of Wellbutrin®sustained-release versus placebo in depressed outpatients. THRS/94/0033 (protocol 212).

3.Kavoussi RJ, Segraves RT, Hughes AR, et al. Double-blind comparison of bupropion sustained release and sertraline in depressed outpatients. J Clin Psychiatry 1997; 58: 532-537.

4.Croft H, Settle E, Houser T, et al. A placebo-controlled comparison of the antidepressant efficacy and effects on sexual functioning of sustained-release bupropion and sertraline. Clin Ther 1999; 12: 643-658.

5.Coleman CC, Cunningham LA, Foster VJ, et al. Sexual dysfunction associated with the treatment of depression: a placebo- controlled comparison of bupropion sustained release and sertraline treatment. Annals of Clinical Psychiatry 1999; 11(4): 205-

6.Coleman C, King B, Bolden-Watson C, et al. A placebo-controlled comparison of the effects on sexual functioning of bupropion sustained release and fluoxetine. Clin Ther 2001; 23(7): 1040-1058.

7.GlaxoSmithKline internal document. A multicenter, double-blind, placebo-controlled comparison of the safety and efficacy and effects on sexual functioning of Wellbutrin® (bupropion HCl) sustained release (SR) and fluoxetine in outpatients with moderate to severe recurrent major depression. RM2000/00500/00 (protocol AK1A4006).

8.Weihs KL, Settle EC, Batey SR, et al. Bupropion sustained release versus paroxetine for the treatment of depression in the elderly. J Clin Psychiatry 2000; 61(3): 196-202.

9. Weihs KL, Houser TL, Batey SR et al Continuation phase treatment with bupropion SR effectively decreases the risk for relapse of depression Biol Psychiatry 2002; 51: 753-7613.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Crianças
A segurança e a eficácia de Wellbutrin® SR comprimidos em pacientes com menos de 18 anos não foram estabelecidas.

Idosos (acima de 65 anos)
A experiência clínica não identificou diferenças na tolerabilidade a bupropiona entre idosos e pacientes mais jovens. Entretanto, a maior sensibilidade a esse agente por acúmulo ou por outras patologias sistêmicas associadas não pode ser descartada nesse grupo de indivíduos.

Armazenagem

Mantenha o produto na embalagem original e em temperatura inferior a 25°C.
Nº do lote, data de fabricação e data de validade: vide cartucho.

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA.

Fabricado por: SmithKline Beecham Corporation
1011 N Arendell Avenue – Zebulon, Carolina do Norte – EUA

Embalado por: GlaxoSmithKline México S.A. de C.V.
Miguel Ángel de Quevedo, 307, Col. Romero de Terreros, C.P. 04310 – México D.F., México

Importado por: GlaxoSmithKline Brasil Ltda.
Estrada dos Bandeirantes, 8464 – Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 33.247.743/0001-10
Indústria Brasileira

MS: 1.0107.0238
Farm. Resp.: Milton de Oliveira
CRF-RJ Nº 5522

WELLBUTRIN SR – Bula para o paciente

1. Como este medicamento funciona?
Wellbutrin® SR é um medicamento que contém bupropiona. O mecanismo exato de ação da bupropiona, assim como o de muitos antidepressivos, é desconhecido. Presume-se que Wellbutrin® SR interage com substâncias químicas no cérebro que estão relacionadas com a depressão, chamadas de noradrenalina e dopamina.
Pode ser que você demore a se sentir melhor. Algumas vezes leva semanas ou meses até que o medicamento faça efeito completamente.
Quando você começar a se sentir melhor, seu médico poderá recomendar que você continue tomando Wellbutrin® SR, para prevenir o retorno da depressão.

2. Por que este medicamento foi indicado?
Wellbutrin® SR é um medicamento usado para tratar depressão.
A bupropiona também é usada para ajudar a parar de fumar. Entretanto, as informações desta bula são especificamente para pacientes em tratamento de depressão, pois as dosagens e demais instruções são diferentes para os que estão em tratamento para parar de fumar.

3. Riscos do medicamento
Contraindicações
Não use Wellbutrin® SR:
Se você é alérgico a Wellbutrin® SR, bupropiona ou a qualquer outro componente dos comprimidos de Wellbutrin® SR.
Se você está tomando outros medicamentos que contenham bupropiona, como Zyban®.
Se você recebeu diagnóstico de epilepsia ou de outros transtornos convulsivos.
Se você tem ou já teve algum distúrbio de alimentação (por exemplo, bulimia ou anorexia).
Se você é um etilista inveterado que parou de beber há pouco tempo ou se está tentando parar.
Se você parou recentemente de usar tranquilizantes ou sedativos, ou se irá parar de tomá-los enquanto usa Wellbutrin® SR.
Se nos últimos 14 dias você tomou outros medicamentos para depressão chamados inibidores da MAO.
Se algum dos itens acima se aplica a você, fale com seu médico imediatamente, ANTES de usar Wellbutrin® SR.

Advertências e precauções
Fale com seu médico:
Se você já teve um ataque epiléptico ou uma convulsão.
Se você tem um tumor no cérebro.
Se você tem problemas nos rins ou no fígado.
Se você ingere grandes quantidades de bebidas alcoólicas regularmente.
Se você tem diabetes e, em razão disso, usa insulina ou comprimidos.
Se você teve algum outro problema mental além de depressão.
Se você já teve um machucado sério na cabeça.
Se você tem mais de 65 ou menos de 18 anos.
Se você está grávida ou pretende engravidar.
Se algum dos itens acima se aplica a você, fale com seu médico novamente, antes de tomar Wellbutrin® SR. Ele pode recomendar alguma atenção especial ou outro tratamento.

Habilidade de dirigir e operar máquinas
Se Wellbutrin® SR faz você sentir vertigens ou com a cabeça leve, não dirija nem opere máquinas.

Bebidas alcoólicas
Algumas pessoas podem se sentir mais sensíveis ao álcool enquanto usam Wellbutrin® SR. Seu médico pode sugerir que você não beba (cerveja, vinho ou destilados), enquanto está sob tratamento com Wellbutrin® SR, ou que beba muito pouco. Mas, se você tem o costume de beber muito, não pare repentinamente, pois pode ser perigoso. Converse com seu médico sobre isso antes de usar Wellbutrin® SR.

Interações medicamentosas
Se você está tomando outros medicamentos, ervas ou vitaminas, incluindo produtos comprados por conta própria, sem indicação de seu médico, avise-o. Ele pode alterar sua dose ou sugerir uma mudança nas outras medicações.
Se você tem tomado nos últimos 14 dias outros fármacos para depressão chamados de inibidores da MAO, avise seu médico ANTES de usar Wellbutrin® SR.
Certos medicamentos não devem ser misturados com Wellbutrin® SR. Alguns deles podem aumentar as chances de convulsões. Outros medicamentos podem aumentar o risco de outros efeitos colaterais. Alguns exemplos estão na lista abaixo, que não é completa.

Pode haver risco maior que o normal de você ter convulsão:
Se você tomar outros medicamentos que aumentam as chances de ter convulsão. Por exemplo: se você tomar teofilina para asma ou para uma doença pulmonar, ou ainda se tomar tramadol, um analgésico forte.
Se tem tomado tranquilizantes ou sedativos ou se irá parar de tomá-los enquanto está usando Wellbutrin® SR.
Se tomar estimulantes ou outros medicamentos para controlar o peso ou o apetite.
Se algum dos itens acima se aplica a você, fale com seu médico imediatamente, ANTES de usar Wellbutrin® SR.

Pode haver risco maior que o normal de outros efeitos colaterais:
Se você tomar certos medicamentos para depressão ou para outros problemas mentais.
Se você tomar medicamentos para tratar mal de Parkinson (levodopa, amantadina ou orfenadrina).
Se você tomar medicamentos para epilepsia (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital).
Se você tomar ciclofosfamida ou isofosfamida, normalmente usadas para tratar câncer.
Se você tomar ticlopidina ou clopidogrel, normalmente usados para prevenir acidente vascular cerebral (AVC).
Se você tomar alguns tipos de betabloqueadores.
Se tomar medicamentos para arritmia cardíaca.
Se você usar adesivos de nicotina para parar de fumar.
Se algum dos itens acima se aplica a você, fale com seu médico imediatamente, ANTES de usar Wellbutrin® SR.

Este medicamento não deve ser usado sem orientação médica por mulheres grávidas. Este medicamento é contraindicado para crianças e adolescentes (abaixo de 18 anos).
Informe seu médico do aparecimento de reações indesejáveis.
Informe seu médico se você está fazendo uso de outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico, pode ser perigoso para sua saúde.

4. Como devo usar este medicamento?
Aspecto físico e características organolépticas
Comprimido redondo, roxo, biconvexo, revestido e impresso em um dos lados.
Algumas vezes Wellbutrin® SR pode estar com um cheiro diferente. Isso é normal, continue a tomar a medicação normalmente.

Posologia
A dose usual recomendada para a maioria dos adultos é de 1 comprimido de 150 mg por dia.
Seu médico pode aumentar a dose para 300 mg por dia, caso sua depressão não melhore após várias semanas.
Não tome mais do que 1 comprimido de uma vez. As doses devem ser tomadas com pelo menos 8 horas de intervalo.
Seu médico pode alterar sua dose:
Se você tem problemas nos rins ou no fígado.
Se você tem mais de 65 anos.

Modo de uso
Engula o comprimido inteiro. Não mastigue nem parta o comprimido.
Sempre use Wellbutrin® SR exatamente como seu médico receitou. Essas são doses usuais, mas a recomendação de seu médico é exclusivamente para você.
Somente você e seu médico podem decidir por quanto tempo você deve tomar Wellbutrin® SR. Pode ser que demore semanas ou meses até que você observe alguma melhora. Discuta seus sintomas com seu médico regularmente para decidir por quanto tempo você deverá usar Wellbutrin® SR. Mesmo quando você começar a se sentir melhor, seu médico pode querer que você continue a usar Wellbutrin® SR para prevenir que a depressão volte.
Se você esquecer uma dose, espere e tome a próxima dose no horário normal. Não tome uma dose para substituir a que você esqueceu.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Este medicamento não deve ser partido nem mastigado.

5. Quais os males que este medicamento pode causar?
A maioria das pessoas que usa este medicamento não relata problemas. Mas como acontece com todos os medicamentos, algumas pessoas podem sentir efeitos colaterais.

Convulsões ou ataques epilépticos
Aproximadamente uma em cada 1.000 pessoas que tomam a dose máxima de Wellbutrin® SR está sob risco de ter convulsão. A chance de acontecer isso é maior se você tomar uma grande quantidade se associar o uso de certos medicamentos ou se já apresenta propensão a ter convulsões. Se você está preocupado, converse com seu médico.

Se você tiver convulsão, avise seu médico assim que possível. Não tome mais comprimidos.

Reações alérgicas
Algumas pessoas podem ter reações alérgicas a Wellbutrin® SR, como:
Placas vermelhas pelo corpo, bolhas ou urticária na pele. Algumas reações alérgicas desse tipo podem precisar de tratamento hospitalar, principalmente se você sentir dor na garganta ou nos olhos.
Chiado no peito ou dificuldade para respirar.
Inchaço de pálpebras, lábios ou língua.
Dor nas juntas ou muscular.
Colapso ou desmaio.

Se você tiver qualquer sinal de reação alérgica, contate seu médico imediatamente. Não tome mais comprimidos.

Distúrbios do sono
O efeito colateral mais comum em pessoas que usam Wellbutrin® SR é a dificuldade para dormir. Se você achar que seu sono está perturbado, tente não tomar Wellbutrin® SR próximo da hora de dormir. Se usa 2 comprimidos por dia, tome um logo pela manhã cedo e o outro na parte da tarde. Lembre-se do intervalo de no mínimo 8 horas entre os comprimidos.

Efeitos colaterais muito comuns (podem afetar mais de 1 pessoa a cada 10)
Dor de cabeça.

Efeitos colaterais comuns (podem afetar entre 1 e 10 a cada 100 pessoas)
Febre, tontura, coceira, sudorese, erupção cutânea, urticária.
Tremores, calafrios.
Sensação de ansiedade, agitação ou dificuldade de concentração.
Boca seca, dor abdominal, enjoo, vômito, constipação (prisão de ventre), mudança no gosto da comida, perda de apetite.
Mudanças na pressão sanguínea, rubor.
Transtornos visuais.

Efeitos colaterais incomuns (podem afetar menos de uma a cada 100 pessoas)
Dor no peito, fraqueza, cansaço.
Confusão mental.
Batimento cardíaco acelerado.
Zumbido no ouvido.

Efeitos colaterais raros (podem afetar menos de 1 a cada 1.000 pessoas)
Convulsões.

Efeitos colaterais muito raros (podem afetar menos de 1 a cada 10.000 pessoas)
Palpitações, desmaio.
Sensação de inquietação, irritação, hostilidade, agressividade ou paranoia, sentindo-se estranho (despersonalização), percebendo ou acreditando em coisas que não estão realmente ali (alucinações/delírios), sonhos estranhos, dormência, perda de memória.
Amarelamento da pele ou do branco dos olhos (icterícia), aumento das enzimas do fígado, hepatite.
Movimentos involuntários, rigidez muscular, espasmos musculares, problemas ao andar ou de coordenação motora.
Reações alérgicas graves (ver em Reações alérgicas).
Mudanças nos níveis sanguíneos de açúcar.
Vontade de urinar maior ou menor que a usual.
Fale com seu médico ou farmacêutico sobre qualquer problema com efeitos colaterais. Se você sentir qualquer efeito colateral não mencionado aqui, por favor, avise seu médico ou farmacêutico.

6. O que fazer se alguém usar uma grande quantidade deste medicamento de uma vez só?
Se você ingerir muitos comprimidos, pode aumentar as chances de ter convulsão ou ataque epiléptico. Procure imediatamente seu médico ou o hospital mais próximo.

7. Onde e como devo guardar este medicamento?
Mantenha o produto na embalagem original e em temperatura inferior a 25°C.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Data da bula

15/07/2014