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Alta com medicação em mãos diminui ida de crianças asmáticas ao PS

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 16/05/2016

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Contexto Clínico

Um dos maiores problemas de qualquer doença, mas em especial da asma, é garantir aderência ao tratamento proposto, principalmente após uma hospitalização, no momento da alta. E a não adesão a um plano de alta (incluindo seguimento da prescrição) pode gerar o risco de retorno ao pronto-socorro e re-hospitalização. No estudo que mostraremos a seguir, buscou-se aumentar a proporção de pacientes que receberam alta de uma admissão de asma em posse de seus medicamentos (remédios na mão) a partir de uma linha de base para tentar melhorar esse risco de retorno.

 

O Estudo

Esse é um estudo observacional, retrospectivo, que avaliou a intervenção feita por uma equipe multidisciplinar que acompanhou a proporção de pacientes internados com asma que na alta saíram com os remédios prescritos em mãos. Foi comparada a utilização pós-alta dos remédios prescritos  entre pacientes que receberam alta com remédios na mão e aqueles que não saíram.

A alteração no processo de alta precisou do desenvolvimento de um serviço de administração de medicação para alta hospitalar. O ambulatório farmacêutico de entrega de medicamentos para alta de pacientes ainda nos quartos fez com que 75% dos pacientes que recebeu  alta passasse a sair com remédios na mão (anteriormente nenhum recebia). Aqueles que receberam alta com remédios na mão, quando em comparação com o período antes da ativação desse processo, tiveram menor chance de todas as causas de reapresentação ao departamento de emergência em um prazo de 30 dias a partir da alta, em comparação com pacientes que receberam alta com orientações usuais (OR: 0,22, IC95% 0,05-0,99).

 

Aplicações Práticas

Neste estudo do tipo “antes e depois”, a intervenção proposta causou um excelente impacto para os pacientes pediátricos asmáticos. O fato de o paciente sair de alta com as medicações orientadas em mãos provavelmente deve ter gerado melhor aderência ao uso, diminuindo nova procura ao departamento de emergência nos 30 dias subsequentes. Essa é uma excelente ideia que provavelmente tem aplicação em outras doenças,não apenas na faixa pediátrica.

 

Referências

Hatoun J et al. Increasing medication possession at discharge for patients with asthma: The Meds-in-Hand Project. Pediatrics 2016 Feb 24; 137:e20150461

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