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Classificação Internacional para a Segurança do Paciente da OMS - Introdução

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 21/02/2010

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Classificação Internacional para a Segurança do Paciente da OMS - Introdução

 

Apresentação   

                Em outubro de 2004, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente. Dentro desse contexto, muitos desafios para a segurança do paciente foram lançados. Outras frentes também surgiram, e entre estas surgiu a necessidade de se criar uma classificação para conceitos relacionados com a segurança do paciente que fosse abrangente.

                Foi criado um grupo que iniciou seus trabalhos em 2005, e os concluiu em janeiro de 2009, com o lançamento do documento que o MedicinaNet traz para seus leitores em formato prático.

 

Introdução à Classificação

                O grupo de trabalho reunido pela OMS contou com especialistas das áreas de segurança do paciente, teoria da classificação, informática em saúde, representantes dos pacientes, da medicina e do direito. Alguns princípios nortearam este grupo:

 

         Articular de forma clara as finalidades da classificação, bem como seus potenciais usos e usuários;

         A classificação deve ser fundamentada em CONCEITOS;

         A linguagem a ser utilizada deve ser adequada;

         Os conceitos devem ser organizados em categorias significativas e úteis;

         As categorias devem ser aplicáveis a diferentes contextos, de países desenvolvidos aos em transição ou não desenvolvidos;

         A classificação deve ser complementar às demais classificações internacionais utilizadas pela OMS;

         Devem ser utilizadas classificações já existentes como base para a criação desta classificação internacional;

         O modelo conceitual estabelecido deve ser uma convergência das percepções internacionais sobre as principais questões sobre segurança do paciente.

 

Quatro grandes classificações já existentes foram a base para esta classificação internacional:

 

         National Reporting and Learning System (Reino Unido)

         Advanced Incident Management System (Austrália)

         Eindhoven/PRISMA-Medical Classification Model (Holanda)

         Patient Safety Event Taxonomy (EUA)

 

Este Relatório Técnico Final publicado em janeiro de 2009 fornece uma visão detalhada da estrutura conceitual para a Classificação Internacional para a Segurança do Paciente (ICPS), incluindo uma discussão de cada classe, os conceitos-chave e as aplicações práticas.

O objetivo da Classificação Internacional para a Segurança do Paciente (CISP) é permitir a categorização de informações sobre segurança do paciente, utilizando conjuntos padronizados de acordo com as definições de conceitos, termos preferenciais e as relações entre estes termos. A CISP é projetada para ser uma verdadeira convergência de percepções internacionais das principais questões relacionadas com a segurança do paciente e facilitar a descrição, comparação, avaliação, monitoramento, análise e interpretação de informações para melhorar o atendimento ao paciente.

É importante notar que a CISP ainda não é uma classificação completa. É um quadro conceitual de uma classificação internacional que visa proporcionar uma razoável compreensão do mundo da segurança do paciente e seus conceitos para que as classificações existentes a nível regional e nacional, podem se relacionar e se adequar.

O Grupo de Elaboração desenvolveu o quadro conceitual da CISP, constituído por 10 grandes classes:

 

1.       Tipo de Incidente

2.       Desfechos do Paciente

3.       Características do Paciente

4.       Características do Incidente

5.       Fatores Contribuintes/Riscos

6.       Desfechos na Instituição

7.       Detecção

8.       Fatores de Mitigação

9.       Ações de Melhoria

10.   Ações Tomadas para Diminuição do Risco

 

Além disso, 48 conceitos-chave foram definidos e caracterizados em condições preferenciais para facilitar a compreensão e transferência de informações relevantes para a segurança do paciente. Estes conceitos representam o início de um processo contínuo para melhorar progressivamente o entendimento internacional de termos e conceitos relevantes sobre a segurança do paciente.

                Acompanhe nas próximas semanas no MedicinaNet o detalhamento das classes dentro da CISP, bem como os 48 conceitos principais que devem ser conhecidos dentro da segurança do paciente.

               

OBS.: Seguimos no MedicinaNet as recomendações da própria OMS quanto à divulgação de qualquer material oriundo de seu website (http://www.who.int/about/copyright/en/), que permite a veiculação sem fins lucrativos de seus materiais para fins educacionais.

 

Bibliografia

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). The Conceptual Framework for the International Classification for Patient Safety v1.1. Final Technical Report and Technical Annexes, 2009. Disponível em: http://www.who.int/patientsafety/taxonomy/en/

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