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Preparação Nasal

Última revisão: 17/09/2015

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Reproduzido de:

Formulário Terapêutico Nacional 2010: Rename 2010 [Link Livre para o Documento Original]

Série B. Textos Básicos de Saúde

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos

Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos

Brasília / DF – 2010

 

         17.3  Preparações nasais

As ações de corticosteroides tópicos na rinite alérgica incluem o alívio da inflamação, um decréscimo da permeabilidade capilar e da produção de muco, e vasoconstrição; inibem a resposta a exposição aos alérgenos, seja imediata ou tardia. Corticosteroides são primeira-linha de tratamento para profilaxia da rinite alérgica moderada e/ou persistente. Na rinite alérgica sazonal, devem ser iniciados pelo menos 2 semanas antes do período de pólen e tomados regularmente durante toda a estação. Aqueles aplicados intranasalmente incluem beclometasona, budesonida, flunisolida, fluticasona, nometasona e triamcinolona. Nas doses recomendadas, os efeitos adversos são brandos e transitórios, e os efeitos sistêmicos não são um risco; sprays aquosos podem causar menos efeitos locais que os aerossois pressurizados. O tratamento da rinite alérgica com corticosteroides oral ou parenteral tem sido reservado para tratamentos curtos somente em circunstâncias especiais, embora essa prática venha sendo contestada por alguns. Rinite pode ser de origem alérgica ou não alérgica. A rinite alérgica é uma reação de hipersensibilidade Tipo1. Reações imediatas (espirros, rinorréria, e congestão nasal) e tardias (congestão nasal) podem ser provocadas. Pode ser sazonal ou perene e em muitos pacientes, irá frequentemente co-existir com conjuntivite. Um grande número de mediadores inflamatórios estão envolvidos na patogênese da rinite e não há um único fármaco que seja completamente efetivo no alívio dos sintomas. A rinite não-alérgica pode ser dividida em eosinofílica ou não-eosinofilica. O manejo da rinite não-alérgica é similiar ao da rinite alérgica apesar dos diferentes mecanismos envolvidos na sua etiologia. A rinite e a sinusite podem coexistir e aparecem simultaneamente na maioria das pessoas; por este motivo, a terminologia atualmente correta é rinosinusite. A rinosinusite é um problema sanitário significativo e de importância crescente que agrega uma elevada carga financeira para a sociedade. Corticosteroides tópicos são frequentemente terapia de primeira linha especialmente se a congestão nasal é uma característica dominante. O papel de anti-histamínicos é mais limitado. Embora simpaticomiméticos intranasais venham sendo usados estes deveriam, geralmente, ser evitados devido ao risco de congestão rebote. Simpatomiméticos orais são ineficazes. Outras terapias empregadas incluem a capsaicina tópica e duchas nasais com solução salina e bicarbonato de sódio. Comparado com placebo corticosteroides intranasais são mais efetivos em melhorar sintomas nasais e oculares. Comparados entre si diferentes corticosteroides intranasais parecem igualmente efetivos em melhorar sintomas nasais5 e são considerados relativamente seguros. Efeitos adversos locais usualmente são moderados e incluem irritação da mucosa e epistaxe. A perfuração do septo nasal é rara. Embora esteroides intranasais possam resultar em biodisponibilidade sistêmica, nenhum efeito adverso significante foi reportado sobre o metabolismo ósseo.

Beclometasona em vários estudos têm mostrado eficácia no tratamento da rinite alérgica sazonal e perene e na rinite não alérgica em adultos e crianças (ver monografia, página 648).

Na comparação de beclometasona com placebo o Clinical Evidence compilou 15 ensaios aleatorizados controlados. Todos indicaram que beclometasona melhorou significantemente os escores de gravidade dos sintomas nasais quando comparado ao placebo em períodos que variaram de 14 a 35 dias. Três ensaios clínicos aleatorizados e controlados compararam os efeitos intranasais de beclometasona com budesonida. O primeiro destes, com 52 pessoas, não encontrou diferença significativa entre grupos com sintomas nasais, não considerando espirros, o que favoreceu a budesonida comparada com a beclometasona (P<0,05). O Segundo ensaio aleatorizado controlado com 88 pessoas constatou que budesonida intranasal reduziu significantemente, o nariz escorrendo, a prurido no nariz, e espirros quando comparado com beclometasona intranasal (P <0,01, mas não encontrou diferença significativa entre os grupos quanto ao nariz obstruído (P=0,42), e encontrou uma eficácia global semelhante (muito ou totalmente efetivo: 85% com budesonida versus 82% com beclometasona10. O terceiro ensaio aleatorizado controlado (61 pessoas) encontrou escores de sintomas nasais similares entre os grupos (de 0 [nenhum] a 3 [grave/contínuo]; média diária de escore nasal: 0,34 com budesonida versus 0,3 com beclometasona. Dipropionato de beclometasona (BDP) administrado uma ou duas vezes ao dia proporcionou alívio semelhante de sintomas nasais em pacientes com rinite alérgica sazonal. Ensaio randomizado com 60 adultos comparou o uso regular de beclometasona com o uso “se necessário”. O uso regular do fármaco demonstrou eficácia levemente melhor embora isso não tenha sido estatisticamente significante. O uso “se necessário” pode proporcionar controle razoável dos sintomas alérgicos para a maioria dos pacientes.

Budesonida em ensaios clínicos de curta duração têm demonstrado maior eficácia do que com beclometasona no tratamento da rinite6. Em ensaio duplo-cego, budesonida 200mcg duas vezes/dia foi comparada com dipropionato de beclometasona 100mcg, quatro vezes ao dia por 3 semanas em 91 pacientes com febre do feno. Budesonida foi significantemente mais ativa que a beclometasona. Em estudo controlado envolvendo 61 pacientes tratados com budesonida aerossol nasal em doses acima de 100mcg duas vezes ao dia, essa foi superior a beclometasona aerossol nasal nas mesmas doses na rinite induzida por pólen. A superioridade da budesonida foi considerada em termos de potência clínica, uma vez que menos doses do fármaco foi requerido para manter o controle de sintomas nasais. Efeitos colaterais foram moderados com ambos os agentes, entretanto ardência da mucosa nasal ocorreu mais frequentemente com budesonida  (ver monografia, página 434).

Budesonida 200mcg duas vezes ao dia, uso intranasal foi comparado com dipropionato de beclometasona 200mcg duas vezes ao dia no tratamento da rinite alérgica sazonal por um período de 3 semanas. Budesonida foi significantemente melhor em termos de redução de sintomas como nariz escorrendo, prurido no nariz e espirros. Reações adversas foram transitórias e similares entre os dois grupos.

Cloreto de sódio: a mucosa nasal é sensível a mudanças na temperatura atmosférica e umidade e ambos os fatores isoladamente podem causar congestão nasal. O nariz e os seios nasais produzem 1 litro de muco em 24 de horas e muito disso escoa silenciosamente para o estômago via nasofaringe. Leves mudanças na via aérea nasal acompanhada pela por presença de muco passando pela nasofaringe faz com que pacientes sejam imprecisamente diagnosticados como portadores de rinite crônica. Esses sintomas são particularmente perceptíveis nos últimos estágios do resfriado comum. Cloreto de sódio 0,9% administrado como gotas nasais ou spray pode aliviar a congestão nasal por ajudar a liquefazer a secreção mucosa (ver monografia, página 505).

 

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