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Pancreatite de Cabeça do Pâncreas

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 07/03/2017

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Quadro Clínico

 

         Paciente do sexo feminino, com 68 anos de idade, diabética e dislipidêmica, fazendo uso de metformina e atorvastatina, procurou o pronto-socorro com quadro de vômitos e dor abdominal, que se iniciaram 2 dias antes e se intensificaram no dia da consulta. Ao exame físico, não apresentava sinais de peritonite no abdome, mas a dor era intensa e os vômitos, constantes. Após controle sintomático e hidratação, colheu exames e foi levada para fazer tomografia computadorizada (TC) de abdome e pelve.

 

A Figura 1 mostra a TC de abdome.

TC: tomografia computadorizada.

Figura 1 ? TC de abdome.

 

Discussão

Esta paciente apresenta densificac¸a~o da gordura circunjacente à cabec¸a pancrea´tica, que se encontra aumentada em relac¸a~o ao restante do pare^nquima, o que leva ao diagnóstico de pancreatite.

O Quadro 1 apresenta a classificação da pancreatite aguda.

 

Quadro 1

PANCREATITE AGUDA ? CLASSIFICAÇÃO

Categorias

Caracterização

Pancreatite aguda leve

Ausência de falência de órgãos e complicações locais ou sistêmicas

Pancreatite aguda moderada

Falência transitória de órgãos (desaparece dentro de 48 horas) e/ou complicações sistêmicas ou locais sem falência de órgãos persistente (>48 horas)

Pancreatite aguda grave

Insuficiência de órgãos persistente, envolvendo um ou mais órgãos

 

Quanto aos achados laboratoriais típicos, há as enzimas pancreáticas. A amilase sérica sobe dentro de 6 a 12 horas após o início da pancreatite aguda. A amilase tem uma meia-vida curta de, aproximadamente, 10 horas e, em crises não complicadas, retorna ao normal no prazo de 3 a 5 dias. Elevações da amilase sérica superiores a três vezes o limite superior do normal têm uma sensibilidade para o diagnóstico de pancreatite aguda de 67-83% e uma especificidade de 85 a 98%.

Já a lipase sérica tem uma sensibilidade e uma especificidade para a pancreatite aguda que varia de 82 a 100%, aumentando dentro de 4 a 8 horas do início dos sintomas, fazendo picos com 24 horas e retornando ao normal dentro de 8 a 14 dias. As elevações da lipase ocorrem mais cedo e duram mais tempo, em comparação com as da amilase, sendo, portanto, especialmente úteis em pacientes que se apresentam depois de 24 horas do início da dor. A lipase sérica também é mais sensível em comparação com a amilase em pacientes com pancreatite secundária ao álcool.

 

Bibliografia

1. Banks PA. Acute pancreatitis: Diagnosis. In: Pancreatitis, Lankisch PG, Banks PA (Eds), Springer-Verlag, New York 1998. p.75.

2. Swaroop VS, Chari ST, Clain JE. Severe acute pancreatitis. JAMA 2004; 291:2865.

Banks PA, Freeman ML, Practice Parameters Committee of the American College of Gastroenterology. Practice guidelines in acute pancreatitis. Am J Gastroenterol 2006; 101:2379.

 

 

 

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