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Estudo sobre compressões torácicas contínuas ou com interrupção em RCP

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 28/03/2016

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Contexto Clínico

Durante a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) em pacientes com parada cardíaca fora do hospital, a interrupção das compressões torácicas manuais para respiração artificial reduz o fluxo de sangue e possivelmente a sobrevivência. O estudo que apresentaremos avaliou se os resultados foram diferentes com realização de compressões contínuas com ventilação com pressão positiva comparado a compressões depois que foram interrompidas para ventilações na proporção de 30 compressões para duas ventilações.

 

O Estudo

Este é um estudo randomizado com cluster de 114 serviços médicos de emergência (SME). Os adultos com parada cardíaca não relacionadas a trauma que foram tratados pelos fornecedores de SME receberam compressões torácicas contínuas (grupo de intervenção) ou compressões interrompidas (grupo controle). O desfecho primário foi a taxa de sobrevivência até a alta hospitalar. Os desfechos secundários incluíram o escore de Rankin modificado (em uma escala de 0 a 6, com uma pontuação de <=3 indicando a função neurológica favorável).

De 23.711 pacientes incluídos na análise primária, 12.653 foram designados para o grupo de intervenção e 11.058 para o grupo de controle. Um total de 1.129 de 12.613 doentes com dados disponíveis (9,0%) no grupo de intervenção e 1072 de 11.035 com os dados disponíveis (9,7%) no grupo controle sobreviveram até a alta (diferença, -0,7%; IC95%: - 1,5 a 0,1; P = 0,07); 7,0% dos pacientes do grupo de intervenção e 7,7% daqueles no grupo controle sobreviveram com a função neurológica favorável na alta (diferença, -0,6%; IC95%, -1,4 a 0,1, P = 0,09).

 

Aplicações Práticas

Apesar de fazer sentido de que a interrupção das compressões torácicas possa impactar no prognóstico da PCR, nesse estudo randomizado com pacientes com parada cardíaca fora do hospital, as compressões torácicas contínuas durante a RCP realizadas por provedores de SME não resultaram em maiores taxas de sobrevivência ou função neurológica favorável em comparação com a condução com compressões torácicas interrompidas com ventilações.

 

Referências

Nichol G. Trial of Continuous or Interrupted Chest Compressions during CPR. November 9, 2015DOI: 10.1056/NEJMoa1509139.

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