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Diretriz da SBC para Gravidez na Mulher Cardiopata parte 117

Autores:

Leonardo Vieira da Rosa

Médico Cardiologista pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Médico Assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Doutorando em Cardiologia do InCor-HC-FMUSP. Médico Cardiologista da Unidade Coronariana do Hospital Sírio Libanês.

Mariana Andrade Deway

Especialista em Cardiologia pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Médica Cardiologista da Unidade Coronariana do Hospital Sírio Libanês

Última revisão: 15/10/2010

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Introdução

No Brasil, a incidência de cardiopatia na gravidez é, em centros de referência, de até 4,2%, ou seja, oito vezes maior quando comparada a estatísticas internacionais. Universalmente, a cardiopatia é considerada a maior causa de morte materna indireta no ciclo gravídico-puerperal.

 

Assistência Pré-natal Cardiológica

Exames Radiológicos

Os efeitos teratogênicos não são observados com exposições menores de 5 rads, mas exames desnecessários devem ser evitados durante a gestação porque a radiação tem efeito cumulativo.

 

Tabela 1: Doses estimadas de exposição materna e/ou absorção pelo feto em procedimentos que liberam radiação ionizante

 

Preditores de Complicações Maternas

      Classe funcional (CF) III/IV da New York Heart Association (NYHA);

      Cianose;

      Disfunção ventricular esquerda moderada/grave (FE <40%);

      Hipertensão arterial sistêmica (HAS) moderada/grave;

      Hipertensão arterial pulmonar grave (PAP média > 30mmHg);

      Obstrução do coração esquerdo;

      Regurgitação pulmonar grave;

      Disfunção ventricular direita;

      Antecedentes de eventos cardiovasculares (tromboembolismo, arritmias, endocardite infecciosa, insuficiência cardíaca).

 

Aconselhamento Geral

      Consultas simultâneas, com o obstetra e o cardiologista, devem ser mensais na primeira metade da gestação, quinzenais após a 21ª semana e semanais nas últimas semanas.

      Redução da atividade física e da ingesta de sal é recomendada quando constatada insuficiência cardíaca.

      Ácido fólico: evita defeito do tubo neural em 72% dos casos quando administrado durante o primeiro trimestre (IA). Está indicado seu uso na segunda metade da gestação associado com a reposição de ferro, pois reduz níveis baixos de hemoglobina e anemia megaloblástica em até 40% (IIaA).

      Dieta: devem ser evitados queijos não pasteurizados e patês que podem provocar listeriose (causa de aborto, morte fetal e infecção neonatal), peixes que contenham muito mercúrio (peixe espada, atum etc.) e carnes mal cozidas. As frutas e verduras devem ser bem lavadas para evitar toxoplasmose. Adotar dieta rica em ferro e vitamina C, além de considerar suplementação de ferro após 20 semanas de IG (IA).

      Peso: obesidade está associada a aborto, diabete gestacional, tromboembolismo, hipertensão e pré-eclâmpsia. E a desnutrição a prematuridade, baixo peso ao nascer e morte perinatal.

      Tabagismo: deve ser evitado, pois está relacionado com placenta prévia, descolamento prematuro da placenta, baixo peso fetal e prematuridade.

      Álcool: recomenda-se evitá-lo, pois pode provocar restrição de crescimento fetal, anomalias da face e do sistema nervoso central.

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