Irinotecano

Irinotecano com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Irinotecano têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Irinotecano devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

Informação não disponível para esta bula.

Apresentação Irinotecano

Camptosar solução injetável 20 mg/mL em embalagens contendo 1 frasco-ampola com 2 ou 5 mL de solução.

Irinotecano – Indicações

Camptosar (cloridrato de irinotecano) é indicado como agente único ou combinado no tratamento de pacientes com: • Carcinoma metastático do cólon ou reto não tratado previamente; • Carcinoma metastático do cólon ou reto cuja moléstia tenha recorrido ou progredido após terapia anterior com 5-fluoruracila; • Neoplasia pulmonar de células pequenas e não-pequenas; • Neoplasia de cólo de útero; • Neoplasia de ovário; • Neoplasia gástrica recorrente ou inoperável. Camptosar está indicado para tratamento como agente único de pacientes com: • Neoplasia de mama inoperável ou recorrente; • Carcinoma de células escamosas da pele; • Linfoma maligno.

Contra indicações de Irinotecano

Camptosar (cloridrato de irinotecano) é contra-indicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao fármaco ou a qualquer componente da fórmula (vide Advertências – Reações de Hipersensibilidade).

Advertências

Administração: Camptosar (cloridrato de irinotecana) deve ser administrado obrigatoriamente sob a supervisão de um médico com experiência no uso de agentes quimioterápicos para neoplasia. O controle apropriado de complicações somente é possível quando estiverem disponíveis os recursos adequados para diagnóstico e tratamento. O uso de Camptosar nas situações a seguir deve ser avaliado através da análise dos beneficios e riscos esperados, e indicado quando os benefícios superarem os possíveis riscos: * em pacientes que apresentam um fator de risco (particularmente os com performance status = 2 OMS). * em raros casos, onde os pacientes apresentam recomendações relacionadas ao controle de eventos adversos (necessidade de tratamento antidiarreico imediato e prolongado combinado a alto consumo de fluidos no início da diarréia tardia). Recomenda-se estrita supervisão hospitalar a tais pacientes. Sintomas colinérgicos: os pacientes podem apresentar sintomas colinérgicos como rinite, salivação aumentada, miose, lacrimejamento, diaforese, rubor (vasodilatação), bradicardia e aumento do peristaltismo intestinal, que pode causar cólicas abdominais e diarréia em fase inicial da administração (por ex.: diarréia ocorrendo geralmente durante ou até 8 horas da administração de Camptosar). Esses sintomas podem ser observados durante, ou logo após, da infusão de irinotecana. Possivelmente eles se relacionam à atividade anticolinesterásica do fármaco inalterado e são mais freqüentes em administração de doses mais altas. em pacientes com sintomas colinérgicos a administração terapêutica, ou profilática, de atropina 0,25 a 1 mg por via intravenosa ou subcutânea deve ser considerada (a não ser que contra-indicada clinicamente). Extravasamento: embora Camptosar não seja, sabidamente, vesicante, deve-se tomar cuidado para evitar extravasamento e observar o local da infusão quanto a sinais inflamatórios. Caso ocorra extravasamento, recomenda-se infusão para lavar o local de acesso (flushing) e aplicação de gelo. Hepático: em estudos clínicos foram observadas, em menos de 10% dos pacientes, anormalidades das enzimas hepáticas de graus 3 ou 4 de acordo com os Critérios Comuns de Toxicidade do National Cancer Institute (NCI). Esses eventos ocorrem tipicamente em pacientes com metástases hepáticas conhecidas e não estão claramente relacionados à irinotecana. Hematológico: a irinotecana freqüentemente causa neutropenia, leucopenia e anemia, inclusive graves, devendo ser evitada em pacientes com insuficiência aguda grave da medula óssea. A trombocitopenia grave é incomum. Nos estudos clínicos, a freqüência de neutropenia graus 3 e 4 NCI foi significativamente maior em pacientes que haviam recebido previamente irradiação pélvica/abdominal do que naqueles que não haviam recebido tal irradiação. Pacientes com níveis séricos basais de bilirrubina total de 1,0 mg/dL ou mais, também tiveram uma probabilidade significativamente maior de ter neutropenia grau 3 ou 4 na primeira dose do que aqueles cujos níveis de bilirrubina eram menores do que 1,0 mg/dL. Não houve diferenças significativas na freqüência de neutropenia grau 3 ou 4 por idade ou sexo (vide Advertências û Uso em Pacientes Especiais – Insuficiência Hepática e Posologia). Neutropenia febril (neutropenia grau 4 NCI e febre grau ? 2) ocorreu em menos de 10% dos pacientes nos estudos clínicos. Mortes devido à sepse após neutropenia grave foram relatadas em pacientes tratados com Camptosar. Complicações neutropênicas devem ser tratadas prontamente com suporte antibiótico. A terapia com Camptosar deve ser temporariamente descontinuada caso ocorra neutropenia febril ou se a contagem absoluta de neutrófilos cair abaixo de 1000/mm3. A dose do produto deve ser reduzida no caso de ocorrência de neutropenia não-febril clinicamente significativa (vide Posologia û Recomendações para ajuste posológico). Reações de hipersensibilidade: foram relatadas reações de hipersensibilidade, inclusive reações anafilática/anafilactóide graves. Diarréia tardia: a diarréia tardia (aquela que ocorre mais de 8 horas após a administração do produto) pode ser prolongada e pode levar à desidratação, desequilíbrio eletrolítico ou sepse, constituindo um risco de morte potencial. Nos estudos clínicos que testaram o esquema posológico a cada 3 semanas, a diarréia tardia for iniciada, em média, após 5 dias da infusão de irinotecana; já nos estudos que avaliaram a posologia semanal, este intervalo médio era de 11 dias. Nos pacientes que começaram o tratamento com a dose semanal de 125 mg/m2, o tempo médio de duração de qualquer grau de diarréia tardia foi de 3 dias. Nos pacientes tratados com a dose semanal de 125 mg/m2 que tiveram diarréia grau 3 ou 4, o tempo médio de duração de todo o episódio de diarréia foi de 7 dias. A freqüência de diarréia tardia grau 3 e 4 por idade foi significativamente maior em pacientes ? 65 anos do que em pacientes < 65 anos de idade. Ulceração do cólon, algumas vezes com sangramento, foi observada em associação à diarréia induzida pela irinotecana. A diarréia tardia deve ser tratada com loperamida imediatamente após observar-se o primeiro episódio de fezes amolecidas ou mal-formadas, ou ainda, na ocorrência de evacuações em frequência maior do que a esperada pelo paciente. O regime de dose recomendado para a loperamida é de 4 mg à primeira ocorrência de diarréia tardia, seguidos de 2 mg a cada 2 horas até que o paciente não apresente diarréia por, pelo menos, 12 horas. Durante a noite, o paciente pode utilizar 4 mg de loperamida a cada 4 horas. O uso de loperamida nestas doses não é recomendado por mais de 48 horas consecutivas (risco de íleo paralítico) e nem por menos de 12 horas. A pré-medicação com loperamida não é recomendada. Pacientes com diarréia devem ser cuidadosamente monitorados e em caso de desidratação, devem ser realizadas reposições hídrica e eletrolítica. Se os pacientes apresentarem íleo paralítico, febre ou neutropenia grave, tratamento de suporte com antibióticos deve ser administrado. Além do tratamento antibiótico, a hospitalização é recomendada para o tratamento de diarréia, nos seguintes casos: - diarréia com febre; - diarréia grave (requerendo hidratação intravenosa); - pacientes com vômito associado à diarréia tardia; - diarréia persistindo por cerca de 48 horas após o início da terapia com altas doses de loperamida. Após o primeiro ciclo de tratamento, os ciclos quimioterápicos semanais subseqüentes só devem ser iniciados quando a função intestinal do paciente retornar ao padrão pré-tratamento por, pelo menos, 24 horas sem a necessidade de medicação antidiarréica. Se ocorrer diarréia tardia grau 2, 3 ou 4 (NCI), a administração de Camptosar deve ser descontinuada e retomada em dose reduzida assim que o paciente se recuperar (vide Posologia). Doença inflamatória crônica e/ou obstrução intestinal: em caso de obstrução intestinal os patientes não devem ser tratados com Camptosar. Náuseas e vômitos: Camptosar é emetogênico, como os quadros de náuseas e vômitos podem ser intensos ocorrendo geralmente, durante ou logo após a infusão da irinotecana, recomenda-se que os pacientes recebam antieméticos pelo menos 30 minutos antes da infusão de Camptosar. O médico também deve considerar a utilização subseqüente de esquema de tratamento antiemético se necessário. Pacientes com vômito associado à diarréia tardia devem ser hospitalizados assim que possível para tratamento. Neurológico: tontura foi observada e pode, algumas vezes, representar evidência sintomática de hipotensão ortostática em pacientes com desidratação. Renal: elevação dos níveis séricos de creatinina ou uréia foram observados. Ocorreram casos de insuficiência renal aguda. Esses eventos foram atribuídos à complicações infecciosas ou à desidratação, relacionada à náusea, vômitos ou diarréia. Há raros relatos de disfunção renal decorrente de síndrome de lise tumoral. Respiratório: observou-se dispnéia de grau 3 ou 4 NCI, mas é desconhecido o quanto patologias preexistentes e/ou envolvimento pulmonar maligno contribuem para o sintoma. Em estudos iniciais no Japão, pequena porcentagem dos pacientes evoluiu com uma síndrome pulmonar, com potencial risco de morte, que se apresenta através de dispnéia, febre e de um padrão reticulonodular na radiografia de tórax. Porém, o quanto a irinotecana contribuiu para estes eventos é desconhecido pois os pacientes também apresentavam tumores pulmonares e, alguns, moléstia pulmonar não maligna preexistente. Doença pulmorar intersticial, manifestada através de infiltrado pulmonar, é incomum durante terapia com irinotecana. São fatores de risco para o desenvolvimento desta complicação: doenças pulmonares preexistentes, uso de fármacos pneumotóxicos, terapia de radiação e uso de fatores de estimulação de colônias. Na presença de um ou mais destes fatores o paciente deve ser cuidadosamente monitorado quanto a sintomas respiratórios antes e durante a terapia com irinotecana. Outros: uma vez que este produto contém sorbitol, não é recomendado o uso em pacientes com intolerância hereditária à frutose. Uso em Populações Especiais Pediátrico: a eficácia da irinotecana em pacientes pediátricos não foi estabelecida (vide Propriedades Farmacocinéticas û Populações Especiais û Crianças). Em 2 estudos abertos, de braço único, cento e setenta crianças com tumores sólidos refratários receberam 50 mg/m2 de irinotecana por 5 dias consecutivos, a cada 3 semanas. Destes, 54 pacientes (31,8%) evoluíram com neutropenia de grau 3-4, 15 (8,8%) com neutropenia febril, 35 (20,6%) com diarréia grau 3-4. Estes resultados são comparáveis aos obtidos em adultos. Em outro estudo 21 crianças com rabdomiosarcoma não tratado previamente, receberam 20 mg/m2 de irinotecana por 5 dias consecutivos nas semanas 0, 1, 3 e 4; e subseqüentemente terapia multimodal. O aumento da fase de agente único da irinotecana foi interrompido devido a alta taxa de doença progressiva (28,6%) e de mortes precoces (14%). O perfil de eventos adversos foi diferente do observado em adultos. O evento adverso de grau 3-4, mais significativo foi a desidratação observada em 6 pacientes (28,6%); associado a hipocalemia grave, em 5 pacientes (23,8%) e a hiponatremia, em 3 pacientes (14,3%). Além disto, infecções de grau 3-4 foram relatadas em 5 pacientes (23,8%) (durante todos os cursos de terapia e independente da relação causal). Geriátrico: em pacientes acima de 65 anos há maior risco de diarréia tardia, exigindo mais cautela no tratamento. Recomendações específicas sobre a dosagem para essa população dependem do esquema utilizado (vide Posologia). Insuficiência Hepática: em pacientes com hiperbilirrubinemia, o clearance da irinotecana é diminuído (vide Propriedades Farmacocinéticas û Populações Especiais) e, portanto, o risco de hematotoxicidade é aumentado. O uso de irinotecana em pacientes com concentração de bilirrubina sérica total acima de 3,0 x o limite superior estabelecido pelo laboratório, ainda não foi estabelecida (vide Posologia û Populações Especiais). A função hepática basal deve ser obtida antes do início do tratamento e monitorada mensalmente, com novas coletas se clinicamente indicado. Radioterapia: pacientes submetidos previamente à irradiação pélvica/abdominal têm maior risco aumentado de mielossupressão após a administração de irinotecana. Estes casos exigem cautela e, dependendo do esquema preconizado, doses específicas podem ser necessárias (vide Posologia). Performance Status (ECOG û Eastern Cooperative Oncology Group): pacientes com graus piores de performance status possuem risco aumentado de desenvolverem eventos adversos relacionados à irinotecana. Recomendações específicas de dosagem para pacientes com ECOG performance status de 2 podem se aplicar a essa população dependendo do esquema utilizado (vide Posologia). Pacientes com performance status de 3 ou 4 não devem receber Camptosar. Em estudos clínicos que compararam pacientes recebendo irinotecana/5-fluoruracila/folinato de cálcio ou 5-fluoruracila/folinato de cálcio, foram observadas taxas maiores de hospitalização, neutropenia febril, tromboembolismo, descontinuação do tratamento no primeiro ciclo e óbitos precoces em pacientes com performance status basal de 2, quando comparados a pacientes com performance status basal de 0 ou 1. Neoplasia gástrica: pacientes com neoplasia gástrica parecem apresentar mielossupressão mais importante e outras toxicidades quando a irinotecana é administrada. Uma dose inicial mais baixa deve ser considerada nesses pacientes (vide Posologia). Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas O efeito de Camptosar sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi avaliado. Entretanto, pacientes devem ser alertados sobre o potencial de tontura ou distúrbios visuais, que podem ocorrer dentro de 24 horas após a administração de Camptosar, e aconselhados a não dirigir ou operar máquinas se estes sintomas ocorrerem (vide Advertências). Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em diabéticos.

Interações medicamentosas de Irinotecano

– bloqueadores neuromusculares: a interação entre Camptosar e bloqueadores neuromusculares não pode ser descartada, uma vez que o irinotecano tem atividade anticolinesterase. Fármacos com esta atividade podem prolongar o efeito neuromuscular do suxametônio e o bloqueio neuromuscular de fármacos não-despolarizantes podem ser antagonizados. – agentes antineoplásicos: eventos adversos de Camptosar (cloridrato de irinotecano), como a mielossupressão e a diarréia, podem ser exacerbados pela associação com outros agentes antineoplásicos que causem eventos adversos semelhantes. – dexametasona: foi relatada linfocitopenia em pacientes em tratamento com Camptosar, sendo possível que a administração de dexametasona como profilaxia antiemética possa aumentar a probabilidade de ocorrência desse efeito. Contudo, não foram observadas infecções oportunistas graves e nenhuma complicação foi especificamente atribuída à linfocitopenia. Foi também relatada hiperglicemia em pacientes com histórico de diabetes mellitus ou evidência de intolerância à glicose previamente à administração de Camptosar. É provável que a dexametasona, aplicada como profilaxia antiemética, possa ter contribuído para o surgimento de hiperglicemia em alguns pacientes. – proclorperazina: a incidência de acatisia nos estudos clínicos em esquema de doses semanais foi um pouco maior (8,5%, 4/47 pacientes) quando se administrou proclorperazina no mesmo dia que Camptosar, do que quando esses fármacos foram administrados em dias separados (1,3%, 1/80 pacientes). Todavia, a incidência de 8,5% de acatisia encontrase dentro da faixa relatada para o uso de proclorperazina, quando administrada como um pré-medicamento para outras terapias quimioterápicas. – laxantes: é esperado que laxantes usados durante a terapia com o irinotecano piorem a incidência ou gravidade da diarréia. – diuréticos: desidratação secundária a vômitos e/ou diarréia pode ser induzida por Camptosar. O médico pode considerar a suspensão do diurético durante o tratamento com o irinotecano e durante períodos de vômitos e diarréia ativos. – anticonvulsivantes: a co-administração de fármacos anticonvulsivantes indutores do CYP3A (por ex.: carbamazepina, fenobarbital ou fenitoína) resultam numa redução da exposição ao metabólito ativo SN-38. Deve-se ter cautela ao iniciar ou substituir anticonvulsivantes não-indutores enzimáticos pelo menos 1 semana antes do início da terapia com Camptosar. – cetoconazol: o clearance do Camptosar é reduzido significativamente em pacientes recebendo cetoconazol concomitantemente ao irinotecano, aumentando a exposição ao SN- 38. O cetoconazol deve ser descontinuado pelo menos 1 semana antes de iniciar o tratamento com Camptosar e não deve ser administrado durante a terapia com irinotecano. – erva de São João (Hypericum perforatum): a exposição ao metabólito ativo SN-38 é reduzida em pacientes utilizando concomitantemente erva de São João. Esta deve ser descontinuada pelo menos 1 semana antes do primeiro ciclo de irinotecano, e não deve ser administrada durante todo o tratamento com o quimioterápico. – sulfato de atazanavir: co-administração de sulfato de atazanavir, um inibidor da CYP3A4 e UGT1A1 tem o potencial de aumentar a exposição sistêmica ao SN-38, o metabólito ativo do irinotecano. Médicos devem levar isto em consideração quando co-administrar estes fármacos. – bevacizumabe: em um estudo, as concentrações de irinotecano presentes no plasma de pacientes recebendo apenas irinotecano/5-FU/FA foram similares às concentrações presentes no plasma de pacientes o recebendo em combinação com bevacizumabe. Concentrações de SN-38, metabólito ativo do irinotecano, foram analisadas em um subconjunto de pacientes (aproximadamente 30 por braço de tratamento). As concentrações de SN-38 foram, em média, 33% maiores em pacientes recebendo irinotecano/5-FU/FA em combinação com bevacizumabe quando comparadas às de pacientes recebendo apenas irinotecano/5-FU/FA. Devido à alta variabilidade entre os pacientes e à amostragem limitada, não é certo que o aumento observado nos níveis de SN-38 é referente ao bevacizumabe. Houve um pequeno aumento das reações adversas diarréia e leucopenia. Foram reportadas mais reduções de dose de irinotecano em pacientes recebendo irinotecano/5-FU/FA em combinação com bevacizumabe. – vacinas: a administração de vacinas vivas ou atenuadas em pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo irinotecano, pode resultar em infecções graves ou fatais. A vacinação com vacinas vivas deve ser evitada em pacientes recebendo irinotecano. As vacinas mortas ou inativadas podem ser administradas. Entretanto, a resposta a tais vacinas pode ser diminuída.

Reações adversas / efeitos colaterais de Irinotecano

Estudos clínicos Dados de eventos adversos foram coletados e analisados extensivamente no programa de estudos clínicos de neoplasia colo-retal metastática recorrente ou que progrediu depois de terapia baseada em 5-FU (segunda linha) e são apresentados a seguir (população de pacientes descrita a seguir). Espera-se que os eventos adversos ocorridos nas outras indicações sejam semelhantes aos ocorridos nos casos de tratamento de segunda linha de neoplasia colo-retal. Estudos clínicos como agente único, 100 a 125 mg/m2 em esquema de dose semanal Em três estudos clínicos realizados nos EUA, 304 pacientes com carcinoma metastático do cólon ou reto que haviam apresentado recidiva ou avanço da doença após terapia baseada em 5-FU foram tratados com Camptosar (cloridrato de irinotecano) em um esquema de dose semanal. Cinco óbitos (1,6%) foram potencialmente fármaco-dependentes. Os cinco pacientes apresentaram efeitos adversos variados, que incluíram efeitos conhecidos do produto (mielossupressão, septicemia neutropênica sem febre, obstrução de intestino delgado, acúmulo de fluido, estomatite, náusea, vômitos, diarréia e desidratação). A neutropenia febril, definida como neutropenia de grau 4 pelo NCI e febre de grau 2 ou maior, ocorreu em outros nove pacientes, tendo esses pacientes se recuperado com tratamento de suporte. Oitenta e um pacientes (26,6%) foram hospitalizados devido a eventos considerados relacionados ao Camptosar. As razões principais para a hospitalização fármacorelacionada foram diarréia, com ou sem náusea e/ou vômitos; neutropenia/leucopenia, com ou sem diarréia e/ou febre; e náuseas e/ou vômitos. Foram realizados ajustes posológicos durante o ciclo de tratamento e nos ciclos subseqüentes, com base na tolerância individual do paciente ao Camptosar. As razões mais comuns para a redução de dose foram diarréia tardia, neutropenia e leucopenia. Treze pacientes (4,3%) descontinuaram o tratamento com irinotecano devido a eventos adversos. Os eventos adversos (graus 1-4 NCI) relacionados ao fármaco conforme o julgamento do investigador, que foram relatados em mais de 10% dos 304 pacientes incluídos nos três estudos do esquema posológico semanal, estão listados em ordem decrescente de freqüência na Tabela 9. Tabela 9: Eventos Adversos Graus 1 a 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em Mais de 10% dos Pacientes nos Estudos Clínicos: Gastrintestinal Hematológico Geral Metabólico e Nutricional Dermatológico Cardiovascular diarréia tardia, náusea, vômitos, diarréia precoce, dor/cólicas abdominais, anorexia, estomatite leucopenia, anemia, neutropenia astenia, febre perda de peso, desidratação alopecia eventos tromboembólicos* *Incluem angina pectoris, trombose arterial, infarto cerebral, acidente vascular cerebral, tromboflebite profunda, embolia de extremidade inferior, parada cardíaca, infarto do miocárdio, isquemia miocárdica, distúrbio vascular periférico, embolia pulmonar, morte súbita, tromboflebite, trombose, distúrbio vascular. Estudos clínicos como agente único, 300 a 350 mg/m2 em esquema de dose a cada 3 semanas Trezentos e dezesseis pacientes com neoplasia colorretal metastática, nos quais a doença progrediu após terapia prévia com 5-FU, receberam irinotecano em dois estudos envolvendo administração única a cada 3 semanas. Três óbitos (1%) foram potencialmente relacionados ao tratamento com irinotecano, sendo atribuídos à infecção neutropênica, diarréia grau 4 e astenia, respectivamente. Hospitalizações devido a eventos adversos graves, a despeito de estarem relacionadas ou não à administração de Camptosar, ocorreram, pelo menos, uma vez em 60% dos pacientes que receberam Camptosar e 8% dos pacientes tratados com Camptosar descontinuaram o tratamento devido aos eventos adversos. Tabela 10: Porcentagem de Pacientes que Apresentaram Eventos Adversos de Grau 3 e 4 nos Estudos Comparativos do Tratamento com uma Dose de irinotecano a Cada 3 Semanas1: (*** continua na bula original ***)

Irinotecano – Posologia

Cada mL da solução injetável de Camptosar (cloridrato de irinotecano) contém 20 mg de cloridrato de irinotecano (sal triidratado). Todas as doses de Camptosar devem ser administradas em infusão intravenosa ao longo de 30 a 90 minutos. A) Tratamento da neoplasia colo-retal Esquemas posológicos como agente único Esquemas posológicos como agente único foram extensivamente estudados na neoplasia colo-retal metastática. Estes regimes podem ser usados no tratamento de pacientes com outras indicações de câncer (Vide Indicações). Dose Inicial Esquema Posológico Semanal: a dose inicial recomendada de Camptosar como agente único é de 125 mg/m2. Uma dose inicial menor pode ser considerada (por ex., 100 mg/m2) para pacientes com uma das seguintes condições: radioterapia extensa anterior, performance status de 2, níveis aumentados de bilirrubina ou neoplasia gástrica. O tratamento deve ser realizado em ciclos repetidos de 6 semanas, compreendendo infusão semanal por 4 semanas, seguido de 2 semanas de descanço. Recomenda-se que as doses posteriores sejam ajustadas a um valor máximo de 150 mg/m2 ou mínimo de 50 mg/m2, com incrementos de 25 mg/m2 a 50 mg/m2, dependendo da tolerância individual ao tratamento de cada paciente (vide tabela 5). Esquema Posológico de 1 Vez a Cada 2 Semanas: a dose inicial usual recomendada de Camptosar é de 250 mg/m2 a cada 2 semanas, por infusão intravenosa. Uma dose inicial menor pode ser considerada (por ex., 200 mg/m2) para pacientes com qualquer uma das seguintes condições: idade de 65 anos ou mais, radioterapia extensa anterior, performance status de 2, níveis aumentados de bilirrubina ou neoplasia gástrica. Esquema Posológico de 1 Vez a Cada 3 Semanas: a dose inicial usual recomendada de Camptosar para o esquema posológico de 1 dose a cada 3 semanas é de 350 mg/m2 por infusão intravenosa. Uma dose inicial menor pode ser considerada (por ex., 300 mg/m2) para pacientes com qualquer uma das seguintes condições: idade de 65 anos ou mais, que receberam radioterapia extensa anterior, performance status de 2, níveis aumentados de bilirrubina ou neoplasia gástrica. Doses subseqüentes devem ser ajustadas para 200 mg/m2, com incrementos de 50 mg/m2, dependendo da tolerância individual do paciente ao tratamento (vide tabela 5). Desde que o paciente não desenvolva um efeito tóxico intolerável, o tratamento com ciclos terapêuticos adicionais de Camptosar pode ser continuado indefinidamente, desde que os pacientes continuem a obter um benefício clínico. Populações Especiais Pacientes com Disfunção Hepática Em pacientes com disfunção hepática, as seguintes doses iniciais são recomendadas (tabelas 3 e 4): Tabela 3 – Esquema posológico como agente único semanal: Concentração de bilirrubina sérica total Concentração sérica TGO/TGP Dose inicial (mg/m2) 1,5-3,0 x PRAN =<5,0 x PRAN 60 3,1-5,0 x PRAN =<5,0 x PRAN 50 <1,5 x PRAN 5,1-20,0 x PRAN 60 1,5-5,0 x PRAN 5,1-20,0 x PRAN 40 * PRAN - Padrão de Referência Acima do Normal Tabela 4 – Esquema posológico de 1 vez a cada 3 semanas: Concentração de bilirrubina sérica total Dose inicial (mg/m2) 1,5-3,0 x PRAN 200 >3,0 x PRAN Não recomendadoa a A segurança e a farmacocinética do Camptosar administrado 1 vez a cada 3 semanas não foi definida em pacientes com bilirrubina > 3,0 x Padrão de Referência Acima do Normal (PRAN) e este esquema não é recomendado a estes pacientes. Pacientes com Disfunção Renal Estudos nesta população não foram conduzidos (vide Propriedades Farmacocinéticas – Populações Especiais). Portanto, deve-se ter cautela em pacientes com disfunção renal. O irinotecano não é recomendado para o uso em pacientes sob diálise. Esquemas Posológicos em Combinação Dose Inicial Camptosarcombinado com 5-fluoruracila (5-FU) e folinato de cálcio: recomendado para uso em pacientes com neoplasia colo-retal metastática. A dose inicial recomendada é de 125 mg/m² de Camptosar, 500 mg/m² de 5-FU, e 20 mg/m2 de folinato de cálcio. Doses iniciais menores podem ser consideradas para o Camptosar (por ex., 100 mg/m2) e 5-FU (por ex., 400 mg/m²) para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: idade de 65 anos ou mais ou que receberam radioterapia extensa anterior, performance status de 2 ou que apresentam níveis aumentados de bilirrubina ou neoplasia gástrica. O tratamento deve ser dado em ciclos repetidos de 6 semanas, incluindo tratamento semanal por 4 semanas, seguido de um repouso de 2 semanas. B) Tratamento dos outros tipos de neoplasias Esquemas posológicos como agente único Três esquemas posológicos são recomendados para o tratamento de outros tipos de neoplasias (vide Indicações).O esquema A deve ser utilizado no tratamento da neoplasia pulmonar de células pequenas e não pequenas, neoplasia da mama inoperável ou recorrente e carcinoma de células escamosas da pele. Os esquemas A e B devem ser empregados no tratamento de neoplasia de cólo de útero, neoplasia de ovário, neoplasia gástrica recorrente ou inoperável e neoplasia colo-retal (recorrente ou inoperável). O esquema C deve ser utilizado no tratamento de linfomas malignos (linfomas não-Hodgkin). Esquema A Administração de 100 mg/m² de cloridrato de irinotecano a adultos normais, 1 vez por semana, por 3 a 4 semanas, por infusão intravenosa, seguida de repouso de pelo menos 2 semanas. Esse curso da terapia é então repetido. Esquema B Administração de 150 mg/m² de cloridrato de irinotecano a adultos normais, 1 vez ao dia, a cada 2 semanas, 2 ou 3 vezes, por infusão intravenosa, seguida de repouso de pelo menos 3 semanas. Esse curso da terapia é então repetido. Esquema C Administração de 40 mg/m² de cloridrato de irinotecano, 1 vez ao dia, por 3 dias consecutivos, por infusão intravenosa. Repetir as administrações em ciclos semanais, por 2 ou 3 semanas consecutivas, seguidas de repouso de pelo menos 2 semanas. Esse curso da terapia é então repetido. Esquemas Posológicos em Combinação Camptosarem combinação com a cisplatina Camptosarfoi estudado em combinação com a cisplatina para a neoplasia de pulmão de células pequenas e não-pequenas, neoplasia de cólo de útero, neoplasia gástrica e neoplasia de esôfago. Esse esquema pode ser utilizado no tratamento de pacientes com outros tipos indicados de neoplasia, exceto para a neoplasia colo-retal (vide Indicações). A dose recomendada para início de tratamento é de 65 mg/m2 de Camptosar e 30 mg/m2 de cisplatina. Uma dose menor inicial de Camptosar (por ex., 50 mg/m2) pode ser considerada para pacientes com qualquer das seguintes condições: idade de 65 anos ou mais, radioterapia extensa anterior, performance status de 2, níveis aumentados de bilirrubina ou neoplasia gástrica. O tratamento deve ser dado em ciclos repetidos de 6 semanas, incluindo tratamento semanal por 4 semanas, seguido de um repouso de 2 semanas. Duração do tratamento Tanto para o esquema de agente único como para o combinado, o tratamento com ciclos adicionais de Camptosar pode ser continuado indefinidamente em pacientes que obtenham uma resposta tumoral ou em pacientes cuja neoplasia permaneça estável. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados para toxicidade e devem ser retirados da terapia se ocorrer toxicidade inaceitável não responsiva à modificação da dose e cuidados rotineiros de suporte. Recomendações para ajustes posológicos A Tabela 5 descreve as modificações posológicas recomendadas durante um ciclo de tratamento e no início de cada ciclo subseqüente de tratamento para o esquema posológico como agente único. Essas recomendações baseiam-se nos efeitos tóxicos observados comumente com a administração desse produto. Para modificações no inicio do ciclo subseqüente de terapia, a dose de irinotecano deve ser diminuída à dose inicial do ciclo anterior. O tratamento programado semanal com Camptosar deve ser interrompido quando ocorrerem efeitos tóxicos intoleráveis ou de grau 3 ou 4. As modificações posológicas para efeitos tóxicos hematológicos que não a neutropenia (por ex., leucopenia, anemia ou trombocitopenia) durante uma sessão de tratamento são as mesmas recomendadas para a neutropenia. No início de uma sessão de tratamento subseqüente, a dose do produto deve ser reduzida com base no pior grau de toxicidade observada na sessão prévia. Uma nova sessão de tratamento não deve ser iniciada até que o número de granulócitos tenha alcançado >= 1.500/mm3, o número de plaquetas tenha alcançado >= 100.000/mm3 e a diarréia relacionada ao tratamento tenha se resolvido completamente. O tratamento deve ser adiado por 1 a 2 semanas, para permitir a recuperação de efeitos tóxicos relacionados com o tratamento. Se o paciente não se recuperar após um adiamento de 2 semanas, deve-se considerar a interrupção do tratamento com Camptosar. Recomenda-se que os pacientes recebam agentes antieméticos como pré-medicação (vide Advertências – Náusea e Vômitos). As modificações de dose recomendadas durante um ciclo de terapia e no inicio de cada ciclo subseqüente de terapia com irinotecano, 5-FU e folinato de cálcio estão descritas na Tabela 6. As modificações de dose para irinotecano e cisplatina no inicio de cada ciclo de terapia estão descritos na Tabela 7, enquanto recomendações de modificações de dose durante um ciclo de terapia estão descritos na Tabela 8. Todas as modificações de dose devem ser baseadas na pior toxicidade observada previamente. Um novo ciclo de terapia não deve ser iniciado até que o paciente tenha se recuperado para grau 2 ou menos da toxicidade. Tratamento deve ser adiado por 1 a 2 semanas para a recuperação da toxicidade relacionada ao tratamento. Se o paciente não se recuperar após um adiamento de 2 semanas, deve-se considerar a descontinuação do tratamento com Camptosar. (continua na bula original)

Super dosagem

Em estudos realizados, foram administradas doses únicas de até 750 mg/m2 de irinotecano a pacientes com várias neoplasias. Os eventos adversos observados nesses pacientes foram semelhantes aos relatados com as doses e esquemas terapêuticos recomendados. Foram relatados casos de superdosagem com doses de até 2 vezes a dose terapêutica recomendada, que pode ser fatal. As reações adversas mais significativamente relatadas foram neutropenia e diarréia grave. Devem-se adotar medidas de suporte máximas para evitar a desidratação devido à diarréia e para tratar qualquer complicação infecciosa. Não se conhece um antídoto para a superdose do produto.

Caracteristicas farmalogicas

O cloridrato de irinotecano é um agente antineoplásico da classe dos agentes inibidores da topoisomerase I, que contém na formulação o irinotecano, um derivado semi-sintético da camptotecina, um alcalóide extraído de vegetais como, por exemplo, a Camptotheca acuminata ou sintetizada quimicamente. O composto é moderadamente solúvel em água e solventes orgânicos. O irinotecano pertence a uma classe das camptotecinas, agentes quimioterápicos citotóxicos com um mecanismo de ação singular, eles interagem especificamente com a enzima topoisomerase I inibindo-a. As topoisomerases são enzimas que mantêm a conformação tridimensional adequada do DNA através da indução reversível da quebra da cadeia simples. O irinotecano e seu metabólito ativo SN-38 ligam-se ao complexo DNA-topoisomerase I e impede a religação dessa cadeia simples. O irinotecano e seu metabólito ativo SN-38 se liga ao complexo DNA-topoisomerase I e impede a religação das fitas únicas. Pesquisas atuais sugerem que a citotoxicidade do irinotecano é devido ao dano na fita dupla de DNA produzido durante a síntese de DNA, quando as enzimas de replicação interagem com o complexo terciário formado pela topoisomerase I, DNA e pelo irinotecano ou SN-38. O irinotecano é um precursor hidrossolúvel do metabólito lipofílico SN-38. O SN-38 é formado a partir do irinotecano, por clivagem da ligação carbamato entre a fração camptotecina e a cadeia lateral dipiperidina mediada pela carboxilesterase. Em linhagens de células tumorais de humanos e roedores o SN-38 inibe a topoisomerase I com potência aproximadamente 1.000 vezes maior do que o irinotecano. Testes de citotoxicidade in vitro mostraram que a potência relativa do SN-38 varia de 2- a 2000- vezes a do irinotecano. Entretanto, os valores da área sob a curva de concentração plasmática versus tempo (AUC) para SN-38 são de 2% a 8% do irinotecano. Noventa e cinco por cento do SN-38 se liga às proteínas plasmáticas comparado a aproximadamente 50% do irinotecano. A contribuição precisa do SN-38 para a atividade do irinotecano é desconhecida. Ambos, irinotecano e o SN-38, ocorrem sob forma ativa de lactona e sob forma inativa como ânion hidroxiácido. Entre as duas formas há um equilíbrio pH-dependente, de tal maneira que um pH ácido promove a formação da lactona, enquanto que um pH mais básico resulta na forma aniônica do hidroxiácido.

Resultados de eficacia

Câncer colo-retal Foram realizados estudos clínicos com a administração de irinotecano em combinação com 5-fluorouracila (5-FU) e leucovorin (LV) e como agente único. Quando utilizado como um componente do esquema combinado, o irinotecano foi utilizado com um esquema semanal de bolus de 5-FU/LV ou em um esquema a cada 2 semanas de infusão de 5- FU/LV. O esquema semanal e o esquema a cada 3 semanas foi utilizado com o irinotecano como agente único. Tratamento de 1a linha em combinação com 5-FU/LV: Dois estudos fase III, randomizados, multinacionais, suportam o uso de Camptosar (cloridrato de irinotecano) como tratamento de 1a linha em pacientes com carcinoma metastático do cólon e reto. Em cada um dos estudos, a combinação de irinotecano e 5- FU/LV foi comparada a 5-FU/LV isolado. O estudo 1 comparou a combinação de irinotecano com 5-FU/LV em bolus em esquema semanal, com um regime padrão de 5- FU/LV em bolus, administrado por 5 dias a cada 4 semanas. O estudo 2 avaliou 2 diferentes esquemas de administração de 5-FU/LV infusional, com ou sem irinotecano. Em ambos os estudos, a combinação de irinotecano + 5-FU/LV resultou em significativa melhora das taxas de resposta objetivas, tempo para progressão do tumor e sobrevida, quando comparado ao braço que utilizou 5-FU/LV isoladamente. A tabela abaixo destaca os principais resultados de eficácia: Tabela 2: Resultados de Eficácia: Esquema de Dosagem Semanal *** vide bula original *** Tratamento de 2a linha para doença recorrente ou progressiva após tratamento baseado em 5-FU/LV: Esquema de dosagem semanal Dados de 3 estudos abertos, com agente único, envolvendo 304 pacientes em 59 centros, suportam o uso de Camptosar no tratamento de pacientes com câncer metastático de cólon e reto que recorreram ou progrediram após tratamento com 5-FU/LV. Esses estudos foram desenhados para avaliar a taxa de resposta tumoral e não forneceram informações sobre o benefício clínico atual, como os efeitos sobre a sobrevida e sintomas relacionados à doença. Em todos os estudos, Camptosar foi administrado em ciclos de 6 semanas, consistindo de 1 infusão semanal durante 90 minutos (com doses de 100 mg/m2, 125 mg/m2 e 150 mg/m2 por infusão) por 4 semanas, seguidas de 2 semanas de descanso. Na análise ITT dos dados agrupados dos 3 estudos, 193 dos 304 pacientes iniciaram a terapia com a dose recomendada de 125 mg/m2. Entre esses pacientes, a taxa de resposta global foi de 15% (2 respostas completas e 27 respostas parciais). A maioria das respostas foram observadas nos primeiros 2 ciclos de tratamento e a duração mediana da resposta foi de 5,8 meses. A resposta não variou com relação ao sexo, idade (menores e maiores de 65 anos), presença de metástases únicas ou múltiplas, localização do tumor primário (cólon vs. reto) e irradiação prévia. Esquema de dosagem a cada 3 semanas Dois estudos multicêntricos e randomizados suportam o uso de irinotecano no esquema a cada 3 semanas em pacientes com câncer colo-retal metastático que recorreu ou progrediu após tratamento com 5-FU/LV. No primeiro estudo, o tratamento de 2a linha com irinotecano + Melhores Cuidados de Suporte (MCS) foi comparado com os MCS isoladamente. No segundo estudo, o tratamento de 2a linha com irinotecano foi comparado com 5-FU/LV em infusão. Em ambos os estudos, os pacientes receberam o irinotecano em uma dose inicial de 350 mg/m2 em infusão, durante 90 minutos, uma vez a cada 3 semanas. Um total de 535 pacientes foram randomizados nos 2 estudos. Os estudos demonstram uma vantagem de sobrevida significativa para irinotecano quando comparado com os MCS (p=0,0001) e com a terapia com 5-FU/LV (p=0,035). No estudo 1, a sobrevida mediana para os pacientes tratados com irinotecano foi de 9,2 meses comparado a 6,5 meses para os pacientes que receberam os MCS. No estudo 2, a sobrevida mediana para os pacientes tratados com irinotecano foi de 10,8 meses comparado com 8,5 meses para os pacientes que receberam 5-FU/LV infusional. Além da sobrevida, a utilização de irinotecano foi positiva em outros aspectos como no tempo para aparecimento de dor, tempo para deterioração do PS, tempo para perda de peso > 5% e em alguns itens da avaliação de qualidade de vida. Câncer de pulmão Câncer de Pulmão de Células Não-Pequenas (CPCNP): O irinotecano, particularmente em regimes de combinação (por exemplo, cisplatina, cisplatina/vindesida, etoposídeo), mostrou eficácia antitumoral no câncer de pulmão de células não-pequenas. Taxas de resposta de até 54% foram observadas em pacientes tratados com o regime irinotecano/cisplatina. Dados em monoterapia: a utilização semanal de irinotecano (100 mg/m2) produziu taxas de resposta de aproximadamente 30% (apenas Respostas Parciais-RP) em pacientes previamente não-tratados com câncer de pulmão de células não-pequenas (CPCNP), com uma duração mediana de resposta de 15 semanas. Dados em combinação: uma taxa de resposta de 52% (1 RC; 32 RP) foi obtida com a combinação de irinotecano e cisplatina no CPCNP avançado. Nesse estudo de fase II, 70 pacientes foram incluídos e a posologia utilizada do irinotecano foi de 60 mg/m2 no d1, d8 e d15, a cada 4 semanas. A dose de cisplatina utilizada foi de 80 mg/m2 no d1, a cada 21 dias. A duração mediana de resposta foi de 19 semanas e a sobrevida mediana foi de 44 semanas. O tempo para se alcançar a remissão foi, em média, de 28 dias. Câncer de Pulmão de Células Pequenas (CPCP): Dados em monoterapia: em estudos pequenos, o tratamento com irinotecano como agente único (100 mg/m2 por semana) produziu uma alta taxa de respostas objetivas (33% a 47%) em pacientes com CPCP previamente tratados, recidivados ou refratários. Uma taxa de resposta de 50% foi observada nos pacientes previamente não-tratados. Dados em combinação: em um estudo fase III, o esquema de irinotecano+cisplatina foi comparado ao esquema etoposídeo+cisplatina no tratamento de pacientes com CPCP significativa (12,8 meses vs. 9,4 meses, p=0,002) e uma maior taxa de resposta tumoral global (84,4% vs. 67,5%, p=0,02). A sobrevida em 1 e 2 anos também foi significativamente maior no regime contendo o irinotecano (sobrevida 1 ano: 58,4% vs. 37,7%; sobrevida em 2 anos: 19,5% vs. 5,2%). O tamanho da amostragem proposto inicialmente nesse estudo era de 230 pacientes, mas o estudo foi interrompido precocemente, pois na análise interina já se demonstrou uma diferença significativa na sobrevida global. Câncer de colo de útero Um estudo de fase II avaliou o uso de Camptosar + cisplatina no tratamento de 1a linha do câncer de colo de útero avançado. Nesse estudo, foram avaliadas 29 mulheres. A dose de irinotecano utilizada foi de 60 mg/m2 no d1, d8 e d15, a cada 4 semanas, enquanto a dose de cisplatina foi de 60 mg/m2 no d1, a cada 4 semanas. A resposta global nesse estudo foi de 59% (7% de RC e 52% de RP), com sobrevida mediana de 27,7 meses. Câncer de ovário O Camptosar foi avaliado no tratamento de 2a linha do câncer recorrente de ovário em associação à cisplatina. Em um estudo fase II, 25 pacientes foram tratados com a associação de Camptosar: 50 ou 60 mg/m2 no d1, d8 e d15, a cada 4 semanas e cisplatina: 50 ou 60 mg/m2 no d1, a cada 4 semanas. A resposta global de tratamento foi de 40%, com 2 respostas completas e 8 respostas parciais. A sobrevida mediana alcançada nesse estudo foi de 12 meses. Câncer de estômago Dados em monoterapia: em pacientes com câncer gástrico avançado previamente tratados ou virgens de tratamento, o uso de irinotecano como agente único na dose de 100 mg/m2/semana ou 150 mg/m2 a cada 2 semanas, promoveu 23% de resposta parcial (33% em pacientes virgens de tratamento). Dados em combinação: a utilização combinada de irinotecano e cisplatina produziu taxa de resposta global de 48% (1 RC; 20RP) em pacientes com câncer gástrico metastático (n=44). A dose de irinotecano utilizada foi de 70 mg/m2, administrada no d1 e d15 a cada 4 semanas; a dose de cisplatina utilizada foi de 80 mg/m2, administrada no d1 a cada 4 semanas. O tempo mediano para resposta foi de 40 dias e a duração mediana de resposta foi de 176 dias. A sobrevida mediana dos pacientes foi de 272 dias.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Pediátrico: a eficácia do Camptosar em pacientes pediátricos não foi estabelecida (vide Propriedades Farmacocinéticas – Populações Especiais – Crianças). Em 2 estudos abertos, de braço único, cento e setenta crianças com tumores sólidos refratários receberam 50 mg/m2 de irinotecano por 5 dias consecutivos, a cada 3 semanas. Destes, 54 pacientes (31,8%) evoluíram com neutropenia de grau 3-4, 15 (8,8%) com neutropenia febril, 35 (20,6%) com diarréia grau 3-4. Estes resultados são comparáveis aos obtidos em adultos. Em outro estudo 21 crianças com rabdomiosarcoma não tratado previamente, receberam 20 mg/m2 de irinotecano por 5 dias consecutivos nas semanas 0, 1, 3 e 4; e subseqüentemente terapia multimodal. O aumento da fase de agente único do irinotecano foi interrompido devido a alta taxa de doença progressiva (28,6%) e de mortes precoces (14%). O perfil de eventos adversos foi diferente do observado em adultos. O evento adverso de grau 3-4, mais significativo foi a desidratação observada em 6 pacientes (28,6%); associado a hipocalemia grave, em 5 pacientes (23,8%) e a hiponatremia, em 3 pacientes (14,3%). Além disto, infecções de grau 3-4 foram relatadas em 5 pacientes (23,8%) (durante todos os cursos de terapia e independente da relação causal). Idosos: recomendações específicas sobre a dosagem para essa população dependem do esquema utilizado (vide Posologia). Insuficiência hepática: em pacientes com hiperbilirrubinemia, o clearance do irinotecano é diminuído (vide Propriedades Farmacocinéticas – Populações Especiais) e, portanto, o risco de hematotoxicidade é aumentado. O uso de irinotecano em pacientes com concentração de bilirrubina sérica total acima de 3,0 x o limite superior estabelecido pelo laboratório, ainda não foi estabelecida (vide Posologia – Populações Especiais). A função hepática basal deve ser obtida antes do início do tratamento e monitorada mensalmente, com novas coletas se clinicamente indicado. Radioterapia: pacientes submetidos previamente à irradiação pélvica/abdominal têm maior risco de mielossupressão após a administração de irinotecano. Estes casos exigem cautela e, dependendo do esquema preconizado, doses específicas podem ser necessárias (vide Posologia). Performance status (ECOG – Eastern Cooperative Oncology Group): pacientes com graus piores de performance status possuem risco aumentado de desenvolverem eventos adversos relacionados ao irinotecano. Recomendações específicas de dosagem para pacientes com ECOG performance status de 2 podem se aplicar a essa população, dependendo do esquema utilizado (vide Posologia). Pacientes com performance status de 3 ou 4 não devem receber Camptosar (cloridrato de irinotecano). Em estudos clínicos que compararam pacientes recebendo irinotecano/5-fluoruracila/folinato de cálcio ou 5- fluoruracila/folinato de cálcio, foram observadas taxas maiores de hospitalização, neutropenia febril, tromboembolismo, descontinuação do tratamento no primeiro ciclo e óbitos precoces em pacientes com performance status basal de 2, quando comparados a pacientes com performance status basal de 0 ou 1. Neoplasia gástrica: pacientes com neoplasia gástrica parecem apresentar mielossupressão mais importante e outras toxicidades quando o irinotecano é administrado. Uma dose inicial mais baixa deve ser considerada nesses pacientes (vide Posologia).

Armazenagem

Camptosar (cloridrato de irinotecano) deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz. Os frascos contendo o medicamento acabado devem ser protegidos da luz, mantidos dentro do cartucho até a sua utilização. O medicamento não deve ser congelado, mesmo quando diluído. Descartar devidamente qualquer solução não utilizada.

Dizeres legais

MS – 1.0216.0147 Farmacêutica Responsável: Raquel Oppermann – CRF-SP nº 36144 USO RESTRITO A HOSPITAIS VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO Número do lote e data de fabricação: vide embalagem externa. Produto fabricado e embalado por: Pharmacia & Upjohn Co. Kalamazoo, Michigan – EUA Distribuído por: LABORATÓRIOS PFIZER LTDA. Av. Monteiro Lobato, 2.270 CEP 07190-001 – Guarulhos – SP CNPJ nº 46.070.868/0001-69 Indústria Brasileira. Marca sob licença de: Yakult Honsha Co. Ltd. Produto sob licença de: Daiichi Pharmaceutical Company Ltd. Fale Pfizer 0800-16-7575 www.pfizer.com.br

Irinotecano – Bula para o paciente

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Data da bula

Jun 25 2009 12:00AM