Enflurano

Enflurano com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Enflurano têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Enflurano devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

Informação não disponível para esta bula.

Apresentação Enflurano

ETRANE® (enflurano): embalagem com frascos de 100 ou 240 mL. Lista nº 9406
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
USO RESTRITO A HOSPITAIS

Enflurano – Indicações

ETRANE® (enflurano) é indicado na indução e manutenção de anestesia geral e para promover analgesia em partos normais.
Baixas concentrações de enflurano também podem ser usadas para complementar a ação de outros agentes anestésicos gerais durante partos cesarianos (ver Posologia e administração).

Contra indicações de Enflurano

Contra-indicações
ENFLURANO É CONTRA-INDICADO PARA PACIENTES COM CONHECIDA SENSIBILIDADE AO ENFLURANO, A OUTROS ANESTÉSICOS HALOGENADOS OU COM DISTÚRBIOS CONVULSIVOS (VER ADVERTÊNCIAS).
ENFLURANO É CONTRA-INDICADO PARA PACIENTES COM CONHECIDA OU SUSPEITA DE SUSCETIBILIDADE GENÉTICA A HIPERTERMIA MALIGNA.

Advertências

QUANDO A ANESTESIA COM ETRANE® (ENFLURANO) É APROFUNDADA, PODEM SURGIR ALTERAÇÕES NOS TRAÇADOS ELETROENCEFALOGRÁFICOS, CARACTERIZADAS POR ONDAS DE ALTA VOLTAGEM E ALTA FREQÜÊNCIA, COM PROGRESSÃO PARA COMPLEXOS DE ESPÍCULA-ONDA, INTERCALADOS COM PERÍODOS DE AUSÊNCIA DE ATIVIDADE ELÉTRICA OU FRANCA ATIVIDADE EPILÉPTICA. ESTA PODE ESTAR ASSOCIADA OU NÃO A MOVIMENTOS MOTORES. A ATIVIDADE MOTORA, QUANDO PRESENTE, CONSISTE EM CONTRAÇÕES SÚBITAS DE DIVERSOS GRUPOS MUSCULARES, QUE COSTUMAM DESAPARECER ESPONTANEAMENTE OU PELA REDUÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DO ANESTÉSICO. ESSE REGISTRO ELETROENCEFALOGRÁFICO, OBSERVADO EM NÍVEIS PROFUNDOS DE ANESTESIA, INTENSIFICA-SE COM HIPERVENTILAÇÃO E CONSEQÜENTE DIMINUIÇÃO DA TENSÃO PARCIAL DE CO2. A REDUÇÃO DA VENTILAÇÃO E DAS CONCENTRAÇÕES DO ANESTÉSICO GERALMENTE É SUFICIENTE PARA ELIMINAR A ATIVIDADE MOTORA. ESTUDOS DA IRRIGAÇÃO SANGÜÍNEA E DO METABOLISMO CEREBRAL, EFETUADOS EM VOLUNTÁRIOS NORMAIS, LOGO APÓS AS ALTERAÇÕES ELETROENCEFALOGRÁFICAS, NÃO APRESENTARAM EVIDÊNCIA DE HIPÓXIA CEREBRAL. TESTES DE ATIVIDADE MENTAL NÃO MOSTRAM PIORA APÓS ANESTESIA PROLONGADA COM ENFLURANO E PODEM OU NÃO ESTAR ASSOCIADOS À ATIVIDADE EPILÉPTICA.
COMO OS NÍVEIS DE ANESTESIA FREQÜENTEMENTE SE ALTERAM COM RAPIDEZ E FACILIDADE, RECOMENDA-SE O USO DE VAPORIZADORES QUE PROPORCIONEM CONCENTRAÇÕES PRECISAS.
HIPOTENSÃO E ALTERAÇÕES NA FREQÜÊNCIA RESPIRATÓRIA PODEM INDICAR A PROFUNDIDADE DA ANESTESIA. NÍVEIS PROFUNDOS DE ANESTESIA PODEM PROVOCAR HIPOTENSÃO E DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA.
DISFUNÇÃO HEPÁTICA, ICTERÍCIA E NECROSE HEPÁTICA FATAL FORAM RELATADAS APÓS ANESTESIA COM ANESTÉSICOS HALOGENADOS. TAIS REAÇÕES PARECEM REPRESENTAR REAÇÃO DE SENSIBILIDADE AOS ANESTÉSICOS. CIRROSE OU OUTRAS ANORMALIDADES ENVOLVENDO DISFUNÇÃO HEPÁTICA, INCLUINDO HISTÓRIA DE HEPATITE VIRAL OU ALTERAÇÃO HEPÁTICA PRÉVIA APÓS O USO DE HALOGENADOS, PODEM JUSTIFICAR A SELEÇÃO DE UM OUTRO ANESTÉSICO QUE NÃO O ENFLURANO.
QUANDO ADMINISTRADO DURANTE PARTOS CESARIANOS, ALTAS CONCENTRAÇÕES DE ENFLURANO PODEM PRODUZIR RELAXAMENTO UTERINO E AUMENTO DA PERDA SANGÜÍNEA.
CASOS ISOLADOS DE AUMENTO DE CARBOXIHEMOGLOBINA FORAM RELATADOS COM USO DE AGENTES ANESTÉSICOS INALADOS HALOGENADOS QUE APRESENTAM O RADICAL –CF2H (EX.: DESFLURANO, ENFLURANO E ISOFLURANO). NÃO FORAM PRODUZIDAS CONCENTRAÇÕES SIGNIFICANTES DE MONÓXIDO DE CARBONO NA PRESENÇA DE AGENTES ABSORVEDORES HIDRATADOS. PRECAUÇÕES DEVEM SER TOMADAS CONFORME INSTRUÇÕES DOS FABRICANTES DE ABSORVEDORES DE CO2.
CASOS RAROS DE AUMENTO EXTREMO DE TEMPERATURA, FUMAÇA E/OU FOGO ESPONTÂNEOS NA MÁQUINA DE ANESTESIA FORAM RELATADOS DURANTE REALIZAÇÃO DE ANESTESIA GERAL COM FÁRMACOS DESSA CLASSE QUANDO UTILIZADOS EM CONJUNTO COM ABSORVEDORES DE CO2, ESPECIFICAMENTE AQUELES QUE CONTÊM O HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO. QUANDO O MEDICO OU EQUIPE CLINICA SUSPEITAR QUE O ABSORVEDOR DE CO2 ESTA DESSECADO, ESTE DEVERÁ SER SUBSTITUÍDO ANTES DA ADMINISTRAÇÃO DO ENFLURANO. NA MAIORIA DOS ABSORVEDORES DE CO2 A COR NÃO NECESSARIAMENTE MUDA EM CONSEQUÊNCIA DA DESSECAÇAO. CONSEQUENTEMENTE, A AUSENCIA DE MUDANÇA DE COR NÃO DEVE SER TOMADA COMO GARANTIA DE HIDRATAÇÃO ADEQUADA. ABSORVEDORES DE CO2 DEVEM SER SUBSTITUÍDOS ROTINEIRAMENTE INDEPENDENTE DO ESTADO DO INDICADOR DA COR.
GERAL: COMO OUTROS ANESTÉSICOS GERAIS POTENTES, ENFLURANO SOMENTE DEVE SER ADMINISTRADO EM CENTROS APROPRIADOS E EQUIPADOS PARA REALIZAÇÃO DE ANESTESIA GERAL, POR PROFISSIONAIS QUE ESTEJAM FAMILIARIZADOS COM A FARMACOLOGIA DO AGENTE E DEVIDAMENTE QUALIFICADOS POR TREINAMENTO E EXPERIÊNCIA NO CONTROLE E MONITORIZAÇÃO DE PACIENTES ANESTESIADOS. OS NÍVEIS DE ANESTESIA PODEM SER ALTERADOS RÁPIDA E FACILMENTE COM ENFLURANO, PORTANTO, DEVE-SE EMPREGAR SOMENTE VAPORIZADORES CALIBRADOS OU TÉCNICAS COM AS QUAIS SEJA POSSÍVEL MONITORAR AS CONCENTRAÇÕES INSPIRADAS OU EXPIRADAS. OS GRAUS DE HIPOTENSÃO E DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA PODEM INDICAR A INTENSIDADE DA AÇÃO ANESTÉSICA.
ETRANE® (ENFLURANO) DEVE SER USADO COM PRECAUÇÃO EM PACIENTES QUE, POR HISTÓRIA CLÍNICA OU DE USO DE MEDICAMENTOS, DEMONSTREM SER SENSÍVEIS À ESTIMULAÇÃO CORTICAL PRODUZIDA POR ESSA DROGA.
CARCINOGÊNESE E MUTAGÊNESE: FORAM REALIZADOS ESTUDOS COM RATOS SUÍÇOS ICR PARA DETERMINAR SE A EXPOSIÇÃO AO ENFLURANO PODERIA INDUZIR NEOPLASIA. REALIZARAM-SE 4 EXPOSIÇÕES IN ÚTERO E 24 EM FILHOTES DURANTE AS 9 PRIMEIRAS SEMANAS DE VIDA, COM DOSES DE ½, 1/8 E 1/32 CAM DE ENFLURANO. OS RATOS FORAM MORTOS COM 15 MESES DE IDADE. A INCIDÊNCIA DE TUMORES FOI SEMELHANTE À DE RATOS CONTROLES NÃO TRATADOS QUE RECEBERAM A MESMA CONCENTRAÇÃO DE GASES, EXCETO O ANESTÉSICO.
A EXPOSIÇÃO DOS RATOS DURANTE 20 HORAS AO ENFLURANO 1,2% PRODUZIU UM PEQUENO, MAS SIGNIFICANTE, AUMENTO DE ANORMALIDADES NO ESPERMA. TODAVIA, ESTUDOS IN VITRO (TESTE DE AMES, TESTE DE ALTERAÇÃO NA CROMÁTIDE IRMÃ E SISTEMA 8-AZAGUANINA) NÃO REVELARAM EFEITO MUTAGÊNICO.

Interações medicamentosas de Enflurano

A ação de relaxantes não-despolarizantes é potencializada por enflurano, portanto, doses menores do que as usuais dessas substâncias devem ser utilizadas. Caso sejam administradas doses habituais de relaxantes musculares, o tempo para recuperação do bloqueio neuromuscular será maior na presença de enflurano do que quando usados halotano ou óxido nitroso.
Testes laboratoriais
A retenção de bromosulfaleína (BSP) é, em alguns casos, levemente acentuada no pós-operatório. Isto pode estar relacionado à cirurgia, visto que a anestesia prolongada (5 a 7 horas) em voluntários humanos não produziu aumento de BSP. Pode ocorrer aumento da glicose e leucócitos durante o processo cirúrgico. Precauções devem ser tomadas em pacientes diabéticos em virtude da elevação da glicose durante a cirurgia.

Reações adversas / efeitos colaterais de Enflurano

– HIPERTERMIA MALIGNA (VER PRECAUÇÕES)
– ATIVIDADE MOTORA EXEMPLIFICADA POR MOVIMENTOS DE VÁRIOS GRUPOS MUSCULARES E/OU CONVULSÕES PODEM SER OBSERVADAS COM APROFUNDAMENTO DA AÇÃO ANESTÉSICA DE ENFLURANO OU LEVES NÍVEIS DE HIPOCAPNIA
– HIPOTENSÃO, DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA E HIPÓXIA FORAM RELATADAS.
– ARRITMIA, CALAFRIOS, NÁUSEAS E VÔMITOS. ELEVAÇÃO DOS NÍVIES DE LEUCÓCITOS.
– RARAMENTE, DANO HEPÁTICO NÃO-EXPLICADO LEVE, MODERADO OU GRAVE APÓS ANESTESIA COM ENFLURANO. HÁ RELATOS RAROS PÓS-COMERCIALIZAÇÃO DE FALÊNCIA HEPÁTICA E NECROSE HEPÁTICA ASSOCIADOS AO USO DE POTENTES AGENTES ANESTÉSICOS VOLÁTEIS, INCLUINDO SEVOFLURANO. AS TRANSAMINASES SÉRICAS PODEM AUMENTAR, E EVIDÊNCIA HISTOLÓGICA DE DANO PODE SER DETECTADA. SOMENTE ALTERAÇÕES HISTOLÓGICAS NÃO SÃO SUFICIENTES PARA CONFIRMAR TAL FATO. EM MUITOS CASOS NÃO FOI POSSÍVEL A EXCLUSÃO DE ENFLURANO COMO CAUSA OU CONTRIBUINTE NO DANO HEPÁTICO. A INCIDÊNCIA DE HEPATOTOXICIDADE NÃO-EXPLICADA APÓS ADMINISTRAÇÃO DE ENFLURANO NÃO É CONHECIDA, MAS PARECE SER RARA E NÃO DOSE-RELACIONADA.

Enflurano – Posologia

ETRANE® (enflurano) deve ser administrado através de vaporizador calibrado especialmente para seu uso, ou através de outros vaporizadores, desde que se possa calcular a concentração de enflurano oferecida, de forma fácil e rápida.
Pré-medicação: o pré-anestésico deve ser escolhido de acordo com as necessidades de cada paciente, levando-se em consideração que as secreções são fracamente estimuladas e que ETRANE® (enflurano) não altera a freqüência cardíaca. O emprego de anticolinérgicos fica a critério do anestesiologista.
Anestesia cirúrgica: indução pode ser obtida com a administração de enflurano com oxigênio ou em combinação com uma mistura de oxigênio-óxido nitroso. Sob estas condições pode ser verificado um estado de excitabilidade. Para evitar essa excitabilidade, deve ser administrada uma dose de barbitúrico de curta ação para induzir estado de inconsciência, seguida pela mistura. Geralmente, concentrações inaladas de 2,0 a 4,5% de enflurano produzem efeito em 7 a 10 minutos.
Manutenção: os níveis cirúrgicos de anestesia podem ser mantidos com concentrações de 0,5 a 3,0% de ETRANE® (enflurano). Doses de manutenção não devem exceder 3%. Caso haja necessidade de um efeito mais acentuado de relaxamento muscular do que o oferecido pelo enflurano, pode-se administrar doses suplementares de miorrelaxantes. É preferível ventilar o paciente o suficiente para manter a tensão de CO2 arterial em torno de 35 a 45 mmHg. Hiperventilação deve ser evitada para minimizar a possibilidade de uma eventual excitação do SNC. Salvo em caso de complicações, a pressão arterial durante a manutenção é inversamente proporcional à concentração de ETRANE® (enflurano). Por conseguinte, uma queda acentuada da pressão arterial pode ser devida a um aprofundamento excessivo do nível de anestesia, a menos que seja atribuível a hipovolemia. Em tais casos, é prudente reduzir a concentração de anestésico.
Analgesia: concentrações de 0,25% a 1,0% de enflurano produzem efeito analgésico para realização de partos normais, semelhantes ao verificado com concentrações que variam entre 30 e 60% de óxido nitroso. Essas concentrações normalmente não produzem amnésia (ver informação sobre os efeitos de enflurano sobre a contração uterina em Farmacologia clínica).
Parto cesariano: enflurano deve ser administrado em concentrações de 0,5 a 1,0% como suplemento a outros anestésicos (ver informação sobre os efeitos de enflurano sobre a contração uterina em Farmacologia clínica).

Super dosagem

Em caso de superdosagem com enflurano ou aparecimento de sintomas característicos de superdosagem, as seguintes providências devem ser tomadas: cessar a administração do anestésico, certificar-se de que as vias aéreas estão livres e instituir ventilação controlada ou assistida com oxigênio a 100%.

Caracteristicas farmalogicas

ETRANE® (enflurano) é um anestésico geral que proporciona indução e recuperação rápidas e suaves; determina um estímulo moderado das secreções salivares e traqueobrônquicas. Os reflexos faríngeos e laríngeos são prontamente abolidos, permitindo fácil entubação traqueal. A intensidade da anestesia varia conforme a quantidade de enflurano inalado. Como ocorre com outros agentes inalatórios, o volume respiratório diminui à medida que se aprofunda a anestesia. Altos níveis de PaCO2 podem ser obtidos com o aprofundamento da anestesia caso não haja suporte de ventilação. Enflurano favorece a reação remanescente de suspiro, semelhante à observada com éter dietílico. Durante a indução ocorre ligeiro declínio da pressão sangüínea, a qual retorna a valores próximos da normalidade sob o estímulo cirúrgico. O aprofundamento da anestesia produz diminuição correspondente da pressão arterial. A freqüência cardíaca mantém-se constante, sem evidência significativa da bradicardia. O controle eletrocardiográfico demonstra que o ritmo cardíaco permanece estável. A elevação do nível do dióxido de carbono no sangue arterial não altera o ritmo cardíaco.
Estudos clínicos em seres humanos demonstraram uma considerável margem de segurança na administração de soluções contendo epinefrina durante anestesia com enflurano. Enflurano foi utilizado em cirurgias para excisão de feocromocitoma em humanos sem arritmia ventricular.
Com base em estudos clínicos com pacientes anestesiados com enflurano que receberam soluções contendo epinefrina para hemostasia em área altamente vascularizada (cirurgia transesfenoidal), doses de até 2 mcg/kg de epinefrina podem ser administradas subcutaneamente por períodos de 10 minutos em pacientes com tolerância normal à epinefrina. Isto pode representar até 14 mL de uma solução contendo epinefrina 1:100.000 (10 mcg/mL), ou o equivalente quantitativamente, em um paciente de 70 kg. Esse procedimento pode ser repetido por até 3 vezes em 1 hora (total de 42 mL/h). A administração concomitante de lidocaína aumenta a segurança do uso de epinefrina durante a anestesia com enflurano. O efeito da lidocaína é dose-relacionado. Todas as precauções necessárias durante o uso de substâncias vasoconstritoras devem ser observadas.
O relaxamento muscular proporcionado por ETRANE® (enflurano) é adequado à prática de cirurgia intra-abdominal em níveis normais de anestesia. Caso haja necessidade de maior grau de relaxamento muscular, pode-se administrar relaxantes musculares. Todos os relaxantes musculares comumente empregados são compatíveis com enflurano. Os relaxantes musculares não-despolarizantes são potencializados por ETRANE® (enflurano). Em um adulto normal de 70 kg, 6 a 9 mg de d-tubocurarina ou 1 a 1,5 mg de pancurônio produzirão uma depressão maior da contratura muscular. A neostigmina não reverte o efeito miorrelaxante produzido por ETRANE® (enflurano).
Em parto normal, concentrações de 0,25 a 1,0% de enflurano produzem semelhante ação analgésica à verificada com concentrações de 30 a 60% de N2O. Ambos agentes permitem que as pacientes permaneçam acordadas, cooperativas e orientadas. As perdas sangüíneas maternas são comparáveis entre os dois anestésicos. Recém-nascidos apresentam níveis normais de Apgar com tais condutas. Os testes neuro-comportamentais feitos nas primeiras 24 horas de vida do recém-nascido não mostraram alterações óbvias, nem com enflurano nem com N2O. O uso de enflurano ou óxido nitroso, na analgesia obstétrica, não altera os níveis de uréia nitrogenada sanguínea, creatinina, ácido úrico ou osmolalidade. A única diferença entre o uso de ETRANE® (enflurano) e N2O em analgesia obstétrica parece ser a maior concentração de oxigênio inspirada que pode ser utilizada quando do uso de enflurano.
Doses de até 1,0% de ETRANE® (enflurano) não deprimem de modo significante as forças de contração uterina durante o trabalho de parto ou a expulsão fetal; doses de 1,0 a 2,0% diminuem tais forças e doses de 2 a 3% podem até aboli-las.
Enflurano desloca a curva de resposta do miométrio a oxitocina, assim sendo, em baixas concentrações de enflurano, a oxitocina restaura as contrações uterinas; entretanto, com o aumento da dose de enflurano (fluxo de 1,5 a 3,0%) a resposta a oxitocina diminui e, então, é abolida. Pode ocorrer aumento da perda sangüínea uterina quando da administração de altas doses de enflurano durante a realização de partos normais ou para facilitar partos cesarianos. Esses fatos não foram observados quando doses recomendadas foram administradas (ver Posologia e administração). A perda sangüínea média estimada em pacientes anestesiadas com doses de 1,0% de enflurano em 70% de N2O/O2, durante trabalho de parto, é de aproximadamente 2 vezes a observada com o uso de técnicas de anestesia local (40 mL x 20 mL).
Farmacocinética
A biotransformação de enflurano em humanos produz baixos níveis séricos de fluoreto (cerca de 15 mcmol/L). Tais níveis estão abaixo do limite de 50 mcmol/L que pode causar dano renal em pacientes normais. Entretanto, pacientes fazendo uso crônico de isoniazida ou outros compostos contendo hidrazina podem metabolizar grandes quantidades de enflurano. Embora nenhuma disfunção renal significante tenha sido encontrada nesses pacientes, os níveis séricos de fluoreto podem exceder 50 mcmol/L, principalmente quando a duração da anestesia for superior a 2 MAC horas. Não ocorre redução na transformação de linfócitos, na ausência de cirurgia, após anestesia prolongada com enflurano. Desta forma, o enflurano não deprime esta parte do sistema imunológico.

Resultados de eficacia

Informação não disponível para esta bula.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

Conservar em temperatura ambiente (15-30ºC).

Dizeres legais

Fabricado por: Abbott Laboratories Argentina S.A.
Avenida Valentin Vergara, 7989 (B1891EUE), Ingeniero Allan – Partido de Florencio Varela – Provincia de Buenos Aires – Argentina
Importado e distribuído por: Abbott Laboratórios do Brasil Ltda.
Estrada dos Bandeirantes, 2400 – Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 56.998.701/0012-79
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA.
USO RESTRITO A HOSPITAIS
Nº de lote, data de fabricação e validade: vide rótulo e cartucho.

Enflurano – Bula para o paciente

Enflurano, assim como outros agentes anestésicos, pode causar leve diminuição da função intelectual durante 2 a 3 dias após a anestesia. Assim como com outros tipos de anestésicos, pequenas alterações no humor e sintomas podem persistir por alguns dias após a sua administração.
Somente deverá ser empregado por anestesiologista qualificado.
NÃO USE O MEDICAMENTO COM PRAZO DE VALIDADE VENCIDO. ANTES DE USAR, OBSERVE O ASPECTO DO MEDICAMENTO.
INFORME SEU MÉDICO SOBRE QUALQUER MEDICAMENTO QUE ESTEJA USANDO ANTES DO INÍCIO OU DURANTE O TRATAMENTO.
INFORME O SEU MÉDICO O APARECIMENTO DE REAÇÕES DESAGRADÁVEIS.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
USO RESTRITO A HOSPITAIS.

Data da bula

23/11/2011