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Última revisão: 11/11/2015

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Reproduzido de:

Formulário Terapêutico Nacional 2010: Rename 2010 [Link Livre para o Documento Original]

Série B. Textos Básicos de Saúde

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos

Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos

Brasília / DF – 2010

 

Ranitidina (ver Cloridrato de Ranitidina)

 

Retinol (ver Palmitato de Retinol)

 

Rifampicina

 

Silvio Barberato Filho e Maria Inês de Toledo

 

Na Rename 2010: itens 5.2.2 e 5.2.3

 

Apresentações

t Cápsula 300 mg.

t Suspensão oral 20 mg/mL.

 

Indicações

t Tratamento de crianças, com menos de 20 kg, em qualquer das formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar, incluindo meningoencefalite e pacientes infectados pelo HIV.

t Tratamento de tuberculose quando há intolerância a isoniazida.

t Tratamento de hanseníase, em combinações com outros quimioterápicos.

t Profilaxia após contato com indivíduo afetado por meningite (Neisseria meningitidis ou Haemophilus influenzae tipo B) e portador assintomático.

 

Contraindicações

t  Hipersensibilidade a rifampicina.

t Icterícia.

t Infecção ativa por Neisseria meningitidis.

t Uso concomitante com inibidores da protease (saquinavir, lopinavir, atazanavir, fosamprenavir, tipranavir e darunavir) e voriconazol.

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de:

       insuficiência hepática (ver Apêndice C).

       insuficiência renal (ver Apêndice D).

       dependência crônica ao álcool, porfiria e idosos.

       mulheres em uso de contraceptivo oral (substituir o contraceptivo ou utilizar método contraceptivo adicional).

       retomada do tratamento após intervalo prolongado (podem ocorrer reações imunológicas graves, resultando em insuficiência renal, hemólise ou trombocitopenia; se necessário, reiniciar o tratamento com dose reduzida e aumentar gradativamente, e suspender permanentemente se ocorrerem reações adversas graves).

       uso de lentes de contato gelatinosas (lente pode ter coloração alterada).

t  Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver Apêndice A).

t  Avaliar função hepática antes do início do tratamento.

t Rifampicina e pirazinamida não devem ser utilizadas concomitantemente em pacientes com tuberculose latente, devido aos riscos de toxicidade hepática grave e morte.

 

Esquemas de administração

Crianças

Tratamento de crianças, com menos de 20 kg, em qualquer das formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar, incluindo pacientes infectados pelo HIV

t 10 mg/kg, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 meses, combinada a isoniazida e pirazinamida, seguido de 10 mg/kg, por via oral, durante 4 meses, combinada a isoniazida.

 

Tratamento de crianças, com menos de 20 kg, com tuberculose meningoencefálica

t  20 mg/kg, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 meses, combinada a isoniazida e pirazinamida, seguido de 10 mg/kg a 20 mg/kg, por via oral, durante 4 meses, combinada a isoniazida.

Tratamento de tuberculose com intolerância a isoniazida

t 20 a 35 kg: 300 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 meses, combinada a pirazinamida, cloridrato de etambutol e sulfato de estreptomicina, seguido de 300 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante 4 meses, combinada a cloridrato de etambutol.

 

Tratamento de hanseníase (esquemas paucibacilar e multibacilar)

t Paucibacilar: 450 mg, em combinação com 50 mg de dapsona, 1 vez ao mês (dose supervisionada), ambos por via oral, durante 6 meses, junto com dapsona (50 mg/dia), por via oral, durante 6 meses. Crianças com menos de 10 anos requerem ajuste de dose.

t Multibacilar:

       crianças com 30 kg ou mais: rifampicina 450 mg + clofazimina 150 mg + dapsona 50 mg, todos por via oral, em uma dose mensal supervisionada, durante 12 meses. E dapsona 50 mg/dia + clofazimina 50 mg, em dias alternados, por via oral, durante 12 meses;

       crianças com menos de 30 kg: rifampicina 10 a 20 mg/kg + clofazimina 5 mg/kg + dapsona 1,5 mg/kg, todos por via oral, em uma dose mensal supervisionada, durante 12 meses. E clofazimina 1 mg/kg/dia + dapsona 1,5 mg/kg/dia, por via oral, durante 12 meses.

 

Profilaxia após contato com indivíduo com meningite por N. meningitidis e portador assintomático

t Neonatos: 5 mg/kg, por via oral, a cada 12 horas, durante 2 dias.

t Crianças a partir de 1 mês: 10 mg/kg, por via oral, a cada 12 horas, durante 2 dias; dose máxima: 600 mg.

 

Profilaxia após contato com indivíduo com meningite por H. influenzae tipo B

t Neonatos: 10 mg/kg, por via oral, uma vez ao dia, durante 4 dias.

t  Crianças a partir de 1 mês: 20 mg/kg, por via oral, uma vez ao dia, durante 4 dias.

 

Adultos e adolescentes

Tratamento de tuberculose com intolerância a isoniazida

t 36 a 50 kg: 300 mg a 600 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 meses, combinada a pirazinamida, cloridrato de etambutol e sulfato de estreptomicina, seguido de 300 mg a 600 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante 4 meses, combinada a cloridrato de etambutol.

t Acima de 50 kg: 600 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 meses, combinada a pirazinamida, cloridrato de etambutol e sulfato de estreptomicina, seguido de 600 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante 4 meses, combinada a cloridrato de etambutol.

 

Tratamento da hanseníase (esquemas paucibacilar e multibacilar)

t Paucibacilar: 600 mg (2 cápsulas de 300 mg), por via oral, 1 vez ao mês (dose supervisionada), em combinação com dapsona (100 mg/dia), por via oral, durante 6 meses.

t Multibacilar: 600 mg (2 cápsulas de 300 mg), em combinação com 300 mg de clofazimina, ambos por via oral, 1 vez ao mês (dose supervisionada), junto com clofazimina (50 mg/dia) e dapsona (100 mg/dia), por via oral, durante 12 meses.

 

Profilaxia após contato com indivíduo com meningite por N. meningitidis e portador assintomático

t 600 mg, por via oral, a cada 12 horas, durante 2 dias.

 

Profilaxia após contato com indivíduo com meningite por H. influenzae tipo B

t 600 mg, por via oral, uma vez ao dia, durante 4 dias.

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t  Alimentos podem reduzir ou atrasar a absorção.

t Pico de concentração plasmática: 2 a 4 horas.

t Meia-vida: 1,5 a 5 horas.

t Metabolismo: hepático. A meia-vida é prolongada em paciente com insuficiência hepática grave.

t Excreção: renal (15% a 30%) e fecal (60% a 65%).

t Não dialisável.

 

Efeitos adversos

t Mais graves: trombocitopenia e hepatotoxicidade.

t Mais comuns: coloração vermelho-alaranjada de urina, lágrima, saliva e suor; azia, perda de apetite e náusea; sintomas semelhantes aos da gripe; alteração da função hepática.

t Outros: vômito, diarreia, cefaleia, tontura, exantema, febre, colapso, choque, coagulação intravenosa disseminada, anemia hemolítica, insuficiência renal aguda, edema, fraqueza muscular, miopatia, dermatite esfoliativa, necrólise epidérmica tóxica, reações penfigoides, leucopenia, eosinofilia e distúrbios menstruais.

 

Interações de medicamentos

t Amiodarona, anticorpos monoclonais (como imatinibe), antirretrovirais (amprenavir, delavirdina, efavirenz, indinavir, maraviroque, nelfinavir, nevirapina, ritonavir), atovaquona, dronedarona, imunossupressores (ciclosporina, tacrolimo, tensirolimo), irinotecano, itraconazol, micofenolato de mofetila, praziquantel, quetiapina, telitromicina: uso concomitante com rifampicina pode resultar em diminuição da concentração plasmática destes fármacos.

t Atazanavir e fosamprenavir: pode resultar em diminuição da concentração plasmática de atazanavir. Evitar uso concomitante.

t Etionamida, isoniazida e pirazinamida: o uso concomitante com rifampicina pode resultar em hepatotoxicidade. Monitorar função hepática.

t Lopinavir e ritonavir: pode resultar em diminuição da concentração plasmática e da efetividade do lopinavir/ritonavir. Uso concomitante é contraindicado, mas pode ser considerado nos casos em que a dose dos inibidores de protease estejam aumentadas. Monitorar hepatotoxicidade.

t Saquinavir: pode resultar em diminuição da concentração plasmática e da efetividade do saquinavir, além de causar aumento da toxicidade hepática. Evitar uso concomitante.

t Tipranavir e darunavir: pode resultar em diminuição da concentração plasmática de tipranavir/ritonavir e darunavir, aumentando o risco de resistência. Evitar uso concomitante.

t Voriconazol: pode resultar em redução da exposição sistêmica ao voriconazol. Evitar uso concomitante.

 

Orientações aos pacientes

t Orientar para utilizar o medicamento com estômago vazio, 1 hora antes ou 2 horas após as refeições.

t Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos sintomas com as primeiras doses.

t  Agitar a suspensão antes de usar.

t Treinar pacientes e cuidadores para reconhecerem sinais de doença hepática. Descontinuar o tratamento e procurar imediatamente uma Unidade de Saúde se ocorrer náusea persistente, vômito, mal-estar e icterícia.

t Orientar mulheres em uso de contraceptivos orais para substituí-los ou utilizar métodos contraceptivos adicionais. Notificar imediatamente se houver suspeita de gravidez.

t Informar que este medicamento pode alterar a coloração (para vermelho-alaranjado) da urina, lágrima, saliva, suor e lentes de contato gelatinosas.

t Não usar bebidas alcoólicas enquanto estiver usando este medicamento.

 

Aspectos farmacêuticos

t  Manter à temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC, proteger da luz, calor e umidade.

 

Atenção: este fármaco apresenta um número muito elevado de Efeitos adversos, devendo-se realizar pesquisa específica quanto a este aspecto ao considerar a introdução ou descontinuação de outros medicamentos no esquema terapêutico do paciente. A rifampicina induz o metabolismo pelo complexo CYP450, reduzindo a concentração de outros fármacos metabolizados por estas enzimas. Na presente monografia estão descritas apenas as interações classificadas como contraindicadas e graves, não sendo incluídas aquelas de gravidade moderada.

 

 

 

Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Cloridrato De Etambutol

 

Rogério Hoefler

 

Na Rename 2010: item 5.2.2

 

Apresentação

t Comprimido 150 mg (rifampicina) + 75 mg (isoniazida) + 400 mg (pirazinamida) + 275 mg (cloridrato de etambutol).

 

Indicação

t Tratamento (fase intensiva) de adultos e crianças a partir de 10 anos de idade, em qualquer das formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar, incluindo meningoencefalite e pacientes infectados pelo HIV.

 

Contraindicações

t Consultar as monografias individuais referentes aos fármacos desta associação.

 

Precauções

t Consultar as monografias individuais referentes aos fármacos desta associação.

 

Esquemas de administração

Adultos e crianças a partir de 10 anos de idade

Tratamento da tuberculose pulmonar e extrapulmonar, incluindo meningoencefalite e pacientes infectados pelo HIV (fase intensiva)

t 20 a 35 kg: 2 comprimidos, por via oral, a cada 24 horas, durante os primeiros 2 meses.

t 36 a 50 kg: 3 comprimidos, por via oral, a cada 24 horas, durante os primeiros 2 meses.

t  acima de 50 kg: 4 comprimidos, por via oral, a cada 24 horas, durante os primeiros 2 meses.

Nota: Após fase intensiva (2 meses), segue-se tratamento com rifampicina + isoniazida (fase de manutenção) (ver monografia específica desta associação na página 790).

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t Consultar as monografias individuais referentes aos fármacos desta associação.

 

Efeitos adversos

t Consultar as monografias individuais referentes aos fármacos desta associação.

 

Interações de medicamentos

t Consultar as monografias individuais referentes aos fármacos desta associação.

 

Orientações aos pacientes

t Consultar as monografias individuais referentes aos fármacos desta associação.

 

Aspectos farmacêuticos

t Consultar as monografias individuais referentes aos fármacos desta associação.

 

Atenção: como sinonímia para a associação rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol (nomes correspondentes a Denominação Comum Brasileira) também é empregada a abreviatura RHZE, entretanto, não se recomenda a prescrição de fármacos por abreviaturas ou siglas.

 

 

Ringer + Lactato (ver Solução de Ringer + Lactato)

 

Risperidona

 

Rachel Magarinos-Torres

 

Na Rename 2010: item 13.4

 

Apresentações

t Comprimido 1 mg e 3 mg t Solução oral 1 mg/mL

Indicações

t Esquizofrenia resistente ao tratamento com antipsicóticos típicos

 

Contraindicações

t  Hipersensibilidade a risperidona

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de:

       problemas cardiovasculares, condições predisponentes para hipotensão, história de doença vascular cerebral, Doença de Parkinson, epilepsia.

       insuficiência hepática (ver Apêndice C).

       insuficiência renal (ver Apêndice D).

       idosos.

       diabéticos (risco de hiperglicemia).

       associação com outros antipsicóticos (risco de síndrome neuroléptica maligna).

       doses elevadas e/ou uso prolongado (risco de discinesia tardia).

       suspensão do tratamento (deve ser gradual para evitar o aparecimento de sintomas de abstinência como sudorese, náuseas e vômitos).

t Categoria de risco na gravidez (FDA): C.

 

Esquemas de administração

Adultos

Esquizofrenia

t Iniciar com 1 ou 2 mg/dia, por via oral, em 1 ou 2 tomadas, aumentar, caso necessário, 1 ou 2 mg por semana, até o máximo de 6 mg/dia. Reduzir a dose para idosos, diabéticos ou pacientes com insuficiência renal ou hepática. Nestes casos iniciar com 0,5 mg/dia em 1 ou 2 tomadas, aumentando, caso necessário, até o máximo de 4 mg/dia.

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t Bem absorvido por via oral.

t Pico plasmático: 1 a 2 horas.

t Metabolismo hepático.

t Meia-vida de eliminação: 20 a 30 horas.

 

Efeitos adversos

t   Frequência <10% incluem agitação, insônia, ansiedade e cefaleias.

t Frequência entre 1% e 10%: dispepsia, náuseas e vômitos, dor abdominal, obstipação, visão turva, priapismo, incontinência urinária, erupções cutâneas, sonolência, dificuldade de concentração, tontura, fadiga, rinite, aumento de peso, taquicardia, hipotensão ortostática, hipertensão arterial, convulsões, hiponatremia, síndrome neuroléptica maligna e discinesia tardia.

 

Interações de medicamentos

t Ácido valproico: pode resultar em aumento da concentração plasmática de ácido valproico. Ao introduzir ou alterar dose de risperidona no esquema terapêutico do paciente, monitorar o aumento de amônia bem como a concentração de ácido valproico.

t Bepridil, cisaprida, mesoridazina, pimozida, quetiapina, terfenadina, tioridazina, ou agentes antiarrítmicos (como quinidina, disopiramida, procainamida): aumento do risco de cardiotoxicidade. Associação com risperidona é contraindicada.

t Bupropiona, fluoxetina, itraconazol, lamotrigina, paroxetina: pode resultar em aumento da concentração plasmática de risperidona. Monitorar resposta clínica, aparecimento de Efeitos adversos e ajustar a dose de risperidona.

t Carbamazepina: risco de aumento do efeito de risperidona. Monitorar efeitos durante as primeiras 8 semanas.

t Cimetidina e ranitidina: pode resultar em aumento da biodisponibilidade de risperidona. Monitorar o aparecimento de eventos adversos.

t Fenitoína, fenobarbital, topiramato: pode resultar em diminuição do efeito de risperidona. Monitorar resposta clínica e ajustar a dose de risperidona. Pode ser necessário aumentar a dose de risperidona.

t Ginkgo: o uso concomitante pode resultar no aumento dos Efeitos adversos da risperidona, sendo desaconselhado o uso de ginkgo durante o tratamento com este fármaco.

t Levorfanol e metadona: o uso concomitante com risperidona pode desencadear crise de abstinência em pacientes dependentes de opiáceos. Monitorar sinais e sintomas de abstinência.

t Linezolida: risco de síndrome serotoninérgica. Monitorar sinais como anormalidades neuromusculares, hiperatividade autonômica ou alteração de estado mental. Caso ocorram, interromper o uso de linezolida.

t Lítio: pode resultar em fraqueza, discinesias, aumento de sintomas extrapiramidais, encefalopatias e danos cerebrais. Monitorar sinais de toxicidade ou efeitos extrapiramidais.

t Midodrina: aumento do risco de distonia aguda. Monitorar sinais de distonia aguda ou de outros efeitos adversos.

t Ritonavir: risco de toxicidade por aumento da concentração plasmática de risperidona. Atenção a sinais e sintomas de toxicidade neuroléptica como hipotensão, sedação, efeitos extrapiramidais, arritmias. Reduzir a dose de risperidona.

t Sinvastatina: risco de miopatia ou rabdomiólise em decorrência do aumento das concentrações de sinvastatina. A associação com risperidona é contraindicada.

 

Orientações aos pacientes

t Alertar que pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem concentração e coordenação motora como operar máquinas e dirigir.

t Orientar para não suspender tratamento abruptamente.

t Aconselhar mulheres em idade fértil a notificarem suspeita de gravidez.

t Não usar bebida alcoólica enquanto estiver usando o medicamento.

t Causa fotossensibilidade, usar protetor solar.

 

Aspectos farmacêuticos

t  Conservar protegido da luz e à temperatura ambiente, entre 15 e 25 oC.

Manter os comprimidos longe de umidade. Não congelar a solução oral.

t A solução oral é compatível com água, café e suco de laranja e incompatível com refrigerante de cola ou chá.

 

Atenção: este fármaco apresenta um número elevado de Efeitos adversos , devendo-se realizar pesquisa específica quanto a este aspecto ao considerar a introdução ou descontinuação da risperidona ou de outros medicamentos no esquema terapêutico do paciente.

 

 

Ritonavir

 

Vanessa Rocha Machado

 

Na Rename 2010: item 5.5.2.4

 

Apresentações

t Cápsula 100 mg.

t Solução oral 80 mg/mL.

 

Indicações

t Tratamento de infecção por HIV em combinação com outros antirretrovirais.

 

Contraindicações

t Hipersensibilidade ao ritonavir.

t Porfiria.

t  Insuficiência hepática grave (ver Apêndice C).

t Uso concomitante com os seguintes fármacos: quinidina, bosentana, pimozida, erva-de-são-joão (Hypericum perforatum), ergotamina e análogos e voriconazol.

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de:

       insuficiência hepática, hepatites B e C crônicas e cirrose (ver Apêndice C).

       hemofilia A e B, diabetes melito, dislipidemias, anormalidades na condução cardíaca e reações alérgicas.

t Há risco de resistência cruzada com outros inibidores de protease.

t Suspender o tratamento em caso de pancreatite.

t A amamentação não é recomendada em pacientes infectadas por HIV (ver Apêndice B).

t A solução oral contém propilenoglicol, pelo que deve ser evitada em mulheres grávidas e em pacientes com insuficiência renal (ver Apêndice D) ou insuficiência hepática.

t  Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver Apêndice A).

 

Esquemas de administração

Crianças a partir de 2 anos

Tratamento da infecção por HIV

t 250 a 400 mg/m2, por via oral, a cada 12 horas. Incrementos de dose de 50 mg/m2, a cada 2 a 3 dias, até atingir a dose usual. Dose máxima: 1.200 mg/ dia.

 

Como adjuvante farmacológico de outros inibidores de protease

t 100 a 200 mg, por via oral, a cada 12 ou 24 horas.

 

Adolescentes e adultos

Tratamento da infecção por HIV

t 600 mg, por via oral, a cada 12 horas. Iniciar com dose de 300 mg, por via oral, a cada 12 horas, e aumentar 100 mg, a cada 12 horas até atingir a dose usual, no máximo em 14 dias.

 

Como adjuvante farmacológico de outros inibidores de protease

t 100 a 200 mg, por via oral, a cada 12 ou 24 horas.

Nota: Indicado para uso conjunto a outros inibidores de protease.

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t  Absorção aumenta com alimento.

t Pico de concentração sérica: 2 (jejum) a 4 horas (sem jejum).

t  Início de resposta: 1 a 2 semanas.

t Meia-vida: 3 a 5 horas.

t Metabolismo preponderantemente hepático.

t  Excreção: fecal (86,4%) e renal (11,3%). Em crianças: a excreção é de 1,5 a 1,7 vezes mais rápida.

t Não é removido por diálise.

 

Efeitos adversos

t  Hiperglicemia, hiperlipidemia (31% a 65%), lipodistrofia, diabetes melito (<2%).

t  Aumento dos níveis de transaminases e descompensação hepática.

t Náusea (18% a 47%), diarreia (2% a 25%), vômito (2% a 25%), dor abdominal (8% a 21%), anorexia, xerostomia, alterações no paladar (5% a 17%).

t  Pancreatite (<2%).

t Hematomas espontâneos, sangramento, anemia, neutropenia, trombocitopenia.

t Astenia (10% a 28%), parestesia (3% a 7%), mialgia, miosite, rabdomiólise.

t Exantema, prurido, síndrome de Stevens-Johnson (rara).

t  Hematúria, disúria, nictúria, pielonefrite (<2%).

t  Desidratação.

 

Interações de medicamentos

t  Acenocumarol, varfarina, contraceptivos, levotiroxina, didanosina: redução ou perda da eficácia destes fármacos associados a terapia com ritonavir. Monitorar a concentração plasmática dos fármacos em questão para adequar o melhor manejo clínico. Orientar para o uso de outro método contraceptivo e monitorar estreitamente os níveis dos hormônios tireoidianos (levotiroxina).

t Ácido fusídico, posaconazol, quinupristina + dalfopristina: aumento da concentração plasmática e risco de toxicidade pelo ritonavir. Monitorar o sinais e sintomas de toxicidade (diarreia, náuseas, mialgia, febre, anormalidades hepáticas). É recomendado ajuste de dose de ritonavir, quando necessário. Atenção especial para o ácido fusídico devido a hepatoxicidade, sendo que a associação deve ser evitada.

t Ácido valproico, bupropiona, fenitoína, fenorbarbital, lamotrigina, paroxetina, metadona: redução da concentração plasmática dos fármacos que atuam no sistema nervoso central. Monitorar o paciente quanto à perda da eficácia dos mesmos e considerar aumento de dose, se necessário. Monitorar os sinais de crises convulsivas no uso de fenitoína concomitante com ritonavir e precipitação de crise de abstinência quando a combinação é com metadona.

t Alho (Allium sativum): redução na concentração dos inibidores da protease, com aumento do risco de resistência ao vírus e de ineficiência do tratamento. Evitar o uso de alho na alimentação e monitorar os níveis sanguíneos e sintomas de toxicidade pelos inibidores da protease, ajustando a dose conforme necessário.

t Anfetaminas, aprepipanto, claritromicina, fentanila, rifabutina: aumento da concentração plasmática destes fármacos associados a terapia com ritonavir. Sinais e sintomas de toxicidade: fentanila pode levar a depressão do sistema nervoso central e respiratória; claritromicina tem como sintomas de toxicidade náuseas, diarreia. disppsia e toxicidade renal; anfetaminas causam agitação, taquicardia, dispneia, hipertensão.

t Antagonistas dos canais de cálcio (anlodipino, diltiazem, verapamil): aumento da concentração plasmática e o risco de toxicidade dos bloqueadores de canais de cálcio. Monitorar os sinais e sintomas de toxicidade (tontura, cefaleia, rubor, edema periférico, hipotensão, arritmias cardíacas). Reduzir a dose do bloqueador de canais de cálcio, se necessário.

t Antipsicóticos (clozapina, risperidona): aumento da concentração plasmática e do risco de sua toxicidade. Monitorar os sinais e sintomas de toxicidade (efeitos extrapiramidais, sedação, cefaleia, náusea, fraqueza, convulsão, hipotensão, arritmias cardíacas). Reduzir a dose do antipsicótico, se necessário.

t Antidepressivos/ansiolíticos (alprazolam, amitriptilina, clonazepam, fluoxetina, imipramina, nefazodona, trazodona): aumento da concentração plasmática e do risco de toxicidade dos fármacos antidepressivos/ansiolíticos. Monitorar os sinais e sintomas de toxicidade (xerostomia, sedação, visão borrada, hipotensão, cefaleia, confusão, náusea, sonolência, retenção urinária, arritmias cardíacas). Reduzir a dose do antidepressivo/ansiolítico, se necessário. Em particular, nefazodona e fluoxetina podem provocar alterações cardíacas e neurológicas.

t Antifúngicos (cetoconazol, itraconazol): podem ter aumento da sua concentração plasmática. Monitorar os sinais e sintomas de toxicidade (parestesias ou efeitos gastrintestinais persistentes). Redução da dose do antifúngico é recomendada, sendo que doses superiores a 200 mg não são indicadas na terapia  combinada  com  lopinavir/ritonavir.

t Anti-inflamatórios     esteroides/antigotosos     (colchicina,     dexametasona, fluticasona, prednisona): aumento da concentração plasmática dos anti-inflamatórios. Pode ocorrer toxicidade fatal na combinação de colchicina com ritonavir, estando contraindicada para pacientes com disfunção renal e/ou hepática. Monitorar os sinais e sintomas no uso concomitante de ritonavir com cortiosteroides para o risco de síndrome de Cushing (ganho de peso, rubor na face e pescoço, hipertensão e aparecimento de pelos pelo corpo) e reduzir a dose do corticosteroide.

t Antineoplásicos/imunossupressores (docetaxel, dutasterida, everolimo, tacrolimo, vimblastina): aumento da concentração plasmática e risco de toxicidade desses fármacos. Monitorar os níveis plasmáticos e sinais e sintomas de toxicidade (nefrotoxicidade, hiperglicemia, hiperpotassemia, transtornos neuropsiquiátricos, obstipação, transtornos hematológicos, diarreia). Reduzir a dose do imunossupressor/antineoplásico, se necessário.

t Antirretrovirais (amprenavir, delavirdina, efavirenz, indinavir, maraviroque): aumento da concentração plasmática destes antirretrovirais ou do ritonavir. Monitorar o paciente quanto os Efeitos adversos (elevação das transaminases hepáticas, tontura, exantema). Pode ser necessário reduzir dose. Associações de ritonavir com delavirdina ou efavirenz podem induzir aumento da concentração plasmática de ritonavir, sendo necessário monitorar os sinais de toxicidade pelo ritonavir (diarreia, náusea, mialgia, febre, anormalidades hepáticas) e ajuste na dose do mesmo.

t Didanosina, rifapentina, rifampicina: redução ou perda da atividade antirretroviral. Deve ser avaliada a possibilidade de substituição por outros fármacos com a mesma finalidade terapêutica. Na terapia combinada de ritonavir com didanosina a administração dos fármacos deve ser feita com duas horas e meia de diferença.

t Digoxina, disopiramida, metoprolol: aumento da concentração plasmática dos fármacos com ação cardiovascular. Monitorar os sinais e sintomas de toxicidade (náuseas, vômitos, arritmias cardíacas, efeitos colinérgicos, hipotensão, tontura, falência cardíaca, sedação, bradicardia). Monitorar a concentração plasmática, principalmente, da digoxina, reduzindo a dose quando necessário.

t Hipolipemiantes inibidores da HMGCoA redutase (lovastatina, sinvastatina, rosuvastatina): aumento do risco de desenvolver miopatias ou rabdomiólise. Monitorar o paciente quanto os sinais de mialgia, fragilidade e fraqueza, assim como os níveis do marcador creatina quinase. No caso de creatina quinase aumentada ou diagnóstico/suspeita de miopatias ou rabdomiólise, deve-se suspender o uso das estatinas.

t Sildenafila, tadalafila: aumento da biodisponibilidade e risco de Efeitos adversos (hipotensão, rubor, cefaleia, mudanças visuais, priapismo).

t Tenofovir: aumento da biodisponibilidade do tenofovir. Monitorar marcadores de integridade óssea e concentrações plasmáticas de aminotransferases, além dos sinais de toxicidade hepática e renal.

t Teofilina: redução na concentração plasmática da teofilina. Pode ser necessário aumentar dose de teofilina.

 

Orientações aos pacientes

t Agitar o frasco da solução oral antes de cada uso.

t Orientar para ingerir com alimentos.

t Orientar para o uso de outro método contraceptivo devido a redução da eficácia dos contraceptivos hormonais à base de estrogênios quando em uso concomitante  com  ritonavir.

t Informar ao paciente que o ritonavir apresenta inúmeras e significativas interações. Antes de usar qualquer outro medicamento, inclusive plantas medicinais, informar o médico.

t Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos sintomas com as primeiras doses.

t Reforçar orientações sobre prevenção da transmissão do HIV.

 

Aspectos farmacêuticos

t As cápsulas devem ser armazenadas sob refrigeração de 2 a 8 ºC e protegidas da luz. Ou a temperatura ambiente se for utilizada em até 30 dias.

t A solução oral deve ser armazenada a temperaturas ambiente, entre 15 e 30ºC e protegida de calor excessivo. Não refrigerar.

t A solução oral deve ser dispensada em sua embalagem original.

 

Atenção: este fármaco apresenta um número elevado de Efeitos adversos , devendo-se realizar pesquisa específica sobre potenciais interações antes de prescrever outros medicamentos a usuários de ritonavir, ou antes de introduzir ou retirar qualquer medicamento do esquema do paciente.

 

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