Lomfer

LOMFER com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de LOMFER têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com LOMFER devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

osório de moraes

Apresentação LOMFER

Comprimidos revestidos contendo 190 mg de sulfato ferroso anidro (equivalente a 60
mg de ferro elementar)
-Blíster em alumínio/plástico incolor contendo 10 comprimidos revestidos. Cartucho com 5 blísteres.
-Blíster em alumínio/plástico incolor contendo 10 comprimidos revestidos. Caixa com 250 blísteres.


Solução oral (gotas) contendo 125 mg de sulfato ferroso heptaidratado (correspondente
a 25 mg de ferro elementar).
-Frasco de vidro âmbar contendo 30 mL – Cartucho com 1 frasco e 1 conta-gotas.
-Frasco de vidro âmbar contendo 30 mL – Caixa com 50 frascos e 50 conta-gotas.


Xarope contendo 50 mg de sulfato ferroso heptaidratado (correspondente a 10 mg de ferro elementar)
-Frasco de vidro âmbar contendo 100 mL. Cartucho com 01 frasco.

LOMFER – Indicações

Este medicamento é destinado ao tratamento e profilaxia de anemias por deficiências de ferro.
Os suplementos de ferro são indicados na prevenção e no tratamento da anemia por deficiência de ferro que resulta de uma dieta inadequada, má absorção, gravidez e/ou perda de sangue.

Contra indicações de LOMFER

Este medicamento é contraindicado para uso em pacientes com hipersensibilidade aos sais de ferro ou a qualquer um dos componentes do produto.

Este medicamento é contraindicado para uso nos seguintes casos:
-Anemias não acompanhadas por deficiência de ferro, como por exemplo, anemia hemolítica, anemia falciforme e as anemias provocadas pelo chumbo, pois pode produzir armazenamento excessivo de ferro;
-Talassemias;
-Hemocromatose ou Hemossiderose (a sobrecarga de ferro existente pode aumentar); -Hepatopatia aguda e processos que impedem a absorção de ferro por via oral, como diarreias crônicas ou retocolite ulcerativa.

Categoria de risco na gravidez: A
Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

Advertências

O risco benefício deverá ser avaliado nas seguintes situações:
Alcoolismo ativo, alergias, asma, hepatite ou disfunção hepática, enfermidade renal aguda infecciosa, estados inflamatórios do trato gastrointestinal (enterites, colites, diverticulites e colites ulcerosas); pancreatites, úlcera péptica, artrite reumatóide.
Lomfer deve ser ingerido 1 hora antes ou 2 horas depois de produtos lácteos, ovos, café, chá, pão e cereais integrais.

Pacientes Idosos
Alguns pacientes geriátricos podem requerer uma ingestão de ferro maior que a usual para corrigir uma deficiência do mesmo, devido a sua capacidade para absorver ferro estar diminuída pela redução de secreções gástricas e aclorídricas.
Observar as reações adversas, contraindicações e advertências e só fazer uso do medicamento sob orientação médica.

Gravidez e lactação
Não há restrição de seu uso durante a gravidez ou lactação, desde que observada a posologia e conforme orientação médica. Recomenda-se a administração no segundo e terceiro trimestre da gravidez.

Categoria de risco na gravidez: A
Este medicamento pode ser utilizado durante a gravidez desde que sob prescrição médica ou do cirurgião-dentista.
Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

Interações medicamentosas de LOMFER

Interação medicamento-medicamento
Há relatos dos seguintes efeitos do uso de LOMFER® juntamente com:
Medicamento: ácido acetohidroxâmico.
Efeito da interação: pode haver formação de quelatos com o ferro e possivelmente outros metais, provocando redução na absorção intestinal de ambos.
Medicamento: antiácidos, suplementos de cálcio e medicamentos que contenham em sua formulação bicarbonatos, carbonatos, oxalatos ou fosfatos.
Efeito da interação: podem provocar a redução na absorção de ferro, assim como a pancreatina ou a pancrelipase.
Medicamento: penicilina.
Efeito da interação: pode provocar a diminuição dos efeitos terapêuticos da penicilina.
Medicamento: tetraciclina.
Efeito da interação: o ferro reduz os efeitos terapêuticos resultantes da tetraciclina de
uso oral.
Medicamento: vitamina E.
Efeito da interação: pode provocar danos na resposta hematológica em pacientes com anemia por deficiência de ferro. Doses elevadas de ferro podem aumentar a necessidade diária de vitamina E. Recomenda-se a observação dos pacientes com a administração de ambos.
Interação medicamento-substância química
Há relatos dos seguintes efeitos do uso de LOMFER® juntamente com:
Substância química: álcool.
Efeito da interação: pode provocar intoxicações; se em uso prolongado na forma férrica, pode ocorrer acúmulo hepático.
Interações medicamento-exame laboratorial e não laboratorial
Há relatos dos seguintes efeitos do uso de LOMFER® juntamente com:
Exame laboratorial: prova de ortoluidina.
Efeito da interação: a presença de suplementos de ferro pode provocar falsos
resultados positivos.
Exame laboratorial: bilirrubina.
Efeito da interação: podem produzir valores falsamente elevados de bilirrubina.
Exame laboratorial: cálcio.
Efeito da interação: podem produzir valores falsamente diminuídos para a determinação sérica de cálcio.
Exame laboratorial: glucose oxidase.
Efeito da interação: o sulfato ferroso pode dar falsos resultados negativos de glucose
oxidase.

Reações adversas / efeitos colaterais de LOMFER

Incidências mais freqüentes: coloração escura nas fezes, cãibras, dor abdominal ou estomacal, diarréia, náuseas, pirose, constipação intestinal e vômitos.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa , ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

LOMFER – Posologia

LOMFER® comprimido revestido (60 mg de ferro elementar/comprimido revestido): Tomar 1 comprimido revestido (60 mg de ferro elementar equivalente a 428,57 % IDR) por dia, 1 hora antes ou 2 horas depois das refeições, ou a critério médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

Super dosagem

Informação não disponível para esta bula.

Caracteristicas farmalogicas

Mecanismo de Ação
O ferro é um componente essencial na função fisiológica da hemoglobina; são necessárias quantidades adequadas de ferro para a eritropoiese e a capacidade resultante de transportar oxigênio no sangue. O ferro tem uma função similar na produção de mioglobina e também serve como co-fator de várias enzimas essenciais. Quando se administra por via oral, em alimentos ou como suplementos, o ferro passa através das células mucosas no estado ferroso e se une à proteína transferrina. Esta forma de ferro é transportada do organismo à medula óssea para a produção de glóbulos vermelhos.

Farmacocinética
A absorção de ferro aumenta quando os depósitos estão vazios ou quando aumenta a produção de glóbulos vermelhos. Entretanto, elevadas concentrações de ferro diminuem a absorção. Nas formas farmacêuticas orais, a absorção se comporta da seguinte forma:
-Pessoas com deficiência de ferro: absorve de 20 a 30%, sendo a quantidade aproximadamente proporcional ao grau de deficiência;
-Pessoas sem deficiência de ferro: absorve-se de 3 a 10% do ferro ingerido. A absorção se processa principalmente no duodeno e jejuno proximal e é maior quando o ferro é ingerido com o estômago vazio. A absorção é mais eficaz quando o ferro encontra-se em sua forma ferrosa, do que quando está na forma férrica. Quando se administra com alimentos, a quantidade de ferro absorvida pode reduzir em 1/2 a 1/3 da dose ingerida com o estômago vazio. A união à proteína é muito elevada, cerca de 90% (hemoglobina-elevada; mioglobina, enzimas e transferrina-baixa e hemossiderina- baixa). Não existe um sistema fisiológico de eliminação para o ferro e este pode acumular-se no organismo em quantidades tóxicas, entretanto, diariamente perdem-se pequenas quantidades de ferro, algumas vezes no suor, leite materno (0,5 a 1,0 mg/dia); sangue menstrual e urina.

Resultados de eficacia

Um estudo foi desenvolvido no Centro de Atenção à Mulher do Instituto Materno Infantil de Pernambuco, para avaliar a efetividade de três esquemas de tratamento utilizando sulfato ferroso em gestantes anêmicas. Esse estudo foi em Recife, no período de maio de 2000 a dezembro de 2001. O ensaio clínico foi aleatório e cego do ponto de vista laboratorial, utilizando comprimidos de sulfato ferroso para administração de 60 mg de ferro elementar. As gestantes foram alocadas em três grupos de tratamento, conforme a frequência de administração do ferro: uma vez por semana (n =48); duas vezes por semana (n =53); e uma vez ao dia (n =49). Foram comparadas as concentrações de hemoglobina, volume corpuscular médio e ferritina.
Antes da intervenção, os grupos eram homogêneos e apresentaram as seguintes médias e desvios-padrão nas concentrações de hemoglobina: 10,2 ± 0,5 g/dL para o grupo que recebeu sulfato ferroso uma vez por semana; 10,2 ± 0,6 g/dL para o grupo que recebeu sulfato ferroso duas vezes por semana; e 10,1 ± 0,6 g/dL para o grupo que recebeu sulfato ferroso uma vez ao dia. As médias de volume corpuscular médio foram, respectivamente: 88,5 ± 5,0; 87,6 ± 5,9; e 88,7 ± 5,1 fL. As medianas de ferritina foram 30,2; 37,1; e 52,9 ng/mL. Houve 27% de cura no esquema de uma vez por semana, 34% no grupo tratado duas vezes por semana e 47% no tratamento diário. Abandono do tratamento por queixa de diarréia ou dor epigástrica só foi observado no tratamento diário.
Em conclusão, o tratamento diário com sulfato ferroso continua sendo o mais eficaz. Contudo, o tratamento com sulfato ferroso duas vezes por semana é uma alternativa em caso de dificuldade de adesão ao tratamento diário.
Segundo revisão bibliográfica realizada por Cardoso, M. A. & Penteado, M. V. C, o tratamento com ferro medicamentoso deve ser utilizado em todos os pacientes com diagnóstico clínico-laboratorial de anemia, uma vez que as modificações da dieta por si
só não podem corrigir a anemia por deficiência de ferro (ADF). O tratamento de escolha é a administração oral de ferro. O sulfato ferroso é o sal de escolha devido ao seu baixo custo e alta biodisponibilidade. A dose de tratamento depende da severidade da anemia.
A suplementação com ferro como medida preventiva tem grande chance de sucesso quando dirigida a grupos específicos como gestantes e lactantes, lactentes e pré- escolares. Para gestantes em áreas de baixa prevalência de anemia (Hb < 11 g/dl em menos de 20% das gestantes na segunda metade da gravidez), a dose preconizada pela OMS é de um comprimido de 60 mg de ferro elementar por dia. A suplementação deve ocorrer principalmente durante a segunda metade da gravidez.
A necessidade de intervenções para o controle da prevalência da anemia ferropriva deve ser determinada pela magnitude da deficiência nutricional e pelo conhecimento de seus efeitos na qualidade de vida, morbidade e mortalidade. A abordagem mais usual é fornecer ferro suplementar a gestantes, nutrizes e lactentes em programas de assistência primária à saúde, reconhecidamente os grupos de maior vulnerabilidade.(2)
Um estudo foi realizado para determinar se a suplementação de ferro podia prevenir decréscimos no status de ferro e melhorar as medidas de desempenho físico e estado cognitivo em soldados mulheres durante o treinamento básico de combate (TBC). No estudo de 8 semanas randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, os soldados voluntários (n = 219) receberam cápsulas contendo 100 mg de sulfato de ferro (correspondente a 15 ± 0,2 mg de ferro elementar) ou placebo. Ensaios indicadores do status de ferro foram realizados pré e pós- treinamento básico de combate. O tempo de execução de duas milhas foi avaliado pós-treinamento básico de combate. O humor foi avaliado através de um questionário, Perfil dos Estados de Humor, pré e pós- treinamento básico de combate.
A participação no curso de treinamento básico de combate (TBC) teve efeito sobre o nível de ferro, como mostrado pela elevação do RDW (índice que indica a variação de tamanho das hemácias) – P <0,05 e do sTfR ( Receptor solúvel de tranferrina) - P <0,05. O RDW no grupo placebo aumentou de 16.1 ± 1.5 % para 16.8 ± 1.5 % e no grupo do ferro de 16.1 ± 1.6 % para 16.9 ± 1.6 %. O sTfR no grupo placebo aumentou de 21.8 ± 8.0 nmol/L para 27.2 ± 10.5 nmol/L e no grupo do ferro de 21.4 ± 9.0 nmol/L para 23.6
± 9.6 nmol/L. A ferritina sérica foi reduzida (P <0,05) pós-TBC, porém a suplementação com ferro atenuou essa queda, pois no grupo placebo, os valores de ferritina eram 39.6 ± 30.7 ng/mL e diminuiram para 26.0 ± 18.3 ng/mL e no grupo tratado com ferro eram de 37.0 ± 29.4 ng/mL e dimuiram para 32.0 ± 22.1 ng/mL.(3) Em voluntários com ADF (Anemia por Deficiência de Ferro) no início da TBC, o tratamento com ferro teve um efeito benéfico, porque o tempo de execução médio foi de 110s mais rápido (P <0,001) no final do TBC no grupo tratado com ferro em comparação com os voluntários tratados com placebo (1081 ± 125s em comparação com 1191 ± 96s). A suplementação com ferro resultou em melhora (P <0,05) no vigor, de 10.8 ± 4.9 antes do tratamento para 13.1 ± 6.3 após o tratamento, sobre o Perfil dos Estados de Humor pós – TBC.
Em conclusão, a suplementação com ferro atenuou o decréscimo nos indicadores do estado nutricional de ferro nos voluntários. Além disso, a suplementação de ferro mostrou-se ser benéfica para o humor e a performance física.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

Conservar o produto em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da umidade. Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Os comprimidos revestidos de Lomfer são redondos, de coloração vermelha e sabor adocicado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres legais

Os primeiros sinais de intoxicação aguda por ferro são: diarreia, às vezes contendo sangue; febre; náuseas severas; cãibras ou dor estomacal aguda; vômitos severos contendo sangue. Os primeiros sintomas podem ser evidenciados até 60 minutos ou mais. O tratamento deve ser realizado com urgência. Pode-se produzir um período de latência que dura entre 2 a 48 horas depois da ingestão entre as fases sintomáticas, quando o paciente parece melhorar.

Sinais tardios de intoxicação aguda são: lábios, unhas e palmas das mãos de cor azulada; sonolência, pele pálida, fria e úmida; crises convulsivas; cansaço e debilidade não habitual; batimentos cardíacos fracos e inusualmente rápidos.
A superdose de ferro ingerido pode ser mortal, especialmente em crianças pequenas. O tratamento imediato é essencial. A intoxicação grave pode produzir-se em crianças pequenas pela ingestão de 3 a 4 comprimidos revestidos de sulfato ferroso (180 a 240 mg de ferro elementar). A superdosagem requer um tratamento médico imediato que deve completar-se o mais cedo possível após a ingestão. Depois de 1 hora, a excessiva absorção sistêmica de ferro e a possível erosão dos tecidos do estômago e intestino complicam procedimentos de evacuação e apoio. Os sintomas de superdosagem podem retardar-se de 10 a 60 minutos devido a inúmeros fatores.
O tratamento deve incluir o vômito com xarope de Ipecacuanha; lavagem com bicarbonato de sódio, se o paciente está comatoso ou tem convulsões. O equilíbrio de líquidos e eletrólitos deve ser mantido. A acidose pode ser corrigida com bicarbonato de sódio intravenoso. Como antídoto pode se usar a deferoxamina lentamente via intravenosa, quando a intoxicação por ferro for severa e quando os sintomas são outros que diarreia e vômitos mínimos. A deferoxamina quela o ferro para formar um complexo férrico solúvel vermelho (ferrioxamina) que é excretado pela urina. Às crianças com história de ingestão de mais de 40 mg de ferro elementar por Kg de peso corporal deve-se administrar uma dose intramuscular de prova de deferoxamina, sem considerar os sintomas. Se a urina adquirir uma coloração rosa-alaranjada (vinho- rosada) deve-se continuar com a deferoxamina via intravenosa. Controlá-la através de determinação de ferro sérico e TIBC. O paciente deve ser observado durante um período mínimo de 24 horas, depois de voltar a estar assintomático. Os efeitos retardados podem incluir choque, hemorragia gastrointestinal (de semanas a meses).

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

LOMFER – Bula para o paciente

Informação não disponível para esta bula.

Data da bula

04/09/2017