Última revisão: 16/09/2015
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Reproduzido de:
Formulário Terapêutico Nacional 2010: Rename 2010 [Link Livre para o Documento Original]
Série B. Textos Básicos de Saúde
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos
Brasília / DF – 2010
Maria Inês de Toledo e Simone Sena Farina
Aminoglicosídeos são antimicrobianos usados principalmente no tratamento de pacientes com infecções graves causadas por bactérias gram-negativas aeróbias. São ineficazes contra anaeróbios1. Os principais representantes de uso corrente são gentamicina, amicacina, estreptomicina e tobramicina. São bactericidas e todos têm eficácia semelhante. Com o desenvolvimento de antimicrobianos menos tóxicos, o uso de Aminoglicosídeos tem sido contestado. No entanto, por terem comprovada eficácia, raro desenvolvimento de resistência bacteriana, pequeno risco de alergias e baixo custo, continuam sendo largamente utilizados, especialmente no tratamento de pacientes internados com infecções graves2. Em razão de ototoxicidade e nefrotoxicidade, as doses desses antimicrobianos devem ser muito bem definidas, e seus possíveis efeitos tóxicos em potência devem ter monitoria durante todo o tratamento.
Amicacina é mais resistente às enzimas responsáveis pela inativação de Aminoglicosídeos, tendo por isso atividade contra cepas de enterobacteriáceas e Pseudomonas resistentes a outros membros do grupo1, 3. Para preservar a susceptibilidade bacteriana, o uso deve ser restrito para tratamento de infecções por microrganismos resistentes à gentamicina4 (ver monografia, página 972).
Estreptomicina (ver item 5.2.2 na página 128) (ver monografia, página 982).
Gentamicina é o protótipo do grupo. É usada no tratamento de infecções graves, causadas por bacilos gram-negativos aeróbios, incluindo Pseudomonas aeruginosa. É empregada em infecções sistêmicas graves, em associação com betalactâmicos e vancomicina, pois estes fármacos aumentam a penetração intracelular da gentamicina, resultando na ampliação do espectro contra bactériasgram-positivas aeróbias e bactérias anaeróbias, e da eficácia do aminoglicosídeo1 (ver monografia, página 984).
1.REESE, R. E.; BETTS, R. F. Antibiotic uses. In: BETTS, R. F.; CHAPMAN, S. W.; PENN, R. L. (Eds.). Reese and Betts´a pratical approach to infectious diseases. 5. ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2003. p.969-1153.
2.MACHADO, A. R. L. Aminoglicosídeos. In: FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. (Eds.). Farmacologia clínica: fundamentos da terapêutica racional. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p.377-381.
3.BRITISH MEDICAL ASSOCIATION AND ROYAL PHARMACEUTICAL SOCIETY OF GREAT BRITAIN. British national formulary. 57. ed. London: BMJ Publishing Group and APS Publishing, 2009. Disponível em: <http://www.medicinescomplete.com>.
4.BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Relação nacional de medicamentos essenciais: Rename. 7. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
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