Última revisão: 30/07/2010
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Lidocaína (anestésico) (INJETÁVEL) (nome genérico) (substância ativa). Informações sobre posologia, indicações, contra-indicações, efeitos colaterais/adversos, interações medicamentosas e formas de administração.
XYLOCAÍNA (AstraZeneca)
Não
XYLOCAÍNA 1%
XYLOCAÍNA 1%
XYLOCAÍNA 2% com epinefrina
XYLOCAÍNA 2%
XYLOCAÍNA 2% com epinefrina
Temperatura ambiente (15 – 30°C). Não congelar.
Proteção à luz: sim, necessária.
A lidocaína injetável é um anestésico local parenteral [anestésico tipo amida; cloridrato de lidocaína].
Anestesia por infiltração dental; anestesia por bloqueio nervoso.
O anestésico age bloqueando o impulso nervoso (a iniciação e a condução do impulso). O anestésico local diminui a permeabilidade da membrana neuronal aos íons sódio; a membrana fica estabilizada inibindo a propagação do impulso nervoso. O anestésico local pode também causar estimulação e/ou depressão do Sistema Nervoso Central. Pode haver excitabilidade ou depressão da condução cardíaca e também vasodilatação periférica. As aminas simpatomiméticas epinefrina (adrenalina), norepinefrina (noradrenalina) e levoarterenol (isômero da noradrenalina): estes vasoconstritores agem sobre receptores alfa-adrenérgicos existentes nos vasos da mucosa, diminuindo o fluxo de sangue na área da injeção. Isto faz com que o anestésico permaneça mais tempo no local, prolongando a sua ação e diminuindo a concentração de pico que o anestésico alcançaria no sangue, diminuindo assim o risco de toxicidade sistêmica. O vasoconstritor permite a utilização de menores concentrações do anestésico para produzir o bloqueio da condução nervosa. Os vasoconstritores também ajudam a diminuir o sangramento local. Por outro lado, os vasoconstritores (epinefrina, norepinefrina, levoarterenol) podem causar estimulação do coração e irritabilidade.
Anestesia por infiltração (lidocaína + epinefrina, norepinefrina ou levoarterenol) | ||
Início da ação |
Duração da ação |
Metabolização |
Inferior a 2 minutos |
60 minutos (polpa dentária) 2:30 horas (tecidos mais moles) |
No fígado |
Bloqueio troncular | ||
Início da ação |
Duração da ação |
Metabolização |
Entre 2 e 4 minutos |
90 minutos (polpa dentária) 3:30 horas (tecidos mais moles) |
No fígado |
• como regra para os anestésicos locais, tentar usar sempre a menor dose possível.
• aplicar lentamente e com aspiração frequente para reduzir a possibilidade de injeção intravascular.
• não usar o produto se houver alteração de cor ou precipitados.
• sobras do produto devem ser descartadas.
1. ADULTOS
• Bloqueio nervoso: 20 a 100 mg (1 a 5 mL da solução a 2%).
• LIMITE DE DOSE PARA ADULTOS: não exceder 6,6 mg por kg de peso, ou 300 mg de cloridrato de lidocaína por sessão dentária.
1. ADULTOS
• Anestesia por infiltração ou bloqueio nervoso: 20 a 100 mg (1 a 5 mL da solução a 2 % de cloridrato de lidocaína, com epinefrina a 1:100.000 ou 1:50.000, ou com norepinefrina a 1:50.000).
• LIMITE DE DOSE PARA ADULTOS: não exceder 6,6 mg por kg de peso, ou 300 mg de cloridrato de lidocaína por sessão dentária.
2. CRIANÇAS
• 20 a 30 mg (1 a 5 mL da solução a 2% de cloridrato de lidocaína com epinefrina a 1: 100.000).
• LIMITE DE DOSE PARA CRIANÇAS: 4 a 5 mg de cloridrato de lidocaína por kg de peso, ou 100 a 150 mg como dose única.
Classe B: Não há estudos adequados em mulheres (em experimentos animais não foram demonstrados riscos).
Não se sabe se é excretado no leite materno.
Aparelhos e drogas para uma reanimação cardiorrespiratória devem estar ao alcance sempre que um agente anestésico for utilizado.
Choque; diminuição da condução cardíaca; hipersensibilidade ao produto ou a anestésicos tipo amida; miastenia gravis; em locais infectados ou inflamados.
Doença cardíaca; diminuição da função do fígado; hipertireoidismo; pacientes debilitados.
Arritmia cardíaca; diabetes; distúrbios arterioescleróticos; doença cardíaca; hipertensão; hipertireoidismo; idosos (maior risco de toxicidade, dar preferência para anestésicos locais sem vasoconstritores); insuficiência vascular cerebral.
As reações aos anestésicos locais odontológicos costumam não ser importantes e estão muitas vezes ligadas à forma inadequada de administração (superdosagem; administração acidental intravascular; absorção rápida). Alguns pacientes podem apresentar reações psicogênicas aos anestésicos locais: suores; palidez generalizada; palpitações; hiperventilação e sensação de desmaio.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL: calor; confusão mental; contração muscular; convulsão; euforia; formigamento; frio; inconsciência; inquietação; nervosismo; parada respiratória; sonolência; tontura; tremor; visão dupla; visão turva; vômitos. A sonolência é geralmente um sinal precoce de níveis elevados da droga.
Mudanças de comportamento como excitação, ansiedade, desorientação, tontura, visão turva, tremores, depressão ou sonolência, devem alertar o dentista para a possibilidade de toxicidade do sistema nervoso central.
CARDIOVASCULAR: diminuição dos batimentos cardíacos; pressão baixa; parada cardíaca (em casos extremos). Os sinais depressivos cardíacos podem resultar de uma reação vasovagal, particularmente com o paciente sentado e mais raramente devido à ação direta da droga. É importante reconhecer os sinais premonitores como suor, sensação de desmaio, mudança no ritmo cardíaco. Pode-se evitar uma hipóxia cerebral progressiva e ocorrência de ataque cardiovascular, colocando-se o paciente reclinado e administrando-se oxigênio.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL: ansiedade; dor de cabeça; inquietação; nervosismo; tontura; tremores.
CARDIOVASCULAR: batimentos cardíacos rápidos e irregulares; dor no peito; hipertensão.
A lidocaína:
• pode proporcionar efeitos aditivos depressores do sistema nervoso central com: outros medicamentos que produzem depressão do sistema nervoso central.
A lidocaína + vasoconstritor:
• pode propiciar hipotensão grave e taquicardia se utilizado com: medicamentos com ação bloqueadora alfa-adrenérgica (como: droperidol; haloperidol; loxapina; fenotiazinas; tioxantenos; nitratos).
• pode provocar arritmias se utilizado com: anestésicos gerais halogenados.
• pode ter seus efeitos cardiovasculares potencializados (causando arritmias, taquicardia, hipertensão grave, hipertermia) com: antidepressivos tricíclicos; maprotilina; IMAO (inibidor da monoamina oxidase).
• pode aumentar os riscos de hipertensão, bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos) e mesmo bloqueio cardíaco com: betabloqueadores (inclusive betabloqueadores oculares).
• pode aumentar os riscos de arritmias cardíacas se utilizado com: digitálicos.
• pode causar estimulação excessiva do sistema nervoso central com: cocaína (local mucosa).
• o paciente deve ser alertado que a anestesia (bloqueio troncular) diminui a sensibilidade e por isso deve se prevenir de traumas na boca, língua e lábios. Evitar a ingestão de alimentos até que a sensibilidade esteja recuperada.
• reduzir as doses de lidocaína ou aumentar os intervalos entre doses em indivíduos com doença hepática grave.
• indivíduos asmáticos podem ser mais sensíveis à presença de sulfitos nas preparações anestésicas.
• para desinfetar o cartucho do anestésico usar álcool isopropílico 91% ou álcool etílico 70%. Desinfetantes químicos que contêm ou liberam mercúrio, zinco, cobre ou outro íon metálico não são recomendados porque podem provocar inchaços após a anestesia local dentária.
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